ASSASSINO NO ÔNIBUS

"Light-Kun nãoestá feliz comigo."

"Não. Ele não está."

"Bem, eu gostaria que Light-Kun soubesse que eu não estou feliz com ele também."

"Por acaso parece que Light-Kun se importa?"

L ignorou a zoação que Light fizera com sua resposta e entrou no ônibus. Eles estavam voltando da biblioteca para o quartel general, e eles estavam discutindo estatísticas de um livro que ambos queriam ler. Enquanto eles discutiam, foram abordados por um terceiro elemento, que levou o livro e deixou ambos extremamente frustrados um com o outro.

O ônibus estava relativamente vazio, com mais ou menos quatro pessoas. Light e L sentaram no fundo do ônibus, o mais distante um do outro.

O homem dois assentos a frente de L estava falando ao telefone, absorto na conversa. Seu tom era tão alto que os detetives não puderam evitar entender cada palavra que o indivíduo dizia.

"Tinha sangue e vidro por toda parte, Kuura"!"Ele dizia" Foi um inferno limpar. Joguei o corpo no rio. "Entretanto, não direi que foi um acidente – eu a matei de propósito."

Os ouvidos de Light e L processavam cada palavra O que...?

"Só levou um tiro para matar ela. Tão chata, não parava de bater. Nunca me deixava em paz. Foi então que decidi solucionar isso eu mesmo."

Light e L se olharam, hesitantes, incrédulos pelo que ouviam. Esse homem estava simplesmente confessando um assassinato na frente deles?

"O bebê teria virado um clone da mãe, então eu apaguei ele também" O homem silenciou por um minuto, provavelmente ouvindo a pessoa que estava do outro lado linha falar, antes de continuar " Ah, eu estrangulei o bebê,claro. Eu considerei atropelar,mas não é como se ele realmente pudesse correr."

L e Light trocaram olhares aterrorizados. Não tinha erro, tinha? Esse homem havia matado uma mulher e, aparentemente, um bebê também.

"Eu podia ter contratado alguém, mas eu queria o prazer em minhas mãos".

Light se aproximou de L "Ryuuzaki, temos que dar um jeito de prender esse cara!".

Sem palavras, L assentiu. Caminhando para o banco duas fileiras à frente, L e Light bateram no ombro do homem e pediram para que saísse do telefone.

Confuso, ele abaixou o tom "Desculpe, Kuura, parece que tem uns cara querendo falar comigo ou algo assim." Ele desligou o telefone.

Olhando a corrente entre Light e L, ele disse "Vocês são gays ou o que? E o que querem comigo?"

"Não, não somos." Respondeu L "Qual é o seu nome, senhor?"

"O que, vocês são Kira, ou algo assim?"

L sorriu malevolamente e murmurou "Quem sabe...".

Ouvindo isso, Light interviu "Não, mas ouvimos sua conversa e temos motivos para acreditar que o senhor tenha cometido homicídio."

"Quê? Homicídio? De que, pássaros?"

L e Light se olharam e disseram em uníssono "Como?".

O ônibus parou.

"Eu acertei um pica-pau com meu carro e então matei os filhotes. Eles estavam acabando com a minha casa de qualquer jeito".

Um homem desceu do ônibus.

"Oh. Desculpe por acusá-lo de assassinato" Light fuzilou L com o olhar "Sei como se sente."

Enquanto caminhavam de volta, Light enxergou o rosto do homem que acabara de descer do ônibus e congelou.

"O que foi, Light-Kun?"

O ônibus passou a se mover, em segundo estando extremamente longe da parada de ônibus anterior.

"A-Aquele homem... Eu reconheci, dos cartazes de procurados. Tatsuya Ichihaneishi. Em 2007, ele assassinou um professor de inglês".

Sem uma palavra, eles voltaram aos seus lugares. Havia um assassino real no ônibus e eles decidiram ignorá-lo em favor de um assassino de pica-paus. Nervosamente, se olharam uma última vez antes de um único pensamento afastar o assassino de suas mentes. Kira cuidaria disso, mais cedo ou mais tarde.