Título: Contraste.
Autora: Nanda Magnail.
Censura: K.
Observação: Fanfic escrita para o Amigo Secreto de Desaniversário da seção DHr, fórum 6v.
Notas: A ideia estava mais bonita e elaborada na minha cabeça, mas as provas e o prazo de entrega sugaram a minha já escassa habilidade. Pois é, perdi a mão pra escrita. Reescrevi a fanfic, reescrevi de novo e no final decidi ficar com a original porque todas acabavam caindo no angst e o AS é de fluffy, fluffy de dar cáries. O meu amigo secreto é uma pessoa que admiro muito e é uma das minhas escritoras favoritas. Vick, essa fanfic é pra você. Espero que você goste, não é lá essas coisas mas foi de coração.


CONTRASTE

Por Nanda Magnail


O que é um milagre?

Um milagre é algo que nem mesmo a ciência consegue explicar. Um evento que tem a forma de uma cura, de uma revelação ou até mesmo uma pessoa, que entra em sua vida e traz o melhor que existe em você.

Dizem que receber um milagre é ser tocado por Deus, e pela primeira vez em minha vida eu poderia dizer que acreditava, mesmo que tão pouco, em alguma divindade.

Porque o meu milagre tinha um nome.

Hermione Granger.

Não é como se eu a conhecesse como a palma da minha mão. Havia mais coisas em Hermione Granger do que era possível descrever ou perceber através de seus olhares e manias. Ela era toda cheia de mistérios e cores.

Ah, suas cores. Se existe uma coisa que amo em Hermione é no quão fácil é colocá-la em uma tela e deixar toda a sua admiração-amor surgir.

Primeiramente ela era vermelho, um simples ponto de cor do que um dia iria ser uma desordenada aquarela. Mesmo que ainda em formação, já era forte. Uma sombra rubra quando encontrou seus amigos. Escarlate ao descobrir que era mais do que livros e inteligência.

Mas Hermione Granger não era apenas vermelho. Aos poucos consegui ver tons de verde em seus trejeitos, em seu olhar e movimentos. Já havia manchas de um cinza poeirento em sua alma, mas esse não é um assunto que irei abordar agora.

Depois do vermelho vinha o azul do vestido que iluminou o meu baile de inverno. Era imaculado assim como a sua essência, que se mantinha pura mesmo com todos os horrores que já havia presenciado. Era também azul da inveja dos braços de Krum ao redor de sua cintura. Azul das veias com seu sangue impuro. Azul que preencheu a minha noite e a minha mente durante um bom tempo.

Em seguida vinha o preto da guerra, da dor e da morte. Preto do luto e também da destruição que dá espaço para novos objetivos e amores. Preto da reconstrução.

E assim chegamos ao cinza da estagnação, cinza de Draco Malfoy. Cinza das nossas manhãs e do nosso amor que mais tarde se tornou branco, doce e querido, não mais doloroso.

Finalizamos nossa tela.