"A tua partida matou-me por dentro. A partir de agora, eu nunca mais serei o mesmo.
Tenho consciência de que te feri, parti a tua alma ao meio. Sei que te marquei profundamente, como uma brasa em chamas.
A tua solidão retrocede em mim, as tuas mágoas passadas deterioram-me, e a culpa de não te ter acompanhado jazerá para sempre no vazio que há dentro de mim.
O teu sacrifício não adiantará de muito, pois sem ti não há vida. Eu parei de respirar a partir do momento que soube que não te sentiria mais."

Sark estava sentado num praia, perdida no meio do Atlântico, sem ninguém, apenas pensamentos o rondavam, lembrança e memória do que um dia ele sonhou ser real.

"Incautas as mentes dos apaixonados mentem, na esperança ainda passada, de que isso apazigúe a dor que o coração pode sentir.

Sonhar com o que nos é proibido é irremediavelmente magoamo-nos, eu sabia isso, ela sabia isso, mas mesmo assim, permitimo-nos sonhar, e sabíamos que não o devíamos fazer, sabíamos que íamos acabar mal, sabíamos que ia doer, que no final era só dor, mágoa e desilusão.

Mas mesmo assim, decidimos arriscar, e agora tu estás com quem sempre estiveste e estou sem ninguém, como sempre."

Sark olhou novamente em redor e um cheiro extremamente familiar preencheu-lhe as narinas, como que a quer magoa-lo mais do que ele já estava… o cheiro dela magoava-o…

Tudo nela era tão prefeito que ele sabia que nunca podia ficar com isso, porque ela era a rapariga que lutava pelo bem e ele… ele era o vilão que de todas as vezes que aparecia destruía tudo o que ela considerava genuíno e puro.

Mas ele sempre a amaria, ela sempre teria o coração dele, porque quando eles tivessem sozinhos ela não era a Agente Bristow e ele Sark. Eles serão apenas Sydney Bristow e Julian Sark, dois eternos apaixonados.