Luxúria
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Capitulo 1: a meus olhos castanhos...
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Olhei pela fresta da cortina a platéia. Mais uma vez ele estava lá. Aparecia somente as sextas à noite. Será que ele viria apenas me ver, sendo que ele pode olhar para mim todos os dias em "nossa" casa?
- Agora, o momento que todos esperávamos... A bela, a incrível, a sensual e a mais gostosa mulher... Sakura!
Suspirei... Miroku precisa parar de me chamar de gostosa.
A música começou com uma batida forte e me dirigi ao meio do palco com as luzes apagadas e fiquei ao lado do cano.
A luz vermelha se ascendeu acima da minha cabeça e comecei a rebolar no ritmo da música. Corri os olhos pelos presentes, todos olhavam meu corpo.
- "Homens..." - pensei comigo mesma enquanto escorregava e empinava meu bumbum de forma sensual na direção da única pessoa que eu realmente me importava ali.
Senti seus olhos âmbares em minha direção com um desejo impetuoso que fazia minha pele arder em luxúria e o desejo de descer daquele palco, amá-lo de forma selvagem, se tornava incontrolável.
Depois de algumas manobras retirei a miniblusa, jogando-a para qualquer idiota pegar, e mostrei meu sutiã vermelho de renda. Juntava meus seios fazendo caras e bocas. Quem diria que uma "criança" de 16 anos, sabia ser sensual?
Depois de retirar meu shorts e fazer o mesmo que o sutiã, fui até a ponta do palco rebolando até o chão e pegando todo dinheiro que jogavam.
O vi levantar-se e andar até onde eu estava estendendo um maço de graúdas notas. Peguei o valor com uma das mãos e reclinei-me beijando-o na bochecha, fazendo-o respirar em meu pescoço.
Ele olhou-me nos olhos e fez menção de retirar minha única proteção contra o mundo: minha máscara. Apenas neguei com meu dedo indicador e voltei para o meu lugar terminando a apresentação.
Antes de sair do palco dei uma piscadinha para meu assíduo fã e entrei pela coxia...
...
- E com mais esse é seu pagamento da semana.
Olhei para o maço de dinheiro. Ali havia muito, mas muito dinheiro mesmo... Seria quase dois terços do salário de meu guardião e olha que ele é o melhor advogado do país.
- Até sexta Miroku...
- Até quando quiser...
- Não vou largar esse emprego chefinho... - disse já sabendo o que ele iria falar.
- Não digo mais nada Rin... Você sabe que eu acho que esta não é a maneira de conquistar Sesshomaru.
- Ele não tem olhos para a "irmãzinha" dele. Você sabe muito bem quando nossa mãe morreu Oyakata se dispôs a cuidar de mim porque não queria que meu irmão pervertido que possuía um strip club me criasse. A partir daí virei membro daquela família.
- Eu sei maninha... Por isso eu deixo você "trabalhar" aqui... Não deixo você tirar toda a roupa e ainda lhe mantenho debaixo das minhas asas.
Gargalhei com o que ele me falou. Mas antes que pudesse responder meu celular tocou.
- Moshi moshi.
- Onde você está Rin? São mais de três da manhã...
- Me desculpe tio... Estou indo embora, perdi a noção do tempo. Ja nee.
- Estou esperando...
Fechei o aparelho e caminhei para a saída.
- A gente se vê maninho... - e bati a porta.
...
- Merda! - resmunguei quando tropecei em algo deixado no meio do caminho. -- Só pode ter sido o Inuyasha.
- Finalmente... - disse uma voz grave no canto da sala pelo que pude perceber já que a luz estava apagada.
A luz ascendeu-se e vi tio Oyakata sentado numa poltrona com uma cara não muito feliz.
- Onde estava Rin?
- Fui na Shikon no Tama. - disse um pouco insegura, aqueles olhos âmbares parecem saber quando minto.
- Não, você não foi. - disse ele bravo. - Inuyasha estava lá. - prendi minha respiração estava ferrada. - Agora, sem mentir... Onde estava?
- Eu estava com meu irmão. - disse olhando para meu pé. Não era mentira, mas não toda a verdade.
- E porque não falou logo?
- Porque eu sei que você não gosta que eu fique com ele.
- Não gosto, mas ele é seu irmão e não posso impedi-la de vê-lo. Mas o que eu não entendo é porque mentir... Não sou um carrasco Rin. - ficamos em silêncio por algum tempo. - De agora em diante, quero a verdade, estamos entendido?
- Sim respondi baixo.
- Agora vamos dormir, está tarde.
Estávamos subindo as escadas quando Sesshomaru entrou pela porta.
- Boa noite. - disse ao ver-nos.
- Boa noite. - respondemos.
Tio Oyakata continuou subindo as escadas enquanto fiquei observando Sesshomaru. Seus cabelos prateados eram maravilhosos entravam em conflito total com sua meia-lua azul em sua testa e as marcas em suas bochechas.
Ele era como se poderia chamar de Deus... E que Deus gostoso.
- O que foi? - acordei de minhas divagações quando o escutei falando comigo.
- Nada Sesshomaru. Só estava pensando como você trabalha demais. Estava até agora na empresa? - perguntei como quem não quer nada.
- Isso não lhe diz respeito. - cortou ele estreitando seus olhos em minha direção enquanto começava a subir as escadas.
Aquilo fez uma raiva se apossar de meu corpo. Como ele ousava? Fitava-me no palco com tanto desejo e me menosprezava naquele momento?
- Pode não ser da minha conta. - disse quando ele passava por mim, o que o fez parar. - Mas ao menos seja mais condescendente com que se importa com você. É por esse e mais milhões de outros motivos que é mal amado e a mulher que deseja é uma mera personagem de palco! - falei com toda determinação que tinha.
Virei-me fazendo com que meu cabelo batesse em seu rosto, subindo as escadas correndo e trancando-me no meu quarto.
Dane-se Sesshomaru, dane-se boate, dane-se tudo!
Nota da autora: Yo! Tudo bem?!
Bem trago essa nova fic como presente de aniversário para minha querida amiga Dani Black! Espero que goste! É curta, mas de coração! Parabéns, felicidades e muitos aninhos de vida!
Ao resto espero que acompanhem essa trilogia.
Semana que vem eu colocarei mais um capitulo!
Espero Reviews...
Ja nee
Pammy
