Apenas uma garota normal de 18 anos, recém chegada em uma cidade pequena da capital de um dos países mais poderosos do mundo. Apenas mais uma provável formanda daqui à alguns meses em uma escola sem qualquer prestígio ou renome. Filha do novo sócio marjoritário do único escritório de advocacia das redondezas... Definitavamente as aparências enganam.
Quem desconfiaria de uma menina fragilizada pela morte prematura da mãe? Ninguém! Quem desconfiaria de pessoas que deveriam lutar pela justiça e defender os justos? Ninguém!
A sociedade não é cega, posso afirmar que ninguém é realmente o que diz. As pessoas não são tão ingênuas, como, às vezes, aparentam ser. Com toda certeza não!
Seres humanos são idiotas que conhecem a real decadência do mundo, que fingem não ver as injustiças cometidas, que tampam os ouvidos para apelos desesperados de um núcleo carente pedindo socorro.
O tipo mais comum são aqueles que vêem, no noticiário das oito da noite as imagens da vida medíocre e degradante de tribos africanas, viatnãmitas, e o que sai de suas bocas é um simples: "Nossa, que horror, isso não é vida!" , e colocam nos seus rostos marcados pela ignorância expressões de choque, pena. Esses são os tipos que mais me enojam.
Porém, existem os que sabem os acontecimentos catastróficos ocorridos em todo o mundo, as guerras tribais que aconteceram e ainda acontecem, são os que contribuem para isso.
A maioria da nação escolhe o caminho mais "decente", estudam, fazem faculdade e vivem, até a sua aposentadoria, em um ótimo emprego, com um família feliz, eu não me enquadro nessa categoria. Sou mais do tipo, tratada como lixo, tendo que aceitar o risco de vida por toda a infância, sendo arrastada por países e mais países, sem uma família feliz, pais com um emprego honesto, que depois de um tempo, aproveitariam sua aposentadoria em uma casa no campo, com toda a tranquilidade que o seus fins de vida precisavam.
Eu não pude escolher em que lado ficar, não tive uma infância feliz com parentes amorosos, não poderia traçar o meu destino...
Outros tiveram o prazer de fazê-lo.
