OBS 1: Sim, a capa foi eu que fiz juntando 8 imagens. Essa é, efetivamente minha primeira fic
Obs 2: Lyte é o velho que fica na loja do aram no time azul. ele é o tio de ezreal.
OBS 3: para uma experiência mais intensa recomendo acessar os links que deixarei exposto na fic. eles são a "trilha sonora" que encaixam com maestria em algum determinado trecho. deixem tocando enquanto leem.
Imagem: . /_cb20130430175461/leagueoflegends/images/0/06/The_
OST: watch?v=yEKsdLeGh_g (copiar e colar)
Capítulo 1 - Paredes Manchadas
em algum lugar nas ruínas de Freijord...
Em algum lugar nas ruínas de Freijord...
Um homem de setenta anos atravessou as ruínas, passando as mãos de sangue sobre as paredes rochosas, deixando um macabro rastro vermelho. Ele se dirigia o mais rápido que podia pelo corredor rochoso, olhando constantemente para trás, como se fugisse de alguma coisa. O idoso deixou-se ficar estendido por um instante, para tentar recuperar o fôlego e avaliar a situação. "Ainda estou vivo", pensou. Ele começou a procurar desesperadamente um local para se esconder.
– Não deveria se esforçar tanto. Para um homem na sua idade, isso pode lhe fazer mal. - disse uma voz
Paralisado, o velho virou lentamente a cabeça em direção a voz. A sombra de seu atacante cobria-o. Ele era alto, com uma pele espectralmente pálida e longos cabelos brancos e os seus olhos eram de um vermelho-escuro, ele trajava uma roupa com um casaco cor de sangue. O homem olhava para o idoso com uma feição calculista e um sorriso que mostrava um ar de superioridade. Ele estendeu as mãos em direção ao idoso como se esperasse receber alguma coisa; nas pontas de seus dedos haviam lâminas.
– Não deveria ter fugido, senhor Lyte - falou o homem - agora me dê o pergaminho. Precisamos dele para traduzir as paredes de runas.
– Vocês não sabem com que estão mexendo! - o velho indefeso disse, agora ajoelhado no corredor
– Um poder como esse não deve ser desperdiçado.
– Volte para Noxus, Vladimir, diga a Swain que ele não vai conseguir o que deseja! - pragueja o senhor
– Cuidado com as palavras.- Vladimir movimenta a mão e com isso, faz com que o sangue de Lyte acelere, então seu coração começa a bater descompassadamente - agora, onde está o pergaminho que traduz os murais de runas?
Lyte não conseguia respirar. Ele inclinou um pouco a cabeça e ergueu as mãos em um gesto de defesa. – espere, eu direi o que for necessário! – disse ele ofegante. Lyte pronunciou as palavras seguintes com muito cuidado; havia ensaiado aquela mentira por semanas.
– Excelente. - disse Vladimir, satisfeito ao escutar a explicação
Vladimir aproximou-se e cravou a lâmina de seu dedo no idoso. – Obrigado – O homem falou em seu ouvido. Lyte sentiu como se um lança tivesse atravessado o seu peito e então cai para trás, lutando contra a dor. Lentamente, rolou sobre si e olhou para seu assassino. Vladimir contemplou por alguns instantes pobre senhor, que agonizava no gelado chão e se retirou.
Lyte olhou para pequeno orifício da ferida, que era um ponto negro orlado com sangue. Ele sabia que tipo de morte o aguardava, Vladimir havia mexido em sua corrente sanguínea. Dez minutos, era o tempo de vida que o restava com a hemorragia que o seu assassino tinha causado. Mesmo assim o medo que o dominava era muito maior que sua morte. Lyte fechou os olhos e um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente, em um misto de tristeza e medo. Ele pensou em seu sobrinho, Ezreal, a única família que restava. – Preciso fazer alguma coisa – disse para si mesmo, – Esse segredo não pode morrer comigo!–.
Então, o seu robô se aproximou. Ele respirou fundo e juntou as forças para instruir o seu fiel companheiro. – Preciso que você encontre Ezreal e diga aonde estão os estudos. – O robô relutou para deixar seu mestre, – Vá! – a maquina se encostou no rosto de Lyte como se desse um beijo de despedida e se retirou.
Seus olhos se tornaram pesados e seu corpo já não respondia a estímulos. Lyte olhou para o lado e viu uma cena do seu passado, que se desenrolava como um filme. Era translúcida, como se não pertencesse aquela realidade, mas a um outro plano. Ele se viu jovem e do seu lado uma criança o acompanhava. Lembrou-se de um momento em particular, o qual o garoto ainda pequenino e curioso lhe perguntava ansioso, com as madeixas loiras desgrenhadas balançando por seu rosto:
– "O que é isto?" - Perguntou-lhe animado, apontando para o óculos na mão de seu tio.
– É um óculos, pertenceu à sua mãe. Este é meu presente de aniversário para você - Respondeu, afagando seus cabelos e sorrindo de forma gentil.
O garoto deu um abraço no seu tio e experimentou-os com um sorriso resplandecente no rosto. A cena se tornou etérea até se esvanecer. Lyte ensaiou um pequeno riso no canto da boca e seus olhos se fecharam lentamente para a eternidade
