D: Eu não acredito! Que ódio! - Rosnei alto enquanto acelerava minha Ferrari vermelha o máximo possível - como ela pôde? Como eles puderam? Achei que fossem a minha família - deixei algumas lágrimas escorrerem - mas me expulsaram... Droga de vício! E eu nem me lembro mais do porquê de estarmos brigando tanto, não era só o sangue que estava afetando nossa família... Bom, tenho que achar um lugar para morar, agora vou ter que me virar por conta própria - suspirei baixo enquanto percorria uma estrada longa e deserta sem rumo algum, vai ver eu caísse em algum lugar onde poderia recomeçar...
M: Suspirei pesadamente enquanto ouvia meus pais se matando de tanto discutir na sala, Esme estava a ponto de matar alguém de tanta raiva... Levantei-me num salto quando ela me mandou, aos berros, ir atrás da minha irmã e saí pela janela, meu pai não aprovar o seu relacionamento com o garoto que era nosso vizinho já estava passando dos limites e a sua teimosia não ajudava em nada, muito menos o seu vício de sangue que resultava em mortes cada vez mais descontroladas... Fui até a garagem e levei a moto para a rua, depois me sentei nela e fiz os pneus cantarem enquanto dava a partida e seguia seu aroma pela estrada, demorou algum tempo até que eu achasse seu carro e grunhi baixo ao te ver pelo espelho - Debby! Encoste agora!
D: Te olhei pelo retrovisor - vá embora!
M: Eu não vou embora sem conversar! Encosta agora! – Rosnei.
D: Estreitei o olhar e acelerei mais.
M: Rosnei e fiz o mesmo que você até que eu te ultrapassasse, depois olhei pelo retrovisor e fiquei na sua frente, diminuindo aos poucos a velocidade.
D: Você só pode estar de brincadeira! Freei repentinamente e fiz o carro rodar 180 graus, depois voltei a acelerar e entrei em uma estrada com várias curvas e uma mata bem fechada, talvez isso te fizesse se perder de mim.
M: Grunhi e fui atrás de você - não vai escapar tão fácil! A moto é mais ágil do que o carro então se eu fosse você, pararia de uma vez!
D: Revirei os olhos - pare de me seguir! Não tem nem dez minutos que me expulsou de casa e já está atrás de mim?
M: Eu quero conversar sobre isso!
D: Vai me deixar em paz depois?
M: Sim – assenti.
D: Diminui a velocidade até parar o carro e saí dele.
M: Parei ao seu lado – o que diabos está pensando?
D: O que eu estou pensando?! O que você está pensando?! Eu estou indo embora! Caso não percebeu, você e o Carlisle acabaram de me mandar embora!
M: Quem te mandou embora foi ele! Eu estava quieta no meu canto e a Esme está surtando por causa disso!
D: Ótimo, então continue quieta e vá embora! Eu tenho que ir.
M: Você não precisa ir e sabe disso... Podemos te ajudar a controlar isso e quanto ao nosso vizinho... Bem, a Esme pode dar um jeito no Carlisle. – Pelo menos era o que eu esperava.
D: E onde você sugere que eu fique? - cruzei os braços.
M: Em casa – assenti - podemos dar um jeito.
D: Ele me mandou embora, eu vou embora, ele não gosta do Christian e muito menos do fato de eu estar matando gente por aí, eu não vou ficar ouvindo - o gritar comigo todos os dias por isso.
M: Você não precisa destruir a nossa família! - Rosnei alto.
D: Ergui as sobrancelhas e me virei - adeus... - entrei no carro e dei a partida, nossa família foi destruída já tem alguns meses...
M: Hey! Volta aqui! - grunhi e esmurrei uma árvore - QUER SABER?! VAI EMBORA! EU CANSEI! PODE IR! - estremeci por um momento antes de explodir em um lobo e sair correndo pela vegetação.
D: Apertei o volante com um pouco de força ao ouvir você gritar e senti a minha visão ficar embaçada por conta das lágrimas que desciam compulsivamente agora, saí da estrada da floresta e fiz meu caminho até Phoenix, eu tinha que destruir meu relacionamento com o Christian antes de sumir de vez, eu tinha que pensar em onde eu estudaria, o que eu faria da vida, como me manteria? Eu não tenho experiência com nada, sempre fui dependente de todos, especialmente da minha irmã, eu não sei o que fazer... Mas ela me mandou embora, então tenho que seguir meu caminho sozinha a partir de agora...
