NOTA: ESTES PERSONAGENS E ESTE LIVRO NÃO PERTENCE A MIM E SIM À STEPHENIE MEYER & CHERYL ZACH, RESPECTIVAMENTE.
Hello! Vim com uma adaptação de um livro ( Cheryl Zach –Kissing Caroline) que li mês passado e amei. Não sei se já leram, mas eu curti e espero que vocês também gostem!
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A garota dos meus sonhos
Ela vinha deslizando pela neve como um anjo sem asas. Seus cabelos longos e sedosos pousavam como um véu dourado sobre os ombros; seus delicados pés mal deixavam pegadas no pó branco resplandecente em que pisavam. Com a respiração presa eu esperava.
- Tanya – chamei, esticando o braço e tentando tocá-la, aguardando ansioso pelo momento em que ela estivesse perto o bastante para que eu a pudesse tomar em meus braços e beijá-la ardentemente, como a beijara em tantas outras noites.
À medida que ela se aproximava, porém, seu maravilhoso rosto foi adquirindo uma expressão sombria.
- O que há de errado? – perguntei, pensando o que poderia ser tão horrível para deixar Tanya abatida daquele modo.
- Sinto muito, Edward... – disse ela, cada palavra brotando de sua boca como que envolta numa névoa misteriosa - ... Mas acho que chegou a hora de nós dois...
Pam! Pam! Pam!
- Acorde Edward! – berrava minha irmãzinha Alice do lado de fora da porta do meu quarto. – Você prometeu que ia me ajudar a montar os enfeites de Natal. – Com a voz meio abafada, ela bateu na porta com mais insistência.
Esparramado na cama, tentei ignorá-la. Não que eu estivesse dormindo. Afinal, como é que um cara pode dormir quando acabou de ter o coração partido? Não só partido, mas despedaçado, estraçalhado! Eu não sabia o que seria pior: continuar deitado e mergulhado nos pesadelos com a noite em que Tanya tinha desmanchado comigo, ou ajudar a minha irmãzinha a pendurar os enfeites de Natal.
- Por favor, Edward! – protestou Alice – Você sabe que eu não alcanço.
De acordo com meu relógio, eram 11h37 da manhã. Desde que Tanya rompera comigo eu andava acordando cada vez mais tarde nos sábados. Simplesmente não tinha vontade de sair da cama. Mas Alice estava tentando ser legal, até onde uma irmã de doze anos pode ser legal. Eu tinha dezesseis, e era o seu "irmãozão". Ela precisava da minha ajuda e eu precisava de algo que me ocupasse o tempo. Pulei da minha amarrotadíssima cama e caminhei até a porta e destranquei.
Quando a porta abriu, Alice arregalou os olhos para mim.
- Menino, você tá com uma cara péssima! – exclamou ela, revistando com o olhar minha camiseta superdesbotada e as ceroulas de flanela com que eu vinha dormindo desde a semana anterior. – Não precisa desabar desse jeito só porque aquela cretina deu o fora em você!
Aquela não era a coisa certa para ela me dizer naquele preciso momento. Fuzilando Alice com meu olhar mais assustador, comecei a fechar a porta no nariz dela.
- Não, desculpe Edward! – ela se apressou em remendar, colocando um pé no batente para bloquear a porta. – Por favor!
- Então não quero mais nem um pio sobre minha vida amorosa – retruquei, franzindo a testa – Você não sabe de nada...
Penteando os cabelos com os dedos, eu me sentia ainda mais desmazelado que de costume.
- Não sei de nada sobre a sua vida amorosa ou sobre o amor em geral? Porque eu acabei de ler um artigo na Teen que explica como perceber se um garoto realmente gosta da gente, ou uma garota, no seu caso, e...
Eu me inclinei com força contra a porta:
- Alice, não tenho tempo nem paciência para ouvir isso.
- Tá bom, tá bom! – disse ela, erguendo os braços. – Desculpe, vou ficar de boca fechada, prometo. As coisas estão lá na sala.
Quinze minutos mais tarde eu já estava do lado de fora de cassa. A friagem daquela típica manhã de inverno de Michigan fazia um violento contraste com a colcha quentinha sob a qual eu estivera enterrado até poucos instantes atrás. Ao lado da escada de mão que me esperava, apoiada no batente da porta de entrada, achava-se a grande caixa de papelão que continha as grinaldas artificiais. Peguei a caixa. "Vamos nos livrar disso logo, meu chapa", decidi com os meus botões enquanto ajeitava a escada. Agarrando uma batelada de grinaldas de plástico, escalei os degraus, quase escorregando num torrão de neve.
- Vá com cuidado – advertiu Alice.
Grunhi em resposta. Cair de uma reles escada de mão e quebrar o pescoço seria um final patético e nada heroico para a minha tragédia amorosa.
Não demorou muito para ajeitar as grinaldas – eu ajudava a pendurá-las todos os Natais -, e quando acabei desci da escada para admirar o trabalho. Fiquei olhando, ao mesmo tempo em que esfregava o polegar espetado pelo espinho de algum dos enfeites. Alice ajustou os laços vermelhos.
-Ficou demais, Edward! A mamãe vai ficar tão contente de ver que a gente já terminou.
Sem dúvida. Eu sabia que a mamãe estava atarefadíssima na rua desde o começo da manhã e precisava de nossa ajuda em casa. Todos os sábados, das oito as duas, ela zanzava de carro por toda a Grand Rapids – a biblioteca, o mercado, a lavanderia -, um verdadeiro trator em forma de mãe.
- Papai prometeu que nós vamos colher a nossa arvore no próximo fim de semana – informou Alice, derrapando numa poça congelada.
Fazendo que sim com um gesto de cabeça, dobrei a escada, recolhi o martelo e a caixa de pregos. Eu sabia que estava agindo como um zumbi, mas não podia evitar. Quando eu voltaria a ser eu mesmo? "Quando Tanya vier de novo para mim", respondi em pensamento. "Quando ela perceber que fomos feitos um para o outro."
- Coloque a caixa de grinaldas de volta no sótão – ordenei a Alice, em tom de voz inexpressivo. – Eu levo estas coisas para a garagem.
Com os braços carregados, virei-me e quase trombei de frente com Emmett McCarty, meu melhor amigo, que segurava com as mãos enluvadas um prato embrulhado de plástico.
Emmett deu um passo rápido para trás.
-Ops! – exclamou, equilibrando o prato. – Você quase transforma isso aqui em farofa! – Ele me olhou no rosto mais de perto e sacudiu a cabeça. – Rapaz, você tá com umas olheiras do tamanho de um bonde. Não dormiu de noite?
- Aquela cretina... – murmurou Alice.
- Não provoque minha irmã, McCarty – adverti, tentando sorri apesar da dor que sentia na alma.
Eu sabia que minha irmãzinha estava tentando ser solidária, mas a única coisa que ela conseguia fazer era cutucar ainda mais minha ferida. Além disso, o que uma pirralha como ela poderia entender das coisas do amor?
Felizmente Emmett se mancou e erguei o prato para distraí-la. Alice mordeu a isca.
- O que é que você trouxe ai?
- A minha mãe mandou uns biscoitinhos para vocês – explicou Emmett – Ela está testando uma nova receita para a festa de fim de ano da escola do meu irmãozinho.
- Hummm! – exclamou Alice lambendo os beiços – Eu adoro tudo que sua mãe faz – declarou, arrebatando o prato da mão de Emmett e fugindo para dentro da casa sem parar de cheirar alegremente os biscoitos durante o caminho.
Emmett me seguiu até a garagem:
- Boa disfarçada, hein? – observou.
Emmett mora na casa ao lado, e posso sempre contar com ele aparecendo em minha casa pelo menos duas vezes por dia.
- É foi mesmo. Eu sei que estou com um péssimo aspecto, Emmett, mas da próxima vez preste atenção no que você diz na frente da Alice, tá legal? – pedi, jogando com toda a raiva as ferramentas de volta a seu lugar para enfatizar a seriedade das minhas palavras.
– O que você ia achar de seu irmãozinho ficar o dia inteiro dizendo como você deve cuidar da sua vida?
Emmett se apoiou contra a cadeira de jardim dobrada.
- Tudo bem, desculpe. É que é difícil entender porque a Tanya fez isso, sabe? Eu ainda não consigo acreditar que vocês terminaram.
- Que ela terminou comigo, você quer dizer – corrigi, pendurando a escada com violência num gancho na parede da garagem. – Ela não era simplesmente uma garota, Emmett. Era Tanya, a garota perfeita, a garota que, desde que eu me conheço por gente, eu sonhava encontrar um dia. E agora eu tinha encontrado, percebe? Ela era minha. Minha! Dá para você entender isso?
Emmett fez que sim com a cabeça, mas eu não tinha certeza e ele compreendia mesmo. Ele era do tipo aventureiro, que gostava de relações passageiras e sem compromisso. Nunca havia se apaixonado – e muito menos tivera o coração partido como eu.
Eu me perguntava quem, na verdade, poderia realmente me compreender. Emmett com certeza, não. Ele não sabia nada a respeito de relacionamentos sérios. Tive vontade de conhecer alguém com quem pudesse conversar e trocar ideias.
-Bom, eu sei que não tenho nem os olhos azuis, nem os lindos cabelos loiros, nem as belas curvas de Tanya – brincou Emmett -, mas se puder ajudar em algo... Como amigo, é claro!
- Desculpe se estou chato demais, Emmett. É que tem sido difícil...
- Eu sei cara. Eu realmente sinto muito pelo que aconteceu entre vocês dois. Deve doer pacas.
"Nem queira saber como", pensei, olhando para o meu melhor amigo.
-Você se lembra de quando estávamos na oitava serie Emmett? Costumávamos a conversar sobre garotas...
- Bastante – concordou ele, com um sorriso malicioso. – Isso sem falar nas sessões de estudo daquelas revistas Playboy que eu afanava do meu primo, lembra?
- Você sempre quis se apaixonar por uma ruiva com grandes olhos castanhos e um belo corpo – continuei, ignorando o comentário. – Ela teria de gostar de todas as modalidades de esporte e não poderia ser do tipo que ficava dando risadinhas idiotas.
Emmett concordou com um movimento de cabeça.
- E a minha garota ideal teria de ser loira, com cabelos compridos e olhos azuis. Teria de amar os animais e gostar de fazer programas ao ar livre, como acampar, por exemplo.
- E Tanya gosta de acampar?
- Acho que nunca vou descobrir – admiti, suspirando – Estávamos planejando fazer alguma coisa na primavera, mas isso não vai mais acontecer.
Tanya tinha sido a minha primeira namorada de verdade. Nenhuma das garotas que eu havia conhecido antes chegava sequer perto da imagem de garota ideal que eu acalentava em minha mente, e fora por essa razão que Tanya me atingira com a força de um raio.
Fora identificação à primeira vista, pelo menos para mim. Instantaneamente eu soube que ela era perfeita.
Eu já a havia convidado para o baile de fim de ano da escola, e andara economizando tudo o que ganhava no meu trabalho de meio período no Canil Hillcrest para comprar um verdadeiro presente de natal para ela. E agora, depois de uma simples frase que saíra de seus lábios, estava tudo arruinado. Meu coração ficara aos pedaços, exatamente como dizem essas canções cafonas e antiquadas. Minha vida ficara uma porcaria. Uma porcaria sem esperança de melhora. Uma porcaria, sem esperança e...
- Saia dessa, cara! Acorde! – bradou Emmett, me dando um leve soco no braço. – O que você acha da gente comer um pouco daqueles biscoitos?
- Estou sem fome.
Emmett balançou a cabeça.
- Você realmente está numa pior. Tudo bem, então vamos dar uma volta no shopping.
- Não, eu...
- Edward, olhe só para você! – Emmett estendeu os braços à sua frente e fazendo uma expressão de zumbi. Lancei um punho fechado na direção dele, sem força e nem intenção de bater, mas mesmo assim ele se desviou a tempo. – Assim você vai pirar de vez, Edward Masen. Precisa sair um pouco de casa. Precisa a voltar se equilibrar nas próprias pernas.
Ele estava certo, pensei com tristeza. Minha vida estava em frangalhos. Se eu não começasse logo a enfrentar o problema, o problema é que ia começar a me enfrentar.
- Tudo bem tudo bem. Vamos ao shopping então. – cedi. Do jeito que me sentia, não fazia diferença onde fossemos ou deixássemos de ir.
Entrei em casa para pegar algum dinheiro e minhas luvas, e me deparei com Alice debruçada sobre a mesa da cozinha, com um copo de leite e um prato de biscoitos já quase vazio a sua frente.
- Estou indo ao shopping – informei.
Ela engoliu o leite animada.
- Ah, me leva junto! – implorou.
- De jeito nenhum. Diga a mamãe que volto lá pelas cinco.
- Vou pensar no seu caso – ela respondeu, mostrando uma língua coberta de migalhas – E, depois, eu não ia mesmo gostar de sair com você. Você não está nem um pouco divertido ultimamente, Edward.
Era o ultimo sábado do mês de novembro, e parecia que todo mundo de nosso bairro da cidade de Grand Rapids, Michigan, estava no shopping. Os enfeites natalinos de lá faziam nossas decorações domésticas parecerem totalmente insignificantes. Por todos os lados havia pomposos laços de veludo vermelho nas vitrines das lojas e gigantescos bombons vermelhos e brancos, na forma de bengala, pendurados ao teto.
Tudo tão festivo e animado... Suspirei. Sem Tanya, eu não tinha nenhuma razão para comemorar o Natal naquele ano.
- Só de olhar você eu já começo a ficar deprimido, Masen – reclamou Emmett. – Não dá pelo menos para fingir que está feliz?
- Bem que eu gostaria. – repliquei.
Emmett balançou a cabeça.
- Nesse caso, deprima-se à vontade. Vou dar um pulo na livraria pra ver o que há de novo. A gente se encontra aqui em vinte minutos, tá bom?
Ele foi embora eu fiquei comigo mesmo, tranquilamente sentado num banco no meio do shopping. "Por que Emmett teve tanta pressa em se livrar de mim?", me perguntei. "Será que estou tão chato e baixo-astral assim? É melhor eu entrar na linha logo antes que meu melhor amigo também me dê um pé na bunda." Eu olhava fixo para um cone de sorvete que derretia num cesto de lixo bem na minha frente quando o som áspero e crescente de umas vozes próximas, e fez levantar a vista.
Um garoto alto e desengonçado e uma garota de longos cabelos escuros discutiam ferozmente – até aí, nada da minha conta. Mas quando eu olhei melhor reparei uma poça de liquido se espalhando pelo chão. A garota segurava um copo de papel vazio em uma das mãos, e havia uma grande mancha em sua calça azul clara. O rapaz segurava os cotovelos dela e os sacudia com força.
"Mas que tipo de imbecil é esse, para ficar maltratando uma garota desse jeito?", perguntei-me, com o rosto subitamente afogueado ao me dar conta de que aquele
"imbecil" tinha uma namorada, e eu não. Onde estava a justiça neste mundo? Ele não merecia ter uma namorada se não sabia como tratar uma mulher.
Antes de perceber o que estava fazendo, levantei-me e comecei a me encaminhar até o casal, com meus tênis guinchando contra o piso de ardósia. O ruído fez o rapaz parar brevemente os olhos na minha direção, mas ele se voltou de novo para a garota e continuou a rugir diante dela, ainda apertando-a com força pelo braço.
- Ei, cara, quem você pensa que é? – disse alto e bom som. Foi só quando ele me olhou de novo com uma expressão furiosa que percebi que era Mike Newton, estrela do time de basquete da Hillcrest High School, a minha escola.
- Não se meta – vociferou Mike, sem nem sequer continuar a me olhar. – Isto é entre ela e eu.
Tentei ignorá-lo, mas não é fácil ignorar Mike Newton. Perguntei, dirigindo-me a garota:
- Ele está machucando você?
Ela sacudiu a cabeça.
- Não, é só...
Mike esticou o braço e me empurrou:
-Olhe aqui, cara, quando eu digo para você se mandar é para você dar o fora sem mais nenhuma pergunta, sacou?
No ato eu senti que tinha chegado ao meu limite. Não sei se foi por causa da minha frustração por ter perdido Tanya ou por estar farto das perguntas chatas de todos os meus amigos e da minha família a respeito do nosso namora, mas de uma coisa não havia a menor dúvida: eu já tinha agüentado muita coisa nos últimos dias para, ainda por cima, ter de engolir o desaforo de um homem Neanderthal com complexo de superioridade. Então fiz uma coisa que nunca teria me imaginado fazendo: devolvi o empurrão.
Empurrei Mike Newton, o superatleta.
Senti estar fazendo algo que precisava fazer muitos dias antes. Foi um alivio. Foi bom demais.
Mas, em vez dele reagir como eu imaginava que inevitavelmente reagiria – me dando o troco em dobro -, Mike simplesmente foi tirando o time de campo.
- É isso aí, estou caindo fora! – gritou, erguendo as mãos. – Não vou mais jogar nenhum dos seus joguinhos, Bella. Por que você e o Totó ai não vão dar um passeio no pólo
Norte antes que eu mude de idéia?
Ele então irou pelos saltos dos sapatos e saiu andando rapidamente.
- Mike, volte aqui! – gritou a menina, com uma voz de quem está a ponto de romper num choro desatado. – Mike, não seja assim, por favor!
Simplesmente não dava para entender. Eu acabara de livrar aquela pobre garota de ter o braço quebrado por um troglodita, e agora ela estava pedindo pro canalha voltar?
- Me desculpe – comecei, tateando -, mas se voe não se importa de eu perguntar, será que não vai ser melhor ficar sem um cara como esse? Agora pouco eu cheguei a pensar que ele ia partir você em duas!
Ela se voltou para mim. A expressão furiosa de seus olhos me pegou totalmente de surpresa.
- Por que você não cuida da sua própria vida? – perguntou, esfregando a calça com um lenço de papel numa inútil tentativa de limpar a mancha.
- Eu pensei que ele estivesse... quero dizer... sua bebida estava toda espalhada, as roupas manchadas, e ele estava chacoalhando...
- Ele não me empurrou! A gente só estava conversando. Um garotinho que passou por aqui trombou em mim e derrubou a bebida das minhas mãos – retrucou ela, franzindo a testa. – Seria melhor você ir ao oculista antes que acabe se metendo em uma fria de verdade.
A coisa toda não fazia o menor sentido. Eu não pretendia ficar lá ridicularizando a menina, mas o sarcasmo no tom de voz dela me fez continuar:
- Mas ele estava brigando com você, não estava?
Ela suspirou e se calou por um segundo.
- Isso não é... Isso não é da sua conta.
- Mas se ele pretendia machucar você...
- Ele pretendia me machucar sim, mas não da maneira que você pensa – contestou ela, esmagando com raiva o copo de papel – ele estava desmanchando comigo, ficou claro agora? Satisfeito, senhor Sherlock?
Uma lagrima rolava pelo rosto dela.
- Eu estava tentando o fazer mudar de ideia, mas acho que daquele ponto em diante você tomou as rédeas da situação e decidiu por mim.
"Hora de cair fora, Masen", pensei. Eu já podia até imaginar a manchete: GAROTA
INFELIZ EMPURRA ABELHUDO METIDO A SALVADOR DE DONZELAS PELA
ECADA ROLANTE DO SHOPPING.
- Então me desculpa – foi tudo que consegui dizer.
Reparei que alguns passantes nos olhavam, e percebi que provavelmente eles achavam que eu era o cara que a estava fazendo sofrer.
- Hã... Bom, acho que você está melhor agora... – balbuciei, procurando um jeito de escapulir.- Sinto muito por ter me metido na sua vida. Sinto mesmo.
Ela relaxou um pouco.
- Você só estava tentando ajudar, certo?
- Certo – respondi. – E me desculpe mais uma vez.
E saí andando. Mas fiquei com a imagem do rosto dela molhado de lágrimas gravada na mente.
-_o-o-o_o-o_o-o_o-o_o-o_o-o_o-o_o—
Então... é isso haha!
Acho que amor no colegial é super complicado, não? Vamos ver como nosso jovem Edward pode lidar com essas confusões rs.
Até logo ;)
