Capítulo I
Naquela época o inverno ainda era filosofia pra mim, eu sempre pensava que a neve que voava com o vento, era para nos levar ao branco do nada e nos pintarmos. Eu só não sabia que mais tarde seria de negro, profundo e aterrorizante que perseguiria minha alma até o inferno. Eu rio quando penso que antigamente eu seguia cegamente a ética de uma boa cidadã, agora vejo que ilusão a minha, pensava que tudo era dividido entre o bem e o mal, mas aprendi que existe o cinza, e se olharmos bem fundo no branco veremos o vestígio do negro, porque no final se juntarmos todas as cores o negro maleficamente dominará.
Agora estou eu aqui sentada vendo todos ao meu redor serem devastados pela peste. O rei Eduardo III luta obstinadamente contra Filipe IV que é apenas um fantoche de Tom Riddle, ou melhor, Duque Voldemort.
Eu cresci em uma família de sete filhos, eu sendo a mais nova e a única menina. Nos tempos passados nossa família era poderosa, andando e sendo duques e duquesas, mas agora temos o pequeno condado de Bristol enquanto tínhamos quase o tamanho do condado de Northumberland. Mesmo não tendo uma vida de luxo, fui incrivelmente feliz durante um tempo, tinha a roupa suja de barro e infância, até ter minha adolescência arrancada de mim. O curto tempo de adolescência lembro de Hermione, minha amiga e amor de Rony, e eu irmos aos bailes do condado de Gloucestershire que era do pai de minha amiga Luna.
Mione era uma menina que vinha de uma família pobre que pelo bom empreendimento de seu pai tinha comprado um pequeno pedaço de terra de Northumberland o condado vizinho, na época plebeus que viravam pequenos duques eram mal vistos pelos lordes poderosos. E Luna era mal vista por ser e ter uma família um tanto quanto excêntrica, ou seja, na época e agora tudo que é anormal às etiquetas da Corte acaba não tendo uma boa fama.
Meu primeiro contado com Tom, um charmoso agora homem de olhos verdes e cabelos negros, foi quando tinha, por volta, de uns onze anos. Eu gostava de passar pelos limites impostos pelos meus pais. Quando encontrei Tom pela primeira vez foi quando passeava pela floresta proibida e vi um menino de dezessete anos montando um belo thoroughbred, a raça puro sangue mais rápida e cara da Grã-Bretanha, seus cabelos caíam levemente por cima de seus olhos, minha primeira impressão foi de ter encontrado um príncipe encantado, descobri mais tarde que Tom era mesmo um príncipe encantadoramente maléfico. Mas para uma menina inocente de onze anos ele era seu príncipe que tinha escapado de seus sonhos e um pouco mais tarde melhor amigo e primeiro amor, infelizmente.
Tom sempre conversava comigo com uma voz calma e um sorriso frio, às vezes passava a mão levemente em meus cabelos de fogo fazendo meu coração quase sair pela boca, ele controlava e brincava comigo da maneira que queria, me conduzia para um labirinto, e mesmo agora depois de anos não sei se consegui sair. Conversávamos quase todos os dias e Tom me embriagava com sua voz, mas o momento que me fez ser dele foi quando tocou meus lábios com os seus quando discutíamos sobre a guerra e como os dois reis invadiam condados e matavam camponeses, ele dizia que isso limpava a escória do mundo, eu tinha medo da morte e falava que isso era errado. Hoje a morte anda do meu lado de mãos dadas.
O que me fez odiar Tom foi quando descobri que ele era um dos comandantes das tropas de invasão, e futuramente traidor do rei.
