Yo minna-san o/

Estou escrevendo essa fic junto com minha grande amiga Mel, enton esperamos que gostem da nossa nova fic o/

Kissus e boa leitura =3

Mel Dark: Cabe salientar que não conhecemos como funciona exatamente o processo de adoção... então nos perdoem qualquer falha.

R&S

Era uma bela tarde de sábado. Camus e Milo estavam em um conhecido orfanato de Atenas, vieram falar com a diretora. Finalmente o sonho do casal estava prestes a se tornar realidade: Conseguiriam adotar uma criança. Bateram à porta do escritório e aguardaram resposta. Estavam nervosos, ansiosos e felizes.

Milo e Camus já estavam casados há cinco anos, e há dois na fila de espera da adoção. Adotar já era difícil, mas quando o casal era gay as coisas se complicavam ainda mais.

Uma mulher que aparentava no máximo vinte e cinco anos abriu a porta. Tinha a pele morena, cabelos acima dos ombros, olhos pretos como os cabelos. Vestia um conjunto de saia e blazer pretos, uma blusa branca e sapatos pretos. Era uma mulher muito bonita e elegante.

- Por favor, entrem e sentem-se. Eu sou Helena, diretora do orfanato Raio de Luz – diz a morena, estendendo a mão em cumprimento- Prazer em conhecê-los.

Com um largo sorriso no rosto, Milo estende a mão para a mulher, retribuindo o cumprimento.

- Prazer em conhecê-la, senhorita Helena. Eu sou Milo e este é meu marido Kamus.

- Muito Prazer – Camus estende a mão também sorrindo, um pouco nervoso - Nós recebemos o telefonema a respeito de um garoto, que chegou faz pouco tempo. Estamos há algum tempo na fila da adoção.

- Sim, claro. Fui eu mesma quem ligou. Ele é um garoto um pouco difícil, mas como vocês colocaram na ficha que preencheram que não se importavam com a idade... Eu pensei que talvez gostassem de conhecê-lo.

- Sim, adoraríamos! - os olhos do grego brilharam em expectativa - Estamos querendo adotar independente da idade, aparência ou passado!

- Fico muito feliz em saber disso. São poucos que não se importam... A maioria dos casais prefere bebês, assim podem moldar a personalidade deles. - a morena olhou para o ruivo intensamente de cima a baixo – Mas vocês não são muito jovens para adotarem um adolescente? Vocês entendem que o Hyoga, esse é o nome do garoto, tem sua personalidade formada... Claro que vocês podem educá-lo e transmitir seus valores, porém as coisas podem não ser tão fáceis.

Camus lança um olhar suplicante para o esposo, um pedido mudo para que o loiro não desistisse da adoção.

- Não nos importamos nem um pouco com a personalidade, idade ou aparência dele, senhorita Helena. - Milo disse firme, mas ainda sorrindo.

- Assim sendo vou apresentá-los ao garoto. – a morena pega o telefone e disca o número de um ramal - Senhorita Dominique, por favor, pede para Hyoga entrar.

Alguns segundos depois a porta é aberta e por ela entra um lindo garoto, que aparentava ter seus quinze anos. Pela primeira vez naquela tarde Camus sorriu abertamente, olhando para aquele que já amava como um filho, mesmo sendo a primeira vez que o via.

- O que foi Helena? – o jovem tinha um semblante descontraído e brilhantes olhos azuis.

Helena levanta-se indo até Hyoga, passando um braço por seus ombros.

- Hyoga, quero lhe apresentar duas pessoas que estão interessadas em lhe adotar. – aproxima os lábios do ouvido do jovem, de forma que só ele possa escutar suas palavras - Você tem muita sorte pequeno... É muito difícil conseguir isso na sua idade.

- Oi Hyoga, eu sou Camus, estou muito feliz em conhecê-lo. – diz o ruivo estendendo a mão para o loirinho, sentia o coração acelerado em seu peito, finalmente teria sua família completa.

Hyoga retribui o cumprimento, mas em seguida olha para o loiro que estava do lado do ruivo com desconfiança.

- Cadê sua mulher?- Olha Camus nos olhos - Ela não se importa de você ter vindo com um amigo ao em vez de vir com ela?

- Err... – Milo pensou em se apresentar, mas perdeu a fala diante das palavras do jovem. Olhou para Camus em um pedido mudo de ajuda.

- Esse é Milo, meu esposo. Eu sou casado sim, mas não com uma mulher. – mantém o olho no olho com o loirinho - Apesar de sermos do mesmo sexo, nos amamos muito e somos muito felizes, e seremos ainda mais quando você for morar conosco.

Helena olhava a cena quieta, na verdade achava um desperdício dois monumentos daqueles juntos. Mas isso era sua opinião e não podia de forma alguma externá-la.

- Com todo o respeito, Helena – Hyoga fala de forma dura, cruzando os braços - se não se importa eu vou voltar para o meu quarto. – dirige o olhar para o casal - Por que vocês não procuram outra pessoa para adotarem, veados?

- Hyoga! – Helena falou em tom repreensivo - Em primeiro lugar, respeito, por favor! – olhou para o casal, vendo que o belo ruivo de olhos verdes está um tanto constrangido - Desculpem-me por isso, eu avisei que talvez não fosse fácil.

Camus estava quase entrando em desespero, queria adotar o menino, não esperava que ele os repudiasse. Lançou um olhar suplicante para o marido, um pedido mudo de socorro.

- Err... – Milo, fica alguns segundos sem saber o que falar, para logo em seguida se virar para Helena com o olhar decidido e voz firme - Senhorita Helena, prepare a papelada.- olhou para Hyoga e concluiu- A partir de hoje, você será criado por uma dupla de "veados" então acostume-se!

- Posso falar alguma coisa sobre isso? Será que eu posso dar a minha opinião? – Hyoga parecia irritado.

- Poder você até pode – Helena falava em tom firme – E com certeza o juiz a levará em consideração. Mas devido a sua idade e aos problemas que você já causou em outros orfanatos... Creio que se eles quiserem mesmo te adotar, no mínimo você terá que morar com eles em caráter de experiência.

Hyoga saiu da sala batendo a porta. Não queria ser adotado por eles, não queria ter "pais" gays... Mas pelo visto as coisas não seriam bem como queria.

Quando Hyoga saiu da sala Camus abraçou o esposo e sussurrou um obrigado em seu ouvido. Estava feliz por Milo ter tomado uma atitude, pois ele não soube o que fazer diante da reação do loirinho.

Helena olhava incrédula para o casal, não esperava que eles fossem querer adotar o jovem Hyoga, mesmo depois de terem sido ofendidos por ele, devido sua opção sexual.

- vocês têm certeza quem querem mesmo adotá-lo? Ainda a tempo de voltar atrás.

- Eu tenho certeza!- Milo olhou para o esposo - - O que você acha, Kyu? Ficamos com o Hyoga?

- É tudo que eu mais quero meu amor... Vamos fazê-lo entender que o importante é o amor, e não a opção sexual. Enfim teremos nosso tão sonhado filho.

- E essa é nossa resposta, senhorita Helena – diz Milo sorrindo.

Helena suspirou, em um misto de alivio e resignação. Estava feliz pelo pequeno finalmente ter encontrado pessoas dispostas a ama-lo, mas tinha o pressentimento de que a convivência deles não seria fácil.

Após aquele primeiro encontro com Hyoga, o casal ainda voltou várias vezes ao orfanato pra visitar o loirinho, bem tiveram que comparecer a inúmeras audiências judiciais. Hyoga nunca se manifestou contra a adoção diante do juiz... Sabia que sua "ficha" não era a mais limpa, e não queria criar maiores problemas para si mesmo, porém sempre tentava convencer Helena a não deixar que o casal o adotasse... O que não surtia muito efeito, tendo em vista que a diretora achava que ele acabaria sendo feliz convivendo com Camus e Milo.

Finalmente o grande dia chegara, e o casal estava no orfanato para levar seu mais novo filho para casa, após toda a burocracia que tiveram que enfrentar para adotar Hyoga, foi concedido a guarda provisória. Helena havia ligado para eles no dia anterior, pedindo que viessem ao orfanato, para assim, assinarem os últimos papéis.

- Vocês estão mesmo certos de que estão fazendo a coisa certa?

- Sim – Camus respondeu firme, é claro que adotar Hyoga era a coisa mais certa que poderia fazer na vida.

-Se é o que querem... - Ela se dirigiu ate a mesa, pegando alguns documentos - É só assinarem, e daqui a um mês uma assistente social irá até a casa de vocês, ver como estão às coisas.

Camus assina o documento com um enorme sorriso nos lábios, passando em seguida a caneta para o esposo, pra que também pudesse fazer o mesmo.

- É, Kyu, a partir de hoje, somos pais.

- Nós formaremos uma família feliz, meu amor. Obrigado por isso. – Camus responde dando um selinho demorado no marido.

A diretora da instituição olha a cena comovida. "espero que ele tenha razão, vou torcer muito para que tudo dê certo", pensou a morena com um discreto sorriso nos lábios.

Enquanto isso um loiro emburrado estava em seu futuro ex-quarto, arrumando as malas sem nenhuma vontade.

- Droga de veados que me perseguem. - sorriu de uma maneira estranha - Pois quero ver eles quererem ficar comigo por um mês sequer.

Minutos depois todos estavam no carro a caminho de casa. Hyoga estava de braços cruzados no banco de trás, com o semblante fechado e visivelmente irritado. Não falou nada desde que saíra do orfanato.

- Hyoga, eu espero que você se sinta bem em nossa casa. Já está tudo pronto pra te receber, seu quarto está arrumado - Camus falava com um sorriso nos lábios.

Hyoga sequer olha para o ruivo.

Milo lança um olhar triste para o loirinho, e em seguida para o esposo, que parecia tão mal quanto ele com a indiferença do jovem.

- Nós vamos conseguir Milo. – o ruivo diz baixinho, para que só Milo escutasse.

- Assim espero Kamyu. – responde triste pegando a mão do marido a apertando, pedindo forças.

- Por que vocês não param logo com isso na minha frente? Eu não sou surdo, posso ouvi-los – resmunga Hyoga com o semblante ainda mais irritado - Além de me trazerem contra minha vontade, ficam fazendo boiolices na minha frente.

- Hyoga, somos sua família agora, e é bom você se acostumar que somos um casal. Não vamos mudar nosso comportamento por você, afinal de contas amar não é errado. – Camus diz em tom sério e firme.

- Foda-Se. – o jovem loiro responde com indiferença - Vocês não vão mudar seu comportamento, eu não vou mudar o meu tampouco os aceitarei como minha família.

- Veremos!- responde o ruivo suspirando frustrado. Estava disposto a conquistar o amor e respeito do jovem a qualquer custo. Não sabia explicar por que, mas desde que bateu os olhos no loirinho pela primeira vez, sentiu como se o conhecesse desde sempre.

- Vamos vocês dois, se acalmem. – Milo tentava amenizar a situação.

- hunf – Hyoga dá de ombros.

Camus fica quieto, respirando fundo, tentando se acalmar, viu que já estavam se aproximando da residência do casal, ou melhor, da família, pois era isso que eram agora.

- Veja, Oga, está será sua nova casa! – Milo diz sorrindo abertamente.

- Você não tem o direito de me chamar de Oga! – o loiro mais novo parecia ainda mais irritado com o apelido carinhoso pelo qual seu "pai" o chamou.

- vamos dar um tempo pra ele Mi – Camus diz, saindo do carro em seguida - vamos conhecer a casa Hyoga.

-... – sem proferir nenhuma palavra o loirinho sai do carro com suas malas, observando atentamente a fachada do imóvel - Huh...Até que é bonita...

Os três seguem para o interior da residência, indo direto para o quarto de Hyoga, Camus e Milo queriam que ele conhecesse primeiro seu espaço particular e descansasse um pouco antes de mostrarem o resto da casa, afinal teriam muito tempo para isso.

- Este é seu quarto, espero que goste. - Camus estava um pouco inseguro, será que o loirinho iria gostar do quarto que fora preparado pra ele com tanto carinho?

- Eu mesmo que decorei! – completa Milo com um enorme sorriso nos lábios abraçando o esposo.

- É... Bonito. Obrigado.

- Não tem muitas coisas porque assim você pode ir decorando do seu jeito.

- Bem, vamos deixar você sozinho, para que arrume suas coisas e tome um banho. Daqui à uma hora nos iremos jantar. – Camus fala mais aliviado por Hyoga ao menos ter gostado do quarto.

- Ok – responde o loirinho indo arrumar as malas, ainda sem sorrir ao menos uma vez desde que conhecera o casal.

Milo e Camus saem do quarto, fechando a porta, ainda abraçados.

- Ele ainda vai nos aceitar Mi, eu tenho certeza disso.

- Mas Kyu... Você viu, não viu? Ele sequer deu um sorriso para nós! E se... Eu não conseguir ser um bom pai para ele? E se ele não aceitar agente? – o grego parecia triste.

- Meu amor, ele vai nos aceitar. – o ruivo estava entristecido, porém decidido - Hoje é apenas o primeiro dia dele conosco. Nós vamos conseguir conquistá-lo, tenha fé. – conclui dando selinho nos lábios do esposo.

- É... Você deve ter razão, Kyu... – sorri para o marido - Vou preparar o jantar, me ajuda?

- Claro.

Seguiram para a cozinha a fim de preparem o primeiro jantar em família de muitos que ansiavam ter.

Continua...

R&S

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