Nome dos autores: franziska e lestrange
Título: O Sol do Dragão
Sinopse: Não era uma questão de direito, mas uma questão de dever.
Género: General/Drama
Classificação: M
Spoilers: Até ao 5º livro
Formato: Long Fic
O Sol do Dragão
por franziska e lestrange
PRÓLOGO
- Westeros tem um cheiro diferente. – Aegon murmurou para que poucas pessoas o ouvissem. Jon Connington ouviu.
- E será sempre diferente por cada vitória tomada, Vossa Graça. – Jon olhou para o infinito e, com um movimento rápido, olhou para Aegon. Olhou para a sua expressão impenetrável, mas que nos seus olhos podia ver orgulho de si mesmo.
Storm's End havia sido tomada pela alvorada. O cheiro a sangue não era muito intenso. A morte no lugar manifestava-se por poucos cadáveres. A Golden Company havia perdido oito dos seus membros. Contudo, comparado à perda dos homens de Mace Tyrell, era uma gota no oceano.
Nem todos morreram. Algures ainda se ouviam suspiros e gritos breves de dor. Outros tinham-se ajoelhado perante Aegon Targaryen VI no momento em que perceberam quem ele era. Outros ainda decidiram combater contra ele até terem certeza absoluta que não teriam escapatória possível. Depois disso, escondiam-se. Preferiram render-se no momento em que Aegon dava a batalha como ganha. Claro seria que todas esses novos membros seriam úteis em informações. Contaram tudo o que sabiam... Alguns chegaram a supor teorias que fizeram Aegon perder a paciência (apesar de as ter ouvido com atenção).
No fim de tudo isso, o último filho de Rhaegar Targaryen sabia o paradeiro de imensas peças do jogo que começara a construir. Sabia o paradeiro de Stannis. Sabia contra aquilo que poderia vir a lutar. Sabia que espadas e braços fortes poderiam não servir. Armadilhas de feitiços, conjuras e traições estariam por vir.
Tentava abstrair-se de todos os pensamentos pessimistas que lhe nasciam na cabeça, até porque ele tinha tomado a decisão de liderança, e teria que acartar com tais consequências. Tinha um exército a comandar, tinha um objectivo a concretizar-se e sabia que precisava de mais ajuda. Storm's End havia sido o começo oficial daquilo que ele próprio sabia que poderia ser arriscado demais de concretizar, mas o rapaz sabia que tinha sangue Targaryen a correr-lhe nas veias.
- Qual é o balanço exacto? – Aegon continuava a perscrutar o infinito.
- Sem qualquer sombra de dúvida, Vossa Majestade, perdemos três arqueiros, quatro escudeiros e um cavaleiro. – Harry Strickland respondeu rapidamente. Aegon anuiu.
Jon Connington levantou a cabeça e encarou Strickland.
- De tudo aquilo que falamos e do pouco que presenciou nesta batalha, qual a quantidade de ajuda acha que vamos precisar, Sor?
O homem clareou a garganta escarrando para o chão demorando um pouco a pensar.
- Uma ajuda forte, ou uma ajuda muito numerosa. Se a Filha da Tormenta e Mãe de Dragões se juntar ao nosso plano inicial-
Aegon interrompeu imediatamente.
- Essa é a minha esperança, Sor. E se tal não acontecer? – Inquiriu. – Por mais vontade que eu tenha que ela me aceite como seu esposo e se alie a mim, sei que devo ser racional. Sei que devo ponderar todas as hipóteses. E a hipótese de Daenerys não se aliar a mim ainda é plausível. – Fez-se silencio. Ouviu o inspirar fundo de Jon.
Foi a vez de Strickland responder seguramente.
- Devemos aguardar e ficar com a esperança de que Dorne nos ajudará. – Pausou. – Já recebemos alguma resposta?
- Ainda não. – Jon Connington respondeu. – Tal deverá acontecer brevemente, mas até lá só nos resta esperar.
Aegon descreveu o olhar para cima, talvez à procura da chegada de algum corvo. Quando desistiu da busca, baixou novamente a cabeça.
- Mediante isso, teria que eliminar a hipótese de casar com Daenerys... definitivamente.
- Sim, meu príncipe.- Jon concordou. – Mas não devemos perder a esperança de que sua tia ainda se alie a nós... Pelo sangue, pela fogo, pela família.
- Daenerys poderá ver o meu casamento com a filha de Doran como uma afronta. – Aegon observou. – Poderá ela mesma esperar que eu me casasse com ela aquando soubesse do meu retorno. – Quando percebeu que Jon o ia interromper, continuou. – Ainda assim, eu sei. Sei que tenho que manter os meus objectivos bem definidos e pensar que se realmente a minha tia estiver do meu lado me ajudará, não importa o quê. Devo-me assegurar de que nada de mal acontece a todos aqueles que me seguem e para isso nada de mal poderá acontecer aos meus planos. Que poderemos fazer entretanto, Sor Connington? – perguntou.
- Por agora, nada. Devemos esperar pela resposta de Dorne.
- E se Sunspear nos abandona nesta jornada, Sor? – Aegon parecia querer colocar todas as hipóteses na mesa.
Jon Connington olhou para ele e, de seguida, olhou para Harry Strickland, o qual reflectiu os olhos no chão.
- Meu príncipe, uma coisa de cada vez. Pensemos que, por agora, apenas devemos esperar por três coisas de Dorne. Uma resposta, uma resposta que não seja negativa e uma resposta que não seja neutra.
N/A: Esta ideia maravilhosa que tivemos surgiu num café, em que em duas horas planeamos a fic toda por isso DO NOT WORRY, pequenos selvagens, isto tem um sentido e vai chegar a algum lado. Algumas considerações: algumas personagens serão ignoradas. Visto que elas não têm interesse para o plot, nós vamos deixá-las quietinhas no seu canto. Só depois do planeamento é que vimos os capítulos da Arianne que o Martin liberou do Winds of Winter. Eles vão e não vão (ao mesmo tempo) de acordo com o nosso plot. Por isso serão ignorados.
