Quando pequena, costumava fazer coisas estranhas. Desde lavar as mãos até sangras a organizar e reorganizar várias vezes os livros de sua prateleira. Não podiam estar um milímetro fora do lugar. Isso a deixava louca, tendo crises de histeria e descontando sua raiva em forma de magia descontrolada.
E, desde que se lembrava, era sempre ele que estava lá para ajudá-la. Ele era seu antídoto. Não sabia por que ele a ajudava, apenas aceitava. Ela não imaginava que ela também era o ponto de apoio dele.
Sirius sempre tivera pesadelos. Dos mais horríveis. Acordava banhado em suor, tremendo. Foi quando achou nela sua cura.
A aplicação do remédio era a mais simples possível: começava com os pensamentos obsessivos, logo depois com as pernas balançando, as mãos tremendo. Ia embora de onde quer que estivesse, e ia procurá-lo. Era fácil, afinal, ele sempre estava lá, esperando.
Naquela noite em especial, ambos precisavam um do outro. E, como já dito antes, algo que envolvesse os dois era rápido e prático.
Encontraram-se na biblioteca – um lugar publico e incomum, mas quanto menos privado, melhor – e atracaram - se. As mãos encontraram-se rapidamente, e os corpos se colaram.
Os beijos se tornaram mais intensos, e as mãos percorriam livremente o corpo. Andando sempre para os fundos do lugar, pararam entre duas enormes estantes, e entre as duas enormes estantes havia uma mesa retangular.
Sirius sentara a garota na mesa. Rapidamente as roupas formaram montes de tecido no chão.
Suas mãos percorreram os seios da garota, que suspirou em prazer. Seus lábios tomaram o lugar das mãos, que desceram para trás do joelho dela, abrindo suas pernas, e possuindo seu remédio.
E era isso. Somente isso. Algum tempo depois se separariam, vestiriam as roupas apressadamente e iriam ao banheiro mais próximo. Trocariam caricias com os pés por baixo dos panos da mesa, suas mãos roçariam uma à outra, e sorrisos maliciosos e indulgentes seriam trocados.
Com o passar do tempo ignorariam a presença um do outro. Pois todo Black era assim: só agia demonstrando interesse por algo quando realmente tinha interesse.
