título tosco e que pode sofrer mudanças; mais notas no final (:
KHR e seus personagens não me pertencem D:


CAPÍTULO 1 – A fita tem dois lados.


Que fique bem claro, eram 7:22 AM e eu não me responsabilizava por meus atos. Logo, foi completamente compreensível eu ter começado a gritar e jogado a minha – minha? – escova de cabelo no espelho. Mas para vocês, queridos leitores, entenderem o que estava acontecendo, deixe-me voltar 22 minutos no tempo.

O despertador começou a berrar, interrompendo mais um sono sem sonhos. Ainda meio grogue, coloquei minha pantufa e fui cambaleando até o banheiro quando me deparo com meu quadro do Tsuna-san e tudo estava bem – não havia mais Kyoko-chan e muito menos namoro. Exceto que Kyoko-chan e Tsuna-san estavam quase noivos, eu não tenho um quadro do Tsuna-san e a imagem estava se movendo e... me imitando?

Levanto meus dois braços.

Imagem também levanta os dois braços.

Sorrio.

Imagem sorri.

Danço macarena.

Imagem dança macarena.

Assustada, fui me preparar para correr em disparada rumo ao infinito e além quando o reflexo no vidro do Box chama a minha atenção e percebo que eu

a) não estava em minha pantufa usual,

b) não estava em meu pijama usual e

c) não estava em meu corpo usual.

Pausa dramática.

Como qualquer mulher – mulher? – de 20 anos em minha situação, eu gritei. Gritei o mais forte e grosso que a voz afeminada de Tsuna-san me permitia e peguei o primeiro objeto que encontrei e taquei no... espelho?... Ofegante, fui recuando até encontrar a parede, para então lentamente deslizar até o chão.

"Isso é um sonho. Um sonho! Hahi! Quando Haru acordar, Haru vai estar em sua cama, vestida no seu pijama e em seu corpo! Só um sonho..."

Mas não era um sonho. E quando Nana Sawada entrou correndo para acudir os berros de seu filho, decidi que a coisa mais racional a se fazer era desmaiar. E assim o fiz.


Sendo pupilo de Reborn e um mafioso, eu já acreditava ter visto de tudo – ou, pelo menos, quase tudo. Tanto é que quando me levantei graças a chamados divinos da natureza e me posicionei em frente à privada de maneira que nem em meu estado sonolento eu poderia errar, o que me assustou foi justamente a falta de vista.

Convenhamos, eu de fato possuo descendência japonesa e a manhã estava bem fria, mas nenhum desses fatores era o suficiente para me explicar o porquê de meu invencível ter desaparecido durante a noite. Logo, ninguém realmente pode me culpar por ter começado a gritar igual a uma garota, até porque naquele exato momento eu era uma garota.

Sentindo uma crise existencial se aproximando, corri para frente do espelho o mais rápido que alguém consegue se locomover com a cueca – calcinha?! – enroscada em seus tornozelos para verificar se eu ainda era o Tsuna e constatei que não, eu não era mais o Tsuna. Eu era uma garota. Eu era a Haru.

Senti o chão começar a ceder e as ultimas coisas que eu registrei antes de tudo se apagar foi a maçaneta da porta girando e o triste pensamento de que não tem nada para ver mesmo se alojando na minha cabeça.


NOTAS:

1. A última vez que eu escrevi foi em 2006 O________________O.
2. Sim, Tsuna nomeou seu pênis de invencível. AUSHUASHAUSHUASH :9
3. Se tiver algum japonês ninja que se revoltou com a insinuação... Desculpa? *-*"
4. Se você não entendeu a insinuação, morra :B (Japonês = pinto pequeno)
5. Eu tenho até 2012 pra parar de escrever no português velho, logo esperem muitos ü e acentos que não deveriam mais existir. (como "idéia", por exemplo) (até pq meu Word não corrige nas normas da reforma ortográfica HAUSHAUSH :P)
6. Vírgulas são umas vadias.
7. Não sei quem acaba com quem D: