Lembrava dele em cima dela, dentro dela

Draco, Draco, Draco...

Lembrava de como gemia o nome dele alto, sem se importar, puxando os cabelos loiros para si

Na mesma cama que elas brincavam de bonecas

A boca dele caminhava por seu corpo até o seio, sem nunca parar, rápido e forte

Eu queria fugir, escapar, chorar, gritar para que parassem, mas parar porquê?

Ele era de sua irmã, não seu, nunca seu

Meus pés não conseguiam sair dali

Ele era da sua irmã, não seu, nunca seu

Cansou de imaginar ele com ela, mas presenciar era...

Minha, minha, minha, você é minha, ele falava para ela

Como era lindo, glorioso, grande, insaciável, rápido

Gemiam, uivavam, ele mordia o lábio enquanto se empurrava mais e mais para dentro dela, seus olhos apertados, fechados, magníficos, ela o puxava contra seu corpo de modo que arranhava suas costas, cravou as unhas enquanto chegava ao ápice

Ele o fez logo em seguida, dentro dela, apertando o corpo no seu, suados, quentes, satisfeitos?

Se sentiu mal por assistir tudo, se sentiu uma voyeur, uma masoquista, sentiu culpa pela invejava que sentia

Prosseguiu, parando no meio do corredor quando ouviu

O riso de sua irmã

Seguido da voz arrastada de Draco

_Eu te amo Astória

oOo

Draco tinha a barba por fazer, cabelos um pouco bagunçados, perfume amadeirado e whisky

Sorria, nunca fora de sorrir agora o fazia sempre, por causa dela, a guiava pelo salão girando a em círculos, ela ria escandalosa

Astoria sempre foi todos os sentimentos do mundo

Ambos riam alto nesse momento

Seguraram minhas mãos dando um beijo delicado em cada uma

Ri do gesto que não combinava com nós três

E quando me puxaram para o meio da bagunça não pude evitar

_Espero que Theo não se zangue

_Somos um trio - ele lhe disse uma vez em uma de suas aventuras segurando na mão de ambas, e foi isso que sussurou para o cunhado que sorriu

E amou ele porque não conseguia evitar, e odiou ele porque não se permitia amar seu marido, e se odiou pela inveja que sentia da sua irmã

Como um ciclo, que nunca teria fim