The Desolate Future
Capítulo 1
América suspirou impaciente, mordendo outra vez seu hambúrguer. Por que Japão estava demorando tanto? Ele tinha dito que ia apenas fazer alguns testes.
Ele olhou algumas das pinturas que Japão tinha em casa. Todas pareciam bem entediantes, assim como as tralhas que Inglaterra tinha em sua casa.
Os olhos de América se iluminaram quando teve uma ideia. Japão tinha dito que não contariam a ninguém ainda, uma vez que alguém poderia roubar ou a invenção deles talvez não funcionasse, mas certamente não haveria problema se ele contasse apenas a Inglaterra. Ele sempre foi interessado nessas coisas de viagem no tempo e espaço.
Sem contar que teria algo de que se gabar para ele.
América discou rapidamente o número em seu celular, tentando ignorar o fato de que ele parecia ter memorizado o número. Depois de alguns toques, uma voz muito cansada atendeu.
"O que diabos você quer?" Rosnou Inglaterra.
América olhou seu relógio. Era por volta de meio dia. Já que estava na casa do Japão, isso significava que seria por volta de 3 da manhã na casa de Inglaterra.
Oops.
"Oie, Iggy!" América disse animado (ignorando qualquer reclamação do britânico sobre o apelido) "Eu e Japão estamos trabalhando numa coisa super legal! Até você vai ficar impressionado!" Ele terminou a frase com sua conhecida risada. "É claro que Japão fez a maior parte das coisas técnicas, mas a ideia foi mais minha, então-"
"Olhe, América." Cortou Inglaterra. "Isso não pode esperar até amanhã?" Ele perguntou num tom irritado. "Estou no meio da noite e tenho uma reunião amanhã. Nós podemos conversar mais tarde se isso for importante, certo?"
"Espera aí, não desliga! E isso é realmente importante, é uma-"
A linha ficou muda.
"Máquina do tempo..." América finalizou, um pouco tarde demais. Ele suspirou mais uma vez, olhando para o telefone. Queria passar mais tempo com Inglaterra, mas Inglaterra sempre parecia irritado com ele por alguma razão. América sorriu sozinho, até Inglaterra o acharia genial quando ele revelasse que ajudou a construir uma máquina do tempo. Embora, sabendo como ele é, ele ainda encontraria alguma coisa para reclamar.
América olhou triste para seu telefone antes de colocá-lo na mesa e se levantar. Ele poderia dar uma olhada e como Japão estava se saindo.
"Japããããããão! Você já terminou?" América chamou enquanto andava até o jardim em estilo nipônico. Japão desviou a atenção do que estava trabalhando e sorriu para o americano.
"Ah, América-san." Disse Japão, calorosamente. "Estou quase terminando. Só mais alguns minutos." Ele sorriu outra vez.
América piscou. As coisas deviam estar indo muito bem já que Japão estava tão animado.
Os dois estavam trabalhando naquele projeto por quase um ano. América teve a ideia quando viu um programa de TV na casa de Inglaterra (alguma coisa sobre uma cabine azul?) e imediatamente foi falar com Japão. Japão pareceu cético no início, mas acabou concordando em ajudar América. Com o passar dos meses, eles conseguiam cada vez mais resultados positivos até Japão admitir que o projeto se tornaria realidade.
"Isso deve bastar." Disse Japão, dando um passo para trás da máquina que parecia uma cápsula e destoava bem do padrão do jardim.
"Sério?" América perguntou, correndo até o japonês. "Você quer dizer que está realmente pronta?" América não podia acreditar, depois de meses de trabalho duro, eles finalmente iriam fazer história.
"Deve estar." Japão respondeu. Seus olhos começaram a brilhar. "Também adicionei alguns itens extras para segurança. Por exemplo, a porta se abre automaticamente no caso de falha de energia e-"
"Japão." América interrompeu antes que ele se empolgasse num discurso longo e provavelmente chato. "Isso viaja no tempo ou não?"
"...Deve viajar." Disse Japão, hesitante. "Mas nós ainda precisamos testar e-"
"Então vamos testar agora!" Disse América animado, correndo em direção à máquina.
"O quê? América-san, espere! Pode não ser seguro, nós deveríamos-"
"Ah, vamos! Você fez um milhão de testes de segurança nessa coisa! Eu só quero ver se funciona."
Japão suspirou.
"Tudo bem, América-san... Mas... Por favor, tome cuidado." Ele às vezes se perguntava por que se incomodava em discutir com América. Quando fazia isso, América apenas fazia cara de cachorrinho sem dono até conseguir o que queria. Japão não tinha certeza sobre o que América faria se esse método não funcionasse, ele nunca foi tão longe.
"YES!" América gritou de felicidade. Ele abriu a porta da máquina e praticamente pulou para dentro.
"Mas, América." Começou Japão, ele estava começando a se arrepender de sua decisão. "Apenas tente avançar alguns minutos. E não faça nada perigoso. É uma máquina muito delicada e eu não sei o quão facilmente se quebra."
"Ok, ok." América segurou a maçaneta da porta. "Mais alguma coisa?"
"Só... Por favor, tenha cuidado."
"Quem você é? Minha mãe?" América riu. "Eu sempre sou cuidadoso. Eu sou o herói!" Ele sorriu antes de fechar a porta.
Japão olhava ansioso para a máquina, tentando não pensar nas muitas coisas que poderiam dar errado.
América olhou em volta na cápsula apertada. Como tinha uma cadeira bem no meio, quase não havia espaço para ele ficar de pé. Havia um pequeno painel na parede onde ele deveria colocar quantos minutos, horas, dias ou anos ele queria avançar ou retroceder.
"Eu deveria apenas avançar uns 10 minutos... Japão ficaria preocupado se eu demorar muito..." Ele digitou isso na máquina. Sua mão pairou sobre o botão de partida.
"Por que estou hesitando?" Ele murmurou. "Nada pode dar errado!"
Ele se sentou na cadeira. Estava apenas excitado ou coisa parecida. Obviamente não estava assustado. Heróis não ficam assustados.
América pegou uma lata de refrigerante, sem imaginar de onde aquilo veio. Ele só precisava se acalmar. Puxou o anel.
Ele imediatamente desejou não ter feito isso.
O líquido espirrou todo em cima dos controles.
"Oh, inferno!" Gritou América. Os números na parte do painel que indicava os anos começaram a aumentar rapidamente. "Inferno duplo!" Ele deu um pulo e começou a apertar aleatoriamente os botões, tentando consertar o que quer que tivesse feito.
Infelizmente, ele acidentalmente apertou o botão de partida.
A máquina começou a balançar rapidamente, derrubando o americano antes que ele tivesse tempo de gritar. Uma luz ofuscante invadiu a cápsula antes que ele tivesse tempo de imaginar o que estava acontecendo.
A máquina bateu na terra, causando uma pequena explosão de poeira e sujeira. As luzes da cápsula piscaram uma última vez antes de se apagar completamente. A porta se abriu e um americano enjoado caiu para fora. Ele caiu sobre seus joelhos, tentando com dificuldade manter o hambúrguer que havia comido mais cedo em seu devido lugar.
"Onde eu estou?" América se perguntou, olhando em volta em busca de sinais da época em que ele estaria.
Ele teve que olhar de novo.
O mundo à sua frente era seco e desolado. Não havia construções ou mesmo plantas à vista. Um vento quente acordou América de seu choque inicial, permitindo-lhe dizer as primeiras palavras que vieram a sua mente.
"O que diabos é isso?" Ele ainda não entendia o que estava na sua frente. O que poderia ter acontecido ali?
Ele voltou para a máquina. Tinha que voltar ao seu tempo.
"O que..." América olhava para a cápsula, antes iluminada. Todos os botões estavam apagados e sem sinal de vida. Ele apertou o botão de partida esperançosamente, mesmo sabendo que nada iria acontecer.
Ele estava certo.
América olhou em volta mais uma vez. Estava preso em algum tipo de deserto, com uma máquina do tempo quebrada e nenhum sinal de civilização.
Ele estava preso ali.
"...Merda."
N/T: Capítulo traduzido por mim e betado pela Naty Lupin. A fic original, em inglês, pertence à SakuraMoriChan. Mandem reviews que eu direciono para ela. ^^
É a primeira vez que trabalho na tradução de uma fic, espero que não tenha ficado ruim.
