Fantasias Perigosas
Disclaimer: Saint Seiya não é meu. Não importa qual das sagas. A clássica, a G, Lost Canvas, Ômega. Nada é meu. Sou só fã e não ganho um centavo com isso daqui. Todos os direitos reservados a Masami Kurumada, TOEI, Bandai, Shiori e companhia.
Agradecimentos: a Hana Amamiya por ter me dado ideias de cenas e até mesmo por ter escrito alguns parágrafos e frases quando eu empacava rs Tb por ela ter betado a fic! Te adoroooo S2
Essa fic era pra ter no máximo 2 caps...Vocês verão que cresceu muito mais que isso hehehehe
Boa leitura e comentem!
Prólogo
Ikki tinha desligado o computador há uma hora atrás, pelos seus cálculos. O apartamento estava silencioso. Ele não sabia dizer a que horas o irmão e o pato loiro haviam ido dormir, mas ficava feliz de não ter que ouvir as risadinhas apaixonadas dos dois.
Ok, Shun era feliz com o outro. Ele poderia aceitar isso... Desde que fosse bem longe de seus olhos. Mas o irmão tinha mesmo que convidar o namorado para ir ao apartamento que dividia com ele? Pelo menos tivesse o bom senso de avisá-lo, para que pudesse arrumar alguma coisa pra fazer fora de casa!
De qualquer modo, ele não conseguia dormir. Estivera ouvindo música no notebook e acabara ficando agitado, ao invés de ter sono. Só não se trocava e ia para um bar porque já era tarde da madrugada e ele estava com preguiça.
Cogitou beber algo que o fizesse ter sono quando ouviu um barulho de um objeto caindo no quarto ao lado. Levantou-se e já saia do quarto para ver o que raios havia acontecido quando ouviu a voz do irmão, em um sussurro:
– Hyoga, pelos deuses! Meu irmão está aqui do lado!
Pôde ouvir o loiro rir, antes de responder:
– Ele tá dormindo. Faz horas que tá no quarto. Pare de ser assim, Shun!
– Oras, ele não é surdo... Não quebrou o abajur, quebrou?
Ouviu uma movimentação no quarto do irmão e encostou sua porta discretamente permanecendo de pé. Nem ele sabia explicar por que continuava ali parado.
O silêncio durou alguns poucos minutos, depois pôde ouvir uma respiração pesada. Uma não. Duas. Franziu o cenho, tentando não ligar os pontos.
–Hyoga... – ouviu o estalo de um beijo. – Espere, deveríamos fechar a porta direito, eu não tranquei...
– Aham... – o outro respondeu.
Ouviu a respiração de Shun falhar.
Ikki quase deu um soco na própria cara quando sentiu um arrepio involuntário ao ouvir aquilo. O que raios ele estava pensando? O que ele ainda fazia ali de pé quando era óbvio que estava acontecendo naquele quarto? Ele apostava que tinha sido ideia daquele loiro safado! Imagina se Shun era de...
– Adoro quando você me morde assim... – ouviu Hyoga dizer.
Gelou por dentro. Shun não era mais criança, claro. E pelo tempo que os dois namoravam, era lógico que eles... Bem, que eles faziam coisas. Mas Ikki nunca tinha realmente parado para pensar naquilo. Ele não queria pensar naquilo.
Foi acordado de seus devaneios por um gemido mais alto de Hyoga. Segurou mais firme na maçaneta sem perceber. Foi tomado por outro arrepio.
Se sentiu subitamente envergonhado, e nunca em toda a sua vida se envergonhara de algo daquele jeito. Ele poderia ter se arrependido de uma coisa ou outra algum dia, mas vergonha? Ele estava começando a se sentir patético.
Fechou a porta devagar, enquanto ouvia mais alguns gemidos. Jogou-se na cama com raiva de si mesmo. Deveria bater na parede para que eles percebessem que estava acordado? Bater a porta com força talvez?
Colocou o travesseiro na cara e tentou dormir como se nada estivesse acontecendo... Sem sucesso. Suspirou impaciente e encarou a porta de seu quarto. Tinha vontade de abri-la novamente, o que não fazia sentido algum!
"Não precisa fazer sentido, apenas vá! Você não deve nada pra ninguém, você sempre faz o que quer!" reprimiu-se em pensamento.
Sentou-se na cama pensando por um segundo e decidiu que abriria a porta novamente. Foi até ela ainda relutante. Pôde ouvir os gemidos, tão sincronizados que quase não podia diferenciá-los.
Podia sentir o prazer que sentiam, pelo som. Um ou outro gemido era mais audível e Ikki não conseguia parar de pensar na velocidade das estocadas. Imagens começavam a se formar em sua mente e por mais que ele tentasse voltar para a cama, não conseguia. O som era... Perfeito.
Sentiu seu membro dando sinais do quanto estava gostando daquilo. Espantou-se à principio, quase se xingou, mas o barulho dos gemidos atrapalhava seus pensamentos. Sentia a cueca cada vez mais apertada.
Sentou-se no chão com as costas na parede e a porta entreaberta ao seu lado. O som embaralhava seus sentidos. Resolveu não pensar em mais nada, afinal, não era muito racional de qualquer maneira.
Colocou a mão direita por dentro da cueca e começou a massagear o membro endurecido. Mordeu os próprios lábios antes que gemesse junto com eles. Podia ouvir a movimentação na cama, podia quase visualizar a fricção no colchão. Era enlouquecedor.
Apertou-o de leve, aumentando o ritmo. Sua respiração começara a falhar. Nem tentava mais visualizar. O som do quarto ao lado era o suficiente. Ele se sentia inebriado.
Ouviu Shun gemer longamente e sabia bem o que aquilo significava. Só serviu para deixá-lo mais excitado. Jogou a cabeça para frente, o cabelo curto e cheio indo para sua fronte, escondendo levemente seus olhos. Estava ofegante e se obrigava a ser silencioso.
Minutos depois Hyoga também gemeu alto, demonstrando ter chegado ao ápice e Ikki mordeu os lábios com mais força antes de apertar mais ainda o membro, gozando na própria mão.
Ficou alguns minutos na mesma posição, normalizando a respiração. Ouviu o casal trocando murmúrios. Obrigou-se a ficar de pé e fechar a porta discretamente.
Pegou uma camisa velha e limpou a mão, já que não podia ir até o banheiro que ficava no corredor. Jogou-se na cama e suspirou zangado, falando para o teto:
– Isso não deveria ter acontecido...
