Sumário: Tão previsível que chega a doer.

Harry Potter não me pertence.

Essa fanfic não foi betada, então perdoe os erros.

Para o projeto Black&Red 2.0 do fórum 6v. Item: Decode, Paramore.



He is a nightmare


This truth is hiding in your eyes,
And it's hanging on your tongue.
Just boiling in my blood, but you think that I can't see.

What kind of man that you are?
If you're a man at all.
Well, I'll figure this one out
On my own...
I'm screaming "I love you so"...
(But my thoughts you can't decode)

Paramore, "Decode"


Tom, como você sabe tudo o que eu irei escrever?

Eu não entendi a sua pergunta.

[Mas ele entende e sabe. E se ele tiver um rosto dentro do diário, existe um sorriso estampado. Um sorriso cruel]

Eu estava escrevendo sobre o Harry e então você...

E então eu completei a sua frase, antes mesmo de você conseguir escrever, não?

Viu? Você está fazendo de novo!

Haha, desculpe Ginny.

Como você faz isso? É alguma

[Ela o irrita com a sua narrativa infantil, ela o irrita com a sua capacidade idiota de só se importar com Harry, Harry, Harry e nada mais além dele, ela o irrita porque ele só sabe sobre o Harry e Harry Potter não é a única ameaça. Ainda existe Dumbledore e sua legião de seguidores. Ainda existe algum resquício dos ridículos bruxos da Ordem da Fênix, em algum lugar dali]

magia?

Bem, podemos dizer que existe uma magia que permita com que bruxos leiam as mentes de outros, mas eu não estou fazendo isso com você.

[Ainda. Porque não há necessidade. Porque ela é uma garota de onze anos apaixonada por um herói que tem medo de cobras]

Então como você...

Consegue? Como eu consigo saber o que você pensa e o que vai escrever?

É!

Bem,

[porque você é tola, ele tem vontade de escrever. E se ele tem uma voz dentro do diário, ele está rindo agora. Rindo alto]

acho que é porque nos damos muito bem, sabe? Porque eu gosto de você e você gosta de mim.

[Respostas idiotas para perguntas tolas, a moral de qualquer ser vivo, ou deus]

...Você gosta de mim, não é, Ginny?

Ora, claro que sim! Nós somos amigos, não somos?

Claro que somos, Ginny. E por sermos amigos, você faria qualquer coisa por mim, não faria?

[Ele sabe que, provavelmente, ela deve estar sorrindo no momento. Sorrindo enquanto escreve que faria qualquer coisa por ele]

Eu faria qualquer coisa por você, Tom.

[Tão previsível que chega a doer, ele pensa]

O que você quer que eu faça para você, Tom?

Eu quero que você

[morra]

feche os olhos e pense bem profundamente naquele desenho que eu fiz de mim mesmo. Pode fazer isso?

Claro!

Ótimo. Agora eu quero que continue pensando nesse desenho. E imagine que eu sou o desenho e estou levantando a mão para você.

[E se ele tem braços dentro do diário, ele está levantando um deles, em direção ao nada. Em direção a Ginny]

Você seguraria a minha mão, se eu estivesse estendendo-a para você?

Claro que sim!

[Ela não hesita em nenhum momento, porque é tola]

Então feche os olhos e faça tudo isso o que eu te disse.

[Então segure a minha mão!, ele grita, se tem um rosto, uma forma e uma voz dentro do diário]

[Há silêncio, de ambas as partes. Tom abre os olhos, e vê o mundo através dos olhos de Ginny. Ele observa o dormitório feminino, as camas vazias, o sol entrando pela janela. Ele observa as mãos pequenas cheias de pintinhas vermelhas e observa que a garota ainda está usando as roupas de escola. Ele dá um sorriso com os lábios de Ginny e então se volta para o diário jogado na mesa, sem resquícios de uma escrita que não fosse a dela]

[O silêncio permanece no dormitório e no castelo, como se todos tivessem percebido a presença cruel de alguém que não devia retornar. Levanta as mãos para o diário e o fecha, e esse movimento deve ter causado algum desastre em alguma parte do mundo, porque ele é uma maldição por completo]

[Os dedos deslizam pelo diário, uma última vez, e então com a voz de Ginny, ele diz:]

- Boa menina.

[Ele pega o diário e se move como uma cobra para fora do quarto. Existe o frio, existe a morte, e existe a cobra. E esses três elementos se arrastam pelos corredores da escola, acompanhando os passos de uma garota ruiva possuída,]

[por um pesadelo]


N/A.: Eu li a letra de Decode para ver se me inspirava o suficiente para escrever Tom/Ginny e saiu isso. É mais ou menos o último instante da Ginny como sendo ela mesma, no segundo ano, antes de ser possuída pelo Voldemort e ir para a Câmara Secreta. Claro que existe algumas modificações, mas é minha forma de pensar como alguém pode ser possuída por um diário –q

Faz tempo que escrevi isso, sério. E eu nem ia postar, mas já recebi algumas PM's me perguntando se havia link, então eu resolvi dar uma chance. É.

Mandem reviews ao invés de só favoritar. Aí vocês não recebem Mensagem Pessoal :3