Frozen não me pertence!
Olá! essa história será continuada em algum dia dessa vida, mas no momento eu passei algumas horas escrevendo e acho que chegou num ponto em que, se eu desistir dela, não fica tão sem final assim. Então boa leitura!
Ah, malditos dias de verão, pensava Elsa. Presa no seu escritório, lendo e assinando documentos o dia inteiro, enquanto o Sol lhe queimava a nuca. Mesmo com bebidas refrescantes e cubos de gelo mágicos ao seu lado, o verão era sempre uma época desconfortável para a rainha. Sempre que usava seus poderes se esforçava mais do que o normal, e quando não o fazia ficava toda suada, especialmente nas mãos (sua teoria era que o gelo derretia antes de sair dos dedos). Usar luvas também não funcionava, é óbvio, já que ela suava três vezes mais a cada camada de roupa que vestia.
Sua reflexão mal-humorada sobre o verão foi interrompida por batidas na porta.
– Entre.
– Com licença, Vossa Majestade. Seu correio. – o serviçal estendeu uma bandeja de prata com uma carta em cima, fazendo uma grande reverência.
– Ah, obrigada. – Elsa odiava toda essa polidez dos empregados, mas por mais que pedisse eles não paravam. Esse homem em especial parecia gostar muito de deixar a rainha desconfortável, como um prazer sádico. Ela abriu a carta e passou os olhos rapidamente pelas palavras, sem lê-las, exceto pelo remetente. – Pode chamar minha irmã?
O serviçal fez outra reverência exagerada e saiu. Elsa terminou de ler a carta no exato instante em que Anna chegou saltitante, abraçando sua irmã mais velha.
– Oi irmãzinha! O que você quer de mim nesse dia escaldantemente quente?
Elsa sorriu com a animação constante de Anna. Mesmo depois de sete anos com os portões do castelo abertos ela ainda deslizava pelos corredores, chamava a irmã para brincar na neve, fazia bolos de chocolate com muito mais recheio do que o normal para comerem juntas.
–Leia essa carta. – E entregou o papel nas mãos de Anna. Ela leu em voz alta.
Cara Rainha Elsa de Arendelle,
Creio que esteja achando estranho que eu lhe escreva essa carta sem motivo especial, e peço desculpas se lhe causei muito espanto. O fato é que tenho algumas notícias sobre meu cunhado, o Príncipe Hans, que talvez agradem a Vossa Majestade e a Vossa Alteza, sua irmã Anna. Creio que se lembram de que meu marido, o Rei Harald, lhes mandou uma carta há sete anos assim que soube do que seu irmão havia feito, desculpando-se imensamente com a Senhora e o Vosso reino.
Desde então, Hans passou por várias lições valorosas. Ele foi repudiado por toda a família e o reino, Harald lhe tirou todas as posses e possíveis heranças, e o exilou entre os nossos súditos, dando-lhe os trabalhos mais insalubres possíveis a qualquer ser humano. Ele passou seis anos vivendo apenas com que conseguia ganhar com o seu suor, até que apareceu aqui no castelo implorando o perdão dos irmãos.
Não faz ideia do quanto ele mudou, Vossa Majestade. Hans deseja muito ver a Senhora e a Vossa Alteza, para desculpar-se apropriadamente. Ele ainda está pagando pelos seus pecados, mas sua relação com Harald e os meus outros cunhados melhorou de forma incrível. Nós de fato acreditamos na sua evolução e estamos dispostos a ajudá-lo a desculpar-se com o reino de Arendelle da melhor forma possível, portanto, gostaríamos de vê-las Eu, Harald e Hans, seja aqui nas Ilhas do Sul ou em Arendelle, para que Hans se desculpe de forma apropriada com Vossa Majestade e Vossa Alteza.
Finalmente, Harald pede as mais sinceras desculpas por não escrever esta carta ele mesmo devido aos seus deveres reias, mas as minhas palavras correspondem às dele.
Aguardo ansiosamente por sua resposta. Cordialmente,
Monika, Rainha das Ilhas do Sul.
–E então?
–Então o quê?
–Bom, foi você que Hans enganou. Você deve saber se quer vê-lo. – Anna ficou pensativa por alguns instantes.
–Quer saber? – disse subitamente – eu quero. Convide toda a família deles para o meu casamento, diga que vão ficar no castelo, e... Isso é, se você deixar.
–Claro que deixo. Esse castelo também é seu, Anna, e eles serão seus convidados. Vou escrever a resposta hoje mesmo.
–Obrigada, irmãzinha! – Anna pulou no pescoço de Elsa de novo antes de sair do escritório deslizando e gritando o nome de Olaf (eles iriam aprender a bordar com a governanta, pelo jeito).
