Marionetes

by Saphy D. Black


Há alguns anos muito distantes, ainda brincávamos juntos. Era divertido, em tardes de outono, correr com você e, deitados no gramado, admirarmos as estrelas. Nossas estrelas.

No sair da infância, aos poucos deixei de precisar de você. Em ti, o efeito contrário surtiu. Você me queria, de um jeito errado, que eu gostava. No seu quarto, desejava-me perto de você... Em você. E eu queria atender-te. Sempre.

Outra vez, não me quis mais. Já era tarde. Tinha-me acostumado a controlar você. Penso, por vezes, que para você foi ruim. Não consegui ver desse modo, afinal, você era meu brinquedo. Minha marionete.

Você pensava que ao ignorar-me depois, poderia, talvez, esquecer que existo. E que um dia isso se tornaria realidade.

Não foi necessário. Eu saí de casa. Você se foi, pouco tempo depois.

Acabou. Os fios que pendiam a marionete se partiram. E você caiu. Para seu fim.

Porque marionetes não se movem sozinhas.


N/A - Não imagino o Sirius tão mau assim. Principalmente com o Regulus. Mas me desafiei a escrevê-lo assim e então, aqui está.

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