Disclaimer: Harry Potter não me pertence. Nem mesmo essa fanfic, que é uma tradução da fanfic The Muddy Princess, da Colubrina, esta é apenas uma tradução.
N/A: A classificação dessa história é um M MUITO leve. Se você está aqui procurando por ação explícita, você ficará desapontado. "Traído" foi uma palavra que um leitor usou. Então apenas pare de ler agora e não perca seu tempo se esse for realmente o seu sentimento.
Resumo:Apenas mais uma história da Hermione Sangue-Puro. Uma adoção secreta revelada, um irmão encontrado, um novo mundo a ser descoberto: "O que você está esperando que seja?" ele perguntou enquanto eles paravam, se preparando para fazer o feitiço. "Eu não sei." Hermione admitiu. "Você?" Suas juntas estavam claras, enquanto segurava a varinha. "Uma irmã," ele disse, sua voz bem baixa, "eu estou esperando uma irmã." Fanfic original ganhadora do 2015 Energize WIP Awards - Fanfic Original COMPLETA/Tradução em Andamento
N/T: Eu não costumo acompanhar fanfics Draco/Hermione, mas como essa ficou MUITO BOA, eu acho que é mais do que necessário a disponibilizar para todos lerem.
Colubrina escreve muitíssimo bem, e agradeço imensamente o fato de que ela deixou que eu traduzisse para o Português.
A tradução do título seria algo como A Princesa Sangue-Ruim, mas acho a versão original muito melhor. O link para a fanfic original pode ser encontrada logo abaixo:
https(dois pontos) / / www (ponto) fanfiction (ponto) net/s/11149377/1/The-Muddy-Princess (retire os espaços e coloque os pontos)
Espero que todos apreciem a história, e não se esqueçam de mandar seu amor também para a autora original, Colubrina
AVISO: Esta fanfic possui autorização da autora para ser traduzida e publicada, contudo, a tradução está apenas no fanfiction. Se você encontrar a mesma em outro lugar, favor denunciar. PLÁGIO É CRIME!
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- Adotada? – Hermione Granger encarou o procurador dos seus pais com descrença. – Eu sou adotada? Mas ninguém nunca...
- O documento de adoção original especificou sigilo até que você fizesse dezoito anos. – O advogado fez uma leve careta – Pelo o que eu me lembro, os seus pais biológicos queriam que os registrados ficassem selados para sempre, mas nós argumentamos que não seria justo com você.
- Eu fiz dezoito já há algum tempo. – Hermione disse. – Porque eu só estou ouvindo sobre isso agora?
Isto não era o que ela esperava quando a chamaram para comparecer no escritório do homem. Seus pais – seus pais adotivos, aparentemente – não iriam voltar da Austrália. Ela havia feito um feitiço para apagar tudo o que eles sabiam sobre ela e lhes deu novas identidades, mas não havia volta para o que ela havia feito, já que ela alterou suas memórias tão profundamente. Então eles foram declarados mortos e ela se preparou para resolver o que restava de suas propriedades.
Ela achava que essa reunião fosse para isso. Assinar esse formulário do banco, liberar esses financiamentos, seus pais queriam que essa coisa com algum significado sentimental fosse para tal parente.
Não, oh!, a propósito, você é adotada.
Ela pegou o arquivo enquanto o homem se apressava em explicar como ele não conseguia encontrá-la para informar sobre isso quando os registros foram legalmente abertos para ela, porque, obviamente, ninguém conseguia encontrá-la. Ela estava se protegendo dos bruxos das Trevas, em uma tenda e correndo. Ela não estaria muito bem escondida se um advogado trouxa conseguisse ligar para ela a qualquer momento.
Ela abriu a pasta e retirou os documentos de dentro, não esperando ver nada de diferente da típica história da adolescente se livrando de um erro.
Ela piscou quando viu o nome nos documentos e levantou o olhar até o advogado.
- Você tem certeza de que é isso mesmo? – ela perguntou.
Ele pareceu seriamente ofendido
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- Adotada? – Ginny chamou pela garçonete e pediu mais uma rodada. – Sério? E você só descobriu isso agora? Sem querer ser rude, Hermione, mas trouxas são estranhos.
- Oh? – Hermione perguntou, virando mais um shot. – Porque não há adoção no mundo bruxo?
- Não realmente. – Ginny disse. – Não que eu já tenha ouvido falar, em todo caso.
- Bem, você está ouvindo agora. – Hermione disse.
- Bem... sim... quer dizer, você é uma bruxa, mas ainda é nascida trouxa.
Hermione bufou e puxou a pasta de dentro da bolsa, a entregando para Ginny. Ela leu uma vez...e então releu.
- Você está brincando comigo? – ela finalmente perguntou.
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Hermione enviou uma coruja na manhã seguinte. Acabei de descobrir, ela escreveu, completando em seguida com eu vou entender se você não quiser manter contato e não vou ficar ofendida, apenas achei que você deveria saber.
Seu irmão não respondeu sua carta; ele apenas apareceu em seu flat e ela abriu a porta para olhar dentro da profundeza azul que eram os olhos de Theodore Nott.
Ela esperava que ele fosse estar com raiva, ou ressentido, mas ele apenas entrou em seu flat sem dizer nada além de "com licença" e se jogou no sofá dela.
- Nós precisamos fazer um teste de DNA. – foi a primeira coisa que ele disse e ela concordou antes de começar afalar em agendar para fazer os exames de sangue para fazer o teste, mas ele a cortou imediatamente.
- Trouxa. – ele disse, discordando. – Nós podemos apenas fazer um feitiço.
Ele lhe entregou um livro, uma página marcada, e ela leu o feitiço. Tudo o que eles tinham que fazer era conjura-lo. Luz branca significava que eles eram irmãos. Uma luz colorida significa diferentes níveis de consanguinidade, todas explicadas em uma tabela no livro. Nenhuma luz significa sem relacionamento sanguíneo.
- O que você está esperando que seja? - ele perguntou enquanto eles paravam, se preparando para fazer o feitiço.
- Eu não sei. – Hermione admitiu. - Você?
Suas juntas estavam claras, enquanto ele segurava a varinha.
- Uma irmã, – ele disse, sua voz bem baixa, – eu estou esperando uma irmã.
Ele conseguiu uma.
Uma bola de luz branca os circundou logo depois que eles conjuraram o feitiço.
- Vamos fazer de novo. – Hermione pediu. E eles fizeram, e então uma terceira vez, então ele pegou uma garrafa de uísque de fogo.
- Vim preparado para celebrar, – ele disse. – só para o caso se fosse verdade. Mas eu não trouxe nenhuma taça, então eu espero que você tenha algumas.
Eles brindaram e começaram a beber e conversar.
Ele contou sobre os seus pais. Eles se casaram quase imediatamente depois de colocarem Hermione para adoção, conceberam de novo em seguida, como todo mundo dizia do quão apaixonado eles eram um por outro, apesar da diferença de idade, mas também contou como a mãe deles morreu jovem. Tão jovem que Theo não se lembra dela, e em como isso fez com que seu pais se fechasse para o mundo.
- Ele não era abusivo nem nada disso, – Theo se prontificou a assegurar para Hermione. – ele era apenas... distante.
Ele estava em Azkaban agora.
Theo se apressou em levantar a manga da blusa e mostrar sua pele limpa.
- Eu não sou um. – ele disse. – Criado para isso, com certeza, mas aquele bastardo morreu antes que alguém pudesse me marcar.
Ela contou para ele sobre sua família, sobre férias de verão e aulas de balé e como os seus pais ficaram excitados quando descobriram que ela era bruxa. E ele ficou a observando falar, sua melancolia crescendo lentamente, até que ela parou e perguntou o que estava errado.
- Você ficou com o melhor final, na minha opinião. – ele disse, a criança solitária, filho de um homem taciturno e fanático. – Eu sempre quis... não que isso importe.
Ela se aproximou e pegou suas mãos, ele deixou que um sorriso varresse as péssimas memórias para longe.
- Hermione Granger é a minha irmã mais velha, quem diria?
- Pouca coisa mais velha. – Ela reclamou. – Quase gêmeos.
- Se nós fossemos gêmeos talvez eles nos mantivessem, os dois. – ele disse, sua face escurecendo novamente. – Não tentariam esconder o seu pequeno erro pré-matrimonial em uma casa trouxa onde ninguém poderia encontrá-la. – Sua expressão escureceu mais ainda, agora pela raiva. – Eles deveriam saber o que aconteceria, que você era uma bruxa e iria para Hogwarts, seria descriminada por ser sang... nascida trouxa.
- Foi o que era para ser. – ela disse.
- Não era a coisa certa a ser feita com você. – Theo disse. – Se eu soubesse... – adicionou, sua voz sendo tomada pela culpa. – Se eu soubesse, a escola teria sido bem diferente para você. Você não teria que ter passado pelo o que passou.
- Eu fui bem. – Hermione disse. – Talvez agora eu saiba porque o Chapéu Seletor pareceu tão confuso comigo.
- Maldito trapo velho. – Theo disse. – Ele deveria ter te colocado na Sonserina. Notts sempre vão para a Sonserina.
- Ora essa! – Hermione disse. – Teria sido o inferno para mim. Inferno absoluto. Não, obrigada. Eu gosto dessa vida tranquila sem ter que lidar constantemente com pessoas que se importam um pouco demais com a linhagem sanguínea dos outros.
Theodore Nott olhou para sua recém-encontrada irmã e começou a rir.
- Oh, Hermione! Eu tenho algumas notícias realmente ruins para dar a você.
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Eles decidiram que começariam a se encontrar uma vez por semana, no almoço, para lentamente começarem a se conhecer melhor. Hermione estava com medo de ser convidada para se mudar para a Mansão Nott, mas Theo admitiu que não apenas o Ministério havia confiscado a casa da família como parte das reparações devido a participação da família na guerra, como ele estava feliz em se ver livre da casa.
- Fantasmas, pinturas antigas, artefatos das artes das trevas largados por todo o lugar. É uma coisa desagradável atrás da outra. Não, obrigado. Deixa o Ministério ter que lidar com todo aquele lixo.
- Você é... – ela não sabia como perguntar se ele precisava de dinheiro.
- Pobre? – Theo perguntou e teve que sentar em um banco no parque onde eles estavam caminhando, porque estava rindo...muito. Finalmente ele respondeu. – Não, Hermione. Eu não sou pobre. E nem mesmo você. Mais ricos que Creso, nós dois, mesmo sem aquela casa velha.
- Nada disso é meu. – ela objetou, mas ele apenas rolou os olhos.
Haviam algumas coisas, Hermione já havia notado, que não valia a pena argumentar contra. Ela não iria pegar nenhum nuque do dinheiro dos Nott e ele continuaria insistindo que metade era dela e ambos ficariam felizes.
Ela possuía vários direitos e privilégios como uma puro-sangue aristocrata, alguns que ele gostaria que ela aprendesse e mais uma coisa que ela continuava insistindo ser sem-sentido.
- Eu sou sua irmã bastarda, nada mais. – ela disse na primeira vez que ele citou o assunto e ele apenas deu de ombros ao ver a sua expressão determinada.
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- Você-gostaria-de-jantar-n'A-Toca? – Hermione disse as palavras apressadamente e Theo levantou o rosto e a encarou por cima do seu prato de fish'n'chips que ele estava comendo em seu almoço semanal.
- Os Weasleys. – ela disse, explicando. – Eles querem te conhecer. E o Harry.
- Seus amigos traidores do sangue querem me conhecer? – Ele perguntou, e corou quando ela estreitou os olhos ao ouvir o insulto.
- Não os chame assim. – ela disse e ele bufou, se desculpando.
- Eles são bem legais. – ela disse, tomando fôlego e falando mais calmamente. –E eles sabem que eu fui adotada, sabem de você e querem conhecer você e você e seu sangue ari...
Ele levantou a mão para parar seu discurso ultrajado.
- Feito.
Ela estranhou, todas as razões e argumentos que ela havia preparado, de repente, eram sem sentido, face à fácil aquiescência dele.
- Mas com uma condição. – Ele adicionou.
- Qual?
- Você tem que concordar em conhecer meus amigos também.
Hermione abaixou seu garfo e encarou seu irmão do outro lado da mesa.
- Quais amigos seriam esses? – ela perguntou cautelosamente.
- Draco e Blaise. – Theo respondeu.
- Não. – Hermione respondeu, congelada em seu assento. – Definitivamente não.
Theo bufou.
- Então acho que não irei conhecer sua pequena família substituta.
- Isso não é justo! – ela disse e ele sorriu para ela, e ela podia se sentir cedendo, mesmo tendo se preparado mais fortemente do que antes. – Os Weasleys nunca fizeram nada contra você, nem mesmo uma única coisa, e eles estão prontos para abrir a porta de sua casa e seus corações para você apenas porque aconteceu de nós dois termos os mesmos pais, e você está pronto para ignorar isso porque eu não quero socializar com Draco-esnobe-Malfoy.
Ela começou a chorar no final de seu discurso e limpou as lágrimas com um curto gesto, com raiva. Por que ela sempre chorava quando ela estava chateada assim? Ela se perguntou. Por que ela não poderia ser coerente e controlada e calma?
- Com licença. – ela murmurou e se levantou rapidamente para ir ao banheiro para jogar um pouco de água no rosto e se recompor.
Não havia dado dois passos quando Theo passou seus braços ao redor dela e, jogando o dinheiro na mesa, a puxou para fora do pub e a encaminhou para a relativa privacidade de um banco próximo da fonte do outro lado da rua.
- Eu sei como Draco pode ser um pouco idiota... – ele começou a dizer, e ela olhou para cima, afastando a blusa que ela usava para enxugar o rosto, encarando o irmão com descrença.
- Um pouco idiota? Ele me chamou de sangue-ruim por sete anos. – Ela disse. – Ele ficou parado em sua casa e assistiu a tia dele me torturar. – Ela pegou o lenço que Theo estendia e limpou seus olhos antes de adicionar. – Para ser justa, ele não tinha escolha sobre isso. Mas ele é responsável pelo bullying na época da escola.
- Eu posso te garantir que ele não irá te chamar de Sangue-Ruim mais. – Theo disse.
- Eu deveria me sentir melhor que babaca prejudicial não vai mais ser babaca comigo, mais? – ela perguntou. – Eu deveria tomar um chá com ele enquanto o escuto dizer "Hey, me desculpe por ter te insultado e pensado que você era contaminada com as piores doenças. Meu erro, acontece que você era uma das eleitas afinal de contas. Claro que os outros ainda são vermes.
- Eu te insultei também. – Theo disse calmamente. – E você me perdoou.
Ela soluçou por trás do lenço.
- Hermione, – Theo olhou para seus pés enquanto falava. – eu nunca havia conhecido um nascido trouxa, nenhum. Você sabe como o nosso pai era; ele achava que matar aqueles que considerava inferiores a ele era razoável e certo e... como eu poderia ter crescido naquela casa e não ter sido prejudicado? Você não está sendo justa.
- Você mudou. – ela murmurou.
Ele bufou e não olhou para ela.
- Porque eu tive que ver você como uma pessoa, já que você é a minha irmã, sim. Porque eu sou esperto e honesto o suficiente para admitir que se você é inteligente e engraçada e vale o meu tempo como uma irmã sangue-puro, você era todas essas coisas quando era a sangue-ruim que andava com o Potter.
- Se essa é a sua forma de me convencer a me encontrar com o Malfoy...
- Mas você não deu a ele essa chance! – Theo persistiu. E eles sentaram em silêncio enquanto ela se recusava a admitir que ele tinha um ponto. E ele ainda acrescentou ao final. – E eles são tudo o que eu tenho fora você. Nossa mãe está morta, nosso pai está em Azkaban, e o mundo vai congelar antes que eu saia com Greg Goyle e ature sua estupidez de propósito.
- Pansy Parkinson? – Hermione disse, tendo outro soluço.
Theo estremeceu.
- Isso é crueldade. – Ele disse.
E então...
- Por favor, Hermione. Por mim. Dê uma chance aos meus amigos.
- E você irá para A Toca? – ela perguntou.
- Você conhecendo Blaise e Draco ou não. – Theo prometeu.
- Você é um bastardo manipulativo, você sabia? – Hermione perguntou para seu irmão, e ele sorriu para ela, porque ele sabia que havia ganhado.
