N/A: Ai esta mais uma NC para vocês. Espero que todos curtam.
Sirius Black e Remus Lupin recebem uma incomoda missão da Ordem: cuidar de duas irmãs que denunciaram os pais Comensais da Morte. Mas ao contrario do que os dois pensavam elas não eram duas simples garotinhas e sim duas atraentes jovens. E agora mais dificil que protege-las sera resisti-las.
Capitulo 1: As Irmãs Roberts
Era quase angustiante ver aquela casa vazia. Era muito bom quando seu afilhado e os outros membros da Ordem estavam lá. Agora sem ninguém aquela casa ficava fria, medonha. Chegava a lembrá-lo de sua infância e juventude la. Sacudiu a cabeça para espantar esses pensamentos. Definitivamente a solidão não estava fazendo bem para ele. Sirius suspirou um tanto cansado e foi sentar-se em uma poltrona diante da lareira. Passou a mão no rosto e constatou que precisava fazer a barba. Os cabelos médios estavam presos em um rabo de cavalo e ele mirava o fogo atentamente com seus olhos negros.
-Se eu fosse um inimigo, você já estaria morto. –uma voz falou a suas costas.
-Se você fosse um inimigo você não estaria aqui agora. –ele respondeu com simplicidade e depois se virou para encarar a pessoa parada a porta da sala –O que traz meu bom amigo Remus Lupin a minha acolhedora morada?
Remus sorriu para o amigo e foi sentar-se em uma poltrona próxima a de Sirius.
-Dumbledore nos deus uma missão. Ele vai vir nos passar os detalhes logo. Só sei que tem algo a ver com duas pessoas que ele quer que nós protejamos. –Remus explicou para Sirius que o olhava com curiosidade.
-Proteção? Você quer dizer cuidar de duas pessoas? Aqui? –Sirius perguntou meio incrédulo.
-Aparentemente sim. –Remus respondeu sorrindo levemente. Já imaginava que Sirius não ia gostar da idéia.
-Será que não tem mais ninguém pra fazer isso ao invés da gente? –Sirius falou meio entediado.
-Na verdade não, Sirius. –a voz de Dumbledore foi ouvida da lareira.
Sirius e Remus se sobressaltaram, mas logo se aproximaram da lareira e puderam ver o rosto do diretor entre as chamas.
-Eu sei que é uma tarefa um tanto incomoda, mas só posso confiá-la a vocês. Mesmo porque o Lago Grimaldi é o único lugar seguro que temos. –Dumbledore falou com sua voz calma.
Sirius bufou. Remus riu do amigo.
-Você poderia nos dar mais informações, Dumbledore? –Remus pediu educadamente.
-Sim, creio que vocês têm o direito de saber. Duas irmãs decidiram denunciar os pais e um grupo de Comensais da Morte. Elas estão em perigo agora, principalmente uma delas que foi forçada a fazer a Marca Negra e se tornar uma Comensal. Até que os pais delas sejam presos elas precisam ficar em algum lugar seguro. –Dumbledore suspirou pesaroso.
-Por que o Ministério não toma conta delas? –Sirius perguntou emburrado.
-Porque o Ministério não acredita nelas. Acha que estão mentindo, já que uma delas também afirma que o Lorde das Trevas voltou. –Dumbledore declarou com simplicidade.
-Não se preocupe, Dumbledore. Cuidaremos delas. –afirmou Remus, apesar do olhar ameaçador que Sirius lhe lançou.
-Muito obrigado, Remus. Elas estarão ai amanhã ao cair da noite. –Dumbledore informou e depois seu rosto desapareceu da lareira.
-Ótimo, Aluado. –Sirius falou irônico –Agora vamos virar babá de duas pirralhas.
-Não seja tão rabugento, Sirius. Você não vive reclamando que fica aqui sozinho? Bem, agora você vai ter companhia. –Remus falou divertido.
-Que seja. Mas vamos aproveitar que você finalmente veio visitar esse seu velho e abandonado amigo e beber.
Remus riu do jeito dramático de Sirius e acompanhou-o até a cozinha, onde beberam copos e copos de whisky de fogo, enquanto riam e conversavam.
No dia seguinte, Remus e Sirius tentaram dar uma organizada na casa e separaram dois quartos para acomodá-las. Sirius ainda parecia bem desgostoso com a possibilidade de receber duas crianças em casa.
A noite caiu e com ela um silencio profundo. Parecia que toda a rua havia se calado em expectativa.
Passou-se uma hora, duas, três e nenhum sinal das duas irmãs. Remus começou a preocupar-se e depois de passada mais uma hora Sirius também começou a estranhar.
De repente ouviram um estalo na cozinha, seguido de mais um. Correram da sala onde estavam até la e chegando ao cômodo encontraram Tonks acompanhada de duas figuras encapuzadas, uma sentada em uma cadeira e a outra sentada no chão. As duas pareciam ofegar.
-Olá Sirius e Remus. –Tonks falou parecendo agitada –Desculpe a demora. Tivemos um contratempo. Essas são Amelie –apontou para a figura sentada na cadeira –e Anellise Roberts –apontou a outra pessoa no chão –Não posso ficar mais aqui, tenho que ir. Elas precisam de cuidados. Adeus. –falou rapidamente. Mais um estalo foi ouvido e Tonks desapareceu.
Remus e Sirius ficaram ainda parados tentando absorver tudo o que acontecera naquele minúsculo espaço de tempo. Principalmente Remus. Então era Amelie quem estava ali? Mas... Como? Foi despertado de seus pensamentos pela garota que estava sentada no chão. Ela levantou-se um tanto cambaleante e apoiou-se na mesa. Sirius e Remus correram até ela e a ampararam.
-Anellise, certo? –Remus perguntou suavemente –Você esta bem?
-Sim, mas minha irmã... –ela falou com a voz ofegante –Acho que está ferida.
Remus olhou para a figura encapuzada sentada na cadeira. Ela tinha a cabeça baixa e o capuz cobria seu rosto.
-Amelie? –Remus chamou com cuidado.
A garota levantou o rosto e seus olhos encontraram com os de Remus. Ela olhou-o surpresa e levou a mão ao capuz tirando-o.
-Professor Lupin? –ela perguntou surpresa.
Ao ouvir a irmã, Anellise também retirou o próprio capuz e olhou para o homem parado ao seu lado.
As duas podiam ser irmãs, mas não eram nada parecidas. Amelie era loira de pele bronzeada enquanto Anellise tinha os cabelos negros e a pele branquíssima. A única coisa nelas que era idêntica eram os belíssimos olhos azuis celestes.
-Você é o famoso professor Remus? –Anellise perguntou um tanto divertida analisando Remus.
-Bem, famoso eu não sei, mas sim eu já fui professor da sua irmã. –Remus respondeu e sentiu-se desconcertado ao ver um sorriso malicioso surgir nos lábios de Anellise.
-Não imaginava que era o senhor quem ia cuidar de nós, professor. –Amelie falou sorrindo.
-Sim, serei eu. Mas não precisa me chamar de professor Amelie. Eu não dou mais aulas e você não é mais minha aluna. –Remus respondeu.
Um misterioso sorriso enfeitou o belo rosto de Amelie. Só então Remus percebeu um corte na testa dela, de onde saia muito sangue.
-Precisamos cuidar disso. –ele falou preocupado –Sirius, você pode ir buscar a caixa de primeiros socorros?
-Claro, eu já volto. –Sirius saiu apressado da cozinha.
-É melhor sentar-se também, senhorita Anellise. –Remus falou para a outra que ainda mantinha-se apoiada à mesa. Puxou uma cadeira e sentou-se de frente para Amelie analisando o ferimento dela –O que houve?
-Um imprevisto. –Anellise falou soltando a capa e sentando-se na cadeira mais próxima –Quando Tonks veio nos buscar no ponto marcado apareceram Comensais e nos atacaram. Nós tivemos que enfrentá-los e fugimos por um bom tempo, até finalmente aparecerem reforços. Na primeira oportunidade Tonks aparatou e nos trouxe junto. Ela deve ter voltado para onde os outros estavam duelando. –Anellise explicou num só fôlego.
-E o que machucou você, Amelie? –Remus perguntou segurando de leve o queixo da garota e aproximando-se para olhar melhor o corte na testa dela. Parecia profundo...
-Foi uma pedra que lançaram em mim. –ela respondeu com um sorriso maroto nos lábios –Agora você me chama de Amelie, Lupin? Quando nos conhecemos você insistia em me chamar pelo sobrenome.
Remus engoliu em seco.
-Quando nós nos conhecemos você era minha aluna. Não era apropriado chamá-la apenas pelo nome. –respondeu sem encará-la.
-A ultima coisa que passou pela minha cabeça quando eu te conheci, Lupin, era o que era ou deixava de ser apropriado. –ela sorriu maliciosa e inclinou-se mais na direção de Remus, apoiando as mãos nos joelhos do lobisomem.
Remus sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo. Lembrava-se perfeitamente das intenções de Amelie quando se conheceram. Havia sido há dois anos quando ele dera aulas de DCAT em Hogwarts. Amelie estava no sétimo ano e era sonserina. Uma de suas alunas mais brilhantes sem duvidas. Mas depois de um certo tempo o comportamento dela tornou-se diferente. Remus tinha a impressão de que ela lhe lançava olhares furtivos o tempo todo e uma ou outra vez teve a nítida impressão de que ela estava tentando provocá-lo. Até o dia em que ela declarou com todas as letras que o desejava. Isso foi sem duvida um choque para Remus. Ele não esperava que ela falasse daquela maneira. Pediu que ela não voltasse a procurá-lo e que mantivesse a relação deles em um nível impessoal. A garota ainda insistiu por um tempo, mas com os acontecimentos daquele ano (a fuga de Sirius, a noticia de que ele era um lobisomem se espalhando pela escola) ele acabou por não vê-la mais.
Anellise assistia a cena em silencio e com grande interesse. Ouvira muito a irmã falar do tal professor Lupin. Era de fato um homem atraente, apesar da aparência cansada. Mas era bem o tipo de homem que a irmã gostava: sério, com cara de certinho. Ela preferia os cachorros mesmo.
-Aqui está a caixa. –Sirius voltou correndo e parou na porta ao ver a situação em que seu amigo se encontrava. Sorriu malicioso. –Algum problema?
Remus pareceu sair de um transe.
-Não, nada. Traga a caixa aqui, Sirius. E veja se Anellise precisa de alguma coisa. –Remus pediu um tanto corado.
Sirius se aproximou de Anellise e foi obrigado a morder a própria língua. Aquela garota não era nem de longe uma pirralha. A calça jeans justa delineava as belas coxas dela e a regata preta deixava uma parte da barriga a mostra e moldava-se ao corpo evidenciando os seios fartos e a cintura curvilínea. Respirou fundo tentando concentrar-se no que devia fazer. Reparou que havia ataduras em volta do antebraço esquerdo dela.
-Você está ferida ai? –perguntou indicando as faixas.
-Não. Essa é minha Marca Negra. –falou mostrando o braço –Eu mantenho ela protegida com feitiços para que ele não me encontre, nem chame. –ela falou indiferente.
Sirius analisou-a por um segundo, surpreso.
-Você tem algum ferimento? –perguntou por fim.
-Só um. –ela declarou levantando um pouco a camisa. Só então Sirius pode ver um pano envolvendo a cintura dela, improvisando um curativo.
-Se importa se eu olhar?
-Não. –ela falou levantando-se e sentando-se na mesa. Levantou um pouco mais a camisa e Sirius tirou o pano que estava ali preso. O machucado era um pouco sério.
-Ainda bem que nós temos poções para machucados... –analisou.
-Tem razão. –Remus concordou, terminando o curativo na testa de Amelie –Você tem mais algum lugar machucado?
Amelie fez que sim com a cabeça e tirou a própria capa. Remus teve que se controlar para não evidenciar o quanto ficara chocado com a visão do corpo da garota. Ela usava um short jeans curto que revelava as pernas torneadas e uma camiseta de alças fininhas vermelha que marcava cada curva do corpo.
-No pescoço. –ela falou.
-O que? –Remus perguntou confuso.
-Eu também tenho um machucado no pescoço. –ela respondeu risonha. Percebera que tinha afetado o homem.
-Ah claro. –Remus apressou-se em olhar o machucado, que não era tão profundo, mas carecia de cuidados. Ao se aproximar para pôr o curativo no ferimento aspirou o perfume almiscarado que ela usava. Era tão o inebriante quanto ele se lembrava...
-Saudades do meu perfume, professor? –Amelie perguntou baixinho no ouvido de Remus de uma forma provocadora.
Remus sentiu todas as células de seu corpo se acenderem com o som da voz dela. Por Merlin! Ele devia estar enlouquecendo. Ela era uma menina, ex-aluna, muito mais nova que ele. Não devia ficar pensando nessas besteiras. Ajeitou-se na cadeira e encarou-a seriamente.
-Amelie, vamos levar isso com seriedade, por favor.
-Alguma vez eu não falei sério com você? –ela provocou levantando uma das sobrancelhas.
Remus sentiu-se travar. Ela era sem duvida nenhuma linda e atraente, mas o momento não era para esse tipo de pensamentos. Eles teriam que cuidar das duas por sabe-se la quanto tempo, era melhor não se envolver com quem não devia. Respirou fundo e falou no tom mais impessoal que pôde:
-Pronto. Os curativos já estão feitos. Precisa de mais alguma coisa?
Amelie encarou-o de um jeito profundo por um minuto e ele teve medo da resposta que ela daria. Ela sempre dava um jeito de responder com uma provocação de conotação sexual.
-Não, obrigada. –ela respondeu simplesmente, mas algo em seus olhos dizia que ela não tinha boas intenções.
Sirius fazia o curativo na cintura de Anellise, mas permanecia atento a conversa entre Remus e a outra garota, até a morena se mexer um pouco, chamando sua atenção.
-Eu te machuquei? –ele perguntou levantando os olhos para encará-la.
-Não. –ela respondeu com um misterioso sorriso –Qual o seu nome?
-Sirius Black.
-O famoso fugitivo? –ela perguntou interessada.
-O próprio. –ele respondeu levemente sarcástico.
-As fotos não fazem jus a você. –ele olhou-a confuso –Você é bem mais atraente pessoalmente. –ela falou maliciosa.
Sirius mal pôde acreditar no que ouvira. Estava acostumado ao assédio das mulheres, afinal ainda era um homem bonito, mas uma garota daquela idade... Mas também, quantos anos ela devia ter? Não era nenhuma criança e não devia ser tão mais nova que ele... Agora estava arrumando desculpas para ter gostado da cantada dela? Estava pior do que imaginara a principio. Mas aquilo realmente havia sido uma cantada? Resolveu testar.
-É uma coisa difícil de se julgar dessa maneira, você não acha?
-Sim. –ela respondeu com simplicidade –Quem sabe depois você não me deixa te analisar melhor e mais de perto para confirmar.
Mais direta só se ela falasse com todas as letras. Sirius tentou pensar em algum bom motivo para não deixar nada acontecer entre eles, mas nenhum veio a sua mente. Se bem que, nada garantia que algo fosse realmente acontecer.
-Está pronto. –ele falou terminando de fazer o curativo nela.
-Obrigada –ela falou e desceu da mesa de repente ficando com o corpo colado ao dele.
-Por nada. –ele deu um sorriso sedutor para a garota.
Ela se desviou dele e foi até a irmã.
-Está doendo algum lugar, Amie?
-Não. Eu estou bem. –a outra respondeu com um sorriso.
-Vocês querem comer algo? Ou estão cansadas e querem ir para o quarto descansarem? –Remus perguntou solicito.
As duas se olharam e depois voltaram a olhar para Remus.
-Nós queremos descansar, por favor. –Anellise respondeu.
-Então venham.
Sirius e Remus levaram as duas até o andar superior.
-Nós deixamos esses dois quartos para vocês. Fiquem a vontade.
-Onde é seu quarto Lupin? –Amelie perguntou de repente –Para o caso de nós precisarmos de algo durante a noite. –ela completou com um sorriso falsamente inocente.
Remus sentiu todo o seu sangue ferver com a insinuação dela. Porque ele sabia que ela estava insinuando algo nada decente, como sempre fazia quando falava com ele.
-É aquela última porta a esquerda, Amelie. Mas tenho certeza de que não haverá nada de tão urgente que você possa precisar durante a noite. –falou sério.
-Não fique tão seguro quanto a isso. –ela falou maliciosa e entrou em um dos quartos. Anellise deu um leve aceno para os dois e também se retirou para um quarto.
Os dois ficaram parados no corredor ainda olhando para as portas por onde as duas haviam sumido.
-O que nós fazemos agora? –Remus perguntou levemente preocupado.
-Primeiro você vai me contar direitinho qual a história com a loirinha e depois eu vou provavelmente tomar um banho gelado... –Sirius falou, um sorriso maroto brincando em seus lábios.
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