Keep Your Heart Broken (Songfic)
Mantenha Seu Coração Partido
Autora: Leyla da Silva Augusto
Beta-Reader: Leyla
Shipper: John Carter/Abby Lockhart
Música: Keep Your Heart Broken - The Rasmus
Descrição: Precisei deixar a mulher que eu amava e toda a minha dor para trás para resgatar o que eu pensava ser só o corpo do meu melhor amigo na África. Quando eu voltar, as coisas provavelmente não continuarão sendo o que eram antes. Será que eu ainda tenho chance de mudar isso?
Descrição da One-Shot: Diferente ponto de vista do final do episódio "Foreign Affairs", onde Carter e Abby sempre acabam voltando um para o outro, não importa o que aconteça.
Teaser: "- Só prometa manter seu coração... - não sabia se aquilo era o certo a se dizer mas, simplesmente disse - ...partido.
Ele não esperou suas lágrimas caírem novamente. Apenas partiu..."
Gênero: Drama/Romance - One-Shot/Songfic
Classificação: 16 anos (contém cenas pesadas de violência e guerra e cenas de sexo detalhadas)
Disclaimer: Eu não possuo o Noah Wyle/John Carter (que pena!) nem Maura Tierney/Abby Lockhart e não pretendo ter fins lucrativos com essa fanfiction. Totalmente fictícia.
Obs: Eu fiz essa One-Shot há um tempo por pura vontade de escrever e resolvi continuá-la e transformá-la em Songfic [fanfiction baseada em uma música. Como ainda estou terminando de escrevê-la, não a postarei aqui antes de terminá-la. Ou seja, os dados acima são da songfic inteira, não se assustem se não encontrarem nada parecido abaixo ;). Postarei ela inteira assim que terminar!
Só não pude me conter em terminá-la...tinha que postar!
Espero mesmo que todos gostem e deixem suas críticas e comentários.
(CARTER'S POV)
- Você sabe que vim aqui pra te encontrar, certo? - eu estava incrivelmente irritado com tudo e todos, principalmente com ela - Eu não devia...Eu não devia ter vindo! - meu coração disparou e meus olhos começaram a encher de lágrimas. Será que Abby não percebia que eu só queria ficar sozinho? Precisava de um tempo dessa vez...Não olhei em seus olhos em um só minuto. Não conseguia. Se eu a olhasse, só o que eu conseguiria era sentir mais raiva. E era justamente a última coisa que eu gostaria, sentir raiva dela.
Abby insistia em encontrar meu olhar e, se continuasse fazendo isso, eu não responderia por mim.
- John, tudo bem. - ela apenas queria me consolar, eu podia sentir isso, mas por que diabos eu não conseguia ceder? - As coisas vão melhorar daqui pra frente e...
- Você pode me fazer um favor? - dessa vez eu a olhei como nunca havia olhado antes. Como se fosse qualquer pessoa, menos a mulher que eu amava. - Pode me deixar em paz? - fechei os olhos e apenas disse o que minha mente mandava, não o que meu coração sentia. Não conseguia destingüir o que eu estava sentindo naquele momento.
Senti um aperto na garganta e comecei a caminhar de um lado para o outro. Abby continuava lá, como nunca tinha insistido antes em alguém. Ela permanecia, mas eu sabia que logo sairia. Nesses tempos ela não esteve comigo quando precisei. Sempre me deu as costas, por que não daria agora?
- O quê? - ela hesitava em atender ao meu pedido, indignada. Sua voz soou completamente embargada, como se quisesse chorar comigo também. Aquilo tudo estava me deixando cada vez mais nervoso. Vontade de socar a parede era o que não me faltava. Queria que ela estivesse comigo, chorasse comigo e, ao mesmo tempo, que ela saisse e não aparecesse nunca mais em minha frente. Não sabia que era possível sentir isso até experimentar.
Nós dois sentíamos que este poderia ser mesmo o fim de tudo que construímos nesse ano.
- Eu preciso de tempo. - minha voz estremecia a cada palavra que saia. Só consegui suplicar - Você pode ir embora?
Ela disse meu nome uma última vez, sendo quase impossível de se ouvir, e saiu.
Meu coração batia forte, mais forte agora. Minha vontade era correr atrás dela e abraçá-la como se só ela pudesse me curar. Ela era a cura para tudo que eu estava sentindo. A morte de minha avó, a família dela... Nós apenas precisávamos um do outro. O arrependimento batia logo em seguida.
Olhei para os lados, percebendo a besteira que havia feito em ter mandado ela sair e só o que consegui fazer foi chorar. Sentei-me na maca que estava logo atrás de mim e encostei minha cabeça, que pesava muito, nas minhas mãos. Tentava estancar as lágrimas, mas a minha dor era maior. Eu não podia continuar assim. Eu tinha que sair dali o mais rápido possível para poder pensar na coisa certa a fazer.
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Com muita dor, Abby saiu e fez a vontade de John. A pior coisa do mundo era ver a pessoa que ela mais amava daquele jeito. Observou-o por um tempo, na janela do lado de fora da sala de exames. Ela daria tudo por um abraço dele agora. Ela daria tudo para fazer com que ele a amasse novamente e não sentisse mais raiva. As lágrimas continuavam presas em seus olhos. Ela não se atreveria a chorar por ele. Seu orgulho não deixaria...
Abby suspirou uma vez e tentou apagar da sua mente a imagem de John a rejeitando, como nunca fez antes. Pôs-se a caminhar muito rápido até a SDM e lá sentou no sofá e tentou engolir toda mágoa que a estava sufocando fazia tempos.
Abby só queria melhorar a situação de alguma forma. O orgulho sempre atrapalhava mais do que devia, mas dessa vez não poderia ser diferente? Ela sabia que era impossível voltar no tempo e nunca ter levado seu irmão ao enterro de Millicent. Esse não poderia ser o fim de tudo que ela e John haviam construído juntos. "Por que eu sempre tenho que fugir?" Abby percebeu, depois de tanto pensar, que ela não podia continuar deixando o orgulho tomar conta de suas decisões. Ela seguiria o coração pelo menos uma vez.
Saiu apressada da SDM com o olhar apenas na direçãode John e correu à procura da pessoa que precisava dela e de quem ela mais precisava. Perguntou por todos os cantos onde ele estava, mas ninguém conseguia dar uma resposta concreta. Alguns até diziam que ele não estava de plantão, que era para voltar outro dia. Mas Abby não desistiria dessa vez.
Percorreu quase todo o PS, até que chegou na sala de exames, onde ele não estava mais também. A sala de exames era mesmo sua última esperança, e só pode ver uma imagem dele sentado naquela maca, totalmente infeliz, exatamente como o vira na última vez. Abby sentiu aquele aperto torcer seu coração, o que deixaria qualquer um desesperado.
Andou pela sala de exames com os olhos cheios de lágrimas por lembrar das últimas cenas ali ocorridas. Achou seu paletó e seu estetoscópio em cima da mesa e antes de se retirar, encostou seu delicado nariz no paletó. Seu perfume era diferente, único. Uma combinação de muitas essências que eram indecifráveis. Aquele cheiro a lembrava de todas as manhãs que ele saía de seu banheiro e espalhava-o por onde passasse na casa. Como viveria sem aquele cheiro rondando em sua cama toda noite?
Sorriu com a lembrança e logo correu para a recepção, sem saber onde mais procurar. Lá esperou. Esperou por alguém que ela nem mesmo sabia se apareceria...
- Hey Abby. Pode me ajudar numa punção no Exame 3? - Gallant perguntou apanhando mais fichas e limpando mais um paciente do quadro. Logo reparou que Abby não parecia estar escutando e a encarou, estranhando seu comportamento. Ela apenas queria estar com John, nada mais. Será que era pedir muito?
- Abby? Você está bem? - perguntou novamente, dessa vez, obtendo uma resposta.
- Ah...Sim...Eu só... - ela parecia ter acordado de seu transe e percebeu que era com Michael que estava falando - Eu não estou de plantão, Michael!
Abby apenas disse isso e saiu do hospital sem destino algum. Só o que queria depois daquele dia cheio era beber. Beber até esquecer tudo o que passou. Porém, tinha em mente que no dia seguinte continuaria lembrando de tudo e ainda estaria com a ressaca para acompanhar, como já dissera John outra vez.
Caminhou até o Ambulance Bay, com os pertences de Carter em sua mão e tentou observar, ainda que fosse a última esperança, se John estava por perto. Até que, para o seu maior alívio, avistou-o atravessando a rua e entrando no Doc Magoo's. Seu coração parecia sair pela boca de tão rápido que batia. Não pensou duas vezes antes de correr atrás dele para poder abraçá-lo e afastar aqueles pensamentos horríveis de sua cabeça novamente.
Quando Abby o alcançou nas escadas da lanchonete, tocou o braço de John e o segurou com delicadeza. Apenas com a leveza do toque, John já sabia quem estava logo atrás dele. Ele se virou devagar procurando esconder tamanha tristeza de seu olhar, fitando o chão. Abby percebera que ele ainda não estava bem e queria que ele a olhasse e percebesse o quanto ela sentia muito por tudo que houve. Então, com a palma da mão, acariciou seu rosto do mesmo modo que fizera naquela noite, no bar, no dia em que soubera da morte de Mark. John deu um passo a frente e não conseguiu resistir à presença dela. Abraçou-a muito forte e, ao mesmo tempo, muito carinhosamente. E, durante um momento, ambos não conseguiram segurar as lágrimas. Abby finalmente pôde sentir seu coração se acalmar ao se encontrar com o coração de John. Ele estava mais traqüilo pois sentiu que ainda podia contar com ela para tudo.
Dessa vez foi mesmo diferente. Dessa vez...ela estava lá!
Abby dizia em seu ouvido, sussurrando:
- Me desculpa, por tudo...Por favor! Não posso te ver assim...Agora tudo vai ficar bem. Confie em mim!
John encontrou o olhar de Abby e apreciou-os durante um tempo que parecia durar para sempre. Não queria encará-la antes porque sabia que cederia à profundidade e sinceridade que seu olhar demonstrava.
Então a beijou muito devagar e docemente, sentindo cada toque, cada movimento de seus lábios.
John teve certeza de que nem tudo estava perdido. Guardaria aquele momento para sempre...
Abby estava aliviada e queria respirar fundo, mas sem parar de beijá-lo um só instante. Dentre tantos movimentos que queria ter feito, apenas sorriu mentalmente.
Os dois ainda não tinham certeza do que sentiam, mas o amor estava presente ali. Mais forte do que nunca!
Yeah! That' it...Espero que tenham gostado e acima de tudo, relembrado a época mais linda de ER. À todos os fans Carby que tiveram coragem de ler essa 'coisa', eu agradeço de coração.
Prometo que assim que terminar, continuarei aqui!
-Byebye, Leyla.
