Disclaimer: Harry Potter pertence à J. K. Roling, Warner Brothers e etc.

Avisos: Slash, Harry Potter x Draco Malfoy.

Universo Alternativo. Fanfic sobre vampiros.


Hypnosis

I. Deep Forest

Eu me sentia muito, muito idiota naquele momento. Virei o rosto para trás e, lá longe, a uns cem metros, um grupo de pessoas estava parado na borda da floresta. Alguém levantou a mão e acenou, mas daquela distância eu não conseguia ver quem era. Devia ser Pansy.

Eles deviam estar rindo de mim agora, pensando como Draco Malfoy podia estar fazendo algo assim.

Grunhindo, voltei a olhar para frente e continuar caminhando. Estúpidos amigos. Estúpida aposta. Estúpido eu, por tê-la aceito. Quem seria tão idiota a ponto de entrar na Floresta Proibida (que tinha esse nome por algum motivo), a meia noite, empunhando apenas uma lanterna, e com a promessa de só voltar quando achasse alguma coisa interessante? Aparentemente eu.

Se estivesse em minhas condições mentais normais, eu teria muito saudavelmente recusado a aposta. Mas Blaise sabia cutucar minhas feridas, de modo a me fazer superar a covardia em favor do orgulho.

Mas, afinal, que maldita coisa interessante eu podia achar numa floresta de coníferas? O chão era de terra batida, coberto de folhas e das grandes raízes das gigantescas árvores. O que meus amigos esperavam que eu achasse? Um unicórnio, um pote de ouro, o Barney¹? No final eu iria acabar levando um galho seco, mas eu tinha que pelo menos fingir procurar. Com esse pensamento, fui andando cada vez mais para dentro da floresta, apenas o facho de luz da lanterna para me guiar na escuridão.

Procurei fazer um caminho reto, assim poderia retornar com mais facilidade. Olhando para trás novamente, percebi que não conseguia mais enxergar meus amigos. Engoli em seco e continuei.

Depois de mais quinze minutos de caminhada, a coisa mais empolgante que encontrei foi um cogumelo, que só fui notar sua existência depois de ter tropeçado nele, porque uma névoa cobria todo chão. Foi somente ai que percebi que a floresta de repente parecia estar sob um véu branco.

Decidi que era hora de voltar. Peguei o cogumelo (já preparando o discurso: "Não é realmente fantástico que um fungo viva numa floresta assim?") e tomei o caminho de volta. Ou pelo menos o que eu achava que era o caminho de volta, com toda aquela névoa atrapalhando minha visão.

Um barulho de galho se quebrando fez meus olhos vasculharem freneticamente toda a minha volta, procurando pela origem do som. Mas só vi branco e mais branco e o vulto de algumas árvores. O facho de luz da minha lanterna moveu-se inquieto até minhas pernas terem força para andar novamente.

Eu teria corrido se não houvesse raízes demais me impedindo.

É isso que dava estudar numa escola perdida no norte do Reino Unido que tinha como vizinha uma floresta sombria e definitivamente assustadora que era palco de muitas lendas. Quantas vezes o idiota do zelador, Hagrid, já não forçara os alunos, inclusive eu, a "aprender mais sobre a cultura e crenças" do povo dali. Ele falava com adoração sobre lobisomens, espectros, fantasmas, vampiros, centauros e mais uma infinidade de basbaquices só para assustar os mais novos.

Porém, agora, enquanto eu andava o mais rápido que podia no meio da neblina, todas essas histórias pipocavam em minha mente uma atrás da outra, desenfreadas.

Não que eu estivesse com medo. Onde já se viu Draco Malfoy com—

- AAAH! – Gritei quando jurei ter visto um vulto se mover de trás de uma árvore para outra.

Numa atitude totalmente impensada e irracional, corri para lá para ver quem era. Depois de vasculhar, constatei, com grande alívio, e agora duvidando um pouco de minha sanidade, que não havia ninguém.

- Procurando por mim?

Um calafrio como eu nunca havia sentido antes desceu por minha espinha assim que eu ouvi a voz atrás de mim, tão perto, o hálito frio soprando em minha nuca. Virei-me por puro reflexo, apenas para encarar um par de olhos profundamente negros que refletiam pura malícia, mas que eram também alucinados e febris. Eram hipnotizantes.

Rapidamente desci o olhar, encontrando um sorriso ferino de dentes brancos e retilíneos, mas também de caninos incrivelmente pontiagudos.

Era um vampiro.


¹ — Barney, o dinossauro roxo, amiguinho das crianças e só um tantinho assustador.


N/A: Sim, eu fiz uma creature!fic. Muita gente acha esse gênero ruim, mas espero gostem da fic. XD

E por que vampiros?Bom, eu gosto deles desde que assisti Entrevista Com O Vampiro (yay, Lestat!), mas resolvi escrever uma agora depois de ter lido Twilight ou, em português, Crepúsculo, e fiquei totalmente apaixonada pelo Edward. Quem não fica? Ele e a Bella são tão fofinhos. Mas a fic não vai ser uma cópia do livro, longe disso, só vai manter alguns conceitos.

Reviews, eu amo reviews!Por favor, me mandem suas opiniões!

Obs.: está pequeno, eu sei, mas considere isso como um teste. Qualquer coisa, eu apago! XD