Sempre que estou sozinha com você
Você me faz sentir como se eu estivesse inteira novamente

(...)

Sempre que estou sozinha com você
Você me faz sentir como se eu fosse alegre novamente

Lovesong - Adele

– Muito bem, alunos, eu vou passar pela sala distribuindo os resultados dos testes da semana passada – A professora de matemática falou, carregando pela sala uma pilha de papeis e entregando-os aos respectivos alunos

Eu estava tranquila com aquele teste, eu sabia que havia ido bem. Ao contrário do resto da turma, que estava ocupada pensando na própria nota, sem me dar muita atenção. Na verdade, ninguém nunca havia me dado muita atenção. Talvez não me notassem. Eu só estava em dúvida na razão: Era porque eu não entrava no padrão do colégio: Micro roupas e um cabelo super liso? Ou era pela minha fama de nerd, por mais que eu não me considerasse uma? Mais provavelmente fosse por que eu não falava com quase ninguém...

– Parabéns, Rosalie... – A professora murmurou pouco animada, enquanto me entregava o papel. Nota dez, como eu esperava.

– Ai meu Deus! O que eu faço agora?! – Uma voz falou atrás de mim. Antes de prosseguir com a narração, gostaria de especificar quem se sentava atrás de mim: Emmett Cullen. Alto, forte e bonito. E capitão do time de futebol do colégio. Resumindo, o sonho de consumo da maioria das meninas do colégio. Isso me incluindo.

Mesmo sendo um dos mais populares do colégio, era um dos meus poucos amigos.

– O que houve Emmett? – Perguntei, me virando na cadeira para olhar para ele

– Olhe a nota que eu tirei! – Ele resmungou me mostrando o teste com um grande dois rabiscado em vermelho

– Bem, você quer ajuda? – Perguntei rapidamente, e seus olhos azuis como pequenas piscinas brilharam para mim numa graça profunda

– Você faria isso por mim? – Ele falou, com um tom de voz animado

– Claro

– Muito, muito obrigado, Rose! – Ele pegou a minha mão nas suas, apertando com um pouquinho de força demais

– Hã... De nada. Então, que horas está bom para você? – Perguntei, recolhendo a minha mão para perto de mim, tentando aliviar a dor. E parece que ele notou...

– Ai, me desculpe! – Ele falou, pegando a minha mão novamente – Apertei com força demais, não? Me desculpe, é que eu estou muito animado – E então ele beijou a minha mão no ponto que mais doía, e depois deu um sorriso arrasador – Pronto, com um beijinho sara!

Acho que ele falou alguma coisa depois, mas eu estava anestesiada pelo seu sorriso

– Rose? Você ouviu o que eu disse? – Ele perguntou, estalando os dedos perto de meu rosto

– Hã? Ah, desculpe, estava distraída... – Murmurei encabulada

– Ok, eu vou repetir: 02h00min está bom para você? – Ele falou devagarzinho, como se eu tivesse algum problema mental, dando uma risada logo depois

– Hahahaha, muito engraçado... – Falei irônica, revirando os olhos – Já riu o suficiente da minha cara? Ou quer rir mais um pouquinho?

– Mais um pouquinho, por favor! – Ele falou, e eu fiz biquinho – Vai, Rose! Você sabe que eu estou brincando!

– Sim, e eu achei super engraçado... – Falei ainda emburrada, mais deixei para lá depois de alguns instantes – 02h00mim está ótimo para mim... Na minha casa, ok?

– Eu sabia que você ia me perdoar! – Ele sorriu com as covinhas lindas que ele tem – Ok! – E logo depois que ele falou, o sinal tocou – Eu vou indo. Tchau Rose! – Ele levantou-se da cadeira indo em direção a porta, mas não sem antes lançar um beijo para mim.

E eu fiquei lá. Eu e o beijo.