O presidente Fernando Henrique Cardoso telefonou ontem mesmo, por volta das 23h45, para cumprimentar o seu sucessor eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e confirmar o encontro dos dois para amanhã, em Brasília. Fernando, um exaltado seguidor de prostitutas de cabaré, estava esperando, em sua residência pela chegada de seu mais novo parceiro político, o então mencionado presidente Lula.

No dia seguinte, os dois se encontraram num café e começam a expor suas opiniões sobre política, que felizmente era muito alinhada. Quando, sem perceber, Lula derruba seu café. O estardalho do vidro quebrando enxeu o restaurante enquanto o aquecido líquido molhava o carpete em que pisavam. FHC, para mostrar cavalheirismo, toma alguns guardanadpos largados na mesa para ajudar a limpar o café derramado. Enquanto se abaixa, Fernando de relance, não pôde passar despercebido o volume na calça do presidente. Collor começa a suar frio e vê seus antigos desejos sexuais à flor da pele.

Envergonhado, por talvez expor seus mais profundos sentimentos, Collor se resume a tirar o excesso de liquido que ainda se expalhava pelo carpete. Os dois entram em um acordo e decidem que é a hora da conta. O elegante garçom que espiava a conversa dos dois politicos se aproxima para cobrar as dívidas.

- Seriam R$10 - explanou o garçom.

Lula puxa o dinheiro cobrado de sua carteira, mas o mesmo é interrompido por Fernando:

- Não deixaria um parceiro meu pagar injustamente por mercadorias consumidas por mim.

O presidente sem hesitar, diz:

- Não posso permitir que seja recebido em sua própria cidade sem oferecer alguma contribuição. - explicou Lula - O dia está lindo, e não há por que se preocupar com dívidas.

Com isso, Lula entrega o dinheiro ao garçom e os dois saem para conversar em um agradável parque da capital do país.

Caminhando entre as árvores, Fernando exalta sua profunda frustração com uma parcela do congresso nacional.

- Compreendo seu desencanto, companheiro - exaltou Lula - O senhor tem um senso político invejável.

Fernando começa a sentir sua bochecha inxando. Não podia deixar o metalúrgico saber de suas intenções particulares. Mas, seus desejos não podiam ignorar os crescentes elogios de seu admirado.

Sem perceber, o ex-presidente deixa escapar um elogio resposta ao Nordestino.

- E sei que pela pessoa maravilhosa que o senhor é, - gageja Collor - seu governo será o maior sucesso dessa união federativa.

Fernando pôde perceber um sorriso no rosto do presidente, que rapidamente foi censurado pelo mesmo. Em um instante, Collor percebe que seu interesse em relação ao seu companheiro político era correspondido.

- Vamos à minha casa, meu amigo. Lá posso te apresentar sua futura moradia presidencial.

Às 20:47, os políticos saíam do automóvel de Fernando, no estacionamento do majestoso Palácio do Planalto. Collor, nervoso, se apressava para apresentar cada detalhe de sua moradia à seu convidado.

Mais tarde, depois do jantar, os dois se sentaram em frente à lareira, durante o fresco inverno Brasileiro.

- Realmente, companheiro, a casa é magnífica - comenta o presidente eleito.

Após alguns instantes de um silêncio intenso que pairava no ar, Fernando quase inconsiente deixa escapar:

- A casa é magnífica, não se pode negar, mas mais magnífica que ela, o convidado que tenho em frente.

Silêncio. Os dois políticos se encararam por um eterno instante.

- Desculpe - se adiantou Fernando - me exaltei demais...

Lula se aproxima os dois se abraçam em um profundo beijo

FIM DO CAPITULO 1