Gênero Literário: Narração/Romance

Conteúdos: Drama, amor platônico, tragicomédia, psicológico.


"Dedico esta fanfiction a você, caro leitor(a), por ser o principal motivo da minha recuperação emocional. Me recompus desta experiência por você – nem por mim eu teria feito isso – para que lesse isto e tomasse consciência da minha consciência e dor.

Talvez porque eu deva contar-lhe esta história; ou esperar que ela caia em esquecimento e, um dia, virar clássico."


"Era uma vez…"

Bla bla bla.

Conversa fiada.

Vamos ao que interessa.

Esta é uma história verídica, ridiculamente resumida e tr00lada para parecer uma história de primeiro amor.

Mentira.

Mas que ela é uma história verídica, ah, isso é. Ela é real e inesquecivelmente aconteceu comigo, e por ironia ou não, foi durante meu primeiro amor. Na verdade, esta é a história do meu primeiro amor. E meu primeiro amor, foi virtual, acredite se quiser, camarada.

Agora, pense você. Uma garota comum, tipicamente aspirante à nerd que mal saía de casa, era chata e sem-sal, assistia Naruto e dizia que gostava de Mortal Kombat começa a usar o computador com onze anos de idade. Você diz "aí que a coisa fica ruim" mas se engana: sempre fui inteligente (mais pra menos que pra mais) e rápida na absorção de informações sobre tecnologia e outras coisinhas mais – conhecimento otaku, artístico, literário e cuidados com absorventes – logo, usar o computador aumentou meus conhecimentos nesses aspectos, NO ENTANTO, na época, minha escrita era péssima e cliché (cheia de emoticons toscos e gírias otakíferas) como a sua um dia foi, amiguinho (vide Like Romeo X Juliet¹, uma prova viva que não excluirei do JAMAIS). Mas, imagine, essa garota de onze anos que começou a usar o computador… (eu disse que não era problema mas vou me contradizer pra caralho) sejamos realistas, só saiu merda dali. Se agora que tenho quatorze para quinze anos penso assim, imagine quando eu tiver, sei lá, trinta anos?

Tá, sem mais embromação: essa garota começou a usar o computador criou perfis fakes no Orkut. Sempre com personagens e RPGs criativos, criados por ela mesma. Curiosamente, mesmo sem se anunciar como outros perfis fakes, ela era popular: chuvas de pedidos para adicionar, scraps e depoimentos sempre amigos, mergulhados em gentileza a alegria. O quão feliz ela ficou? Bom, muito. Isso porque geralmente não tinha amigos nesse mundo real em que foi jogada e obrigada a viver – não estou sendo dramática, é verdade.

Essa felicidade durou exatamente um ano e dez meses, 2007 inteiro e 2008 até novembro.

Novembro.

Esta história começa com nossa narradora – eu – apresentando sua vida resumidamente até aquele ponto para então começar seu desastre – meu primeiro amor.