Olá! Peço perdão pelos erros de português que possam encontrar no texto, meu idioma original é o espanhol, e estou tentando lhes escrever em português. Espero que gostem.
Estes personagens não me pertencem, e sim a J. K. Rowling.
Esta história está escrita como continuação do sexto livro e o escrevi com a ajuda de Ichi-Hana.
A CAMINHO AO GODRIC'S HOLLOW
A garota estava deitada de costas na velha cama de madeira, coberta por um lençol. Pra ela, era estranho voltar a esse quarto, a essa casa, depois do que havia descoberto. Ainda pensativa, se sentou na cama, passou os dedos pelo seu cabelo vermelho obscuro que chegava até a cintura e investigou o quarto com o seus olhos castanhos: a pintura estava se descascando, a janela estava coberta por tábuas e o fino raio de luz que entrava por elas iluminava uma mesa, que tinha sobre ela uma grande xícara de café, um pão torrado e, dobrado pela metade, o Profeta Diário.
Ela atirou o lençol para um lado e caminhou até a mesa, entediada, pegando o jornal e olhando uma foto-bruxa de um mago de cabelo e barbas longos, onde a notícia titulava: ALBUS DUMBLEDORE MORRE.
– Conseguiu o que queria... – murmurou ela, deixando o jornal onde estava. Abriu a porta do quarto e saiu, encontrando-se com alguém na sala. – Ah, Pedro! – exclamou ela virando-se para ele. – Você pode...?
– Por que eu? – esguichou Pedro Pettigrew, assustado com a simples presença da garota. Quase correndo, saiu da sala apertando as mãos sobre a boca.
– Olá, Rachel – disse uma voz fria atrás dela, e a garota virou-se pra olhar quem tinha falado. Com seus 18 anos, ela quase chegava à altura de Severo Snape. – Você já voltou? – perguntou ele, utilizando o mesmo tom de voz que usou para saudar ela.
– Sim, e já recebi a notícia. Saiu no Profeta Diário – respondeu Rachel, sorrindo sem vontade. – Foi Draco, né?
Snape fez uma expressão de desgosto no rosto e se foi, fazendo ondas com sua capa preta detrás de si, sem responder-lhe.
– Vejo que não...
– H – P –
Harry Potter estava sentado sobre o seu malão fechado, com o falso relicário na mão, lendo e relendo a mensagem que estava contido nele. Voltou a olhar a página do jornal que estava sobre a cama, com a foto-bruxa de Dumbledore. Ficou de pé e guardou o jornal dentro do malão; a morte do ancião ainda o deixava perturbado. Depois olhou o relógio: eram 11h59min PM. Faltava somente um minuto para ser um bruxo maior de idade.
Olhou pela janela: duas corujas entraram com velocidade até a cama. A primeira carta era de Rony, dizendo-lhe que o senhor Weasley iria pela sua casa para levá-lo à Toca no dia seguinte junto com vários aurors (o que a Harry não agradou), para ir ao casamento de Gui e Fleur. Hermione já estava na Toca e ela, Rony todos os Weasley lhe desejavam um feliz aniversário.
Desceu as escadas enquanto lia a outra carta, que era do colégio Hogwarts. A casa estava completamente vazia, já que ele tinha convencido aos Dursley a irem embora, porque o encantamento que caia sobre a casa tinha acabado e eles estariam em perigo.
Um barulho o tirou de sua distração e rapidamente pegou sua varinha e se aproximou à janela da cozinha. O senhor Weasley desaparatou do outro lado com um leve ploc. Ele sorriu para o garoto assim que o viu.
– Olá, Harry. Vim te buscar – disse ele. O garoto percebeu que ele estava cansado e com olheiras. – Eu disse a Rony que escrevera que eu vinha amanhã para despistar... Tal vez os Comensais da Morte estão interceptando cartas, principalmente as nossas.
Harry fez que sim com a cabeça, sem pensar. Desaparataram a vários metros da Toca e logo, como o senhor Weasley era o guardião secreto, deixou a Harry entrar.
– R – B –
Ao dia seguinte, Rachel acordou à primeira hora da manhã, com o Profeta Diário na mão, observando a foto-bruxa de Dumbledore e lembrando a única vez que esteve com ele. Deixou o jornal dentro de sua mochila y saiu do quarto, encontrando-se com Snape, Narcisa e Belatriz na sala. Planejavam ir à Rua dos Alfeneiros a capturar a Harry Potter.
– Oi – saudou Rachel sem olhá-los, dirigindo-se até a porta.
– Já vai embora? – perguntou Narcisa. Belatriz fez uma careta desagradável para sua irmã pela pergunta e olhou a Rachel com um sorriso cínico. Elas se odiavam desde o dia em que se haviam conhecido. – Mas... Mas você voltou ontem... – continuou Narcisa sem dar importância à careta de Belatriz.
– Tenho assuntos que resolver – disse Rachel cortando a conversa. Colocou sua mão no bolso do jeans, verificando se levava tudo e se surpreendeu ao notar que estava vazio. Voltou ao seu dormitório, preocupada, e revirou o armário à procura do objeto que perdera. Ao ouvir que a porta se estava abrindo, se incorporou com velocidade e viu Snape entrar. Dissimulando, escondeu o objeto no bolso traseiro da calça jeans.
– Severo...
– Por que você desistiu da sua missão? – perguntou Snape, fixando seus olhos negros nos dela.
– Porque percebi que não valia a pena matá-lo – respondeu ela com indiferença.
– Perdeu a coragem depois de tantos que você destruiu? – falou Snape, sarcástico. Rachel arqueou as sobrancelhas, não queria falar sobre isso... Nem queria dizer o quê a perturbava.
– Não posso viver sempre dependente de vocês, Severo, principalmente de Ele.
Ela se dispôs a sair do quarto, mas Snape a deteve segurando-a do braço. Olharam-se por uns segundos, se encarando.
– O quê você esteve fazendo em estes últimos meses, Rachel? – perguntou ele. Ela não respondeu. – O quê está acontecendo com você?
– Você mentiu! – bramou ela de repente, se soltando com um movimento rápido. Fixou o olhar nos olhos pretos de Snape. – Eu não fui abandonada pelos meus pais ao nascer como você disse, nem meus pais se apelidavam Blane e meu nome NÃO É RACHEL! – explodiu ela, respirando com força. – Você me criou debaixo de uma mentira... Coisa muito comum entre vocês, né?
Saiu do dormitório batendo a porta atrás dela, pegou sua mochila e, sentindo os olhares perplexos de Narcisa e Belatriz caírem sobre ela, saiu da casa. Snape chamou-a desde a porta. Afora chovia com força e as gotas batiam no rosto de Rachel; ela se deteve, e deu meia volta para olhar a Snape.
– Não se preocupe, não vou dizer onde estão, mas não quero estar servindo a Ele todo momento.
– Você está desprezando tudo o que te ensinamos? – disse Snape, frio, arrastando as palavras.
– Claro que não – respondeu ela, franzindo a testa. Observou que a mão de Snape ia até o bolso da capa e adivinhou seus propósitos. – Realmente vai me fazer isso, Severo? – Se aproximou a ele, caminhando lentamente debaixo da forte chuva que batia sua cara. – Eu quero ir e você sabe que não pode fazer nada pra me impedir.
E, sorrindo em despedida (e sabendo que dessa vez era para sempre), Rachel desapareceu pelas ruas de Londres trouxa sem se importar com sua roupa ensopada e seu rosto cheio de lágrimas.
– H – P –
Harry foi recebido com um forte abraço da senhora Weasley e com várias perguntas que tinham um mesmo fim: saber como ele estava. Hermione e Fleur o receberam da mesma maneira, mas Gina o abraçou com um pouco de vergonha, com as bochechas vermelhas. Harry sentiu o calor da garota por uns poucos segundos, porque ela se separou rapidamente.
– Hagy! – exclamou Fleur com felicidade. – Que bom que você veio!
Harry sorriu sem vontade, fazendo sim com a cabeça, desejando estar a sós com Rony e Hermione, mas não conseguiu. A senhora Weasley chamou-os para que comessem um bolo de aniversário que tinha feito para Harry e para que ele abrisse os presentes que recebera. No final, quando já era de madrugada, Rony e Harry foram até o dormitório. Logo chegou Hermione.
– Bom, Harry – suspirou ela, se sentando na cama de Rony. – Você vai ir ao colégio o vai sair a procurar os horcruxes?
– Duvido que eu vá ao colégio... – disse ele, andando pelo quarto, pensativo. Rony se sentou ao lado de Hermione. – Mas antes de tudo vou até o Godric's Hollow e depois tentarei descobrir qual é o outro horcruxe.
Hermione ficou de pé.
– Mas não temos nenhuma pista para continuar com isso...
A porta do dormitório se abriu com um golpe e entrou a mãe de Rony.
– Meninos! A dormir!
– R – B –
Rachel entrou no primeiro restaurante trouxa que encontrou. Sentou-se perto da janela onde se via a rua principal de Londres, tirou a mochila das costas e começou a procurar dentro dela, que havia expandido magicamente para poder colocar dentro tudo o que levava. Tirou do bolso da calça jeans o que estava escondendo desde que havia saído da sua antiga casa e o colocou no fundo da sua mochila.
– O que deseja? – perguntou o garçom que se havia aproximado com um caderninho na mão.
– Duas xícaras de café e algumas torradas – respondeu ela, tirando um papel do bolsinho exterior da sua mochila. O desdobrou e voltou a ler a lista: continha os nomes das pessoas que se haviam enfrentado há Voldemort 16 anos atrás. – Longbottom, Potter, Prewett, Andrews... – murmurou ela em voz bem baixinha. – Poderia ser qualquer um deles...
– Pronto, senhorita – disse o garçom ao lhe trazer o café da manhã. Rachel tomou um gole de uma das suas xícaras de café, memorizando os endereços das famílias. Havia decidido começar com os Potter, no Godric's Hollow. Já não acreditava no que lhe haviam dito desde que era pequena e agora queria procurar respostas pelos seus próprios meios.
Tirou da sua mochila a varinha e, escondido debaixo da mesa, queimou o papel. Logo tomou outro gole de café, com o olhar perdido fora do restaurante, sobre a rua. Do nada, surgiram duas grandes sombras e o chão começou a tremer: gigantes. Rachel se colocou de pé com rapidez, deixando o dinheiro sobre a mesa, pegou sua varinha e saiu do local. Decidiu não se meter mais nos planos de Ele, assim que deixou tudo como estava, apartando-se e desaparatou logo depois.
– H – P –
Harry, Rony e Hermione não tiveram tempo para conversar e planejar a ida até o Godric's Hollow porque Fleur e a senhora Weasley os mantinha todo o tempo ocupados com os preparativos do casamento de Gui e Fleur, que já faltavam poucos dias. A Toca estava um caos, e Fleur gritava como uma histérica com Rony, quem era que fazia tudo errado.
Uma noite, Harry ouviu ao pais de Rony comentar com Gui que gigantes haviam atacado Londres, que vários trouxas tinham morrido e muito mais ficaram feridos. O ministério trouxa tinha comunicado que foi um furacão... Harry começou a pensar que Voldemort estava decidido a dominar tudo.
– R – B –
Rachel estava na dúvida em se chamava o Nôitibus o não, já que tinha sido pela sua culpa que Lalau Shumpike fosse detido; então procurou no bolso de sua jaqueta dinheiro trouxa para se hospedar em uma pensão que tinha um quarto vago perto de onde estava. Depois de pagar ao dono, dirigiu-se até o seu dormitório no segundo andar. Deixou a mochila dentro de um armário velho e empoeirado, perto da janela, e se deitou, sentindo um aperto no braço, sabendo o que isso significava: Ele a estava chamando.
– H – P –
O dia era muito bonito e os preparativos para o casamento estavam por concluir. Fleur estava mais histérica que nos dias anteriores porque ninguém lhe prestava atenção até que gritou enojada que se ia a preparar. A senhora Weasley estava de um lado a outro e Hermione e Gina estavam trancadas no dormitório vestindo-se. Fred e Jorge, enquanto isso, preparavam uma poção Polissuco para Harry, que se transformaria em um ruivo da cidade vizinha, se fazendo passar por um Weasley.
– Pareço uma esponja – disse Gina a Hermione enquanto se preparavam. – E tudo culpa de Flegggrrr.
– Rony, não sei se é correto espiar as garotas - disse Harry em um sussurro, com a orelha colada à porta do quarto das meninas. Estava se sentindo um pouco incomodado e Rony estava encolhido ao seu lado.
– Não é nada demais – respondeu-lhe o ruivo, espiando pela fechadura. – É sua vez – disse, e se trocaram de lugar. – E se não descobrem, melhor – murmurou, mas Harry não estava muito convencido.
Dentro do quarto, Hermione pegou o seu vestido e o olhou com nariz torto.
– Odeio este vestido – disse ela a Gina. – Mas o meus pais querem que eu ponha isso...
– Mas esse não é tão feio como o que Fleur quer que eu vista – murmurou Gina.
– Que tal esse? – perguntou Hermione tirando um vestido azul do armário de Gina.
– Não sei... E se Fleur faz um barraco? – duvidou ela. Hermione deu os ombros.
– Bom... Importa-se? – perguntou, começando a tirar a roupa. Rony havia empurrado a Harry e em esse momento estava colado à porta, olhando atentamente pelo buraco da fechadura. Harry bateu em Rony de leve com o cotovelo, ouvindo passos pela escada.
– Espera um minuto – murmurou Rony.
Harry olhou até a escada, preocupado, e viu que alguém se aproximava. Pegou a Rony pelo braço e o levou dali. Estavam por abrir a porta de seu dormitório quando ouviram a voz da senhora Weasley perguntando que estava acontecendo. Os garotos responderam "nada" tentando colocar uma cara de despreocupação, mas a senhora Weasley ficou um pouco desconfiada ao lhes entregar as roupas de gala. Logo Jorge deu a Harry a poção polissuco e se transformou em um ruivo gordinho e cheio de sardas.
Pela noitinha, mas antes do casamento, a Toca estava a ponto de transformar-se em um caos total. Gui estava nervoso y Fleur estava trancada no dormitório com a senhora Weasley. Afora, os convidados estavam conversando alegremente, enquanto Fred, Jorge e Rony recebiam aos que chegavam. Percy tinha chegado um pouco antes e arrumando todos os assuntos pendentes com os Weasley. Gina, por outro lado, parecia evitar a Harry, mas, quase no final da festa, ela o levou até o seu dormitório.
– Sei que você vai com Rony e Mione a algum lugar...
Harry começou a ficar nervoso.
– Gina, eu...
– Não vou pedir para ir com vocês. Sei que quer me proteger – interrompeu a garota, alisando o vestido dourado e esponjoso. Depois levantou os olhos a Harry. – Não sei se vão ao colégio e...
– Aonde quer chegar, Gina?
– A isto.
E o beijou.
– R – B –
Rachel já não podia esperar. Levantou-se e saiu do dormitório com a sua mochila. Tirou o objeto que insistia em esconder; não o podia destruir e isso a deixava frustrada. Saiu da pensão e foi até um beco sem saída y desaparatou. Minutos depois se encontrava saindo do Travessa do Tranco.
– Como vou conseguir? – se perguntou em voz baixa. Olhou seu relógio, que marcava uma da manhã. – Será melhor que eu vá logo. – Saiu até o Caldeirão Furado para ir a Londres trouxa.
– H – P –
Eram quinze para as duas da manhã. Tudo estava obscuro e Harry Potter descia as escadas da Toca. Abriu lentamente a porta de entrada olhando para todos o cantos, esperando que ninguém estivesse espiando. Quando se dispôs a sair, uma voz feminina o deixou paralisado.
– Harry, já vamos?
– Não, eu... – começou Harry, dando meia volta e tratando de se explicar.
– Que bom que já vamos, você demorou muito – disse sua amiga sorrindo e caminhou até a porta e parou. – Depois de você.
Harry saiu e ouviu o ruído de um motor e pôde ver entre a escuridão um veículo trouxa, Harry desconfiou que fosse outro brinquedo do senhor Weasley.
– Até que enfim! Por que demoraram tanto? – perguntou Rony. – Subam – disse o ruivo, abrindo-lhes a porta traseira. O dois subiram rapidamente; Harry ia a abrir a boca para protestar quando Rony continuou: – Papai colocou nele um sistema de invisibilidade e é indetectável pelos feitiços de presença. Mione o ajustou um pouco para evitar falhas.
Rony pressionou um botão perto do volante e o carro ficou completamente invisível. Depois elevou o veículo no ar, enquanto Hermione lhe entregava a Rony um mapa. O ruivo o pegou e buscou nele onde ficava Godric's Hollow.
– Rony, cuidado! – exclamaram Harry e Hermione ao mesmo tempo.
O garoto levantou os olhos do mapa ao tempo de ver que o carro ia em direção a uma árvore. Rony elevou o veículo, passando muito perto do topo da árvore. Hermione suspirou cada vez mais nervosa.
– Você realmente sabe dirigir esta...?
– Claro – interrompeu-lhe Rony, tentando-a tranquilizar. – Só falta um pouco de... Prática.
Seguiram em silencio durante um par de horas e Harry ficava cada vez mais nervoso, ansioso por voltar, depois de 16 anos, à antiga casa do seus pais.
– R – B –
Quando olhou o relógio novamente, eram quase as três da madrugada. Rachel acelerou o passo; estava a menos de um quilômetro do Godric's Hollow. Pegou sua varinha e um arco de dentro da sua mochila, tendo um estranho pressentimento de que não seria fácil entrar na antiga casa dos Potter.
– O – O –
E aí? Gostaram? Espero que sim, e aceito todo tipo de crítica (construtiva ou mesmo destrutiva) Até a próxima!
