Londres, 221B, Baker Street, Inglaterra.
Sherlock andava de um lado para o outro,de pijama, na sala do flat. John escrevia furiosamente no computador, com uma xícara de chá ao seu lado.
–Tem alguém subindo as escadas - Sherlock comentou - Passos leves, tamanho 36, uma mulher, e a a acompanha.
Ele, então, fechou o roupão e abriu a porta.
–Oh, Sherlock! Essa é Clarisse Snow, ela vai alugar o quarto do 221C. Como é praticamente só um quarto, eu a deixei usar a cozinha e a sala daqui de cima - A falou, apontando para a moçam que parecia beirar os 25 anos, e usava uma calça jeans rasgada e uma blusa de banda.
–Sou Clarisse, como já dito - Ela estendeu a mão para Sherlock, que apertou.
–Sherlock Holmes. Esse é John Watson. - Ele apontou por cima de seu ombro.
–Meninos, vocês poderiam ajudá-la na se mudar. - A sugeriu.
–Estou ocupado, Senhora Hudson. - Sherlock resmungou.
–É mentira. Estamos ambos entediados dentro desse apartamento o dia todo. Vamos ajudá-la, senhorita. - John se intrometeu, sem tirar os olhos do computador. - Deixe-nos apenas trocar de roupa e iremos a ajudar.
A Sra. Hudson levou Clarisse para o andar de baixo, e Sherlock reclamou:
–John, nós podemos ser chamados por Lestrade.
–Por favor, Sherlock. - John sorriu para o mais alto, que retribuiu com uma careta e foi trocar de roupa, colocando sua usual calça social e camisa de seda roxa, que contrastava com sua pele pálida.
John já o esperava, com sua habitual calça jeans e camisa xadrez com suéter por cima.
–Vamos ajudar a moça - ele esfregou as mãos uma na outra, e desceu as escadas, com Sherlock o seguindo.
Clarisse estava no corredor, olhando para um piano que bloqueava a porta de seu apartamento.
Ela os ouviu chegar, e sorriu para eles.
–Ainda bem que terei ajuda para fazer essa coisa passar.
–Você toca piano? - John perguntou
–Não, John, ela tem um piano gasto e calos nos dedos porque o usa como mesa - Sherlock retrucou, ajeitando o piano de forma que ele passasse pela porta.
Clarisse riu, e comentou:
–Então você é real, . Suas deduções são incríveis.
Sherlock deu um sorrisinho convencido.
–Eu sei.
Clarisse riu e pulou por cima do piano, o puxando para dentro, enquanto John empurrava-o. Caixas de livros estavam empilhadas em um canto, uma cama de casal estava encostada em um canto, com cobertores dobrados e embalados em plástico. Uma estante embutida já estava recoberta de livros, e prateleiras em um nicho abrigavam peças arqueológicasm e uma caixa do tamanho de um homem estava perto das prateleiras.
–Você é arqueóloga, Senhorita Clarisse - Sherlock afirmou.
–Sim. Egiptóloga. Pode abrir a caixa, se quiser. Mas tenha cuidado.
–Você reformou muito bem esse lugar, Clarisse. Nem parece o mesmo apartamento - John e ela começaram a conversar sobre a reforma enquanto SHerlock abria a caixa de papelão, revelando uma caixa de vidro com uma múmia dentro.
–Isso é uma múmia de verdade. Como você a tem?
–Eu a estou estudando. Sou assistente do curador da Ala Egípcia do British Museum. Essa múmia é do Faraó Sekenenré Taa ll - Clarisse respondeu, organizando livros nas prateleiras que sobravam.
Sherlock começou a bisbilhotar por entre os livros, e comentou:
–Você tem vários livros diferentes - ele balançou em uma mão um livro sobre conservação de peças arqueológicas e na outra um exemplar da série 50 Tons de Cinza.
Clarisse deu de ombros, e continuou a arrumar mais e mais livros.
John deu um risinho, e achou uma caixa de xícaras e panelas, e outra de pratos e copos.
–Vou levar essas duas caixas para cima, e aproveitar para arrumar nossa cozinha, Sherlock. O que for seu e não estiver etiquetado vai para o lixo - ele começou a subir as escadas, mas foi ultrapassado por Sherlock, que foi correndo salvar seus experimentos.
Clarisse arrumou suas roupas no pequeno armário e na cômoda, e começou a instalar seu sistema de som antigo alí, que aceitava somente discos de vinil. Sua coleção estava já arrumada por ordem de lançamento dos discos e data de idade da banda.
Ela por último, arrumou sua cama, e tirando os tênis, deitou-se. Quase 5 horas depois de começar a arrumar suas coisas, finalmente terminara.
"É realmente bom estar em Londres" ela pensou, e tomando um comprimido que guardava no bolso, foi caindo lentamente no sono.
