N/A: Olá a todos !
Acabo de terminar de assistir a Love Live ! School Idol Project, e gostaria de afirmar que me apaixonei por Nozomi Toujou, tanto por ela quanto por NozoEli.
Também gostaria de esclarecer o meu propósito; quero fazer uma história. Uma história que os emocione, os façam estremecer, que os façam sangrar pelo nariz, como nos animes. Uma história que deixe vocês esperando ansiosos por um novo capítulo, como acontece comigo com uma ou outra fanfic de outros usuários. Uma história digna, e é o que vou tentar fazer, isso sim, com o apoio de vocês. Não vou prometer nada, não estou certa de quanto tempo vou ter para escrevê-la, mas não vou me render até finalizá-la (digo o mesmo quanto às outras duas que ainda não têm final). A seguir, vou dizer-lhes alguns detalhes que é melhor que saibam de antemão.
1 - Konichiwa ! Eu contarei a história a partir do meu próprio ponto de vista, tanto os pensamentos, provavelmente em itálico, quanto a narração. Espero que gostem (alguém viu Elicchi por aqui...?) !
2 - As letras em negrito significam os esclarecimentos da autora.
3 - Eu aceito, encantada, as suas opiniões e sugestões, eu adoro os seus comentários !
4 - Estará classificada como M, provavelmente por causa da violência.
5 - Para os que leram minha oneshot de NozoEli, aqui vocês têm mais, e em abundância !
6 - Isto será um pouco parecido com um UA ! Vão aparecer os demais personagens, mas não exatamente no mesmo contexto, vou deixar a minha imaginação ir mais além, vamos curtir a história juntos !
Sem mais delongas,
Com amor, lorenapineapple.
Disclaimer: Love Live ! School Idol Project não me pertence, e sim à DengekiG's Magazine, à gravadora Lantis e aos Estúdios Sunrise. Posto esta fic apenas por diversão e entretenimento, sem visar nenhum tipo de lucro.
N/T: Esta fic também não me pertence, ela é uma tradução da fic "Desde Rusia com Amor", de lorenapineapple. A autora me autorizou a traduzi-la.
AVISO: Esta fic é yuri. A classificação M é por outro motivo, que a autora já explicou, mas, de qualquer modo, todos já estão avisados. Para aqueles que gostam de yuri ou que não têm nada contra, sejam bem-vindos; para os que não gostam, é melhor pararem por aqui, ou, então, sigam em frente por sua conta e risco.
DA RÚSSIA, COM AMOR
Os dias eram sempre iguais. O mesmo céu vazio, o mesmo Sol que deixava de brilhar com o passar dos anos. O mesmo ar frio e seco que cortava a respiração sem quase nenhum esforço. Sempre a mesma coisa; eu estava começando a me cansar.
Eu me levantei muito cedo para ir ao templo, antes de ir às aulas. Sinceramente, eu preferia não ter me levantado. Era um dia cinzento e pesado, com um ambiente solitário, com quase todos os dias, para dizer a verdade. Levantar-se sozinha, para continuar sozinha o dia inteiro. Em algum canto do meu corpo eu podia sentir que não merecia ter um dia-a-dia assim, mas era o que os astros tinham reservado para mim.
Eu gostava de ajudar no templo, desse modo o meu poder espiritual tornava-se mais forte e mais intenso, eu sentia mais confiança em mim mesma, sem precisar ter contato com ninguém. Não porque eu não quisesse, simplesmente não era... a minha praia.
As ruas estavam praticamente vazias, com exceção de alguns adultos que iam para os seus trabalhos. Adultos, que trabalhavam para sustentarem as suas famílias. Adultos, que viviam independentemente. Eu também vivia sozinha, e trabalhava no templo para poder conseguir pagar o aluguel do meu apartamento, e o necessário para me sustentar. Eu poderia me considerar independente, mas não queria. Achava, que, no fim das contas, ainda era uma jovenzinha do colegial, sem maiores preocupações além dos estudos ou aparência física, como a maioria. Suspirei quase sem perceber, antes de chegar ao meu "trabalho".
Eu entrei e vesti a roupa de voluntária, para ir limpar os pátios, cheios de folhas secas e um ou outro embrulho. Nunca entendi porque as pessoas sujavam lugares sagrados como aquele, mas me sentia feliz de poder ajudar, limpando-o.
Quando terminei, aproximadamente meia hora mais tarde, vesti o meu uniforme escolar e caminhei até a Academia Otonokizaka, a passos lentos e calmos, tentando apreciar a essência da beleza do outono no Japão. Me perdi em meio a pensamentos sem muito sentido, e, antes, de perceber, havia chegado ao local. Podiam-se ver alguns grupos de amigas conversando e compartilhando interesses, coisas em comum. Ignorando-os, entrei no edifício e subi as escadas para ir à minha classe. Eu caminhava sem muita dificuldade entre os maiores grupos que estavam nos corredores, praticamente impedindo a passagem. Quando divisei o cartaz da minha classe, eu caminhei até lá e entrei, sentando-me no canto, ao lado da janela. Eu sempre me sentava ali; em meu mundo. As outras pessoas pareciam preferir lugares mais próximos da frente, inclusive havia um lugar livre bem à minha frente. Não que eu me importasse... acho que eu era feliz daquele modo, apreciando o mundo através da janela, a cada dia. Eu acho...
Eu costumava ler quando não tinha outra coisa para fazer, tanto nos intervalos como nas aulas que eu achava muito chatas. Ninguém costumava aproximar-se para falar comigo,e, se o faziam, era para me pedir uma previsão do futuro. Conheciam-me apenas por causa das cartas de tarô, apenas isso. Eu não era muito mais do que um corpo sem alma para o resto de meus colegas.
Pouco tempo depois de eu ter chegado à sala, chegou também o nosso professor. Em seguida, a representante da classe pôs-se de pé; nós a imitamos.
- Curvem-se ! - disse ele. Nós nos inclinamos levemente para a frente, em uma reverência educada, algo normal, que fazíamos todos os dias. Depois, voltamos a nos sentar, e o sensei começou a falar - Bom dia a todos. Antes de começar com a aula de hoje, nós temos uma nova companheira conosco. Ela é estrangeira, então, por favor, vamos fazê-la sentir-se em casa. Entre, Ayase-san !
Meus olhos arregalaram-se até quase saírem de suas órbitas quando aquela jovem mulher de cabelos loiros e brilhantes fez a sua aparição em nossa classe. Ela me chamava muito a atenção, parecia diferente. Talvez fosse por causa dos seus olhos azuis tão profundos e belos... quem sabe.
- É um prazer conhecê-los, meu nome é Eli Ayase e sou russa. Vamos nos dar bem.
Ela pronunciou aquelas palavras em um tom seco, frio e ameaçador. Tinha o cenho franzido, mas, ainda assim, era linda. As feições do rosto dela eram muito delicadas e seu corpo era muitíssimo bem proporcionado. Para minha surpresa, ela caminhou até o lugar vazio até então, que estava bem à minha frente.
O sensei continuou com a sua explicação de um assunto de Biologia que eu não soube distinguir; estava perdida demais em meu próprio mundo. Metade do tempo, eu passei observando os arredores: o pátio vazio, junto com as folhas secas movidas pelo ar realizando uma coreografia perfeita e natural; o ambiente da classe, com aquelas pequenas conversas por bilhetes de papel, e aqueles que dormiam disfarçadamente, tentando não serem descobertos; e aquele dia, em especial, àquela jovem novata tão estranha e rude, que transmitia todo a natureza da Rússia apenas movendo os seus lábios.
Quando chegou o pequeno tempo livre que nós tínhamos no meio da manhã, algumas garotas aproximaram-se de Eli, procurando fazer amizade com ela ou simplesmente oferecendo-lhe um lugar em seus clubes. Ela rejeitou-as de um modo muito grosso e foi embora, sozinha. As garotas mostraram caretas de tristeza e de desgosto, mas preferiram não insistir.
A manhã passou normalmente, nada de novo, nada singular, nada fora do comum, excetuando o comportamento tão diferente. Tentei não pensar tanto em uma bobagem como aquela, e esperei pacientemente pela hora de voltar para casa. Havia sido um dia bastante cansativo, eu não tinha feito nada, mas estava muito cansada. Optei por tirar um cochilo assim que terminasse de comer.
Cozinhei rapidamente um espaguete e o comi em tempo recorde. Cansada demais para limpar o que tinha ficado sujo, coloquei a vasilha que eu tinha usado na pia e fui para o meu quarto. Deitei na cama, e, dentro de pouco tempo, meus olhos se fecharam, e eu caí em um sono profundo.
~Os passos apressados e ao mesmo tempo calmos de seus companheiros contrastavam com a atmosfera maçante que a envolvia. Os movimentos rápidos, fugazes, a confundiam. Podia sentir como se algo que não sabia distinguir estivesse abrindo uma fenda profunda em seu interior, ela caía em um poço sem fundo do qual nunca mais sairia. Um buraco obscuro, sem chão, sem céu. O espaço começou a se encher com uma chuva de cartas, cartas de tarô, o seu próprio baralho. Todas as cartas eram a mesma. "A Estrela". Uma carta que significava, entre outras coisas, esperança e perspicácia. De repente, no meio daquela chuva de cartas semelhantes, uma distinção ocorreu. "Os Enamorados". "Os Enamorados" e "A Estrela". Aquilo podia significar que um amor poderia ser dado... e recebido. De repente, a escuridão do espaço foi eclipsada por uma intensa luz, refletida por alguns cabelos dourados...
Acordei sobressaltada, com a respiração ofegante. O que acabara de acontecer ? Sem saber muito bem porque, eu corri até uma de minhas gavetas, abri-a e tirei o meu baralho. Todas as cartas estavam ali, todas. Suspirei profundamente antes de perceber que já era noite, e que eu havia gasto as horas da tarde naquele tipo de sonho ou pesadelo.
Fui à cozinha de novo, e pacientemente coloquei arroz para ferver. Me sentei, melancólica, e concentrei a minha visão nos tradicionais jogos de chá de porcelana com decoração tradicional; minha mãe tinha dado-os a mim de presente, na verdade eu a amava, por isso, deixava-os à vista, aquilo me ajudava a me lembrar dela, mesmo sabendo de todos os quilômetros que nos separavam. As linhas de pintura azuis e avermelhadas formavam semicírculos que mostravam desenhos leves e despreocupados, transmitiam tranqüilidade e liberdade. Minha mãe me conhecia bastante, ela sabia que eu gostava daqueles sentimentos espirituais que faziam sentir-me mais próxima ao meu interior.
Enquanto o jantar terminava de cozinhar, tirei um livro da mochila que havia deixado no corredor naquela mesma tarde, ao voltar da aula, e repassei a lição que tivemos. Eu não percebera exatamente o que estavam nos ensinando, um rabo-de-cavalo que estava bem na minha frente desviava toda a minha atenção.
"Tenho que parar de pensar em tamanho absurdo... ah, o arroz !"
Tirei-o bem a tempo do fogo, com um suspiro que liberou a tensão. Derramei um pouco em uma tigela e sentei-me à mesa, disposta a comê-lo; sozinha, como de costume. Eu nunca tinha parado para pensar em minha pouca vida social até aquele dia, na verdade eu me sentia muito feliz, não podia me queixar. Tinha um apartamento, ia bem nos estudos, só sentia solidão em todos os cantos...
Na manhã seguinte, eu continuava notando aquele sentimento de solidão que eu nunca antes havia sentido com tanta intensidade. Eu me vesti, tomei o café da manhã e saí do meu apartamento, seguindo o mesmo percurso de todos os dias. Quando cheguei à classe, havia apenas um pequeno grupo de garotas falando sobre Idols ou algo assim, eu não lhes dei atenção e me sentei no meu canto, olhando pela janela. As folhas levadas pelo vento me pareciam tão bonitas, pareciam ter estado ensaiado cada movimento, cada milímetro de vôo. A natureza fazia pequenos milagres como aquele a cada segundo. O som do ar, os raios escondidos do Sol, a beleza da vida em todos aqueles atos...
- Hoje vamos formar pares, para fazer um trabalho sobre diferentes nacionalidades...
Sem que eu percebesse, o sensei já havia entrado na classe e começado a dar a aula.
- Tachibana-san com Tetsuya-san...
"É engraçado ver como todas sorriem ao ver que vão ter de fazer o trabalho com uma amiga sua".
- Hashiri-san com Kanam-san…
"Passar o tempo com uma pessoa de quem você gosta deve ser divertido".
- Kirigiri-san com Asahina-san...
"Hoje os cabelos loiros dela parecem ainda mais brilhantes..."
- Toujou-san com Ayase-san...
"Oh, céus…"
Ayase-san virou a sua cadeira até colocá-la de frente para mim, com ambas dividindo a minha mesa. Depois que o sensei deu suas explicações sobre o trabalho, ela falou.
- Falaremos da Rússia.
- T-Tudo bem - eu afirmei - Mas você é a única que sabe sobre a Rússia...
Ela olhou para mim com o cenho franzido e bufou.
- Então eu farei tudo...
As respostas dela me deixavam nervosa; não só pelo fato de serem tão ásperas, mas também porque ela me olhava nos olhos quando replicava.
- Oh, não, nós temos de fazê-lo juntas, você não pode fazer todo o trabalho.
- Eu sou a única que sabe sobre esse país, portanto, deixe comigo...
- Nós deveríamos dividir o trabalho...
- Não, eu o farei...
- ...Elichi !
Ela ficou em silêncio. Um forte rubor cobriu o rosto dela, e, pela primeira vez em nossa pequena conversa, ela afastou o olhar dela do meu. Foi um erro ter dito aquilo, eu nem sequer tinha pensado. Simplesmente falei sem pensar nas conseqüências. Embora eu tenha de admitir que ela estava adorável com o rosto tão enrubescido.
Em seguida, tentando de todos os modos não me olhar nos olhos, ela me deu um papel e uma caneta.
- ...Então... eu falo... e você escreve...
- Tudo bem...
Ela começou me falando algumas frases, evidentemente a respeito da cultura russa, coisas que eu não entendia muito. Tampouco tinha muito interesse em entender, mas eu gostava de ouvir a sua voz com aquele sotaque tão especial, e, ao mesmo tempo, aquele japonês tão bem falado.
Quando ela deu uma pausa, eu levantei o olhar para encontrar-me com o dela. Ao me ver, ela voltou a enrubescer e logo depois desviou o olhar. Não consegui fazer outra coisa a não ser deixar escapar um doce e inocente risinho.
Elichi, Elichi, Elichi, Elichi. Eu só queria chamá-la assim várias e várias vezes, ver aquela reação toda vez que eu pudesse.
- Como estão indo ? - ouvimos a voz do sensei ao nosso lado.
Elichi estendeu-lhe o papel, e ele leu-o com tempo e motivação. Ao ler as últimas frases, assentiu.
- Bom. Muito bom. Acho que deveríamos usar essa idéia dos pares mais freqüentemente...
"Eu também, sensei".
Não se passou muito tempo, até que tocou a campainha que indicava o final das aulas. Eu juntei meus livros e me levantei da cadeira, presenteando Elichi com um sorriso de gratidão, antes de me despedir com um rápido movimento de mão.
Descendo as escadas, eu tive de conter a enorme vontade que tinha de sorrir como uma idiota. Foi difícil, mas a duras penas eu consegui. Quando fiquei a sós, no caminho de volta até o meu lar, me liberei daquela carga e comecei a rir. Eu não tinha muita certeza do porquê, mas me sentia muito feliz. Muito, muito feliz.
- ...Toujou-san, espere !
Eu me virei e algo me fez ficar sem fôlego. Vê-la correndo em minha direção quase fez parar as batidas do meu coração.
- ...O que há ?
Quando ela me alcançou, teve que parar por alguns instantes, para recuperar o fôlego.
- Você deixou cair isto ao sair da classe...
Ela me entregou uma carta de tarô. "Os Enamorados", para ser mais exata. Eu sorri.
- Muito obrigada... Elichi.
Ela voltou a se enrubescer, e voltou os olhos para o chão.
- De nada...
- Ah, a propósito, Elichi...
- Sim ?
- Pode me chamar de Nozomi.
Ela levantou a cabeça e pousou os seus lindos olhos azuis sobre os meus calmos olhos verdes.
- Tudo bem... Nozomi.
N/T 2: Bem, esta é mais uma tradução minha, a primeira de Love Live, e não é de uma fic de capítulo único. Para ser sincero, acho que só em 2017 é que "Da Rússia, com Amor" vai estar com o status de "Complete", pois é a fic mais longa que eu já pedi para traduzir. Ela tem 20 capítulos, ao todo. Eu me dispus a traduzir e postar pelo menos um capítulo por mês - mais de um, eu acho pouco provável, pois tenho outras traduções a fazer - , e pelo menos essa meta eu vou cumprir.
