Hey, sou a Bitch22 e esta é minha primeira fic aqui no . Espero que gostem... Será um misto de romance, mistério, amizade e, sobretudo, ação. Muita ação. Boa leitura aos interessados, 3.

Apenas uma introdução.


Sakura POV:

Essas algemas dão-me um ar deprimente. Não que eu seja a mais contente das adolescentes de dezessete anos, mas, no mínimo, tenho certeza que 90% das garotas da minha idade desfrutam de um estado de espírito consideravelmente melhor que o meu.

Três meses... Esse foi o tempo que precisei permanecer em um reformatório comum para logo despejarem-me para um local pior. Um recorde, segundo algumas "amigas" - se é que posso chamá-las assim – que formei por lá disseram-me. Nunca carimbaram a ficha de alguém e mandaram para o "Segurança Juvenil" tão rápido. O que posso dizer desse nome? Patético. O que posso dizer a respeito? Que não esperava por essa, afinal, há muitos mártires por aí dizendo que o perdão deve ser concedido, porém, pelo que vejo, não é bem assim.

Não no meu caso. No entanto, tudo bem, já estou acostumada a isso.

Após aquele dia, meus destroços ao menos criaram certa resistência, que para muitos pode ser considerada como indiferença, loucura ou sabe-se lá mais o que. Não me importa o que pensam a meu respeito, meu lugar no inferno já está marcado.

Mas essas algemas ainda estão incomodando-me. Pareço uma detenta junto a elas e essa maldita roupa acinzentada. O que ironicamente, ainda nem tenho idade para qualificar-me nesse quesito.

_ Haruno, desça. Chegamos. - o motorista, empregado do meu antigo reformatório, proferiu.

Ele desceu do carro, abrindo a porta para que eu pudesse descer. Coloquei meus pés sobre o asfalto aparentemente novo e evitei olhar meus pés. Esses sapatos brancos também são deprimentes.

_ Sakura, a partir de hoje estará sob o comando da Segurança Juvenil. Tentei lhe avisar, não tentei? Tentei lhe ajudar, não tentei? - Kurenai tagarelava na minha frente, olhando em meus olhos. Todavia, não correspondi seu olhar. Esse lugar não pode ser tão terrível quanto falam. Ou melhor, não deve ser nada no qual eu não me adapte. _ Aqui você aprenderá a ter disciplina. Ande, vá!

Nada proferi, enquanto sua ordem foi seguida de um bom puxão de braço do motorista, o qual tive que aguentar, sendo arrastada até os grandes portões dessa versão maior de reformatório.

Encarei os céus e perguntei-me, por um instante, qual a potência dessas três paralelas de cercas elétricas.

Esse lugar, sem dúvidas, parece mesmo uma cadeia. É, acho que deprimente foi o fato de eu não ter dado-me conta disso antes. Com o passar do tempo, talvez minha mente tenha ficado cada vez mais difusa, complexa até mesmo para mim, sua dona, interpretá-la.

Em questão de poucos minutos atravessei os enormes e pesados portões da Segurança Juvenil, e fui conduzida por um vasto pátio cimentado, onde, após muitos minutos de caminhada, surgira uma grande sede, em formato convencional de reformatório. Formato de desesperança, que eu, após meses de análise, decifrei.

Quatro guardas levavam-me, e assim que me vi diante da entrada da sede, encarei os céus mais uma vez. As nuvens estão clamando por descarregarem-se, por chuva. E foi dessa maneira que tudo começou.

Foi dessa maneira que minha conturbada e inesperada jornada no pior dos reformatórios de Oslo teve início, com o gotejar de uma gélida chuva em meus ombros. E o encontro de meus olhos com outros.

Um par de olhos ônix, entretanto, foi o que de fato prendeu minha atenção.