Oi, gente! Essa é minha primeira fic sobre o Crepúsculo, e minha primeira fic aqui \o\ Não levem em conta os erros de português. Espero que gostem e por favor, comentem! Eu ficaria muito feliz! Mandem dicas e crítiscas, mas não deixem de ler.
Postarei, sempre que puder!
Então, é isso...
Bjs
Se o amor não fosse tão complicado...
POV. Edward
Eu estava furioso. Tinha discutido feio com Tânia, minha atual namorada, e para completar minha cota de mau humor, meu irmão Emmett tinha me enchido o saco desde a noite passada. Conclusão: tudo que eu menos queria era conversar, ouvir, ou manter qualquer atitude social.
Entrei no ônibus de cara fechada e sentei lá no fundo, perto da janela. Talvez observar a paisagem, enquanto ia para a faculdade, deixasse menos pior a minha cara. Ou talvez o sono, que me faltara durante a noite, graças ao desgraçado do Emmett, fosse reposto com o balançar da viagem (sim, porque o tempo que demorava para chegar na faculdade, só poderia ser o de uma viagem). De qualquer forma, não importava o que fosse, pensei, eu só queria descansar e esquecer de tudo.
Encostei a cabeça no banco e tentei relaxar. Afinal, por que as coisas, naquele dia, estavam dando tão erradas? Me perguntei, olhando para a frente. Parecia um carma, um tormento! Talvez eu devesse terminar com a Tânia...
Meus pensamentos voavam longe e meu humor variava, constantemente, entre o ruim, péssimo e ruim de novo, por isso, nem reparava quando alguém entrava no ônibus. Mesmo que fosse algum conhecido, provavelmente, não repararia. No entanto, se uma pessoa ficasse me olhando por muito tempo, um incomodo começaria a surgir e eu, com ou sem vontade, repararia na pessoa. Foi o que aconteceu nesse dia...
Levantei meus olhos, quase imediatamente, quando uma garota de cabelos lisos e escuros passou pela roleta. Apertei meus olhos meio irritado, mas não pude deixar de notá-la. Não era o que podemos chamar de linda, mas causava alguma impressão. Seus cabelos escorriam pelo rosto até os ombros, suas mãos, finas e brancas, pegavam, delicadamente, no dinheiro, antes de entregar ao trocador, e os seus olhos, de um chocolate vivo, não se desgrudavam dos meus.
Olhei para a janela quando ela começou a vir em minha direção. Claro que eu ficara impressionado com alguma coisa nela, mesmo que não soubesse bem o que era, mas tudo que eu menos queria, naquele momento, era uma garota dando em cima de mim. O melhor, então, seria não encará-la, fingir que não vi. Ela, provavelmente, iria notar que não estava afim, e sentaria em outro lugar. Ou não...
- Posso sentar? – sua voz baixa e tímida perguntou ao meu lado.
Apenas balancei a cabeça olhando-a, rapidamente. Agora que ela estava mais perto, não pude deixar de notar que seus lábios eram perfeitos. Virei para o lado, me repreendendo por pensar isso, e fiquei quieto.
Ela se sentou e senti seu olhar penetrar em mim, desviando logo depois. Com o canto dos olhos, consegui vê-la remexendo as mãos, nervosamente. Senti uma tensão no ar, uma coisa estranha. Ela olhou, novamente, para mim e abriu a boca. Então, resolvi prestar mais atenção. Tive a impressão de que ela iria falar alguma coisa, mas, em vez disso, ela se virou mais uma vez, me deixando curioso.
Por um tempo comecei a ter de volta aqueles pensamentos irritantes com relação à Tânia, mas foi um tempo curto, porque minutos depois, senti alguém cutucando meu ombro.
- Oi, posso te fazer uma pergunta? – a garota falou ao meu lado.
Olhei nos seus olhos e vi ansiedade e nervosismo. Balancei a cabeça afirmativamente, mas ela ficou calada. Curiosamente, a vi fechar os olhos com força, como se reunisse coragem. Se eu não fosse capaz de sentir a tensão que emanava dela e a expressão, quase de dor, em seu rosto, seria capaz de rir da cena, mas alguma coisa me dizia que era melhor prestar atenção.
- Eh... você é da engenharia, não é? – ela perguntou, finalmente, enquanto abria os olhos.
Levantei a sobrancelha. Todo esse nervosismo só para me perguntar isso? Balancei, novamente, a cabeça.
- De quê? – ela continuou um pouco mais calma.
Suspirei sem que ela percebesse e avaliei sua expressão. Ela, realmente, parecia interessada nisso.
- Química. – falei e cheguei a pensar que essa resposta seria suficiente, mas ela emendou com outra pergunta:
- É legal?
Fechei os olhos, rapidamente. Pelo visto, não ia ter jeito. Teria que conversar com ela. Por que estava tudo dando errado, naquele dia?
- Pelo menos eu gosto. – respondi, finalmente.
Fiquei olhando para a frente por um minuto ou dois, rezando para que ela notasse em minhas respostas curtas, a minha falta de aptidão para a conversa, mas ela parecia entender, exatamente, o contrário.
- Ah! E como é lá? – ela perguntou;
- É legal. – respondi. – Um pouco difícil, mas eu gosto. Por exemplo, nesse primeiro semestre não, mas nos próximos, começarei a ter aula de física e no laboratório. Acho que é pra quem gosta.
Ela balançou a cabeça concordando e eu pensei que, agora sim, a conversa tinha acabado, mas, de novo, ela falou alguma coisa. Dessa vez um comentário sobre si mesma.
- Eu faço letras...
- De quê? – perguntei, não porque estivesse interessado, mas para não ser mal educado. Ao que ela pareceu feliz, pois seus olhos brilharam, antes de responder.
- Literaturas.
- Ah!- comentei virando para a janela.
- É legal! – ela emendou, quase imediatamente, e eu suspirei. – É bem diferente do que eu pensava quando saí do ensino médio.
Resolvi me desligar. Já que ela não percebia que eu não queria conversa, comecei a não ouvir o que ela dizia. Eu não entendia o motivo de estar sendo obrigado a escutar tudo aquilo. Eu por acaso tinha mencionado que queria uma chata tagarelando do meu lado? Então, por que ela continuava falando sem parar?
- Qual o seu nome? – a ouvir dizer, depois de algum tempo.
- Edward. – quase cuspi, já perdendo a paciência.
- Bella. – ela falou, agora mais tímida.
- Prazer! – respondemos juntos e, pela primeira vez, sorri ao ouvir nossas vozes no mesmo ritmo. Ela sorriu corando e virou para o lado, finalmente, ficando em silêncio.
Agradeci, aos céus, por isso. Pensava que teria que agüentar uma hora, ou mais, com ela falando no meu ouvido. Porém, ao contrário do que esperava, sua voz, mesmo que eu não quisesse ouvi-la, não saía da minha cabeça.
Olhei de lado para ela e vi um sorriso em seus lábios. Fiquei surpreso. Por que ela estava sorrindo? Eu tinha falado algo engraçado? Então. finalmente, a ficha caiu. Eu não tinha falado. Eu não falei nada de estranho, ela estava rindo daquele jeito por ter falado comigo, apenas isso.
Senti, quase imediatamente, meu orgulhoão falei nada de estranho, ela estava rindo daquele jeito por ter falado comigo, apenas isso.
Senti, quase imediatamente, meu orgulho atingir o topo. Ela estava afim de mim? Tive que rir. Não sei se ela chegou a ouvir, mas se ouviu, não falou nada. Contive minha surpresa e meu riso, mas era engraçado. Ela deveria ter feito um baita esforço para falar comigo, por isso aquele minuto de silêncio e aquela expressão de angústia. Quase senti pena dela. Eu deveria ser muito gostoso mesmo, pensei. Porque, mesmo irritado, conseguia atrair as garotas. E qualquer tipo delas.
Não que ela não fosse interessante, mas não fazia o meu tipo; Será que ela tinha alguma esperança? Arregalei os olhos com esse pensamento. Nem tinha me preocupado com isso, mas será que aquele sorriso significava uma esperança? Me horrorizei com esse detalhe. Não que ela não pudesse ter alguma chance comigo, mas eu já tinha problemas demais para criar mais um. E não queria desiludi-la, por mais chata que fosse. Isso não fazia meu gênero. Então, resolvi, como única saída, ignorá-la, completamente, talvez até, tratá-la com alguma grosseria, logo ela iria me esquecer e tudo estaria bem, foi o que pensei.
Algum tempo depois, chegamos ao campus. Percebi, durante esse tempo, que o sorriso no rosto de Bella, foi murchando até quase sumir, e de certa forma, me senti mal com isso, mas não queria mais problemas do que já tinha.
Meu ponto estava próximo. Me levantei, rapidamente, e esperei que ela desse caminho. Não a olhei, enquanto saía, mas consegui ouvir, mesmo baixo, o que ela disse pela última vez:
- Desculpa pelas perguntas...
Não respondi, nem me despedi, mas desci do ônibus com uma sensação de culpa. Mas o que eu poderia fazer? A culpa era dela! Eu não pedi que ela falasse comigo, nem nada do tipo. Suspirei. Mesmo assim, me senti mal pelo jeito que a tratei. Eu poderia ter dito ao menos um tchau...
- Edward! – chamou alguém e eu me virei. – Tá dormindo, cara?
Era Jasper, meu amigo. Dei um sorriso torto.
- Não...
Acho que foi a forma que respondi, mas ele não acreditou.
- Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou andando ao meu lado.
- Hãn... Problemas com a Tânia... e uma tal de Bella. – resumi. Não gostava muito de falar sobre minha vida, mesmo para ele.
- Bella? – ele perguntou sem entender.
- Ah! – bufei. – Uma garota que resolveu falar comigo no ônibus, ou melhor, me encher! – explodi, de repente.
- Foi tão ruim assim? – Jasper continuou.
Olhei para ele com cara de poucos amigos e depois relaxei.
- Nem tanto... Acho que tô sendo injusto...sei lá. – emendei, sentindo uma pontada de culpa.
- Hum... – ele balançou a cabeça concordando e ficamos em silêncio. Uma das coisas que eu mais gostava em Jasper era sua discrição. Ele nunca ficava fazendo perguntas, deixava a gente contar o que queria, e compreendia quando a gente não queria falar. Um bom amigo, com certeza.
Depois de alguns minutos, já estávamos conversando sobre outras coisas, e me senti aliviado de poder tentar esquecer daquela garota. Mas, mesmo após começar a aula, a voz de Bella continuava a invadir minha mente, deixando a pergunta na minha cabeça: afinal quem era ela?
