Hades Legendary Journeys

Na época de Deuses Antigos... Opressores... E... Reis… O povo clamava por um herói... Hades... Um poderoso Rei, forjado no calor da batalha... A força... A paixão... A força... A coragem dele mudará o mundo...

Sins of Past

"Fiz coisas extremamente terríveis em meu passado... Desde então, tento me redimir... Porém... Não sei se os outros me perdoaram pelo que fiz..."

Estava cavalgando... Com Argo, meu cavalo. O vento era seco... As florestas ao meu redor eram frias, ou melhor, elas estavam mortas... Tudo o que via havia morrido para mim... Meu mundo estava sem cor... Apenas via as almas das pessoas que eu havia matado, por pura ganância. Isso era todo o peso de minha consciência... Não importava aonde eu ia... Sempre havia alguma marca de meu passado... De qualquer forma ele me perseguia... Não sabia o que fazer...

Enquanto cavalgava, havia encontrado uma... Vila... Bem, ela estava totalmente destruída, sobravam apenas às cinzas... Encontrei um menino, de aproximadamente 12 ou 13 anos, perambulando sozinho. E perguntei a ele, com uma expressão de dúvida.

— O que aconteceu aqui, garoto?

Com uma expressão de vazio e solidão, o garoto me respondeu de forma um pouco humilde.

— Esta vila, foi destruída por Hades o Conquistador... Ele veio dos Infernos ateando fogo em nossas casas... Meus pais morreram tentando fugir... O senhor teria alguma comida sobrando? Tudo foi perdido...

Ao ouvir tais palavras, fiquei totalmente constrangido e arrependido de tudo... O olhar daquele garoto me mostrava que eu era realmente um monstro... Que eu vinha dos Infernos para matar as pessoas que me perturbassem... Creio que por dentro ainda seja um monstro, porém estou tentando evitar que este monstro me domine de novo. Ao lembrar-me que o menino havia pedido um pouco de comida, não podia deixar de dar um pouco de pão e queijo... Na realidade, há comida havia acabado em praticamente todo o lugar.

Joguei um saco com comida fresca, o garoto sorriu e agradeceu. Senti-me feliz com isso... Pelo menos ajudei aquele garoto.

Continuei cavalgando... Relembrando as coisas boas e ruins. Decidi então visitar, "bons e velhos amigos de guerra" se é que posso chama-los assim agora...

Minha lista de pecados era enorme... É ruim ser o Deus do Submundo, aquele que julga os mortais... Sei de todos os pecados de todas as pessoas deste mundo, inclusive os meus... Meus pecados martelavam minha cabeça... Era uma dor terrível... Minha lista de defeitos é também enorme... Durante este tempo tentei achar uma qualidade... Ainda estou procurando.

Continuando o meu trajeto para Amphipolis, a Cidade aonde eu treinei, com meus "bons e velhos amigos..." . Dei um leve sorriso... Mas logo este desapareceu de meus lábios...

De repente ouvia gritos... Gritos de mulheres e berros de homens... Parei meu trajeto, desci de meu cavalo e fui atrás destes gritos, parei atrás de uma moita para observar, eram algumas mulheres sendo atacadas e alguns fazendeiros as protegendo, enquanto... Espere... Aqueles soldados, com aquelas armaduras... Só podiam ser de Draco. Um humano infeliz, que deseja além de tudo destruir vilas pacíficas para agradar Ares, Deus da Guerra.

Uma menina com cabelos escuros e olhos azul-marinho, saiu da proteção e disse com coragem e força em seus olhos e suas palavras.

— Me leve! Deixe os outros partir!

Outra mulher disse um nome...

— Não! Emanuèle! Não faça isso!

Logo, o que parecia ser um homem fantasiado de guerreiro, pegou-a pelos braços e disse severamente... E de forma bastante nojenta em minha opinião...

— Oras... As mulheres dessa Vila são bastante corajosas... Que tal ensinarmos a esta aqui, que não se deve falar com um superior...

Não podia deixar aquele escrúpulo bater nela com seu chicote, então intervi, ficando na frente da bela donzela, creio que ela era mais bonita que a própria Afrodite. O homem me olhou com raiva e parecia não me reconhecer, ou saber que estava falando com um Deus do Olimpo. Disse de forma agressiva pegando a espada.

— Quem é você? Como ousa intervir em meus assuntos, com esta mulher?!

Disse meu nome de forma alta e clara para que todos ouvissem.

— Meu nome... É Hades, o Conquistador! Não deixarei que faça mal a esta jovem ou a qualquer outro inocente aqui!

O homem se acovardou perante mim e eu disse para a donzela.

— Não tenha medo. Não lhe farei mal, volte para a sua família, não deixarei que estes vermes façam mal a ninguém aqui.

Estava com a mão na espada enquanto os outros homens que de acordo com o que vi eram... 17 homens contra mim... Quanta coragem.

Tirei meu chakram do meu bolso, um presente dado por uma amiga. E o lancei em direção aos homens e depois corri para as árvores, o meu chakram acertou 9 dos homens restavam apenas 8 homens a serem enfrentados...

Pulei até um galho e depois pulei em cima dos homens que estavam correndo atrás de mim, derrubando-os no chão. Eu pegando um bastão, o enfiei no chão e me rodei juntamente com o bastão chutando todos os homens que vinham. Até que um deles cortou uma parte do bastão, e eu cai... Todos gritaram " Ele caiu! Vamos" O homem que se chamava Draph pelo que eu vi, retirou a espada de sua bainha e a colocou na minha cara, aquela donzela viu que tinha deixado minha espada cair, e gritou:

— Hades! Pegue!

Ela lançou a minha espada e eu a peguei, dando um leve sorriso, lancei a espada de Draph para cima, ela havia parado num tronco de árvore. Draph saiu correndo juntamente com os outros homens que estavam ao seu redor, dizendo as mesmas coisas de sempre... " Irei me vingar... Irei te derrotar da próxima vez..." e blá blá...

— Podem ir covardes!

Dei um leve sorriso de vitória... Logo depois me voltei para a donzela que havia salvado, com um leve sorriso... Ela me retribuiu dando uma leve risada e seus olhos brilharam... Depois que Perséfone havia me deixado não havia aparecido nenhuma ou qualquer outra mulher por quem eu me interessei. Mas esta mulher, me chamou a atenção. Ela deu alguns passos na minha direção e me disse de forma carinhosa.

— Obrigado por ter me defendido... Você foi muito corajoso. Pode se reabastecer na nossa aldeia, ela é aqui perto.

Aceitei o pedido, fazendo um sinal com a cabeça. Ela pegou a minha mão e me levou para a sua casa, onde eu descansei um pouco... Eu tirei minha armadura... Ela pesava mais do que nunca... Fiquei com Mythrill, minha segunda armadura que parecia mais uma blusa, mas era indestrutível. E tirei mais um pouco do armamento, alguém havia batido na porta e eu respondi.

— Pode entrar...

Era a donzela, a bela donzela que havia salvado. Ela trazia um jarro de água e um pouco de comida. Ela humildemente pôs o jarro e a comida em cima da mesa e disse constrangida.

— É... Meu nome é... Emanuèle... Pode me chamar de Manu... Eu vim aqui trazer um jarro de água e um pouco de comida... Você deve estar com fome e um pouco de sede... Então... Bem... Qualquer coisa é só chamar...

Não podia deixar ela sair daqui... Eu realmente queria conhece-la melhor, então disse numa forma calma e tranquila.

— Pode ficar... Se quiser é claro.

Ela sorriu pra mim e eu retribui. Depois de longos minutos nos olhando, entrou um homem, que parecia ser o chefe da Vila dizendo...

— Hades, nós agradecemos muito o que fez por nós... Mas você deve partir... Filha... Venha pra cá...

Como sempre, eu era expulso dos lugares... Já estava acostumado com isso, antes de responder a jovem disse de forma indignada.

— Mas papai, ele me salvou... E salvou outros aldeões! Não pode trata-lo assim...

Antes que começasse uma discussão, me intervi e disse.

— Tudo bem... Já estava indo embora mesmo... Apenas vestirei minha armadura e irei embora, não se preocupe...

O pai da jovem, fez um sinal com a cabeça e foi embora... Logo peguei minhas coisas e comecei a me vestir novamente. Depois que vesti toda a armadura, a jovem iniciou uma conversa...

— Aonde vai?

— Para Amphipolis.

— Qual caminho irá pegar? Eu adoro estudar os mapas... As outras garotas pensam que é perda de tempo, mas para mim é fascinante.

Dei um leve sorriso, e a olhei dando uma leve risada...

— Nem pense nisso... — Estava óbvio o que ela iria fazer, não queria que viesse... Comigo... Apesar de gostar dela, não queria deixa-la correr perigo.

— Pensar em que? Não estava pensando em nada... — Neste momento ela fez uma cara de inocência, mas é claro que estava fingindo.

— Em me seguir...

— Por favor Hades... — Ela se levantou e parou na minha frente... — Viu como meu pai é ignorante... Por favor, não nasci para ficar aqui, mereço uma vida cheia de aventuras e perigos... Por favor leve-me com você...

Eu quase cheguei a ter pena dela, poderia ter dito sim...

— Não... Eu viajo sozinho... É melhor ficar aqui... Onde é seguro. Sabe aqueles homens que enfrentei hoje? Então, eles podem vir atrás de mim novamente, talvez eu não consiga desta vez me proteger e proteger à você. Não quer despertar minha ira, não é?

A jovem olhou-me com tristeza, tive que sair de lá o mais rápido possível, não queria vê-la desta forma, me certifiquei de que havia pegado tudo, meu chakram, minha espada... Ainda tinha um pouco de comida sobrando, dava para dois dias no máximo... Em Amphipolis poderia reabastecer...

Montei em meu cavalo e cavalguei... Seguia em frente... Sem olhar para trás... E logo trajei meu caminho para Amphipolis, porém, no caminho encontrei um acampamento, este não era qualquer acampamento, era o acampamento de Draco. Podia ouvi-lo berrando com seus soldados. Eu admito isso era irritante. Logo ouvi algumas palavras que me interessaram... Ele dizia para os homens atacarem a vila novamente... Não podia permitir isso!

Entrei no acampamento, parando em frente a ele e disse.

— Olá Draco, há quanto tempo... Não vai atacar a outra vila! — Draco era um dos membros dos heróis, há muito tempo atrás... Assim como eu era, mas como eu, foi consumido pela ganância e virado um mercenário sanguinário. Igual a mim.

Ele disse na forma arrogante.

— Olá Hades... Há quanto tempo? Não fiquei mais ouvindo falar sobre as suas conquistas... O que foi? Decidiu voltar... Para Amphipolis e pedir perdão? Acredite eu já tentei... Mas meu pai veio tentar me matar com um martelo de ferreiro. Acredite terá o mesmo tratamento. Não tenho mais interesse naquela vila.

Nem liguei para as últimas palavras daquele homem... Nem o conhecia mais...

Voltei a estrada e continuei meu trajeto para Amphipolis... Depois de um tempo, finalmente cheguei na entrada de Amphipolis... Nela estavam algumas mulheres colhendo trigo e cantando, dei um leve sorriso. Eu finalmente estava em casa.

Cheguei perto do bar de meu antigo amigo, Hércules. Desmontei de meu cavalo e entrei no bar... Todos me olharam com desconfiança e medo, se fez silêncio. Até que Hércules saiu da cozinha e veio para o bar e me viu. O rosto de decepção e tristeza dele eram a morte para mim... Um homem que me ensinou a viver, que me treinou, que era igual a um pai pra mim... Eu tinha largado tudo pela ganância... O que eu tinha feito... Apenas algumas palavras saíram de minha boca...

— Hércules...

Ele num movimento tirou a minha espada de minha bainha e a empunhou, todos os outros se levantaram e ficaram perto da porta de saída, Hércules me olhou e olhou a espada e disse secamente.

— Armas não são permitidas aqui. — Deixou a minha espada em cima do balcão e voltou a fazer o que estava fazendo, os outros aldeões sentaram-se novamente em seus lugares e começaram a conversar e eu fui atrás de Hércules...

— Hércules tenho que conversar... Com você...

— Não temos nada para conversar Hades! Amphipolis não é mais a sua casa! Saia imediatamente daqui!

— Por favor, Hércules! Eu vim aqui pedir perdão...

Ele me cortou e disse severamente.

— Perdão? Acha que depois de tudo o que fez, vai conseguir perdão? Como se sente em relação ao que fez? Encontrou alguma coisa? Em suas conquistas? Sim, eu ouvi falar de você e de suas conquistas miseráveis... — Hércules quebrou um copo de tanta raiva, e eu estava completamente destruído, era como levantar a mão contra o próprio pai. Meu coração se enchia de arrependimento e a dor em minha cabeça começava a aparecer.

— Hércules... Eu... Era a única coisa em que... eu pensava que pudesse conseguir... Eu estava cego... Eu abandonei minha família... Eu perdi tudo... Por favor Hércules, me perdoe.

Hércules com frieza em seus olhos disse.

— Você não tem mais família, vá embora daqui. Não te reconheço mais... Não volte.

— Hércules... Por favor, eu sou o mesmo menino que chegou aqui... Antes das conquistas, antes da ganância... Antes... Veja em meus olhos Hércules... Por favor... Estou tentando me redimir...

Hércules olhou profundamente em meus olhos azuis... E pôs a mão em meu rosto... Porém um homem veio correndo dizendo.

— Hades saia daqui! Tem soldados ateando fogo na parte sul da cidade! Eles carregam a sua bandeira!

Hércules logo retirou suas mãos e voltou a mesma expressão de antes... Logo ele resmungou...

— Eu sabia... Eu não vou interferir, façam o que quiserem com ele!

Todos os aldeões fecharam a porta de saída e ficaram em torno de mim e eu sem encostar em minha espada disse.

— Um deus armado é difícil pra vocês... — Larguei a espada — Talvez, eu desarmado seja páreo pra vocês! Se vinguem, a vingança é doce!

Uma garotinha atacou uma pedra no meu tórax, nem havia doído, depois todos os outros aldeões começaram a atirar pedras... Logo eu vi a jovem que havia conhecido e me apaixonado entrando na frente e dizendo.

— Parem! Vocês são malucos?

Fiquei muito bravo por ela ter vindo aqui... Só por que havia pedido para ela não me seguir... Porém... Não disse nada apenas olhei... Porém, ela continuou falando...

— E se ele... for... Aliado do Draco... Matá-lo seria condenar vocês mesmo a morte?

Os aldeões repensaram antes de me matar e depois o líder disse.

— Você deve retirá-lo daqui.

Emanuèle fez um sinal com a cabeça e me puxou para fora do bar e eu olhei pra ela com raiva.

— O que foi? Posso muito bem viajar sozinha... Não significa que eu te segui...

Arregalei uma sobrancelha e olhei em dúvida e logo disse...

— Vai vir atrás de mim, aonde quer que eu vá? Não é?

— Sim.

— Pois muito bem... Precisamos armar um plano para surpreender Draco...

Logo... Planejamos um plano, tenho que admitir ela é muito boa e inteligente. Por isso gosto dela... Fiquei fazendo um olhar de apaixonado... Por um longo tempo... Creio que ela havia percebido isso...

— Ei? — Falou carinhosamente e, me deu um beijo em minha bochecha e eu fechei meus olhos foi um beijo longo e demorado.

Depois abri meus olhos e disse a ela, num modo romântico.

— Você é mesmo uma graça... Gosto muito de você... E... — Ele pôs o dedo indicador em meus lábios e disse com uma delicadeza...

— Shh... — Ela em seguida me deu um beijo doce e suave, eu realmente gostei muito de tê-la beijado... Realmente ela era uma mulher fascinante... Espero poder tê-la ao meu lado em minhas batalhas. Porém eu sabia que o tempo estava correndo e Draco já poderia ter chegado à Amphipolis.

— Ei... Precisamos ir... Fique perto de mim... Ok? — Ela ressentiu e me deu um selinho.

— Vamos... — Disse ela com entusiasmo.

Eu e ela fomos até o centro da aldeia, onde ficava uma grande casa que cabia toda a população de Amphipolis... Ainda estava chateado por ter decepcionado Hércules. Mas eu não posso culpa-lo, ele não pode ver meu coração.

Chegando na Grande Casa, Draco estava de pé, agressivo e feroz, como se fosse um animal batendo nos inocentes, as palavras que saíram de sua boca foram tão agressivas...

— Onde está Hades, o Conquistador? — Alguns de seus homens pegaram o líder da Vila e o jogaram no chão, isso me deu raiva, porém, estava esperando o momento certo.

— Então velho... — Disse Draco de forma rude e violenta — Onde está Hades, o Conquistador? Não vou perguntar novamente... Ou fala, ou morre! O que você prefere? Hein?

O velho se ajoelhou perante Draco pedindo perdão e disse humildemente.

— Ele partiu... Não está mais conosco... Ele foi embora... E foi embora com uma garota...

Draco estava prestes a matar aquele homem e eu disse numa forma um tanto desafiadora.

— Ele não está mentindo Draco... Eu fui embora e voltei.

Draco olhou-me com um sorriso em seus lábios, sua feição é de que queria uma luta... Ele deu uma leve risada e disse.

— Local.

Já entendia perfeitamente o que ele queria dizer, um local para a luta e ele escolheria as armas.

— No suportes de andaime ali em cima.

Draco nem pensou duas vezes, ele sabia que se fosse uma luta com armas cortantes eu o mataria.

— Bastões.

Um de seus homens me jogou um bastão e outro jogou para Draco, antes dele ir para o local ele disse.

— O primeiro que tocar o chão morre... Vocês dois, atirem no primeiro que tocar o chão.

Draco rapidamente foi para os suportes, com a ajuda de seus homens deu um pulo e conseguiu chegar lá em cima.

Já eu... Tinha que me virar para subir, então, com o bastão, bati na barriga de um dos soldados de Draco e, dei um pulo nas costas do mesmo e outro pulo para chegar nos suportes.

Draco tentou atingir minha cabeça com o bastão, porém me defendi colocando o bastão no meio de minha cabeça, comecei a lutar também.

Bati na barriga de Draco com o bastão e depois nas pernas e assim sucessivamente, depois Draco bateu nas minhas costas e eu admito doeu... Doeu até minha alma... Bati meus dentes uns nos outros de dor... Fiquei um pouco atordoado e furioso. Quando voltei ao meu estado normal.

Com meu bastão, bati bem no órgão genital dele... Ele pareceu ficar zangado... Manu estava perto da porta de saída... Por um momento olhei pra ela e me distrai. Isso foi meu erro.

Draco percebeu minha distração e me empurrou, quase caí no chão porém o suportes de andaime me salvaram... Draco inutilmente tentou bater no bastão para parti-lo ao meio, depois minhas mãos...

Me balancei e fui para as pessoas que estavam atrás de mim e fiquei apoiado com meus pés nos ombros de um cidadão. Draco me vendo apoiado no cidadão foi também para a população e ficou apoiado nas cabeças de dois homens.

Começamos a lutar com nossos bastões, porém, logo percebi que deveria atingir seus pés e não a parte do tórax, ou os braços.

Bati com meu bastão nos pés de Draco, ele caiu para trás, porém, um de seus homens o empurrou novamente para frente.

Achei isso uma traição ao acordo, porém, não reclamei. Enquanto eu estava lutando, percebi que Hércules estava lá no meio das pessoas.

Me olhando com medo de que eu perdesse e que confiava em mim. Isso me incentivou muito, ele olhou em meus olhos e viu que o que eu tinha dito era verdade. Passei a lutar com mais vigor.

Empurrei novamente Draco para o fim da linha, porém, novamente o soldado o empurrou para cima. Logo foi lutar comigo novamente, porém, percebi que Manu ficara esperta com o soldado que estava ajudando Draco.

Lutamos novamente. Como sempre eu o empurrei para o final da linha, mas, Manu deu uma rasteira no soldado que ajudara Draco.

Consegui atirar Draco no chão, consegui ficar em cima dele, pondo os meus pés no seu peitoral e pondo a ponta do bastão em sua garganta e digo.

— Não vai atacar essa Vila... Jure por Ares, Deus da Guerra.

Draco olhou-me com raiva porém disse.

— Eu juro... — Ele tossiu um pouco — Por Ares.

Dei uma cambalhota para trás e Draco se levantou rapidamente, Manu fez uma expressão preocupada e gritou.

— Hades! Cuidado!

Logo Draco atacou uma adaga e quando me virei era um soldado tentando me matar.

— Trato... É trato. — Draco disse isso na forma convincente.

Draco saiu da Grande Casa e levou todos os seus outros homens restantes. Manu veio correndo até mim e num pulo me abraçou e eu me senti muito feliz, logo que olhei para trás, vi Hércules se aproximando de mim. Fiquei com um aperto em meu coração, ele pôs a mão em meu ombro e disse.

— Bem-Vindo de volta "filho". Voltou pra casa... Eu te perdoo.

Ouvir estas palavras foram tão emocionantes, que quase deixei jorrar uma lágrima, porém, não deixei.

Disse numa voz de tristeza e perda.

— Eu... Não posso ficar aqui... Preciso ir...

Hércules ressentiu e disse, como sempre, suas palavras eram sábias.

— Eu sei disso. Você não serve para ficar parado, gosta de aventuras e perigo. Igual á mim. Isso eu jamais poderei retirar de você, mas confesso que sentirei saudades de você. Muitas saudades.

Dei um grande abraço em Hércules e ele disse numa forma sarcástica.

— A garota é bonita... E gosta de você, fique com ela. Entendeu?
Dei uma leve risada e disse .

— Com certeza.

Depois disso voltei a ficar ao lado de Manu e fui embora, montei em Argo e levei Manu comigo na garupa fui para longe e disse a ela.

— Eu vou enfrentar muitos perigos daqui pra frente. Tem certeza de que quer vir comigo?

Manu encostou sua cabeça em minhas costas e disse, ela parecia cansada e exausta.

— Sim... Aonde quer que você vá, eu irei. Não importa o que aconteça. Sempre estaremos juntos. Não é? E sempre seremos amigos? Promete.

Eu diminui um pouco a velocidade e disse na forma romântica.

— Sempre estaremos juntos, não importa o que aconteça. Sempre, independente do que digam, sempre seremos amigos. Eu prometo e cumprirei cada palavra que disse hoje e agora.

Ela deu um leve sorriso e depois disso adormeceu. Eu continuei cavalgando e cavalgando... Muitas jornadas estavam por vir.