Nota: oi gente! Bom primeiramente eu gostaria de dizer que essa fic não me pertence. Eu a li em inglês e adorei a história (que era dividida em duas partes e agora a autora está escrevendo em uma parte só e melhorando a fic) então resolvi traduzi-la (com a devida autorização da autora) para que outras pessoas pudessem ler também! A história foi originalmente escrita pela BlueBlood359 e está nesse link: .net/s/4554157/1/A_Stained_Seduction . Por favor, não esqueçam das reviews! Se estiverem gostando eu continuo! ^^ Boa leitura!

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Disclaimer: Todos os personagens são propriedade de Stephenie Meyer. A mim nada pertence além do enredo a seguir.

A Stained Seduction

Capítulo 1: Visão e Interrupções

Assistir Bella dormir tinha rapidamente se tornado a melhor parte das minhas noites. Eu não tinha mais que me preocupar em encontrar alguma coisa para ocupar minha mente. Eu não tinha nenhuma necessidade, nenhum desejo quando alguma coisa muito mais apelativa se encontrava dormindo na minha frente. Eu tinha que admitir que durante esses tempos, quando ela estava completamente submersa em seu próprio subconsciente, não era sua beleza ou o eterno desejo de sugar seu sangue que me prendiam nesse quarto.

Era o seu sonho.

Ainda que eu continue – para minha própria mortificação – não podendo ler, ou melhor, ver a mente dela, eu tinha encontrado uma alternativa. O mundo de Bella, saindo de seus lábios, tinha minha completa atenção. Agora que estava adormecida ela não tinha nenhuma chance de editar seus pensamentos, e eles fluíam livremente através do quarto. Os sonhos dela, ainda que algumas vezes repetitivos ou levianos, me prendiam como se eu me colocasse ao lado dela todas as noites aguardando seu falatório de feitiços começarem. E apesar de eu saber que ela me amava isso continuava me causando uma onda de emoções que me atingiam quando meu nome, dito suavemente enquanto dormia, saía de sua boca.

Essa era uma das coisas que eu estava esperando essa noite. Ela havia adormecido quase uma hora atrás e eu estava ciente que esse era o momento que ela começava a sonhar. Seus olhos rolaram freneticamente debaixo das pálpebras como se, seja lá que cena ela estava vendo, estivesse passando como um filme dentro de sua cabeça. "Não, Alice. Roupas não..." eu suspirei de contentamento. Havia começado. Assim que eu me acalmei, ouvi o fraco barulho do meu celular enterrado no bolso do meu jeans. Eu xinguei baixo, nada feliz por ter sido interrompido logo que havia começado. Minha família, assim como Bella, sabia que eu passava minhas noites com ela em seu pequeno quarto e eles sabiam muito bem que não era para me interromper a não ser que fosse uma emergência. Rapidamente removi o pequeno telefone do meu bolso. Eu estava chegando à conclusão de que não gostava de celulares. Parece que eles sempre tocam nos momentos mais inoportunos.

O nome que aparecia na pequena tela de LCD era o de Alice e eu não pude fazer nada para controlar a preocupação que estava batendo na minha cabeça. Atendi rapidamente esperando que ela não tivesse visto nada terrível em um futuro próximo.

"Edward?" ela perguntou, apesar do óbvio.

"Sim, Alice, sou eu."

"Edward você precisa vir pra casa agora."

"Alice, eu estou com a Bella. Não pode esperar até amanhã?" perguntei, não estava disposto a deixá-la a menos que eu não tivesse outra escolha.

"Edward, eu tive uma visão… sobre a Bella. Eu sei que você não quer ser incomodado agora, mas você realmente precisa 'ver' isso."

"Tudo bem." Eu disse nada feliz, fechando o telefone bruscamente. Ignorei o barulho do vidro quebrando e o coloquei de volta no meu bolso. Eu odiava deixar Bella desprotegida, não que houvesse algum sinal de perigo recentemente, eu apenas não queria perder nada. Eu esperava que isso fosse rápido, mesmo que as chances fossem pequenas. Dei um beijo leve na testa de Bella antes de pular pela janela. Agachei quando pisei na grama e comecei a correr para casa. Não demorei muito e antes que eu percebesse, estava em casa.

O que eu vi assim que eu entrei em casa me fez ficar preocupado. Todos os seis pares de olhos pertencentes aos membros de minha família estavam voltados para mim com uma expressão ilegível. Me preparei para qualquer que fossem as más notícias que eu estava para receber. Os pensamentos deles, ou a ausência deles, não melhoravam minha tensão. Cada uma das mentes estava intencionalmente em branco com a exceção de Alice, que estava ignorando minha expressão enquanto ela quase vibrava tentando permanecer quieta.

"É melhor que seja bom." Falei tentando controlar meus nervos.

"Oh, é sim, não se preocupe, Eddie. Nós não iríamos te tirar de perto dela sem uma boa razão."

"Bem, o que é?" eu estava começando a ficar impaciente agora. Eu queria voltar pra Bella antes que o falatório terminasse. Eles olhavam de um para o outro, o nervosismo passando de pessoa para pessoa. Isso era o bastante. "Apenas me diga o que é que vai acontecer. Pare de fazer tanto mistério."

"Você tem que ver por si mesmo, Edward." Alice disse, sua voz musical ressoando pela sala.

"Tudo bem então, vamos 'ver' isso."

Um quarto de bebê amarelo brilhante, a luz solar através de uma fenda, o vento se formando nas tapeçarias. O quarto tinha um toque materno. Era como se todos os espaços do quarto estivessem preenchidos com amor e felicidade e o bebê pudesse saber que vinha de seus pais. O quarto todo era sereno; um berço redondo de madeira era o foco principal do quarto. Por mais lindo que fosse o berço, entretanto, o bebê que estava dentro dele era exponencialmente mais bonito. O bebê dormia calmamente, e como se a brisa o tivesse acariciado, começou a se agitar em seu sono. Em pouco tempo ele estava gritando. O som estridente penetrou na calma quietude do quarto. Então, a porta se abriu, apenas para revelar Bella, em seus pijamas. Ela caminhou apressadamente ao lado do berço antes de segurar o bebê em seus braços. Ela o balançou gentilmente, cantarolando sua melodia. Um par de braços abraçou sua cintura. "Eu acho que ele está apenas assustado" ela sussurrou, repousando sua cabeça no peito dele. Pouco tempo depois o bebê parecia ter esquecido sobre o que era todo o alvoroço e retornou a calma serenidade de seu sono. Bella o colocou de volta no berço gentilmente. Então o ficou admirando. Novamente ela apoiou a cabeça no peito dele. "Ele é lindo. Um milagre." Bella sussurrou, parecia completamente feliz. "Nosso milagre" Edward disse descansando sua bochecha na cabeça de Bella.

A visão terminou tão rápido como começou; a cena se extinguiu e foi substituída pelas paredes claras da sala de estar. Todos os olhos estavam dirigidos a mim, ansiosamente esperando minha reação. Eu não sabia como responder, minha mente estava tão tomada por aquilo que eu havia acabado de testemunhar para sequer me importar com os olhares. Tudo o que eu via eram pedaços da visão sendo reprisados na minha mente. O olhar no rosto de Bella quando ela colocou nosso bebê no berço. Eu nunca tinha visto tanta adoração em nenhuma de nossas faces como quando nós olhamos para o pequeno embrulho no berço.

"Edward? Posso falar com você a sós, por favor?" Carlisle perguntou, quebrando o silêncio que eu havia começado a notar. Eu concordei com a cabeça distraidamente para ele, eu ainda estava em choque para falar. As emoções que eu estava sentindo eram tão confusas que eu não sabia que sentido tinham. Eu não estava prestando atenção onde ele estava me levando, mas não foi muita surpresa quando nós chegamos ao seu escritório. Ele se sentou à sua mesa. Eu normalmente me sentaria em uma das duas cadeiras que estavam no local oposto ao de Carlisle, mas eu não o fiz. Eu estava muito nervoso para sentar. Minha mente estava confusa, o que não é uma coisa fácil de acontecer com um vampiro. Bella e eu podíamos ter um bebê. Juntos. Meu controle quando estou com ela é bom, melhor ainda agora que eu sei como é se sentir quando achava que ela estava morta, mas isso é bom? Bella por acaso quer um filho? Nós nunca falamos sobre isso antes, mas na visão ela parecia tão... feliz. Ela sabe que eu daria a ela qualquer coisa que ela quisesse. E eu iria, depois que ela tivesse se transformado. Eu não poderia deixar ela jogar fora seus últimos meses de humana. Ela precisa ser uma adolescente normal ou pelo menos o mais normal possível comigo como namorado. Não importa a visão que Alice teve. Eu vou tratar isso como se nunca tivesse acontecido, porque isso nunca vai acontecer. Eu só preciso ter certeza que Bella nunca vai descobrir. Com toda minha família sabendo será mais difícil esconder isso de Bella, mas eu vou conseguir. Eu só preciso saber como.

"É sobre isso que eu preciso falar com você," Carlisle falou. Eu estava chocado, eu não tinha nem conhecimento de que eu havia dito alguma coisa. "Quando Alice veio falar pra mim sobre a visão pela primeira vez, eu estava... hesitante em acreditar na veracidade disso. Alice, de qualquer forma, parecia absolutamente positiva que isso iria acontecer. Ela falou que essa foi a visão mais clara que ela já teve, como se nada pudesse ir contra esse caminho. Então eu comecei a pensar. Vampiros supostamente não podem ter filhos. Não fazia sentido. Mas então eu pensei em algo. Eu nunca havia me sentido tão estúpido em toda a minha vida. Ninguém havia ao menos tentado.

Vampiros nunca tiveram relações sexuais com mortais, homens ou mulheres. Eu tenho sido um médico. Edward, um homem da ciência, por centenas de anos, eu nunca tinha questionado se isso era possível. "Eu acho que sim." Carlisle estava perdido em seus pensamentos, assim como ficava sempre que ele descobria alguma nova informação. Ele estava perdido em seus próprios pensamentos, mas não tinha problema para mim. Eu já estava pensando em formas de esconder isso da Bella. Eu não gosto de esconder as coisas dela, e só Deus sabe o que ela faria comigo se ela descobrisse. Eu já não tenho tanta certeza que eu gostaria que ela tivesse força de vampiro nesse ponto.

"Agora que nós sabemos que isso é possível, o que você está pensando em fazer a respeito?" Carlisle perguntou quebrando minha linha de pensamento.

"Nada" eu respondi me virando em meus calcanhares e caminhando para o lado de fora da porta. Deixando-a bater alto contra a moldura. Deixando um confuso Carlisle para trás. Chegando à sala, percebi que minha família, ao que parecia a milésima vez essa noite, me encarava atentamente, choque atravessava suas faces. Com a audição que temos não era surpresa que eles tenham ouvido tudo que foi dito. Alice, contudo, parecia ser a mais confusa. "Por quê?" ela perguntou, sua voz musical quase inaudível até mesmo para os meus ouvidos. Eu parei na porta, minha mão descansando suavemente na maçaneta como se fosse abri-la. Essa foi uma das perguntas que eu tinha ouvido essa noite e que sabia a resposta.

"Ela merece a vida mais normal possível que eu puder dar pra ela. Ela apenas tem mais dez meses antes do tempo que eu aceitei transformá-la. Ela merece que esses meses sejam os mais normais possíveis. Ela não precisa ter impedimentos. Ela precisa ter diversão enquanto puder. Quem sou eu para roubar os últimos meses dela?" eu sussurrei, imóvel. Então eu caminhei para fora de casa e voltei para a da Bella. Enquanto corria eu tranquei toda a esperança que tinha me enchido quando percebi que era o pai do bebê de Bella na visão.

Um bebê.

Meu bebê.

Então uma coisa que eu havia me forçado a aceitar quando aprendi o que eu havia me tornado. Eu sempre quis, um dia, ter meu próprio filho. A visão de Alice reacendeu o desejo que ainda restava. Assim que retornei para a cadeira de balanço perto da janela, eu a fiquei assistindo, sabendo que eu já havia tomado tempo demais. Eu havia perdido seu falatório enquanto dormia.

Bella.

Minha Bella.

Eu estava determinado em não mencionar o que Alice tinha visto para Bella. Ela realmente merecia a maior normalidade possível comigo como seu namorado.

Eu apenas espero que Alice veja meu lado e mantenha a boca fechada. Deixei minha cabeça pender para frente quando percebi que a conhecia bem demais. Ela iria contar pra Bella o que tinha visto, e eu não poderia fazer nada para prevenir isso.