Pulsava forte dentro dele. Acelerando as batidas cada vez que o via se aproximar.
Ele tentava entender.

Sempre tão forte. Sempre tão frágil.
Pulsava. Pulsava. Pulsava.

Doía quando o via chorar, e cada lágrima que rolava dos olhos verdes o machucavam, o partiam.
Mas sempre batia por ele, pra ele.
Esperando que de algum modo o outro percebesse que vivia, que estava ali pra ele, e só pra ele. E a esperança sempre se ia ao ouvi-lo lhe chamar de Amigo.
E aquilo que sempre pulsava dentro dele sofria, sangrava. E o sangramento daquele órgão lhe transbordava pelos olhos azuis como grossas lágrimas, mostrando para aquele que não podia ver, todo o seu sofrimento.
Vinha então o abraço apertado. Os braços fortes rodeando suas costas, colando seu tronco ao dele. Fazendo os batimentos quase cessarem.
E então ele se acalmava sentindo aquele perfume conhecido, sentindo aquilo que os humanos chamavam de Coração, se desmanchar dentro de si, sabendo que jamais ocupará o lugar que almeja. Mesmo assim, o seu coração nunca vai parar de bater, sempre pra ele, por ele.
Não ser correspondido naquele sentimento tão puro, o machuca, quase o destrói.
Mas o coração de Castiel sempre pertencerá ao homem loiro. Castiel será para Dean tudo o que ele precisar. E agora Dean precisa de um amigo, e é isso que ele vai ser.
Nunca deixando, é claro, de saber que ele é a razão de sua existência, Dean é a única razão para que ele ame, pra que ele viva.
E é isso que ele faz. Ele vive por Dean Winchester, irmão do Anti-Cristo.