Relaxe, Moony

Remus levou um susto com o barulho da porta do banheiro sendo aberta de repente. Seu braço já estava esticado, tentando alcançar a toalha pendurada ao lado da banheira, quando a cabeça de Sirius apareceu na fresta. Sirius sorriu e Remus pôde perceber os olhos de seu amante percorrendo, indiscretamente, seu corpo nu sob a água límpida.

A porta foi aberta mais um pouco e Remus ouviu os ruídos de gente conversando no andar de baixo. Sirius pulou para dentro. O sorriso nada inocente em seu rosto deixava Remus apreensivo. Um arrepio lhe subiu pela espinha.

- Sirius, seu maluco, cuidado! A casa está lotada de gente. Ninguém viu você entrar?

- Sshhh, Moony, relaxe. Relaxe. De qualquer forma, não é como se ninguém soubesse sobre nós dois.

Agora foi Remus quem sorriu, mas de forma tímida, e uma vermelhidão apareceu em suas bochechas. Sirius mal podia acreditar que um homem daquele tamanho, ou melhor, um lobisomem daquele tamanho ainda corava como um garoto – como o garoto que ele era quando os dois declararam seu amor um pelo outro. O jeito doce de Remus aquecia o coração de Sirius e o fazia se sentir o cara mais sortudo do mundo.

- Mas a reunião começa daqui a pouco e a gente-

Remus deixou a frase pela metade porque, naquele momento, as luzes se apagaram. Ele já ia perguntar o que tinha acontecido quando ouviu a voz de Sirius:

- Incendio.

Remus piscou os olhos com a claridade repentina que veio das velas acessas ao redor da banheira. E, então, ele viu Sirius puxando a camiseta branca pela cabeça, depois abrindo a calça surrada. Assim que havia se livrado das roupas, Sirius entrou na banheira e se sentou entre as pernas de seu namorado, recostando-se sobre seu peito. Ele pôde sentir a leve tremida do corpo de Remus ao contato de pele com pele.

- Hum, esse cheiro... Você colocou algo na água?

- É óleo para banho com aroma de chocolate.

- Moony e seu vício incurável.

Os dois riram. Sirius virou um pouco a cabeça e passou a língua pela pele sensível entre o ombro e o pescoço de Remus.

- Você é tão doce. O mais doce do mundo.

Corando mais uma vez – Como o meu Moony consegue ser tão sexy e fofo ao mesmo tempo, Sirius se perguntava -, Remus baixou o olhar, que foi direto ao encontro dos olhos de Sirius. Por um breve momento, os dois se fitaram com intensidade, como um tentasse ler o que dizia o brilho nos olhos do outro.

Remus levou uma mão ao rosto de Sirius, tocando-o com delicadeza, e então se inclinou e o beijou nos lábios. Prontamente, Sirius entreabriu a boca para receber a língua do homem que amava. Remus acariciou a língua de Sirius com sua própria e, nessa hora, Sirius gemeu. Isto fez com que Remus o segurasse com mais força e enfiasse a língua mais fundo na boca de Sirius.

Foi um beijo lento, de modo que cada não perdesse nenhuma das sensações maravilhosas que ele causava, e demorado, porque nenhum dos dois queria que ele se partisse. Eles se beijavam como se aquela fosse a única forma de se sentirem vivos.

Quando seus lábios enfim se descolaram, Sirius abriu os olhos e viu Remus sorrindo para ele. Sentindo-se todo aquecido por dentro ( ebobo, bobo, bobo... o Moony me deixa assim), ele encostou a cabeça no ombro de Remus. Logo, sentiu um dos braços de Remus envolvendo sua cintura e o apertando contra seu corpo. A outra mão lhe acariciava os cabelos quando Remus beijou sua testa com ternura.

Sirius suspirou: - Tudo o que eu precisava era ficar um pouco assim, junto de você, antes da reunião.

- Reunião? Que reunião?

fim