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Meu singelo presente para minha amada Sweet Angel, que está ficando cada vez mais velha – do que eu – e que ama 1x2! E QUE ME DEIXOU AQUI AOS PRANTOS! BUÁÁÁÁ! VOLTAAAAAAA!
T.T deixando isso de lado... esse é o seu presente de aniversário (mas eu não faço um presente de aniversário para a Blood Tears porque ela é má e me bate!)! Tentei reunir tudo o que você gostava: Yaoi, 1x2, GW, MPREG, AU, Fluffy, OOC e é claro: o nosso amado Duo (virgem de preferência!
Feliz aniversário, Kawaii-chan! Te amo muuuuuuiiiiiitooooooo!
Eu tenho certeza de que não vou conseguir terminar tudo a tempo, até porque eu me empolguei na história e, neste exato momento, faltam cinco dias. Então, esta fic vai ter quatro capítulos.
Gênero: AU/ OOC/ Yaoi/ Lemon/ 1x2, 3x4/ MPREG (será que eu não me canso? Pelo amor de Deus)
O MPREG já é aquele negócio conhecido: normal... super evolução... simples homens engravidando normalmente... blábláblá
Lemon neste capítulo, quem não gostar, não leia.
"Nunca irei deixá-lo... pois quero sempre acordar dentro deste coração..."
Os olhos violetas vasculharam o corredor vazio a procura de alguém. Onde diabos estava Quatre! Ele já deveria estar ali a meia hora. Não queria nem imaginar. O treinador iria matá-lo se ele se atrasasse mais uma vez para o treino de basquete. Que começaria dali a alguns minutos, mas ele tinha que esperar Quatre, já que o loirinho ficara com o uniforme dele, que ele havia esquecido no dia anterior.
Onde estava Quatre!
Ah! Claro! Onde mais. Provavelmente no banco de trás do carro de Trowa. Mas não o culpava. Se tivesse um namorado como o moreno ele também estaria se agarrando com ele. Mas ele tinha que ser realista. Se Quatre não aparecera em meia hora, ele não apareceria nunca. Talvez fosse melhor voltar para a sala de WuFei. Quem sabe ele não dava uma carona para ele de volta para casa?
WuFei era um pai para ele, literalmente. Duo perdera seus pais em um acidente de carro quando tinha três anos. E como não tinha parentes, o juizado de menores achou melhor colocá-lo em um dos orfanatos do Japão. Ele sempre fora um garoto solitário. Era difícil viver ali. Ele sentia falta de seus pais e de seus velhos amigos e vivia em constante depressão.
Agüentou a solidão durante dois anos, até que WuFei chegou no orfanato. Ele era apenas cinco anos mais velho e eles mal se conheciam, mas depois de alguns minutos de conversa eles haviam se tornado mais do que amigos. WuFei havia virado um pai para Duo. A amizade deles durou vários anos, amigos inseparáveis, um pronto para defender o outro. Mas depois de seis anos, algo mudou na vida de WuFei. O velho diretor do orfanato não pôde mais assumir o cargo, então ele foi substituído por Treize Kusherenada. Duo soube, desde que pôs os olhos em WuFei, que ele estava apaixonado, e sabia que ele era correspondido. Após tempos de insegurança por ambas as partes, Duo decidiu por um de seus mirabolantes planos amorosos em ação para juntar Treize e WuFei.
E depois de alguns dias os dois puderam finalmente ficarem juntos. E após de um ano de namoro, decidiram se casar. E mesmo depois de várias tentativas havia algo nos dois que não os deixavam ter filhos, embora o médico de WuFei dissesse que não havia nada de errado com eles, eles só precisavam tentar mais vezes. E como o afeto de Treize e WuFei por Duo traspassava as barreiras do normal, os dois resolveram adotá-lo.
Duo amava demais os seus dois pais, e ele queria demais que os dois tivessem filhos. Mas no momento, seu maior problema era ir para casa. Não que o orfanato fosse longe, mas era que Duo era uma pessoa muito preguiçosa.
Abriu a porta sem bater e encontrou WuFei, sentado em sua cadeira atrás de uma pilha de papéis. Ele parecia um pouco alterado e apressado, mas ao notar a entrada de Duo na sala, parou imediatamente o que estava fazendo. Desde que WuFei conseguira um estágio como professor na escola de Duo, tudo parecia muito mais fácil.
- Bom dia, WuFei! – Duo se sentou na cadeira a frente da mesa de WuFei, olhando fixamente o amigo que colocava alguns papéis de lado.
- Bom dia, Duo! Ainda bem que você está aqui! Eu preciso falar urgentemente com você. Ainda bem que você não foi para o treino.
- O que aconteceu? – sentou-se em uma cadeira e encarou WuFei. Ele parecia atordoado e meio perdido, e o amigo nunca fora assim.
- Eu preciso que você volte urgentemente para o orfanato. As crianças já devem estar chegando em casa. Treize precisou ir até a cidade resolver uns assuntos e perdeu a hora. Hilde foi atrás de alguns recursos e não pode estar no orfanato a essa hora e eu vou ter que ficar aqui. Eu preciso mesmo que você vá para casa e cuide das crianças. – falou a última frase agarrando a mão de Duo e pedindo de jeito lento e desesperado. As crianças não poderiam ficar, de jeito nenhum, sozinhas. E... droga! O ônibus escolar já deveria estar a caminho do orfanato.
- Eu já estou indo. – e sem mais palavras ele agarrou a sua mochila e saiu apressado da sala. O basquete podia esperar.
Saiu apressado do colégio, passando pelo estacionamento, onde um Quatre atordoado saía apressado do carro de Trowa, indo atrás de Duo.
- Duo!
- Agora não posso falar, Quatre, estou apressado! – atravessou todo o estacionamento, finalmente chegando na rua vazia.
Andou um pouco apressado pela calçada, com a mochila pendurada em um dos ombros. Ajeitou os cabelos lisos, presos na trança, que começavam a se soltar pela pressa.
Pegou um atalho, pulando a cerca de uma casa, saindo pelos fundos em outra rua, dessa vez mais movimentada.
Vários carros passavam pelas ruas abarrotadas. E um deles parou ao seu lado.
Que droga! Será que eles não davam sossego para ele nem um minuto?
Nem mesmo quis olhar para o conversível ao seu lado. Se olhasse só pioraria as coisas.
- Ei, Maxwell! – a voz feminina gritou, fazendo outras vozes se juntarem a ela. – O que foi? Não tem dinheiro nem mesmo para pegar um ônibus? – mas que droga! Ele só queria um pouco de paz de vez em quando. Mas com eles ali era impossível. Só queria saber como Trowa podia andar com eles!
- Porque não vai encher o saco do seu puddle, Relena? Ou melhor! Do seu namorado... pensando bem, é tudo a mesma coisa... – Duo finalmente parou, olhando para o carro que parara na calçada. Ali dentro estavam todas as pessoas que ele odiava. Catalonia, Bloom, Marquise, Noin e principalmente: Peacecraft. Aquela garota não se tocava.
- É uma pena, Maxwell... mas hoje ele não quis vir comigo. Então é melhor eu encher o seu saco.
- Oh! Então ele finalmente reconheceu que estar com você não vale nada... – Relena ia responder, mas Duo, ao se dar conta do horário, saiu correndo em direção ao orfanato.
Após alguns minutos de corrida, Duo parou para respirar. Por quê o caminho parecia mais longo do que o normal? Olhou ao redor, tentando se atualizar quanto a sua posição. Ele conhecia aquele lugar. Estava em frente à casa da velha Sra. Willer. Não deveria levar muito para chegar até em casa.
Foi quando ouviu o som de buzinas.
Mas que droga! Ele não acreditava que eles o haviam seguido até ali. Por quê ele sempre era o judiado! Ele só queria levar uma vida normal.
Estava prestes a se virar e mandar os infelizes irem para o inferno, quando viu quem era dentro do carro. Não era melhor do que Relena e os outros. Na verdade até fazia parte da turminha de Relena. Mas era o único, com exceção de Trowa, que não judiava dele, mas também não era bom com ele. Era como se ele fingisse que Duo não existisse.
- O que você quer? Sua namoradinha já não judiou demais de mim? – ele fez cara feia e Duo fez uma careta. – eu não tenho tempo para falar com você hoje, Yuy. Na verdade eu nunca vou ter tempo para falar com você. Agora se me der licença, eu estou com pressa.
- Ei, espera! – mas Duo não ouviu, apenas começou a andar e a aumentar a velocidade gradualmente.
Mas Heero não desistiu, ligou o carro e dirigiu lentamente ao lado da calçada.
- Não quer uma carona? Sua casa fica no caminho da minha.
- Como sabe onde eu moro? – Heero rolou os olhos. Ele só estava tentando ser gentil, assim como Trowa pedira, mas aquele garoto já estava o irritando.
- Olha, eu só estou tentando ser gentil. E você parece estar com pressa. Se quiser chegar na sua casa a tempo, é melhor você entrar no carro. – Duo olhou mais uma vez para o relógio. Ele só tinha alguns poucos minutos para chegar no orfanato antes das crianças. Mas que droga! Agarrou mais a própria mochila e deu a volta no carro, entrando no carro e se sentando no banco ao lado de Heero. – Não foi tão ruim assim, foi?
- Você não imagina o quanto.
O carro parou do lado da calçada da casa de Duo no mesmo instante em que o ônibus escolar parou na frente da enorme casa. Duo não falou nada para Heero. Agarrou a sua mochila e abriu a porta do carro, indo recepcionar as poucas crianças, que já se acumulavam na porta do prédio, esperando por ele.
A medida que Duo se aproximava das crianças, as mais novas vinham ao seu encontro, abraçando sua cintura, que era o máximo que podiam alcançar. Ao ver tal cena, Heero saiu do carro, seguindo Duo. Observou cada movimento dele, desde o mais simples, como abrir a porta, até o mais lindo, como o sorriso que ele deu quando uma das crianças falou algo para ele.
Já fazia um tempo que ele vinha notando Duo pelos corredores. Era estranho que de uma hora para outra ele o notara. E ao contrário do que Relena, e seus seguidores afirmavam, ele achava Duo simplesmente lindo.
Os olhos únicos no mundo, de um violeta forte, que o hipnotizavam. O corpo perfeito – que ele tivera o prazer de contemplar no vestiário, quando Duo achava que estava sozinho no banho –, cheio de curvas e alvo. Os lindos cabelos que o hipnotizavam desde o momento em que os vira. O rosto fino e perfeito. E o mais importante: quando passara a notar Duo, ele descobrira que Duo era uma pessoa fascinante, inteligente e que, apesar do seu jeito brincalhão, era gentil e doce.
Duo era tudo o que Heero sempre admirava.
Não sabia o porquê de agir assim com Duo, afinal, já tinha Relena. Não que ele amasse Relena. Ele só sentia um sentimento fraco por ela. Mas por Duo, ele sentia algo a mais. E quando Trowa pedira para ele ser um pouco mais gentil com Duo, ele explodira de felicidade por dentro.
Talvez devesse tentar algo com Duo. Tentar não fazia mal, não é?
Quando todas as crianças já tinham cumprimentado Duo devidamente e entrado na casa, o americano finalmente se lembrara de Heero, que estava parado, fora do carro, encostado na porta do mesmo. Soltou um sorriso verdadeiro quando se lembrou o quanto Heero fora gentil com ele trazendo-o ali. Andou alguns passos hesitantes na direção de Heero, mas parou no caminho, mas o moreno completou os passos que Duo nunca deu, chegando perto dele.
- Elas parecem gostar muito de você. – disse, apontando para as crianças, que se debruçavam na janela e chamavam por Duo.
- Hn. Eu acho que sim. Acho que sou a coisa mais perto que eles têm de um irmão mais velho... – disse, corando rapidamente com a aproximação de Heero. O que estava acontecendo com ele, afinal?
- Duooooo! Vem! – Duo se virou, para encontrar Solo na porta, gritando e balançando seu caderno, em um pedido mudo para que ele o ajudasse no dever de casa.
- Eu acho melhor entrar. – Duo e Heero sentiram, juntos, a tristeza os dominar, mas antes que essa fosse mais forte, Duo complementou. – Não quer vir junto? Eu estou sozinho e... – ele corou mais uma vez. Ele queria dizer o que disse, mas não queria que soasse com tantas segundas intenções como soou. Mas não assim como Heero entendeu. Foi diferente. E em vez da tristeza que o abatera, a felicidade o contagiava.
- Claro! Vai ser um prazer. – Duo sorriu mais uma vez, começando a andar em direção a casa, sendo recepcionado por Solo, que o puxara pela mão até a sala de estar, onde as crianças estavam fazendo uma tremenda bagunça. Iria dar atenção a Heero, que achava toda aquela bagunça muito divertida, mas tinha que acabar com aquilo... por enquanto.
- Ok! Cambada de Duos jrs. O negócio é o seguinte. São duas da tarde e vocês sabem o que isso significa. – houve um sonoro resmungo de insatisfação. Mas Duo não deixou se abalar. – Subam agora e tomem o banho de vocês. – ele falou sério, mas depois mudou o tom para um mais divertido. – Ou quem vai ter que enfrentar o comandante Kusherenada sou eu. E quem sabe depois eu não deixo vocês dirigirem o carro dele depois... só não quero ninguém bêbado. – ele falou e as crianças sorriram. – Execução! – ele falou, imitando um comandante, que ficou muito óbvio quando ele colocou dois dedos nas sobrancelhas, fazendo parecer as de Treize. As crianças se puseram em uma fila reta e bateram continência, subindo as escadas apressadas.
- Comandante Treize? – Heero perguntou, parecendo intrigado. Duo deu de ombros e disse.
- É divertido... quando ele não está aqui... – sorriu mais uma vez, deixando Heero fascinado. Era incrível como apenas o sorriso daquela criatura maravilhosa o fazia ficar daquele jeito. – Venha. – disse, e segurou a mão de Heero para guiá-lo. Corou fortemente, e para disfarçar, virou o rosto, fingindo estar concentrado no caminho de seu quarto. Já Heero achou o contato da pele de Duo maravilhosa. Discretamente, Heero acariciou a pele sobre a sua com os dedos. E Duo, que estava ocupado demais tentando não demonstrar a vermelhidão de seu rosto, nem mesmo percebeu.
- Onde estamos indo?
- Para meu quarto... – parou em frente a uma porta no corredor. Abriu a porta e se virou para Heero. – tome cuidado com os degraus. – desceu lentamente as escadas do porão, sempre se virando para ver se Heero estava com ele.
- O... porão?
- É! Mas não é como você está pensando. – parou no último degrau, procurando o interruptor na parede com os dedos finos e longos. Quando finalmente achou, soltou uma exclamação de vitória, e o apertou. As luzes laranjas se acenderam, juntamente com os abajures de luzes mais fortes, revelando o lugar que antigamente havia sido um porão.
O lugar era de um tom escuro, mas de longe era sombrio. Muito pelo contrário, era bem vivo. O teto havia um tema de estrelas, que chegava a ser quase perfeito, imitando o céu à noite. As paredes eram de um azul quase preto, e na parede atrás da cama havia a figura enorme de um poderoso dragão vermelho e prata – toque de WuFei. Havia luzes de um tom mais escuro perto da cama, onde havia um colchão d'água, coberto por uma colcha negra, de seda. O lugar tinha várias prateleiras e armários, que estavam repletos de livros de aventura e romances. Havia uma escrivaninha em um canto, onde havia um computador, que no momento estava desligado. Havia também abajures de pés, que mantinham no lugar, um ar sofisticado. E ao lado da escada, havia duas portas. Uma, que dava para o closet, e a segunda, que dava no banheiro.
- Uau! Belo quarto. – Heero comentou, seguindo Duo, que foi até a sua cama, jogando sua mochila lá e se jogando na mesma, se levantando logo em seguida.
- Quer alguma coisa? Está com sede? Fome? – Heero fez que não com a cabeça, se sentando em uma cadeira que havia perto da cama.
- Não, valeu! -– eles ficaram alguns segundos em silêncio, sem saber o que dizer. Heero se virou na cadeira, dando de cara com uma escrivaninha, onde havia um porta retrato. Na foto, haviam três pessoas: Duo e seus pais. – São seus pais? – Duo fez uma cara triste ao se lembrar dos seus pais, mas Heero nem mesmo percebeu.
- São... – novamente eles ficaram sem assunto, e Heero quebrou o gelo, de novo.
- Então... deixa eu adivinhar... você mora aqui com eles, e seus pais administram esse orfanato. Acertei?
- ... não... quer dizer, quase...
- Então me deixe tentar de novo. Você veio para cá para estudar em um lugar melhor, e então veio morar com alguns parentes, que administravam esse lugar?
- ... não... – Heero fez cara de confusão. Se não era nenhuma das duas opções, então o que seria? Como se lendo seus pensamentos, Duo respondeu, de olhar baixo e vago. – Eles morreram... moro aqui desde meus três anos... – Heero fez cara de espanto. Disso ele não sabia... e de todas as vezes que perguntara sobre Duo para Trowa, nunca que o moreno havia comentado sobre aquilo. – ano que vem fará quinze anos que eu estou aqui. Mas isso já mudou. Já me adotaram.
- Você é... órf... me desculpe, eu não devia ter falado sobre isso...
- Não! Está tudo bem... você não sabia. – Heero ia falar algo, mas seu celular começou a tocar e ele pediu licença a Duo para atender. Olhou o visor: Relena... – Alô!... oi, Relena... eu estou... em casa. – ele disse, olhando para Duo, que ao ouvir tais palavras se levantou. Tá certo que ele não tinha nenhuma intimidade com Heero, então ele não podia reclamar sobre isso, mas ouvir da boca de Heero que o próprio não quis dizer para a namorada que ele estava com ele doeu demais. – Relena... depois a gente se fala. Eu preciso desligar, eu estou ocupado com algo muito importante... – ambos sorriram quando tais palavras ecoaram pelo ar. De Heero, por se lembrar de Duo. Realmente ele era muito mais importante do que Relena. E ele estava disposto a começar uma amizade com ele. Quem sabe até mais. E porquê não? Ele nunca havia, realmente, se apaixonado por Relena. E estranhamente, Duo era quem parecia deter toda a sua paixão. Será que aquilo era o que ele podia chamar de amor à primeira vista? Já Duo sorriu ao descobrir que Heero o considerava importante. Tão importante a ponto de não querer falar com a própria namorada para dar total atenção a ele.
- Você não deveria ter desligado...
- E porquê não?
- Ela é a sua namorada. Ela merece a sua atenção... – doeu terrivelmente a Duo dizer aquilo. A verdade era que no fundo, embora ele não soubesse, algo dentro dele implorava terrivelmente pelo contato de Heero em si. Implorava por sua pele, por suas palavras, por seu coração... implorava por sua alma...
- Você também... – se levantou da cadeira, se aproximando de Duo lentamente, que a medida que Heero se aproximava ia dando uma passo para trás. O que Heero estava fazendo? Insegurança tomou conta dele e ele começou a se afastar. - ... é importante... – chegou em um ponto onde não havia mais para onde Duo fugir. Ele estava entre o corpo musculoso de Heero e a parede fria. – muito... importante. – os lábios se aproximaram, mas nunca se tocaram...
- Eu... eu vou... tomar banho! – e sem mais palavras, ele se afastou de lado, entrando no banheiro. Se encostou na porta fria do banheiro e escorregou, chegando ao chão. Seu coração batia a mil por hora, fazia pressão no seu peito, como se quisesse abrir um buraco no seu peito e sair por ele. Deus! Ele e Heero haviam quase se beijado... como podia... não que ele não quisesse... talvez ele quisesse... bem lá no fundo... talvez quisesse mais do que um simples beijo... mas no momento, o melhor seria tomar uma banho relaxante para acalmar seu coração descompassado.
Por outro lado, Heero continuava na mesma posição em que estava, estático. Ele quase conseguira beijar Duo. Seu corpo e mente agiram completamente sozinhos. Mas não os culpava. Duo era uma pessoa tremendamente perfeita. Tanto por seu interior carinhoso e inteligente, quanto por seu exterior, que deixaria qualquer um deslumbrado. Ele era incrivelmente sexy e cada movimento seu era recheado por uma grande quantidade de sensualidade. Ele não sabia se Duo fazia isso de propósito para provocá-lo, mas se fizesse, ele estava conseguindo. Finalmente Heero saiu da posição em que estava e passou a encarar a porta do banheiro, que estava entreaberta. Não pode conter sua curiosidade e se aproximou da porta, olhando pela fresta da porta, que dava visão perfeita do centro do cômodo, onde estava Duo!
O americano parou no centro do cômodo, pronto para se despir. E para a sorte de Heero, Duo estava de frente para a porta. Heero passou a se perguntava se Duo sabia que ele estava ali e estava fazendo aquilo só para provocá-lo. Mas ele não se importava. Nem um pouco.
Duo tirou primeiro o suéter preto, deixando a vista a camiseta preta que ele usava por baixo e parte dos braços perfeitos e delineados. Tirou a blusa preta, lenta e sensualmente, mostrando aos poucos o abdômen definido e menos musculoso que o de Heero. Tirou os sapatos com os pés, jogando-os longe, tirou logo em seguida as meias com uma sensualidade incrível. Duo era tão perfeito que fazia até mesmo o ato de tirar as meias um show erótico.
Abriu a braguilha da calça lentamente, abaixando a calça justa, a tirando completamente, mostrando as pernas lindas e maravilhosas de Duo, o que fez Heero pensar como aquela calça tinha sorte.
A visão do corpo nu de Duo estava começando a excitá-lo. Como queria estar ali dentro. Duo era simplesmente perfeito. Na verdade, era a única criatura perfeita que Heero já havia visto, e a única que ele queria.
Mas o passo seguinte de Duo fez com que Heero perdesse quase todo o auto controle de Heero, deixando apenas um fio de consciência, suficiente para impedir Heero entrar naquele banheiro e agarrar Duo.
Duo agarrou a longa trança, e com um cuidado excepcional, desamarrou a fita negra que prendia a mesma. E os longos fios cor de cobre caíram em suas costas como se fossem uma linda cascata do paraíso.
Meu Deus! Ele era incrível. Agora a idéia de largar Relena para ficar com Duo não parecia tão ruim. Duo largou as roupas pelo chão do banheiro e entrou no boxe. Heero iria entrar no banheiro e espiar Duo tomando banho, mas foi impedido por uma voz infantil.
- O que você está fazendo? – no topo da escada havia um garotinho de no máximo seis anos, com cabelos castanhos claro e olhos cor de mel. Era o mesmo garoto que chamara Duo na porta.
- Quem é você? – o garotinho sorriu e desceu as escadas pulando um degrau de cada vez. Estava com os cabelos molhados e um delicioso cheiro. Tinha acabado de sair do banho.
- Sou Solo! – o garotinho pulou até ele e estendeu a mão, projetando o corpo para trás e se balançando, em um gesto muito infantil. Heero, sem saber o que fazer, apertou a mão do garotinho e se calou. Ele não sabia lidar com crianças. – Qual o seu nome?
- Heero! – ele falou e o garotinho sorriu, se sentando, com uma certa dificuldade, na cama alta de Duo e abrindo o caderno, que trouxera, no colo.
- Eu vim pedir para o Dou me ajudar no dever de casa. Onde ele está? – ele perguntou, se deitando na cama e apoiando o queixo nas mão, olhando fixamente para Heero.
- No banho... – ele não sabia o que fazer, mas aquele garoto o havia encantado desde o início. – mas você quer que eu te ajude? Eu não sou o Duo, mas posso tentar.
- Você faria isso? – ele perguntou, se sentando sobre as pernas e sorrindo.
- Claro... e então, sobre o que é o dever de casa?
- Matemática. – Heero se sentou sobre a cama e nos minutos seguintes, ajudou Solo com seu dever de matemática, que consistia em somar os números que lhe eram dados. Passaram alguns minuto ali. Heero podia não admitir, mas estava se divertindo. E muito. Até que o pequeno Solo perguntou. – Heero... você é o namorado do Duo? – as bochechas de Heero ficaram vermelhas. Ele não era. Mas queria ser...
- Hn... não... – o pequeno solo ficou intrigado e se aproximou mais de Heero. por quê parecia que ele não estava bem com aquela resposta? - ... mas eu vou te contar um segredo... – ele se aproximou de Solo e sussurrou no ouvido do garotinho. – eu não sou, mas eu quero muito ser...
- O que vocês estão cochichando? – Duo saiu do banheiro, devidamente vestido, e encontrou Heero, cochichando algo no ouvido de Solo. Ele não sabia porquê, mas encontrar Heero se dando tão bem com Solo, que ele tanto amava, fez seu coração se encher de felicidade. Solo olhou para Heero, que colocou o dedo nos lábios, fazendo sinal de segredo.
- Nada! – o garotinho falou rápido, se escondendo atrás das costas de Heero.
- Vamos! Me contem. Eu quero saber... eu estou curioso! Vamooooos! – Solo fez que não com a cabeça e Duo cruzou os braços, fazendo bico, em um gesto infantil. –Heerooooo! – Duo tentou apelar para Heero, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Solo tapou a boca de Heero com a sua mão.
- Se-gre-do! – ele soletrou e recolheu seu caderno da cama, correndo para as escadas. Quando chegou no topo, ele se dirigiu a Heero. – Não ouse contar a ele, Heero. esse segredo é nosso. – e sem ais palavras ele saiu do quarto, indo para o seu próprio.
- Você não vai mesmo me contar? – Duo se virou para Heero, ainda com o bico em seus lábios. Heero apenas sorriu e disse não. Duo ficou mais um tempo do jeito que estava, até que decidiu parar. – Heero... hn... será que... você podia me ajudar? – entregou a ele uma escova de cabelo e fez sinal, apontando para os longos cabelos, que apenas agora, Heero havia percebido que estavam soltos.
- O... seu cabelo?
- Sim! Se você não quiser não tem problema, eu posso fazer sozinho.
- Não! – a idéia de pentear os cabelos tão lindos de Duo o agradou muito. Era os longos cabelos que o fascinavam. Pegou a escova de cabelo e esperou Duo se sentar na beira da cama. Passou, delicadamente, a escova pelas madeixas lisas e brilhantes, alternando pela própria mão – coisa que ele não conseguiu resistir. Mas como tudo o que é bom acaba, logo a trança de Duo estava feita e acabada.
- Muito obrigada, Heero. – Duo se levantou e encarou Heero nos olhos. Não tinha a mínima intenção de fazê-lo, mas quando fez, não mediu as conseqüências. Ele se perdeu na imensidão azul que eram os olhos azuis. Eles eram tão lindos e, mesmo quando não tinham a mínima intenção de faze-los, os olhos azuis carregavam, lá no fundo, uma sensualidade incrível, até mesmo para Duo. Por outro lado, Heero encarou as imensas orbes violetas como se não soubesse fazer outra coisa. Era imenso o prazer que aquilo lhe dava. Trazia à tona tantas sensações indescritíveis. Era como se ele se afogasse em um mundo totalmente diferente. Onde todos os seus problemas fossem deixados de lado, onde não havia dor ou tristeza. Era um mundo onde só havia ele e Duo. Os dois continuaram no mesmo estado, presos por seus olhares. Demorou um pouco até que Duo quebrasse o contato visual que já o consumia por dentro e voltar a falar com Heero. – E então, o que você quer fazer agora? – Heero notou a imensa mudança de assunto, mas não se importou. Era melhor ir devagar.
Ele sabia, desde que pôs os olhos em Duo, que ele estava apaixonado. E faria o possível para que eles ficassem juntos. Mas havia tantos obstáculos. E um deles era Relena. Mas este seria facilmente contornado.
- Não sei. O que VOCÊ quer fazer? – Duo ficou quieto por um momento, pensando no que eles poderiam fazer. Geralmente ele saia com Quatre, jogava basquete, brincava com as crianças ou ia até a biblioteca municipal, ou mesmo o seu quarto, e lia.
Ler era uma de suas paixões. Ele adorava livros. Seus preferidos eram os de aventura e romance. Ele amava todos aqueles mundos exóticos, paisagens, pessoas, culturas, que ele apenas conhecia através dos livros. E os de romance contavam histórias de amor incríveis, que o fazia desejar para si mesmo um romance igual, mas que ele sabia que nunca viria.
- Bem... eu não faço muitas coisas no dia. Geralmente eu leio ou então vou brincar com as crianças.
- Hn... Duo, será que eu poderia conhecer as crianças? – ele perguntou meio temeroso. A verdade era que desde que ele viu todas aquelas crianças vivendo felizes, e sem pais, sentiu uma emoção muito forte. Duo abriu um enorme sorriso. Aquelas crianças eram a vida dele. Fora ele que apoiara todos eles quando eles foram para lá. Fora ele que os consolara quando acordavam no meio da noite, chorando, pedindo por suas mães e pais. Principalmente o pequeno Solo, que era quem ele mais amava ali. Aquela pequena criatura o conquistara quando pôs os olhos nele.
- Claro! – Duo levou Heero até onde as crianças estavam, e para o americano, foi muito bom ver Heero se dando bem com as crianças. Elas eram a vida dele, e sempre seriam. Talvez porque também fosse um órfão, e já tivesse sofrido tudo o que aquelas crianças sofriam. Não sabia. Mas também não se importava.
Heero passou uma tarde extremamente agradável ao lado de Duo. ele nunca pensou que o lindo garoto de olhos violetas fosse muito melhor do que ele pensava. E no pouco tempo que passaram juntos, podia-se dizer que nascera um fio de amizade.
Duo e Heero estavam na sala, sentados, juntos com as crianças, no sofá, assistindo um filme qualquer quando o barulho da porta se foi ouvido. As nove cabeças se viraram em direção a porta para encarar o recém chegado, que se tratava de WuFei.
Duo tirou Solo de seu colo e foi recepcionar o recém chegado. Heero, por outro lado, se levantou para observar, além do fato de que seria uma falta de educação imensa se ele continuasse sentado.
- Boa tarde! – Duo falou, com sua habitual animação.
- Boa tarde, Duo! – WuFei falou, colocando as compras que ele havia feito ao lado da porta. – Você chegou a tempo? – perguntou preocupado.
- Cheguei. – Duo falou, se virando para Heero e sorrindo. – Graças à Heero.
- He... ero? – WuFei olhou para onde Duo olhava e lá encontrou Heero, que por outro lado, também parecia surpreso com a aparição de WuFei. Disso ele também não sabia. – Eu não sabia que íamos ter visitas... principalmente Heero. – os morenos realmente pareciam surpresos, mas nada tão grande que Duo não pudesse quebrar.
- WuFei, você conhece Heero. Heero, acho que você conhece WuFei, não é? – ele sorriu e os dois morenos finalmente saíram de seu transe. Heero saiu da posição em que estava, indo até WuFei e estendendo sua mão para que o chinês a apertasse.
- Como vai, professor Chang?
- Só me chame de WuFei, por favor. Eu só devo ser alguns anos mais velho que você... eu pareço tão velho assim?
- Nem um pouco. – Heero respondeu, soltando um pequeno sorriso. Ficara surpreso quando descobrira que Duo morava com WuFei, quer dizer, quais são as chances de alguém que você conheceu, verdadeiramente, hoje, morar com seu professor? Uma para cento e oito? Um longo silêncio se fez presente, onde nem Heero nem WuFei sabiam o que dizer, e Duo achou melhor os dois se virarem sozinhos, mas foi quando WuFei soltou uma pérola que Duo se arrependeu disso.
- Por quê será que eu me sinto como se estivesse conhecendo o namorado de meu filho? – Duo sentiu as bochechas corarem. Heero soltou um pequeno sorriso, e WuFei soltou outro. O que Duo não percebeu era que aqueles sorrisos tinham mais significados do que ele imaginava. O americano estava prestes a sair correndo para seu quarto, quando Treize entrou pela porta da frente com algumas sacolas nas mãos e o pesado paletó em um dos ombros. Ele provavelmente deveria ter ouvido uma parte da conversa, porque ele entrou com um sorriso nos lábios e disse, casualmente.
- Porque talvez seja verdade? – ele disse, colocando as sacolas junto com as de WuFei e beijando levemente o marido, para depois continuar. – Quem é o garoto?
- Heero Yuy. Estuda junto com Duo e é meu aluno. – WuFei disse, recolhendo as compras com a ajuda de algumas crianças, que observavam, divertidas, a tentativa de introsamento de WuFei, Treize e Heero.
- Prazer! Sou Treize Kusherenada! – estendeu a mão, que Heero prontamente apertou. Mais um par de sorrisos foram trocados e Treize comentou. – Gostei dele. Vocês têm a minha permissão.
- Pai! Treize! – dessa vez, até mesmo as raízes de Duo ficaram vermelhas. Como é que ele podia ter uma família assim?
Heero soltou uma pequena risada ao ver Duo corar. Significava que ele realmente estava embaraçado. Duo não sabia, mas ele era realmente muito adorável quando estava envergonhado.
Treize pegou o resto das sacolas que WuFei havia deixado e seguiu para a cozinha, para ajudar WuFei a arrumar tudo, deixando Duo e Heero sozinhos na sala.
- Meu Deus! Me desculpe por isso. – abaixou a cabeça, enquanto suas bochechas ficavam mais e mais vermelhas.
- Está tudo bem. – "você não sabe o quanto fica agradável vermelho..." Heero quis acrescentar, mas se conteve. Por hora estava bom demais. Foi quando seu relógio de pulso apitou. Sete horas. – Escute, Duo. está tarde, eu preciso ir.
- Tem certeza...? – Heero fez que sim com a cabeça e andou até a porta, sendo seguido por Duo.
- Eu me divertir hoje à tarde. Foi ótimo. – Duo sorriu, embora estivesse se sentindo como se ele estivesse levando um acompanhante até a porta, depois de um encontro. Agora Duo se perguntava se ele e Heero iriam ficar amigos, ou voltariam a ser como antes. Como se ouvisse os pensamentos de Duo, Heero respondeu. – Então... até amanhã. – Duo levantou a cabeça e sorriu. Com certeza eles não iriam voltar a ser como antes. Heero também sorriu ao ver o rosto de Duo. Meu Deus! Ele sabia o quanto era adorável? Sem poder se conter, ele se abaixou até ficar da altura de Duo e beijou sua bochecha. E sem mais palavras, ele saiu da casa e andou até seu carro. Duo ficou na porta, observando Heero, até quando o carro do mesmo virou a esquina.
Talvez aquele fosse o início de uma boa amizade.
No dia seguinte...
Duo abriu o cadeado de seu armário, o colocando dentro do mesmo, quando este já estava aberto, tirando seus livros de lá de dentro. Olhou em volta, tentando, inutilmente, encontrar alguém que não estava ali. Fechou os olhos, tentando se acalmar, desde o dia anterior ele ficara pensando em Heero em todos os momentos. E juntos com tais pensamentos vinham sentimentos que ele nunca havia experimentado em toda a sua vida.
Eram sentimentos sem comparação, que o faziam sentir tão bem. Não sabia bem o que eles eram. Mas sabia que nunca iria, nem queria, se livrar daquele sentimento. Era algo que lhe dava total satisfação.
- Sonhando, Duo? – uma voz o tirou de seus pensamentos, o trazendo de volta a realidade. Se virou, para encontrar Trowa e Quatre ao seu lado, o encarando.
- Desculpem. Estão aí a muito tempo? – perguntou, trancando seu armário e encarando os amigos, parados ao lado de seu armário.
- Não. Está tudo bem. – Quatre respondeu, analisando bem o amigo
- Tem certeza?
- Tenho. Mas e você? – ele perguntou, pegando o rosto do amigo entre as mãos e olhando em seus olhos.
- Eu estou bem. Só estou pensando bem em umas coisas boas que me aconteceram ontem. – ele disse e soltou um sorrisinho bobo, se lembrando de Heero.
- Que coisas boas? – Quatre perguntou, curioso.
- Duo andou se divertindo ontem. – Trowa disse com um sorriso debochado no rosto. Ele sabia porque Duo estava daquele jeito. Após sair da casa de Duo, Heero foi direto para a casa de Trowa, contando-lhe tudo, inclusive o que sentia por Duo.
- Hã? Com quem? – Quatre perguntou. A curiosidade aumentando a cada minuto.
- Segredo! – Duo disse, antes que Trowa pudesse falar sobre qualquer coisa. Ele afastou Quatre, gentilmente, para um lado, para depois falar bem baixo, sem que Quatre pudesse ouvir.
- Eu não sei o que vai acontecer com vocês dois, mas eu espero que vocês fiquem bem. Apenas... não deixe Relena atrapalhar.
- O que você quer dizer com isso? – se sentiu confuso quanto as palavras de Trowa. Ele não as entendeu em seu real sentido. Será que ele estava falando da amizade dele e de Heero?
- Você vai saber... no tempo certo. – ele falou e sorriu, tanto pelo que ia dizer e pelo fato de que Quatre estava pulando, tentando ouvir a conversa. – Que será às 3:15 da tarde de hoje, atrás do ginásio, O.k.?
- O... que? – ele perguntou, mais confuso ainda.
- Só vá até lá.
- O.k.! – ele disse e Trowa sorriu, deixando Quatre, finalmente, participar da conversa.
- Sobre o que vocês estavam falando? – o loiro perguntou, curioso. Odiava quando faziam isso com ele.
- Não era nada, meu amor. – o moreno o confortou, fazendo sua cara de inocente e beijando os lábios vermelhos.
Duo sorriu. Era incrível como aqueles dois se davam tão bem. Mas tinha outra coisa com o quê se preocupar. Uma delas era o "encontro" que Trowa marcara com ele.
Não sabia porquê, mas algo dentro dele dizia para ele estar lá naquela hora e lugar.
Esperou, ansiosamente, o tal encontro. A cada minuto que passava, seu coração batia mais forte, como se quisesse sair pela boca. E quando o sinal finalmente tocou, às três horas, ele foi o primeiro a se levantar e sair da sala, indo em direção ao ginásio.
Chegou lá cinco minutos antes do combinado com Trowa, mas não podia evitar, a curiosidade era algo que sempre falava mais forte nele.
Procurou ao redor para ver se Trowa já tinha chegado. Mas ao analisar o lugar, se descobriu sozinho, até que alguém tocou seu ombro.
- Duo? – se virou para ver quem o chamava, apenas para descobrir que não era com Trowa que tinha um encontro marcado.
- Heero?
- Ainda bem que você veio. Eu precisava mesmo falar com você urgentemente. – o moreno segurou sua mão e o puxou para um canto perto da parede. Pareceu tomar coragem para dizer algo, mas desistiu no último instante, em vez disso, começou com outro assunto. – Amanhã é sábado, e eu queria saber se você não queria sair comigo. Nós podemos ir a algum lugar. – Duo pareceu meio desconcertado com o pedido. Será que ele ouvira direito? Heero estava o convidando para sair? Como num encontro? Não! De jeito nenhum. Ele tinha a Relena. Não podia estar querendo sair mesmo com ele. Então não viu mal nenhum em aceitar o convite.
- Amanhã à noite? Eu adoraria, Heero. – seu brilhante sorriso tomou conta de seu rosto, o que contagiou Heero a fazer o mesmo. Ele apertou mais a mão de Duo entre as suas e seu olhar se perdeu na imensidão violeta. Ele se aproximou mais do corpo perfeito a sua frente e suas peles se tocaram. Seus olhos se fecharam rapidamente e seus lábios estavam prestes a se tocar, se não fosse pela voz estridente que rompeu o ar.
- Maxwell! Maxwell! Onde você está? – os corpos rapidamente se separaram e se olharam brevemente, envergonhados pelo o que quase acontecera. Duo desviou o olhar rapidamente, confuso mais uma vez. Heero, nos poucos minutos que se seguiram, raciocinou um pouco mais sobre Duo. Parecia que a cada minuto que se passava, seus sentimentos por Duo dobravam. E a medida que isso acontecia, o seu peito se enchia de alegria e felicidade. Era tanta, que ele nem mesmo lembrou-se que havia um sério obstáculo entre ele e Duo: Relena. Silenciosamente, eles se afastaram mais um pouco, e Heero teve coragem o suficiente para sussurrar algo para Duo e sair logo em seguida.
- Te pego às sete.
- Maxwell! Aí está você! – Duo se virou, encarando o velho treinador de basquete, que o olhava fixamente. – Pensando em matar o treino de novo, não é? – Duo arregalou os olhos, se lembrando finalmente que iria matar o treino para se encontrar com Trowa. O treinador veio até ele e o olhou nos olhos. – Não importa o que aconteceu. Anda! Você vai jogar, nem que isso custe meu emprego. – o segurou pela mão e o saiu puxando até o ginásio. Mas aquilo não importava. O que importava é que ele teria um encontro com Heero.
- O que aconteceu? – Quatre perguntou, após o treino, quando o americano ia entrando no vestiário.
- Do que está falando? – ele questionou, pegando a toalha que estava pendurada em seu ombro e enxugando o suor que caía em seu rosto.
- Duo! Eu posso ser loiro, mas não sou idiota! – Quatre falou. Só porque ele tinha cara de inocente não queria dizer que ele fosse. – Vamos! Me diga quem foi para a sua casa ontem. Porque eu tenho certeza de que foi a mesma pessoa com quem você se encontrou hoje.
- Não foi ninguém, Quatre.
- Duo! me diga agora, ou eu vou ser forçado a ir perguntar para toda as pessoas deste colégio. – o olhar do loirinho foi decidido, o que fez Duo acreditar que ele realmente iria fazer aquilo.
- O.k.! Mas deixa eu me trocar. – o loirinho não deixou o americano em paz, nem mesmo para se trocar, o que fez a simples tarefa demorar mais do que deveria. E quando Duo finalmente terminou, eles já estava sozinhos no vestiário.
- E agora. Vai me contar? – se sentou no banco, entre os armários, olhando fixamente Duo com seu olhar mais curioso.
- O.k.! O.k.! Foi Heero Yuy! Feliz? – sentiu as bochechas corarem. Falar de Heero o deixava assim. Era incrível como só a menção do nome do moreno o deixava sem ar, sem palavras. Fazia seu peito esquentar e ele desejar que o outro estivesse ali.
- Heero Yuy! Meu deus! Você está falando do melhor amigo de Trowa? – Duo fez que sim com a cabeça e o loiro soltou um pulinho. – Você está afim dele?
- Não! É claro que não! Por favor! – o tom avermelhado de sua pele ficou mais forte. O que fez o loiro acreditar que Duo não estava sendo totalmente sincero.
- Você está! – foi uma afirmação que não aceitava contestações. Era certo que o loiro poderia entender os sentimentos de qualquer pessoa, apenas olhando para ela. E com Duo não seria diferente. – Você está, Duo!
- Não estou! Somos só amigos!
- Que tipo de amizade que nasce de um dia para outro e deixa uma pessoa assim? – apontou para o rosto de Duo, que estava escarlate. Quatre se levantou, ficando de frente para Duo e soltou um sorriso. – Você gosta dele, sim! Você só não descobriu ainda.
- E-u n-ã-o g-o-s-t-o d-e-l-e! – disse, bem devagar, olhando para o rosto de Quatre.
- Então você o ama. – Duo ia protestar, mas Quatre o impediu. – eu vou mostrar como você gosta dele. Seja totalmente sincero comigo. – ele fez uma pausa, olhando bem para Duo e começou. – quando você viu ele, realmente, pela primeira vez, seu coração bateu mais forte, como se quisesse sair pelo seu peito, e você pedia, desesperadamente por algum tipo de contato com ele.
- Isso não é verdade... – disse, com a cabeça abaixada. Não queria admitir, mas era aquilo mesmo que sentira, e continuava sentindo.
- E quando você finalmente teve esse contato, ansiava para que ele nunca mais o deixasse. – o loiro continuou, como se nada tivesse acontecido. – e você procurava, com se não soubesse fazer outra coisa, pela sua presença. E quantas vezes você já não se perdeu na imensidão que eram os olhos dele, ou já se pegou admirando ele sem motivo nenhum? – o loiro finalmente terminou, encarando Duo, que ainda estava com a cabeça abaixada. O moreno não agüentou mais e se sentou em um dos bancos. – agora me diga, Duo. O que você sente por Heero?
- Eu... eu... o amo... – Quatre se abaixou, ficando da altura de Duo, para reconfortar o amigo.
- Amor é um sentimento lindo. Você não tem porquê ficar assim. – ele sorriu, sendo imitado pelo americano. – agora me conte. Você foi se encontrar com ele, não é?
- Sim... nós vamos sair amanhã... como amigos. – completou, ao ver no rosto do amigo, uma cara que dizia claramente que ele iria ter um ataque de alegria. E continuou. – Ele tem a Relena, Quatre. E eu duvido muito que ele vá terminar com ela para ficar comigo. Quer dizer: olha para mim. Relena é bonita, inteligente e poderosa. O que eu sou?
- Você é Duo Maxwell, e você é a pessoa mais sexy, bonita e inteligente que eu já vi em toda a minha vida. – Duo sorriu ante aos comentários e se sentiu muito melhor. Heero podia ter Relena e só querê-lo como um amigo. Mas apenas isso estava perfeito. – agora levante esse traseiro daí e vamos para a sua casa. Nós temos que decidir o que você vai usar.
No dia seguinte...
O ritmo de seu coração aumentava gradualmente, conforme os segundos passavam. Sua mente estava nublada e lá estava ele, sentado no sofá, resistindo a intenção de roer as unhas.
Pela milésima vez olhou no espelho a frente de si para ver se estava tudo normal. E como na última vez que ele havia olhado, não havia um só fio de cabelo fora do lugar.
Passara o dia anterior com Quatre, decidindo o que ia usar. A verdade era que ele estava muito ansioso. Daqui a alguns minutos dariam sete horas, e ele estava preocupado. Não com o encontro. Mas consigo mesmo.
Quatre tinha o dom de ver a alma das pessoas com aqueles olhos azuis tão brilhantes. O loiro também tinha o poder de reconfortar as pessoas apenas com um olhar, e faze-las verem o que não viam. Foi o que aconteceu com Duo no dia anterior. Quatre olhara a alma de Duo através dos olhos violetas e ele soubera que Duo amava Heero mais do que tudo naquela vida. Trowa tinha sorte. Aquilo era um fato que não podia ser negado.
As unhas que fossem para o inferno! Ele iria roê-las.
Mas antes que ele pudesse levar os dedos à boca, a campainha tocou e ele pulou do sofá, indo correndo atendê-las, sem antes bater o pé na mesa de centro.
Parou em frente a porta, se acalmando e ajeitando a franja, que teimava e cair sobre seus olhos.
A campainha tocou mais uma vez e Duo a atendeu, dando de cara com Heero. Será que ele estava indo muito rápido? Deveria ter demorado mais para atender a porta? Ou quem sabe ter pedido para uma das crianças atender?
Agora não tinha volta. Ele já tinha atendido. Olhou finalmente para Heero, perdendo a fala. Ele estava simplesmente lindo.
Nunca em toda a sua vida ficara tão maravilhado assim. Heero estava maravilhoso. Vestia uma blusa amarela de gola alta, colada ao corpo. Usava uma jaqueta de couro preta que ia até o início das coxas e uma calça jeans preta, que fazia qualquer um querer ser Duo.
Duo balbuciou algumas coisas, mas estas não chegaram aos ouvidos de Heero, que estava ocupado demais admirando Duo.
Ele era a criatura mais linda que já pisara no chão daquele planeta. E especialmente naquele dia, parecia que Duo era um Deus. Que havia descido à Terra especialmente para fazer feliz um reles mortal.
- Lindo... – sussurrou baixo, mas foi ouvido pelo americano, que abaixou o olhar a medida que suas bochechas iam tomando uma coloração escarlate.
- Você... acha? – o garoto de olhos violetas perguntou, e Heero percebeu que seus pensamentos haviam sido vocalizados. – deu mais uma olhada em Duo e na roupa que usava. O americano estava lindo. Usava uma blusa preta curta e justíssima, que parecia que queria se fundir ao corpo de Duo. Usava uma camisa branca de um tecido leve por cima de sua blusa, o que amenizava a sensação de sensualidade exagerada que a blusa preta causava. Usava uma calça preta de brim que se unia ao corpo de Duo muito mais do que a de Heero.
- Completamente. – os dois se encararam sem dizer uma única palavra. Os olhares diziam mais do que a fala. E neste momento, os olhares eram, disfarçadamente, apaixonados. Passaram um bom tempo ali, se encarando. Até que Heero quebrou o contato mudo. – Vamos? Temos uma longa noite pela frente. – estendeu a sua mão na direção de Duo. O americano hesitou um minuto, mas depois entregou a sua mão ao japonês, que a segurou firme, deliciado com o contato da pele.
Heero continuou segurando a mão de Duo, até entrarem no carro dele, onde o mesmo fez questão de abrir a porta para Duo. Contornou o carro, se sentando no banco do motorista.
- Heero... onde nós estamos indo?
É segredo... Se você souber, não vai ter graça. – ligou o carro e saiu do acostamento, onde tinha estacionado. Eles conversaram pouco durante o caminho todo, trocando apenas umas palavras e alguns sorrisos.
Dirigiu por algum tempo, que pareceu interminável. Quando eles finalmente pararam, foi que Duo percebeu onde eles estavam.
As luzes do local brilhavam fortemente e a música chegava aos seus ouvidos. O lugar estava longe de estar lotado, e a noite estava perfeita para aquilo.
- É... um parque de diversões... – olhou intrigado para Heero, que sorriu, saindo do carro junto com Duo. – Heero! Eu adoro parques de diversões! – Heero se aproximou dele e o chamou, entrando no parque, tentando manter seu alto controle perto de Duo, ou falaria tudo o que ele queria ali. E por mais que isso parecesse bom, ele ainda tinha outros planos.
- Eu fico feliz que você tenha gostado. – discretamente, se aproximou mais do corpo de Duo, quase se encostando nele. – Onde você quer ir primeiro?
- Montanha russa! – falou, respondendo a pergunta de Heero e o puxando pela mão até a fila, que estava pequena no momento.
Ficaram poucos minutos na fila, conversando sobre amenidades, até que a vez deles chegou. Entraram nos últimos bancos do longo carrinho.
Sentaram tão juntos que eles podiam sentir a respiração do outro. Podiam não admitir, mas aquilo era muito mais do que dois amigos saindo juntos.
Os olhos se encontraram mais uma vez, mas desta vez não se desviaram, continuaram se encarando, sem se importarem mais com nada naquele momento. Os corpos se encostaram, as mãos se encontraram e os corações se fundiram em um.
Duo estava ali. Pronto para dizer para Heero tudo o que sentia. Pronto para abrir seu coração e entregar sua alma. Sua boca abriu e o som saiu dela em sussurros, mas que não chegaram aos ouvidos de Heero, já que o som foi abafado pela música do parque.
- Eu te amo, Heero.
Heero fez cara de confusão. Ele tentara ouvir Duo, mas as palavras que ele queria tanto ouvir não chegaram. Muito pelo contrário. Elas se perderam no vento.
O carrinho finalmente parou, enquanto nenhum deles nem mesmo sabia que a volta havia começado. A porta ao lado de Heero se abriu, e a barra de ferro que os prendia liberou-os.
O japonês se levantou, puxando Duo pela mão, puxando para perto de si em um único movimentos, fazendo os corpos ficarem de frente um para o outro, se tocando e os rostos ficando a apenas milímetros de distância.
- O que você disse, Duo? – ele perguntou de forma sexy, se aproximando do rosto do americano, mas parando no caminho.
- Nada... – era mentira, Heero sabia, mas ele podia esperar. Ele esperaria o quanto pudesse. Mas essa noite, ele faria Duo descobrir seus verdadeiros sentimentos.
Eles desceram do brinquedo, e seguiram para outro, sempre bem juntos, como se quisessem absorver o calor emanado do corpo do outro. Tiveram uma noite inesquecível.
Os sorrisos de Duo se tornaram freqüentes e as palavras fluíram tranqüilamente, como se a presença do outro já fosse costumeira.
Pararam em uma das pequenas lojas do parque que vendia comida, e Duo e Heero podiam, finalmente, descansar.
- O que você vai querer, Duo? – o americano analisou as suas opções, mas se prendendo em uma, que ele adorava.
- Sorvete de chocolate. – o americanos sorriu e Heero fez o pedido, indo se sentar com Duo em uma das mesas do parque. – Gostoso! ... Heero... muito obrigado pela noite. Eu me diverti muito.
- Ainda não acabou. – ele falou, olhando para Duo como se estivesse se divertindo.
- Não? Mas eu pensei...
- Ainda tenho outro lugar para lhe levar. E eu espero que seja melhor do que o parque foi.
- Aonde nós vamos?
- Você é muito curioso. Se eu falar, estraga a surpresa.
- Vamos! Me conte! – Duo insistiu, empurrando a taça de sorvete vazia para um lado.
- Não!
- Por favor!
- Não!
- Vamos!
- Não!
- Estou te implorando. – Heero olhou no relógio, vendo o horário. Estava na hora. Talvez chegassem um pouco mais cedo, mas seria perfeito para dizer o que queria.
- Eu posso te mostrar se você não quiser ir em mais nenhum brinquedo.
- Sério! – Heero fez que sim com a cabeça e duo se levantou em um pulo. – então estamos esperando o quê? – puxou Heero pela mão e saiu correndo em direção ao estacionamento.
- Se acalme, Duo!
- Você me deixou curioso. Agora agüente!
Heero fez a vontade de Duo e o levou para o tal lugar, que parecia ser mais longe do que o parque.
Já era tarde da noite. Quase meia noite, para ser preciso. Estava muito tarde, e eles provavelmente deveriam demorar quase uma hora e meia para voltar para casa. Mas Duo não estava com a mínima vontade de voltar para casa, muito pelo contrário. Se pudesse, ele passaria a noite toda com Heero.
Estavam se aproximando do que Duo reconheceu como sendo um mirante.
Era um lugar lindo. Estava longe da cidade, logo, não sofria a influência das luzes da cidade, o que fazia do local, perfeito para se admirar as estrelas.
O carro parou no final do mirante, de frente para o lindo horizonte, que era enfeitado com alguns montes e a imensidão do lençol de estrelas que se estendia por cima de suas cabeças.
- Lindo, não é? – Heero perguntou, baixando a capota de seu conversível, deixando as estrelas mais visíveis aos lindos olhos violetas de Duo.
- Maravilhoso...
- Assim como você. – rapidamente, o olhar de Duo encontrou o de Heero em uma pergunta muda.
- O... o que?
- Você é lindo, Duo. Você é a pessoa mais linda que eu já vi em toda a minha vida...
- ...
- Eu estou apaixonado por você, Duo.
- Heero! – os olhos violetas se arregalaram diante da revelação. Será que ele tinha ouvido certo?
- Eu te amo, Duo. mais do que tudo neste mundo. – a mão do morno encontrou o rosto do americano ao mesmo tempo em que os fogos de artifício, que Heero havia planejado, estouravam no céu.
- Você me ama? De verdade?
- Amo... eu não me importo com os outros. Não me importo com o que qualquer um que vai pensar.
- E sobre Relena?
- Relena não é nada na minha vida. Eu não gosto dela. Eu amo você, Duo. Fica comigo? Para sempre?
- Eu... eu... – Heero se aproximou mais de Duo, encostando as testas e fixando os olhares.
- Fica...
- Sim! Eu te amo, Heero. – os corpos se aproximaram tanto, que as distancias entre os lábios se tornou inexistente. O beijo foi sem resistências, calmo e apaixonado. Eles estavam ali, sentindo o calor de seus corpos emanar. Estavam juntos, em mente, corpo, coração e alma. E esse era um laço que não podia ser quebrado.
A língua de Heero pediu passagem para dentro da cavidade úmida, acariciando todos os cantos possíveis, enquanto a língua de Duo acariciava a de Heero. O beijo se tornou mais intenso, exigindo mais e mais dos dois seres.
Os fogos de artifício coloridos, que foram planejados especialmente para agradar Duo, foram totalmente esquecidos, iluminando os dois corpos abaixo de si.
Os dois finalmente se separaram quando o ar se tornou escasso e seus pulmões começaram a exigir oxigênio.
- Hn... Heero! Eu te amo tanto. Você não imagina o quanto.
- Eu sinto o mesmo, Duo! Vamos ficar juntos. Pela eternidade. – Duo fez que sim com a cabeça, mas algo veio a sua mente, o que o deixou meio preocupado.
- Heero... e Relena? Ela é sua... namorada. – o olhar violeta desviou do azul, se perdendo, pela primeira vez, nos fogos de artifício que ainda estouravam no céu.
- Eu vou terminar com Relena. Amanhã. Será uma das minhas prioridades! Nada vai ficar entre eu e você.
- Você promete? – seu olhar era inseguro. Ele não queria ficar em segundo plano. Não queria ser o segundo. Queria poder andar com Heero livremente. E Relena poderia atrapalhar.
- Eu juro. – Um sorriso se formou no rosto de Duo, enquanto ele passava para o espaçoso banco de trás. Heero ia segui-lo, mas foi impedido pelo pé de Duo.
- Heero... eu vou te pedir algo. E eu não vou aceitar um não como resposta... eu quero que você faça, como nunca fez em sua vida. Quero que se dedique só a mim, e me faça lembrar deste momento pelo resto da minha vida.
- Duo... do que você está falando? – Duo tirou o elástico que prendia a ponta de sua trança, fazendo a cascata de cabelos ser esparramada pelo grande banco traseiro do carro.
- Eu quero... – o americano tirou a blusa branca que usava lentamente, provocando Heero, que começava a seguir a linha de pensamento de Duo. – eu quero, Heero, que você me possua.
- Você está falando sério?
- Nunca falei tão sério em toda a minha vida. – suas mãos foram até o rosto de Heero, experimentando a pele macia. – Eu disse que não aceitava um não como resposta.
- Mas, Duo. Nós...
- Por favor, Heero. Eu te quero tanto. – o olhar suplicante de Duo não deixou dúvidas. Ele o queria tanto quanto Heero o queria. Sem palavras, Heero passou para o bano de trás, imprensando Duo no banco. Ele tinha certeza de que era a primeira vez de Duo, e por isso ele seria extremamente carinhoso e cuidadoso. Se entregaria como nunca se entregou.
- Eu te amo.
- Eu também, Heero. – Os lábios se juntaram mais uma vez, e daqui a algum tempo, as almas também se juntariam, assim como os corpos.
O corpo de Heero obrigou o de Duo a deitar no banco, ficando por cima dele.
Os dois separaram seus lábios e se abraçaram ternamente, sentindo o calor que emanava de seus corpos.
- Eu confio plenamente em você, Heero. Faça o que quiser comigo.
- Eu o amarei, Duo. – seus lábios se juntaram mais uma vez, e quando se separaram, Duo descansou sua cabeça no peito de Heero, tentando normalizar a respiração.
Heero deitou sobre Duo, tentando não jogar muito peso para cima do americano. Sua boca encontrou a pele macia do pescoço de Duo, lambendo a pele branca. Passou a chupar a pele sensível, que logo ficou vermelha, enquanto as últimas faíscas dos fogos de artifício iluminavam o céu, deixando o casal apenas com a luz da lua e das estrelas.
Heero parou o que fazia, tirando, lentamente, a camisa de Duo pelos braços e a jogando no banco da frente. O mesmo fim teve a calça de Duo, que agora, só estava sendo escondido pela roupa de baixo cinza que usava.
A mão de Heero desceu o corpo de Duo, acariciando os lugares por onde passava. A mão grande pousou sobre o membro de Duo, debaixo da peça cinza, fazendo Duo soltar o primeiro gemido de prazer.
- Ahhh... ahhhhh! Heero! – Heero sentiu o membro de Duo ganhar vida, assim como o seu. Se apressou em tirar a última peça de Duo, vendo as bochechas ganharem o habitual tom vermelho, quando o americano se encontrou nu.
- Não tem por que corar, meu amor. Você é lindo... só sinta meus dedos e lábios em você.
- Mesmo assim... eu...
- Não se preocupe.
Heero agarrou o membro de Duo, carinhosamente. E começou a masturbá-lo, ao mesmo tempo que sua boca ia em direção aos mamilos cor de rosa. Contornou o mamilo direito com a língua, para em seguida mordê-lo, fazendo Duo soltar um grito de prazer. Ele nunca pensara que aquela parte tão simples de seu corpo pudesse lhe proporcionar tanto prazer.
Depois de algum tempo, Heero abandonou o mamilo direito, partindo para o esquerdo, parando a masturbação de Duo antes que ele alcançasse o orgasmo.
Desceu a boca, lambendo a pele branca, chegando até o membro de Duo, que estava quase tão ereto quanto o seu.
Beijou a extensão do membro, alternando com lambidas e leves chupões. Abocanhou a glande, usando a língua para impedir que Duo gozasse.
Heero lambeu o pré-gozo que saia do membro de Duo, e desistiu de impedi-lo de gozar. Lambeu a base do membro, alternando em beijos e lambidas.
Os gemidos de Duo se intensificaram, se tornando altos o suficiente para que uma pessoa a 30 metros de distância pudesse ouvi-los, e Heero agradeceu mentalmente o fato de que estavam em um lugar deserto.
O membro de Duo foi fundo, até a garganta de Heero, o engolfando de prazer. Heero começou com um movimento de cima para baixo, sentindo o corpo de Duo tremer com a aproximação do orgasmo. E com um último espasmo, Duo gozou profundamente na garganta de Heero, arqueando o corpo em resposta.
Heero engoliu todo o líquido quente e morno, como se fosse uma das coisas mais deliciosas que já havia bebido.
- Heero!
- Duo... – o olhar cheio de carinho de Heero tranqüilizou Duo, preparando-o, de certa forma, para o passo seguinte.
O único problema daquele ato, seria o fato de que eles estavam sem lubrificação, e Heero tinha certeza de que Duo era virgem.
- Duo. Você está pronto?
- ... estou... – os olhos violetas estavam temerosos. A verdade era que talvez aquilo fosse doloroso, ele não sabia, mas ele queria que aquela noite fosse perfeita.
- Serei carinhoso, eu juro.
- Eu confio em você.
Um sorriso surgiu no rosto de Heero e ele flexionou as pernas de Duo, se encaixando no meio delas com perfeição, como se seus corpos tivessem sido feitos para serem um só.
Heero mostrou dois dedos para Duo, que temeroso, os pegou com suas mãos e os colocou na boca, chupando-os.
A língua do americano contornou os dedos, tentando molhá-los o máximo possível.
O japonês tirou os dedos da boca de Duo, os posicionando na entrada do americano. Forçou, cuidadosamente, o primeiro dedo, que entrou com certa facilidade, deixando o americano delirante de prazer, gemendo o nome de Heero.
- Hee...ro... ahhhhh... – o dedo dentro de Duo começou a se mover lentamente, tentando alargar o músculo, que nunca fora usado, a fim de que a penetração fosse indolor.
O moreno introduziu outro dedo, que entrou com um pouco de dificuldade, fazendo Duo sentir um fisgar de dor, o que não passou despercebido por Heero.
- Me desculpe, meu amor, eu vou ser mais cuidadoso. – os dedos de Heero entravam e saiam de Duo, querendo achar um ponto que fizesse Duo gritar e implorar por mais.
Os dedos longos do japonês entraram em contato com a próstata do americano, fazendo este soltar um grito alto e arquear as costas em resposta.
- HEEROOOO!
Os dedos foram retirados de Duo e Heero posicionou seu membro na entrada de Duo, que estava alargada. Palavras de carinho e afeto foram trocadas, tranqüilizando Duo o suficiente para que Heero pudesse começar a penetração.
A cabeça do membro de Heero entrou em Duo, sem causar grandes dores, o que deixou os dois aliviados. Aquele ato de amor estava sendo perfeito. Sem nenhuma dor e com muito carinho e luxúria.
O amor estava sempre presente, embalando os dois. Aquele podia não ser o melhor lugar para se consumar uma relação, mas eles não se importavam. Estava muito ocupados, prestando atenção no outro.
Heero forçou mais um pouco a entrada, entrando quase todo em Duo, e parando um pouco, deixando o americano se acostumar, antes de entrar completamente nele.
As mãos se procuraram, e quando se acharam, se entrelaçaram fortemente, passando amor, carinho e confiança. Depois de alguns instantes, Heero se colocou totalmente para dentro de Duo, tomando cuidado para não machucá-lo no processo. Os movimentos foram lentos e cadenciados, proporcionando prazer aos dois, enquanto gemidos altos saiam de suas bocas, vocalizando o prazer que estavam sentindo. As estocadas começaram, fracas, aumentando de intensidade e velocidade, a medida que o corpo de Duo ia cedendo às investidas.
Os gemidos de Duo aumentarem de número quando Heero começou a estocar sua próstata sem piedade, aumentando seu prazer. O suor banhava os dois corpos, ajudando nos movimentos.
O corpo de Heero deslizava sobre o de Duo, intensificando as estocadas, atingindo, sem piedade, a próstata de Duo.
Não demorou muito para o prazer se tornar extremo e os espasmos do orgasmo chegarem. Duo agarrou a mão de Heero com mais força, perdido nas sensações que o moreno havia lhe causado. Sem esperar nem mais um segundo, Duo ejaculou entre os dois corpos, gritando o nome de Heero.
- HEEROOOOOOOOOOOOO! AHHHHHHHHH! – ao ejacular, Duo contraiu, involuntariamente, sua pequena entrada, causando arrepios em Heero, que só precisou de mais algumas estocadas para liberar seu líquido quente dentro de Duo, gritando seu nome.
- DUOOOOOO! – os dois se olharam, apertando fortemente suas mãos, demonstrando que estava tudo bem.
- Eu te amo. – os olhos se fecharam e um único beijo foi trocado, antes que ele caísse no sono.
- Eu também te amo, meu amor. – acariciou o rosto do americano. Ele era perfeito. E era seu. Heero se viu diante da perfeição adormecida, e antes que também sucumbisse ao sono, levantou-se, procurando no banco da frente, a coberta que trouxera, já que não pretendera dormir em casa. Se ajeitou ao lado de Duo no espaçoso banco e o enrolou, para que não pegasse uma gripe. Beijou sua testa, e declarou pela última vez naquele dia, seu amor por Duo, antes que o americano se aconchegasse a ele por instinto e encaixasse sua cabeça em seu ombro. – Nada irá ficar entre nós. Eu juro. – um sorriso se formou no rosto de Duo. Ele teria que explicar muitas coisas para seus pais quando chegasse de manhã em casa. Mas no momento, ele dormiria tranqüilo.
CONTINUA...
KYAAAAAA! Aqui está, Sweet Angel, sua fic de aniversário. Eu espero que goste, os outros três capítulos estão vindo aí pela frente. Detesto estragar sua felicidade, mas 1x2 não é nada sem um pouco de drama, logo, capítulo que vem a festa acaba. Será que alguém advinha o porquê? Mas o próximo capítulo dessa fic sai ainda no início do mês que vem.
Eu queria me desculpar com todos aqueles que lêem as minhas fics, já que eu estou atrasando demais. É que eu estava no mês de provas, o que me deixou meio frustrada, e eu andei estudando pra caramba, logo eu não tive tempo nem de ligar o PC, mas eu juro que até maio eu me ajeito, voltando às publicações semanais. Os novos capítulos das outras fics (French Maid, Céu e Inferno, e a fic que eu estou fazendo com a BT34, que logo, logo sai o 1º capítulo, Amor Ilegal) já estão sendo feitos, mas não há data para publicação. "Roubei..." e "Amor e Ódio" não saíram junto com essa fic porque eu me dediquei muito a ela, logo, eu não tive tempo para digitá-las, mas quem sabe na semana que vem, eles já estejam prontos?
Eu queria dizer que eu fiquei muito feliz com uma crítica (crítica mesmo!) em especial. Me fez ver muitos erros triviais que eu estava cometendo. E houve uma coisa que eu realmente fiquei feliz por me entenderem: é muito fácil você clicar no ícones de reviews e dizer que a fic é muito bonitinha e que não querem que eu pare. É claro que elogios são sempre bons, e muitos, e eu até encorajo a mandarem elogios, mas eu só acho que se eu cometer algum erro que você julguem importante, seria bom me dizerem, assim os corrijo e melhoro a qualidade de minhas fics. Assim eu fico contente e você lêem fics melhores. Mas continuem mandando elogios! Eu andei prestando mais atenção aos erros de português desse capítulo, lendo-o duas vezes. Se eu deixei passar alguma coisa, por favor, me digam.
Era só isso o que eu tinha para dizer. E Otanjoubi Omedetou, Kawaii-chan.
