Meu melhor amigo ...
Por: Sofy-chan
Prólogo O melhor amigo
Todos que conheço dizem que tenho uma vida de cão.
É irônico, mas ao contrário do que possam pensar, minha vida é maravilhosa e não tenho que reclamar.
Claro, também não posso confirmar que em minha curta existência eu não tenha tido obstáculos, mas nada quê minha persistência e extrema sabedoria em saber o que é certo e o que é errado não tenham me ajudado.
Ok, ok...Vocês podem até me achar um convencido, entretanto, raciocinem comigo: Se eu fosse mesmo um metido, então teria de me elogiar mais, certo?!
Mas deixando tais ponderações de lado, permita-me explicar um pouco mais sobre mim.
Chamam-me de InuYasha. Dizem que tenho um corpo forte e esbelto e eu concordo, apesar de não me importar. Tenho longos cabelos brancos ou prateados, como preferir. Meus olhos são de uma coloração amarela, chegando quase ao dourado. Possuo garras e caninos, o que é natural em minha raça.
Entretanto, o que mais chama atenção em meu ser não é meu porte altivo, mas as macias orelhinhas brancas no topo de minha cabeça. Posso dizer que isso é meu carma... Devo ter jogado pedra na cruz na outra encarnação, não é possível! Basta apenas um leve movimento que logo me vejo cercado de mulheres querendo acariciá-las.
É impressionante, sério. É como se minhas orelhas fossem imãs super potentes e as mulheres parafusos, ou "porcas" em minha preferência.
Não que eu recuse um bom afago, pelo contrário... Mas não pode ser de qualquer um. Só ela tem as mãos certas... Só ela permito tocar minhas orelhas... Só ela faz que com seu agradável toque eu me sinta bem...
Ela...
Espreguiço meu corpo por cima do sofá, o qual estou deitado, tomando em seguida uma expressão deleitosa com a lembrança daquela que preenche meus dias com seu sorriso.
Mas não é qualquer sorriso, não mesmo. É um sorriso contagiante e impregnado de pureza que somente ela é capaz de produzir e isso simplesmente me deixa louco.
A cada traço de felicidade, que seu delicado rosto toma, sinto meu coração palpitar e um sorriso aflorar em minha expressão normalmente séria.
Pode parecer coisa de apaixonado, mas o que eu posso fazer se toda vez que encaro aqueles magníficos orbes azuis tenho vontade de virar poeta? Eu sei que é meio meloso, mas se você se apaixonasse, se sentiria assim também.
O nome dela é o doce acalanto de meu coração. Kagome, Kagome, Kagome... Não me canso de pronunciar!
Moramos no mesmo apartamento faz somente dois anos, mas para mim é como se a conhecesse a vida inteira.
É claro que nesse meio tempo nunca expressei meus sentimentos, e nem poderei. Prefiro estar sempre perto dela, apreciando sua felicidade ao incomodá-la com um sentimento ,o qual sei, não será correspondido.
Mas não custa nada sonhar, certo?
Balanço minhas orelhas ao escutar o som de passos no corredor. Levantando-me empolgado, logo em seguida, quando reconheço o cheiro da pessoa que se aproxima.
- "Kagome!" -É meu pensamento antes de saltar do sofá para esperar pela entrada da dona do nome.
Com alegria explícita, esperei-a no corredor que dava para a porta de entrada. Exclamo em boas vindas quando a barreira de madeira é afastada, deixando-me avistar a dama de meu coração.
Mas... sua cabeça está baixa? Porquê ela não me olha? Minha expressão foi desfalecendo até que ela levantou os olhos inchados para mim.
Seu rosto estava manchado pelas trilhas de lágrimas e seus olhos vermelhos, demonstrando o longo tempo em que esteve chorando. E o pior... Era a expressão sofrida que carregava.
Senti uma dor enorme tomar conta de meu coração , assim como uma vontade assassina de pegar o cretino que fez a MINHA Kagome chorar.
Ela fechou a porta lentamente, passando diretamente por mim e deitando-se, encolhida, no sofá que antes eu habitava.
Observei-a com tristeza em meus olhos, não gostava de vê-la assim... Não gostava de presenciar aqueles olhos azuis, antes tão cheios de alegria, tornarem-se infelizes e maculados pelas lágrimas.
-Ele me deixou, Inu...-Levantei minhas orelhas, atento quando ela começou a falar.- Kouga me deixou...-
Ela voltara a se debulhar em lágrimas, fazendo meu coração arder a cada gotícula derramada.
- "Kouga..." –Lembrei-me com raiva.
O maldito que roubou Kagome de mim...
Eu sabia que não poderia confiar nele desde o primeiro momento que o vi. Ele e aquele sorrisinho esnobe, fazendo-me desconfiar de suas intenções e saber que aquelas gentilezas oferecidas a minha Kagome eram tudo fachada.
Ele era um lobo na pele de cordeiro em minha opinião. E como todo lobo possuía um cheiro desagradável.
Era isso o que ele era! Um lobo, um lobo fedido! O lobo fedido que ousou esfregar na minha cara que quem tinha Kagome era ele...
E que agora, recebe mais duas descrições por parte de mim: o homem que ousou partir o coração de Kagome; e o primeiro homem a morrer por minhas garras.
Se esconda, lobinho, porque se eu te ver... Eu te mato.
Parei com aqueles pensamentos quando Kagome soluçou um pouco mais alto.
Aproximei-me dela, sentando a sua frente e olhando-a com ternura.
- "Não fique assim..." –Pensava enquanto continuava a observá-la.- "Aquele lobo não vale suas lágrimas..." -
Num gesto ousado, lambi as lágrimas que escorriam por aquele rosto delicado, acabando por chamar sua atenção.
Balancei minhas orelhas para cima e para baixo. Isso sempre a agradava e desta vez não foi diferente.
Ela sorriu levemente antes de esticar sua mão e afagar, com aqueles dedos tão quentes e macios, minha orelha esquerda.
Fechei os olhos em agrado, encostando, logo após, meu rosto ao dela.
-Você é tão carinhoso comigo, Inu-chan...-Aquele apelido me desagradou um pouco, mas decidi continuar apreciando aquele afago sem me mexer.-Não sei o que faria sem sua companhia...- Ela suspirou para depois abrir um sorriso maior para mim.
Meu coração acelerou de felicidade.
Ela estava sorrindo. Aquele sorriso que fazia seus olhos azuis brilharem e seu rosto tomar traços mais suaves e risonhos.
Eu me senti no céu, até que ela me puxou para seu colo e falou aquilo que mais me desagradava.
-Você é um ótimo cãozinho, Inu-chan! Não tem bichinho de estimação melhor que você!-
Ok! Meu mundo caiu! Todo aquele encanto de antes se desfez em mil pedacinhos, caindo, um por um, sobre minha cabeça com os dizeres: REALIDADE.
É isso mesmo o que você ouviu...
Eu na realidade sou isso... Um cãozinho de estimação, um pastor branco para ser mais exato.
Vida cruel está que Deus me deu, onde me deixa o fardo de ser um animal consciente e podendo, assim, amar um ser humano!
Afinal, onde já se viu um cão se apaixonar por sua dona humana? Mas bem, é isso o que ocorre comigo, e vocês nem imaginam como dói saber que nunca poderei ter meu amor correspondido.
Pelo menos não da maneira que quero.
Saí daquele colo quente quando ela fez menção de se levantar. Observei enquanto ela esticava seu corpo esguio para espreguiçar-se. Admirei cada movimento daquele corpo com cobiça, mas ao mesmo tempo com profunda nostalgia por saber que nunca poderia tê-lo.
- "Eu tenho uma vida de cão..." –Grunhi.
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Oyahoo, gente!!! o/
Primeiramente eu gostaria de me desculpar pela demora de minhas outras fic's...
A vida está difícil e as idéias são cada vez mais escassas...(mato aquele que me disse uma vez que escrever era relaxante... ¬¬) Então ponho está outra fic que tenho em meus arquivos para compensar enquanto digito as outras já postadas!
Eu sei, eu sei, sou uma mulher enrolada, mas isso já não é novidade em minha vida... Eu nunca consigo terminar algo, mas estou tentando o máximo que posso para continuar!
Está fic eu me baseei em um sonho que tive (muito doido ´) e que provavelmente surgiu em base de um filme que eu devo ter visto em alguma época de minha infância perdida...
Agradeço a Bella por me ajudar com este prólogo! Sem ela está idéia nunca se desenvolveria tão bem!
Beijos a Artis que me auxilia muito em todas as minhas idéias! Querida, sem você as minhas fic's não vingam! XD
1000 vivas a Naru-Jabuticaba, que corrigiu essas pag's para mim! VIVA VOCÊ, NARU!!! o/
Bem, espero que curtam a fic! Esse é apenas o prólogo, esperem em breve pela continuação desta minha querida fic (e de minhas outras)!
Namárië!!!
(DarkSofy)
