Aquela lápide
N/A: Bem, esta pequena fic foi feita para o Amigo Secreto Mimimi MM e a pessoa que me calhou foi a Colombina. Sendo o seu shipper preferido D/G, eu tinha que lhe oferecer uma D/G, né? Mesmo que eu não goste muito da Ginny.
Então aqui está, Colombs ^^ Espero que gostes =D Pelo menos está melhor que a que eu mandei para o teu Chall =X
Capítulo Único
Ele olhava para a lápide com um olhar melancólico. Pesaroso. Talvez também com um pouco de culpa nos olhos acinzentados.
Era um dia como outro qualquer. As flores à frente da lápide estavam frescas, o cemitério estava vazio – exceptuando aquele homem que, de tanto passar por ali, já fazia parte da paisagem – e o céu acinzentado, tão natural na chuvosa Inglaterra.
O homem ia ali todos os dias. Monotonamente, mudava as flores da jarra, todos os dias. E ali ficava a olhar para a lápide, com aquele misto de melancolia e culpa no olhar. Aquilo já fazia parte da rotina. Todos os dias, quando saía do trabalho, lá ia ele "visitar" a sua mulher.
Ele já não era propriamente novo. Tinha praí 30 e poucos anos, mas muita gente não lhe daria mais de 30. Afinal, apesar de toda a dor presente nos seus olhos, ele era um homem atraente. Tinha um corpo em forma, a pele pálida, um rosto naturalmente masculino: com a barba cortada e o maxilar largo, os lábios finos e atraentes e o cabelo loiro.
Ele já fora feliz, apesar de nunca ter sido uma pessoa muito sociável e risonha. Mas ele sorria quando estava com ela. E sorria, todos os dias, quando o via, com todas as suas parecenças óbvias.
O filho dele era igualzinho à mãe, com o mesmo sorriso tranquilo e doce, os mesmos cabelos ruivos, a mesma pele clara, cheia de pequenas e charmosas sardas. Apenas os olhos eram dele. E, mesmo assim, Draco sorria quando via aqueles olhos acinzentados, tão parecidos com os dele próprio, a olharem-no, quando perguntava alguma coisa ou apenas quando pedia ajuda para fazer os trabalhos de casa.
Ele tinha uma razão para sorrir, mesmo que olhasse melancolicamente para a lápide dela, todos os dias. Ele sabia que, quando saísse dali, ia buscar a razão dos seus sorrisos à escola e ia preparar o jantar, enquanto o filho contava como correu o seu dia.
E sabia que a sua rotina, por agora, não mudaria. E que ele ficaria bem, mesmo sem ela.
Antes de virar costas, o loiro deitou mais uma olhadela àquela lápide, onde se podia ler:
R.I.P
Ginny M. Weasley Malfoy
1981 – 2005.
