FADAS 1

- Bom Doutora Cuddy, como o combinado, esperamos que tudo isso esteja resolvido até o final do dia. Afinal só faltam 15 dias para a festa! – completou o velho Oldy, um dos maiores contribuidores do hospital – Ah! E nós exigimos a sua presença.

- Claro, Senhores – ela respondeu com seu melhor olhar de diretora – Estarei presente e amanhã entrego os nomes e a pesquisa que fizemos nas alas infantis do hospital.

- E Doutora, outra exigência é que o Departamento de Diagnóstico participe, afinal o médico problema é o que nos dá mais dinheiro.

- Claro, com licença – dizendo isso ela encerrou a reunião e se retirou da sala pensando em como resolver essa história maluca. Chegando em seu escritório logo avistou Brenda – Brenda, quero a pesquisa feitas nas alas infantis agora! – e assim entrou em sua sala, antes de sentar em sua cadeira a enfermeira entrou com uma pasta na mão.

- Aqui está Doutora – entregou a pasta a ela e saiu.

Cuddy, quando ficou sabendo do pedido do Conselho logo preparou uma "pesquisa" para ser feita nas alas infantis do hospital, afinal, ela teria que agradar os doadores, mas para isso, precisava agradar as crianças. Achou loucura quererem algo que os funcionários fizessem, achava bem mais prático e seguro que fossem profissionais, mas se era exigência, ela então preferia simplesmente aproveitar, talvez fosse divertido.
Assim que abriu a planilha, viu a escolha quase absoluta das crianças, achou uma bela escolha. Logo depois começou a imaginar como seria. E se ela fosse... Se House fosse... Era a cara deles... Não, Não!

Pegou o telefone e discou para Brenda.

- Brenda, quero o departamento inteiro de Diagnóstico aqui, PRINCIPALMENTE o House, quero também o Wilson, algumas enfermeiras e enfermeiros, você, e mais o Doutor Philip , pra ontem!

Se passaram 30 minutos e todos já estavam lá, menos House. Ninguém sabia porque estava ali, mas logo saberiam. House chegou.

- Nunca respeita horários não é, House? – ela disse áspera.

- Estava no meu sono de beleza – disse sarcástico.

Antes que a guerra começasse, Wilson interrompeu.

- Ok! Vocês terminam essa discussão depois! – ele olhou para Cuddy – Por que estamos aqui?

Cuddy respirou fundo e começou...

- Bom, como todos sabem, faltam 15 dias para nossa festa beneficente. – ela começou – E o conselho exigiu que fosse feita uma apresentação teatral para os presentes e principalmente as crianças – alguns que ouviam já tinham se tocado – E para ser algo mais pessoal, de maneira que conquiste mais facilmente os doadores, o conselho quer que essa peça seja encenada pelos funcionários – House revirou os olhos, ele NUNCA faria isso – E como eu já sabia disso, mandei fazerem uma pesquisa nas alas infantis para qual era a preferência das crianças e a escolha delas foi "A Bela e a Fera" – ela sorriu e tentou encorajar os demais – Logo eu já convoquei as pessoas certas, todos que estão nessa sala atuaram nessa peça, SEM exceções, House – ela chamou atenção do médico que fingia que dormia.

Alguns ali ficaram surpresos com a novidade, outros até empolgados.

- E você Cuddy? – falou House chamando a atenção de todos – Fará parte dessa palhaçada toda?

- Claro – ela respondeu com um sorriso vitorioso.

- Então será minha Bela, Doutora Cuddy? – interrompeu Philip, surpreendendo a todos, principalmente House.

- Oi? Tá louco? – House apontou a bengala para o médico – Não é porque ela é a Dean que fica com o papel principal, se vamos fazer isso, quero que os papéis sejam escolhidos por sorteio – House nem pensava em fazer parte daquilo, mas agora um beijo técnico estava em jogo.

- Claro, concordo – disse Cuddy – vou colocar o nome de todos em um pote e escolheremos assim os personagens...

Depois de alguns minutos, os nomes dos personagens estavam colocados em um recipiente enquanto que, em um quadro, que ninguém sabia que tinha no escritório de Cuddy, tinham os nomes dos atores. O Sorteio começou.

NO QUADRO:
Bela
Fera
Gaston
Lefou
Maurice
Madame Samovar
Zip
Lumiere
Horloge

- Deixando claro que quem não sair no sorteio será elenco de apoio e ajudará a preparar outras coisas – completou Cuddy, e puxou o primeiro papel – Antes de qualquer coisa, o sorteio será na ordem que está no quadro, a primeira mulher que tiver o nome sorteado será a Bela e pros homens a mesma regra, ok – Leu, seu coração pulou – é um homem, ou seja, a Fera – se virou e escreveu no quadro

FeraHouse

House sentiu um frio na barriga, não ligava para toda aquela baboseira, mas adorou ver o rosto de Philip se contorcer por não ser o protagonista. Segundo nome. Homem.

Gaston Wilson

O oncologista sorriu, adoraria brincar de ser inimigo de House. Terceiro nome. Homem

LefouPhilip

Agora House não se segurou e soltou uma bela gargalhada, recebendo logo em seguida um olhar mortal de Philip. Quarto nome. Mulher. E o coração de Cuddy quase parou.

BelaCuddy

Todos na sala ficaram pasmos, seria tão brincalhão assim esse destino? House sentiu um frio que percorreu toda sua espinha e logo cruzou seu olhar com o de Cuddy. Os dois na hora pensaram e sentiram a mesma coisa. Bom, a parte emocionante do sorteio já saiu, até mesmo aqueles que não foram sorteados ainda não se preocupavam mais, afinal os protagonistas já tinham saído, e não tinham escolhas melhores. Seria emocionante ver aqueles dois juntos.

Ao final do sorteio, o quadro ficou assim:

Bela - Cuddy
Fera - Fera
Gaston - Wilson
Lefou - Philip
Maurice - Taub
Madame Samovar - Brenda
Zip - 13
Lumiere - Chase
Horloge – Foreman

Quem não foi sorteado faria parte do elenco de apoio. Cuddy tranqüilizou todos avisando que uma equipe arrumaria toda a peça, ele só precisariam ensaiar. Terminada a reunião, com todos sabendo que na manhã seguinte os textos estariam em suas mesas, todos continuaram trabalhando normalmente, exceto por um certo casal, que ficou imaginando como seria ser, de fato, um casal... Seria divertido.

14 dias para a festa.1° ensaio.

Todos estavam em uma sala de reuniões do hospital. O primeiro dia seria apenas para entrosamento do elenco. Todos chegaram conheceram o diretor teatral Don Gummer.
Todos já estavam com os textos em mãos, sentado em volta da mesa de reuniões, quando o diretor deu inicio, lógico que House não apareceu, então prontamente Philip se ofereceu para substituí-lo, porém Don era muito observador e percebeu a expressão de Cuddy. Logo disse então que House devia ter tido um problema mas, no próximo ensaio estaria. Ele faria a parte de House hoje. Ação.

Depois de uma hora passando a peça, Wilson pegou o celular e mandou uma mensagem.

"Olha, eu sei como você gostaria de vencer
seu orgulho e vir pra cá. Mas acho melhor esquecer
ele e vir logo. Se não a princesa beijará o babaca do Philip
no fim de tudo!"
House leu aquela mensagem e ficou pensando... Essa era a oportunidade perfeita pra tentar mudar. Por que não?

Todos já estavam no meio da leitura, quando House entrou deixando todos calado, Cuddy super feliz, embora ela não queira admitir, Don ficou orgulhoso e Philip quis matar o infectologista com sua própria bengala.

- Está atrasado House – disse Don – mas sei que foi por algum motivo importante...

- Sono – House respondeu – bom, espero não ter perdido muita coisa, sei que não. Eu sou o principal, eu mando em tudo – disse em tom brincalhão e sentou do lado de Wilson, que prontamente lhe deu o próprio texto que já estava aberta da cena que estavam lendo...

- Bom, já lemos quase a peça toda – começou Don - Mas eu vou pular algumas cena e ir direto para o final. Quero ver o entrosamento dos meus atores – finalizou com um sorriso – Cena Final. House, Cuddy... – os médicos o olharam – Sente-se aqui, eu quero um de frente pro outro – todos em volta ficaram nervosos, alguns por puro divertimento mas outros por ciúme e no caso de Wilson, medo mesmo.

House foi o primeiro a se levantar logo depois de olhar de soslaio para ela, seria interessante... Cuddy estava nervosa, falar eu te amo para House, mesmo que de mentira, não sendo, era extremamente amedrontador.

- Don, como será a parte que o encanto é quebrado? – Lisa perguntou meio envergonhada, não queria mostrar que estava com medo de beijar House.

- Que parte? – Don perguntou de volta, ele sabia, só queria que ela assumisse.

- A que quebra o encanto...

- A do beijo! – House disse sucinto – é óbvio que a parte mais esperada nessa peça é o beijo, todos querem ver a Dean beijando seu funcionário problema – finalizou com um sorriso.

- Cala a boca, House! – disse Philip.

- A do beijo, Lisa? – Don nem se importou com o outro médico.

- Sim... – respondeu sem graça – quero dizer, faremos de costas para parecer que teve o beijo ou faremos um beijo na testa ou algo assim...

- Um beijo!