Konnichiwa! Aqui é Yulliah, com uma tremenda dor de dente... De volta a atividade, com grandes pretenções novamente! Pra cortar minhas asas, agora, só puxando orelha na review *bwahahahaha!* Arigatou, von Gandara sama, pela paciência, e aos leitores de Portugal, EUA e Japão *céus, um leitor no Japão!*, sim, vocês cinco, muuuuuuuuuito obrigada, isso foi o meu presente de fim de ano, acreditem ^^ e toca o barco pra começar a marvadeza!

Ps.: Ps: Bleach foi escrita pelo tio Kubo Tite, que estaria horrorizado se soubesse o que eu pretendo fazer com as paredes de Las Noches...

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As ordens eram para que Gin a conduzisse ao quarto, e Ulquiorra o preparasse com antecedência. A cada passo, pelos corredores do palácio, Ichimaru podia ver alçapões se abrindo sob os pés da hóspede, ou flechas saindo das paredes,guilhotinas em cada pórtico transpassado. Fácil demais para ele, medíocre demais. Ele bem que precisava de um pouco de diversão naquele tédio branco que era Las Noches. Os olhos postos na nuca pálida, pisando na areia que caía das roupas da pequena, foi remoendo o rancor que chegaram a porta, ela, surpreendentemente em segurança. Possivelmente teria tropeçado e batido a cabeça em alguma quina se tivesse visto o olhar lançado sobre si, mas não foi o caso. Ao virar de costas, já dentro do recinto, só viu o ex-shinigami inclinar-se com o seu sorridente e costumeiro "byebye", e as ordens de retornar ao salão principal assim que se arrumasse de maneira adequada.

Portas fechadas, ela sentiu o quarto. Respirou, tocou as paredes, esfregou os pés feridos no tapete, macio como a primeira neve de Dezembro. Sentiu saudades do Rukongai. Parecia surreal demais pra acontecer. Precisou apoiar o rosto na parede fria pra voltar a acreditar nos atos das últimas 48 horas. Observou o redor. Pouca coisa parecia familiar, mas lembrava o conceito que ela tinha sobre decoração ocidental. Uma cama com pés altos, dossel e véus rosados e transparentes envolvendo cabeceira e colchão, uma penteadeira de espelho oval, moldura rebuscada. Tudo em madeira clara, e de aparência barroca, rosinhas entalhadas que chegavam cansar a vista tal a quantidade que havia. Sobre a penteadeira, uma jarra de água, e uma taça, aparentando prata, água gelada... Atirou-se a jarra e tomou três taças de vez. Não saciada, mas já mais tranquila, notou o vestido branco, posto na cama. Uma cortina de parede inteira, pesada, oscilava pouco. Pensando em janelas, ela abriu, e ofuscou-se com a mistura bizarra de varanda e casa de banho que se revelou. O ofurô ao ar livre, toalhas dobradas num banco ao lado, perfume de sândalo e o vento do deserto. Antes de digerir as sensações direito, tirou o resto dos trapos que vestia e começou o banho. Ulquiorra sai de dentro de alguma parede, e Hinamori quase se afoga de susto.

- Não que isso importe agora, mas esse é o quarto mais pobre de Las Noches. Não se deslumbre com migalhas por aqui. - ela sai da água, ele, de costas, entrega uma toalha. - Não tenho tempo pra perder aqui, tenho outras como você pra tomar conta. Só passei aqui pra te lembrar que não passa de um bicho de estimação por aqui, então, porte-se direito. Amanhã cedo trataremos de negócios práticos, então faça o possível pra ter uma noite razoável.

Saiu repentinamente como entrou. Um pouco gelada, do susto e do vento, voltou para o quarto, tomou o vestido. Branco, longo, decotado e acinturado. Não se imaginara vestida daquela maneira, mas, ao olhar o espelho, sentiu-se maior, com poder. A saia, quatro pétalas de tecido, sobrepostas em pares e completamente aberta, permitia que qualquer mão mal intencionada a alcançasse com facilidade. A curva dos seios se insinuava pelo corte reto e vertical do decote, que se abria o suficiente só pra atiçar a curiosidade. Precisou de uma fuga estabanada e do susto de um mundo novo pra perceber que seu corpo parecia mais interessante... desabrochara, e não foi como shinigami. Calçou as sandálias brancas, e arrumou os cabelos, presos pra trás, mas soltos, caindo pelas costas, brilhante crina negra, até a curva dos quadris. Arriscou uma pintura nos olhos, contorno negro como as barras do vestido. E a última peça do conjunto, como uma piada mórbida: a coleira de veludo preto, elo prateado no centro, gravado com os dizeres "uso exclusivo de Aizen Sousuke" na parte interna. Não segurou a lágrima que escorreu, mas não pode deixar de achar graça naquilo. Ali, outro mundo começara, e ela não tinha a menor idéia das suas regras ainda.

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N/A: Calma que continua, e com alguns sustos na próxima. Bju!