Adaptação de: O Drácula de Bram Stoker
Em 1478, um casal influente romeno se uniam no matrimônio. No mesmo dia, ele iria lutar pela igreja contra os turcos.
- E eu os declaro marido e mulher. - O bispo fez uma reverência e o homem a beijou.
A beijou com tanto desejo, como se fosse a última vez que iria provar do beijo dela. Ela retribuiu. Quem via, sabia que eram perfeitos um para o outro. Ele não conseguia largá-la. E a abraçou mais forte, mesmo com a armadura impedindo.
- Eu vou voltar, Esme. Eu vou voltar. - Ela não conseguia parar de olhar sua face.
- Você precisa voltar. - Ela sorriu. E ao ver aquele sorriso, ele a beijou mais uma vez. Seu beijo foi intenso, demorado e apaixonado. - Eu amo você, Carlisle.
- Eu também amo você, Esme. - Ele a beijou rapidamente, e partiu para a batalha.
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A batalha contra os turcos foi longa. O sol foi indo embora, e a noite raiava. Com bravura e destreza, teu exército lutava por uma só razão: voltar para casa e acabar com o confronto de uma vez por todas. E aos poucos, os soldados foram morrendo. Tanto turcos como romenos. E ao sol raiar, cada turco estava com o sangue derramado na grande área de batalha. Poucos romenos sobreviveram. E Carlisle, com alguns pequenos ferimentos nos braços e rosto, foi um deles. A caminhada até o grande castelo foi demorada. Tão demorada que os soldados que sobreviveram chegaram as quatro da tarde, quando haviam saído de lá antes dos galos carcarejarem. Mas no caminho do castelo, algo estava errado. Carlisle sentiu uma dor inexplicável no peito. E ao chegar a margem do rio Princesa, viu um corpo feminino lá. Correu até ele.
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Era Esme! Com um ferimento na cabeça e uma carta em sua mão.
"Carlisle foi ferido, e com os ferimentos, acabou falecendo."
- NÃO! - Ele gritou, fazendo com que o grito ecooasse por todo o castelo. Ele a segurou no colo, aos prantos. A levou para a pequena capela que havia em seu castelo.
Chegando lá, ele sacou a espada.
- EU TE PROTEGI! EU VENCI A BATALHA PRA TE PROTEGER! E AGORA, EU TENHO O AMOR DA MINHA VIDA MORTO POR SUA CAUSA! - Ele apontara a espada para a cruz. - EU RENEGO Á DEUS! EU RENEGO! - E acertou a espada na cruz com força. Em poucos segundos, a pequena capela estava sendo inundada por sangue. Com sua amada no colo, o bispo presente disse:
- Você está condenado a sede eterna. - Ele pôde perceber que o bispo havia dito aquilo em um tom sombrio. E que algo estava mudando em seu corpo. Saiu correndo dali.
