Bons tempos

Capítulo 1: Cartas

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                Anne andava para lá e para cá em sua casa. Seus pais não haviam acordado ainda, e seu irmão de dois anos estava brincando com os bonecos dele. O motivo de tanta andação era porque ela havia recebido, não fazia muito tempo, uma carta entregue por uma coruja. Nela havia escrito um bando de coisas, de que ela possuía uma vaga num tal colégio que era de bruxos e tal. Ela resolveu ir fazer seu café e do irmão, que não parava de atormentá-la para que ela o fizesse logo. Passaram alguns minutos e sua mãe acordou. Ela foi até ela e disse:

              - Mãe, eu recebi uma carta de uma coruja de um col..... 

              - Minha filha, só pode ser que você vai para Hogwarts!! Que bom, na sua idade eu fui para outra escola, mas o meu primo, o seu padrinho, foi para lá. Vamos ligar imediatamente para ele para você saber como é.

              Anne olhou para mãe, que parecia estar mais feliz que ela, e disse:

              - Mãe, por acaso o seu grande sonho foi entrar para essa escola? E já que ele não se realizou você desejava que eu ou meu irmão fôssemos?

             A Sra. Maxweel parou de falar e a pular feito uma criança no mesmo instante e disse à Anne:

              - Sim, minha filha, esse era o meu sonho. Você acertou, está ficando mais esperta a cada dia. Eu vou dar a você de presente a tal coruja que você queria, já que você foi chamada para Hogwarts!

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                 Lily acordara com um grito de sua irmã. Ela desceu ainda com sono e perguntou:

                 - O que ouve?

                 Foi quando ela viu uma coruja circular no ar e deixar uma carta do lado do copo de seu pai, que parou de ler seu jornal e pegou a carta. Lily, curiosa, perguntou:

                  - Para quem é?

                  Seu pai olhou para ela e disse:

                  - Para você! 

                  Lily abriu a carta e leu. Nela dizia que ela possuía uma vaga na maior escola de bruxaria do país, Hogwarts. Ela levou um susto, mas depois a fechou e disse:

                  - Deve ter alguém brincando comigo, só pode ser!

                  Petúnia pegou a carta e leu em voz alta. Todos riram, Lily riu, mas no fundo ela estava pensando: "eu quero ir para essa escola, não é para rir, eu quero muito ser bruxa!"

                  O pai de Lily, Frank Evans, parou de rir quando olhou a janela e viu outra coruja, que entrou e deixou outra carta. Ele leu e disse:

                  - Parece que eles não tão brincando, eles estão até dizendo aonde é e aonde se compra o material. Lily, minha filha parece que você é uma bruxa! Que bom, temos uma bruxa na família!!

                   Lily pareceu ter um choque. Ela olhou para o pai, que disse:

                   - Pai, você tem certeza? Eu não posso ser uma bruxa, você e a mamãe não são, e a Petúnia também tinha que ser também!

                   - Lily, nem sempre a família toda é bruxa. De qualquer jeito, vamos hoje mesmo à esse tal lugar, pois eu quero saber como é. Vá se arrumar.

                    Lily obedeceu e subiu para o seu quarto. Vestiu uma calça e uma blusa larga, pegou sua sapatilha na cozinha e foi até seu pai, que a estava esperando. Quando a viu, disse:

                    - Vamos? 

                     Lily nunca estivera tão ansiosa e disse, abrindo a porta e entrando no carro:

                     - Sim!

                     Os dois entraram no carro e foram até Londres. Chegando lá, Frank estacionou o carro em frente a um bar sujo, com um letreiro já gasto, onde estava escrito "O Caldeirão Furado". Ela ficou confusa com tudo aquilo e olhou para o pai, que fora lá dentro e voltara com um sorriso. Perguntou:

                     - Pai, nós vamos fazer compra nesse bar?

                     Frank a ajudou sair do carro e disse, enquanto a levava para dentro:

                     - Não. Siga-me que eu te mostrarei o caminho. Um senhor se ofereceu a nos ajudar.

                    Lily ainda não estava entendendo nada. Resolveu seguir o pai. Quando entrou no bar, viu várias pessoais esquisitas, a maioria usava capas com cores fora da moda. Ela olhava para tudo com muita curiosidade, até que seu pai parou em frente a um homem que parecia ser o dono e gerente do bar. O Sr. Evans falou algumas coisas com ele e depois se virou a um senhor, que pediu para o seguir. Lily e seu pai foram guiados até uma parede de tijolos, e ela nessa hora pensou: "pronto, estamos num beco sem saída com um velho que parece estar falando com a parede." Ela olhou para o pai, que sorria alegremente. O senhor tocou alguns tijolos com o que parecia ser uma varinha, e como num passe de mágica, apareceu um buraquinho, que foi se alargando, se alargando, até que finalmente, o muro desapareceu por completo, dando lugar a uma rua muito movimentada. Ela viu um arco em cima de suas cabeças e ouviu o senhor dizer:

                    - Bem vindos ao Beco Diagonal!

                   O senhor sorriu para ela, que queria perguntar-lhe como era Hogwarts e se ele conhecia, mas foi puxada pelo pai, que parecia mais encantado do que ela. Ele a levou a um banco, que, segundo ele, se chamava Gringotes. Quando entrou tomou um susto. Viu vários duendes, mas os achou feios e preferiu não olhar para eles. Frank foi até um e começou a falar com ele. Lily viu seu pai sorrir e pegar um saquinho dourado cheio de moedas. Eles saíram do banco e foram até uma loja de livros, que possuía um letreiro dizendo "Floreios e Borrões." Lily, quando entrou, ficou fascinada com um livro chamado "Saiba como jogar um feitiço em seu irmão (ã) sem que seus pais percebam". Quis muito comprar, mais seu pai disse que não. Ela então resolveu pegar um chamado "Hogwarts, uma história", não queria chegar lá e não saber nada. A loja seguinte à qual seu pai a levou era uma que vendia roupas, o letreiro em cima informava: "Madame Malkin, roupas para todas as ocasiões". Ela entrou e viu uma mulher com vestes violetas, que chegou perto dela e disse:

                        - Hogwarts, querida?

                        Lily, timidamente, fez que sim com a cabeça. Ela sorriu e falou:

                        - Vá até ali no fundo da loja e espere numa das cabines. Tem uma menina que vai para Hogwarts também, porque você não conversa com ela?

                       Lily obedeceu e foi até a tal cabine. Quando chegou lá viu uma menina de cabelos loiros, escuros e lisos, que perguntou:

                       - Para que casa você quer ir?  

                       Lily ficou quieta... ela não sabia nada de Hogwarts e ficou pensando em que responder, mas ela nem teve muito tempo, pois a garota recomeçara a falar:

                       - Eu quero ser da Grifinória, meu pai foi de lá. Sabe, eu acho um absurdo minha mãe não deixar eu levar minhas caixas de maquiagens, de cremes, minhas roupas então! Não vai dar para levar nem o terço delas. Esse colégio deve ser um saco.

                        Lily decidiu falar, estava doida para acabar logo com aquela conversa, pois não gostara nem um pouco da garota:

                        - Sei lá, eu não sei o que eu vou levar para lá ainda, eu vou fazer minhas malas um dia antes de partir.

                        A menina resmungou umas coisas e disse:

                        - Sua mãe não deixou você levar suas maquiagens também, né querida? Pode deixar, a minha amiga que também vai para lá vai levar a dela, aí nós podemos usar.

                       Lily ia responder que não usava maquiagem, e nem queria usar, mas nesse momento a senhora Malkin chegou dizendo que a roupa da garota estava pronta. Ela deu tchau para ela, e Lily gentilmente retribuiu o aceno. Horas mais tarde, quando ela e seu pai já haviam comprado tudo que faltava, foram tomar um sorvete. Na hora o Sr. Evans tomava um milkshake enquanto Lily saboreava um delicioso sundae. Ele sorriu para sua filha e disse:

                        - Afinal, Lily querida, que bicho você vai querer: um gato, uma coruja ou um sapo?

                        Ela fez uma cara pensativa e disse:

                        - Um gato.

                         Frank sorriu e disse:

                        - Sabe Lily, eu tinha um vizinho que adorava brincar de bruxo comigo. Ele e eu brincávamos quase todos os dias, até que quando nos tínhamos onze anos, ele foi para uma escola e eu só via ele nas férias. Agora eu entendo porque ele gostava de brincar tanto de bruxo, ele era um. Lily, saiba que eu tenho orgulho de você, eu sempre quis ser bruxo e ter uma bruxa na família é uma honra.

                     Lily sentiu-se corar e disse:

                     - Obrigado papai. Por deixar, eu serei uma boa bruxa.

                     Ele sorriu e disse:

                     - De nada, filhota.

                     Os dois compraram um gato de pelugem marrom e branca, e foram para casa.

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                    Na Mansão dos Black estava tudo normal. O filho da família estava com o Sr. Black, o pai da família. Os dois estavam no campo jogando quadribol, o esporte dos bruxos. A Sra. Black estava em seu escritório particular e odiava quando alguém entrava sem permissão. Ela ouviu alguém bater na porta e mandou entrar. Um elfo doméstico entrou com uma carta na mão e disse:

                     - Senhora, acabamos de receber essa carta para o Sr. Sirius.

                      Ela rapidamente pegou a carta e disse com um sorrisinho:

                     - Chame ele e o pai imediatamente para cá.  

                     O elfo saiu e foi até o campo chamando-os. Os dois foram até lá e quando chegaram, o Sr. Black perguntou:

                      - O que ouve, Letícia? Por acaso estão me chamando de volta para o trabalho? - disse ele, mas se surpreendeu quando sua mulher sorriu e respondeu:

                      - Não, querido, essa carta não é do seu trabalho. Sirius, a carta é para você, abra! - disse a Sra. Black sorrindo e dando a carta a Sirius, que pegou e a abriu. Ele leu e, olhou para a mãe e disse:

                      - O que essa carta tá dizendo é verdade!?

                      - Deve ser, meu filho!

                      Sirius sorriu e começou a pular feito uma criança de 4 anos, muito alegre. Enquanto isso, seu pai pegou a carta e leu, e depois, com um sorriso satisfeito estampado no rosto, olhou para o filho e disse:

                       - Ah filhão, que bom, você vai para a mesma escola que eu fui na sua idade. Sua mãe também foi para lá!

                        Falando isso, ele abraçou o filho e o rodou nos braços, dizendo:

                        - Que bom, vamos comprar o material assim que voltarmos da viagem que vamos fazer amanhã.

                       Sirius estava muito feliz. Ele sorriu e disse:

                       - Pai, posso ver com o James se eu posso ir com ele?

                       - Claro, se ele não for durante a nossa viagem.

                       Sirius olhou para o pai e disse mudando de tom de voz:

                       - Pai, o James vai durante a nossa viagem, pois ele só poderá ir enquanto o avô dele estiver aqui. Não dá para eu ficar na casa do James e você e mamãe viajarem?

                        - Não meu filho, porque eu quero aproveitar o tempo que eu tenho para ficar com você e sua mãe. Infelizmente não dá.

                        - Ahhh, porquê, pai?

                        - Porque eu quero ficar com você e sua mãe nas minhas férias, e ponto final. Você vai conosco!

                         O Sr. Black não gostava de brigar com o filho, mas não havia outro jeito. Sirius, com raiva do pai respondeu:

                         - Está bem, Sr. Ruphus Black!

                         Sirius falou isso e bateu a porta com raiva e foi para o seu quarto. Chegando lá, ele jogou seu bastão de quadribol para o chão e quase acertou no abajur. O quarto dele era enorme, e cheio de pôsteres de times que acenavam para ele, exibindo sempre uma taça. O quarto tinha várias estantes, uma escrivaninha imensa, e uma cama parecida com a de um príncipe, e que era coberta por um mosquiteiro. A cama era grande, quase o dobro de uma cama de casal comum. O armário então era enorme, devia ter quilos de roupas ali, sem dizer que ocupava dois espaços da parede. Sirius tirou o sapato, jogando-o para qualquer lugar, e deitou na cama, enfiando a cara nos milhares de travesseiros, socando alguns e dizendo:

                          - Eu odeio o meu pai, ele é um idiota, chato e...

                         Sirius ouviu alguém bater na porta. Mandou entrar. Um elfo entrou perguntando:

                        - O que o senhor deseja lanchar?       

                         Sirius respondeu qualquer coisa e foi até ao telefone, ligar para o amigo dele, James.Sua mãe tentava manter coisas trouxas na casa o telefone er auma dessas coisas.

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                        James naquele dia acordara tarde e descera para a sala de café da manhã. Chegando lá, viu sua mãe com algumas cartas na mão. Ele se sentou, ainda bocejando na mesa. Foi quando ela sorriu e disse:

                        - Carta para você, James!

                        James pegou rapidamente e leu. Deu um pulo de felicidade e falou, gritando:

                        - Mãe, eu fui aceite em Hogwarts! Eu fui aceite em Hogwarts!

                        A mãe dele sorriu alegremente. Seu pai, Jonh Potter, entrou na sala, e ouvindo tudo, disse:

                        - Que bom filho, você vai para a mesma escola que eu! Isso é muito legal!

                        O avô de James, que estava sentado perto tomando seu chá, disse com um sorriso maroto:

                         - James, mal posso esperar para ensinar-lhe umas brincadeiras para você usar na sua nova escola.

                       Ele sorriu para o avô, enquanto seu pai dizia:

                     - James, você vai amar Hogwarts, e as "brincadeirinhas" do seu avô. Ele me ensinou umas bem legais quando eu era da sua idade. Ainda me lembro como eram.

                     Falando isso ele começou a rir, mas parou quando a Sra. Potter lhe lançou um olhar severo, que foi o suficiente para ele ficar sério e dizer:

                      - Que tal irmos comprar seu material sábado?

                      - Claro, está ótimo! Pai, posso ver com o Sirius se ele pode vir junto?

                       - Claro que sim!

                       James ia pegar uma coruja para enviar uma carta para o amigo, quando um elfo veio com uma na mão, dizendo:

                       - Carta para você, Sr. James. É do Sr. Sirius.

                       James pediu licença e foi para o quarto, aonde ele poderia ler com mais calma a carta de seu colega .

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                       Remus já estava acordado há tempos e já ajudara a mãe a fazer o café. Foi quando viu seu pai, que acabara de descer.

                       - Filho, quer jogar xadrez comigo, assim que eu acabar de tomar meu café da manhã?

                       - Claro, papai!

                     Charles Lupin sorriu e olhou para sua mulher, que sorria para ele também, mas não era um sorriso de alegria, era um sorriso de consolo. Remus olhou para os dois e, entendendo aquele olhar, disse cabisbaixo:

                       - Desculpa mamãe e papai, sei que vocês esse ano esperavam receber uma carta de Hogwarts, mas graças a mim e meu problema vocês não vão.

                        Julie foi até o filho e o abraçou, enquanto Charles dizia:

                        - Não, Remus, não é isso, você não tem que se desculpar.

                        Os Lupins estavam num momento deprimente, quando uma coruja entrou e deixou uma carta ao lado do pai. A Sra. Lupin perguntou ao marido:

                        - De quem é, querido?

                        O Sr. Lupin começou a chorar baixinho enquanto lia. Depois de lê-la enfiou a cara nas mãos e disse, com a voz abafada:

                         - Grande homem, ele! Grande homem, Dumbledore!

                        Remus pegou a carta e viu que era para ele e leu. A cada palavra que lia tinha mais vontade de chorar de alegria. Quando terminou de ler, ele disse a mãe, pulando e chorando, tal era a sua felicidade:

                       - Mãe, eu fui aceite em Hogwarts, mãe, eu fui aceite!!!!

                        Ele abraçou a mãe, que depois de o abraçar leu a carta e viu que seu filho estava certo. Abraçou o filho e o marido. Os três choravam de alegria e emoção. Charles sorriu para o filho e disse:

                         - Vamos para Londres comprar seu material amanhã mesmo, que tal filho?

                         - Claro, pai!

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                       Peter acordara com sua mãe, o balançando e dizendo:

                       - Acorda Peter, chegou uma carta importante para você!

                        - Tá mãe, já vou ler.

                        Ele se sentou na cama e começou a ler, com uma preguiça enorme. Quando terminou, deu um pulo da cama e disse para mãe, a abraçando:

                        - Mãe, eu fui aceite em Hogwarts!!! Papai tem que saber disso!

                       - Você conta para ele depois. Parabéns filho!

                    Peter desceu para tomar o seu café, sorrindo como nunca.      

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                      Lucy estava vendo TV quando sua mãe a chamou, dizendo:

                      - Carta para você, querida!

                      Lucy apanhou a carta rapidamente e leu. Ela deu um pulo e foi até a mãe, que estava na cozinha:

                      - Eu recebi uma carta dizendo que eu fui aceite em Hogwarts!

                       O Sr. Smith, que estava sentado na mesa da cozinha, sorriu para a filha, e a abraçando disse:

                      - Quer dizer que a nossa menina agora vai para Hogwarts? Ah, que bom, daqui a pouco é você, né Henry!?

                      Um garoto de cabelos loiros entrara e dissera:

                       - Claro, só que eu vou ter que esperar mais 5 anos!  

                      Lucy deu a língua para o menino e falou:

                      - O que é bom, senão eu não ia agüentar você!

                       A Sra. Smith foi até aos dois os separando, e disse para Lucy:

                      - Bem querida, parabéns, eu não sou bruxa, mas desejo muita sorte para você e posso dizer que Hogwarts deve ser ótimo!

                       Harold, o pai, disse:

                      - Vamos comprar seu material no Beco Diagonal.

                      - Claro!

                      Dizendo isso, Lucy subiu para seu quarto e deitou na sua cama, sorrindo e dizendo para si mesmo:

                      - Eu vou para Hogwarts! Eu vou para Hogwarts!

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                      Anne estava sentada na sua escrivaninha, quando ouviu sua mãe a chamar. Ela desceu até a sala e perguntou o que a mãe queria, e foi então que ela viu seu padrinho, que lhe disse:

                     - Anne, minha querida, suba e arruma sua mochila para a gente ir fazer um passeio!

                      Falando isso, ele pegou o irmão de Anne no colo e lhe disse:

                       - E aí meu camarada, como vai, quando o titio aqui voltar do passeio com sua irmã ele traz um bando de presente para você, tá!?

                        O irmão de Anne deu um sorriso de criança feliz, o que fez Anne dizer quando voltou do quarto - É né, Anthony, você tá bem feliz, já que o meu padrinho vai trazer presente, né!?

                         Anthony deu um sorrisinho de criança pegada no ato que fez Anne gargalhar. O padrinho William riu deles e disse para Anne:

                          - Vamos, Anne!

                          Anne obedeceu seu padrinho e se despediu de seu pai, que estava terminando de fazer um projeto do trabalho dele. O pai de Anne se chamava Juan, ele era filho de um brasileiro e uma inglesa. Ele não era bruxo, era um trouxa, mas não se incomodava com o fato de sua mulher e sua filha serem (ele ainda não sabia se Anthony era ou não). Mas ele não gostava de ficar perto nas horas que elas conversavam sobre isso e sempre arrumava um jeito de ir para o escritório. Ele beijou a filha na testa e deu tchau para ela, que agora beijava o irmão na bochecha. Depois abraçou a mãe e deu-lhe um beijo carinhoso em sua face. Logo após, ela e seu padrinho já haviam entrado no carro. William sorriu-lhe e disse:

                         - Que tal irmos comprar suas coisas sábado?

                         - Claro! Eu vou ter o maior prazer em ir com você, dindo!

                         - Tá bom, então está resolvido, vamos Sábado. Bem, agora vamos lá na minha casa para podermos conversar um pouco, aí eu falo para você algumas coisas de Hogwarts. Depois podemos ir no Shopping e você vai poder comprar tudo que você quiser, que tal?

                          - Ah, pode ser!      

                          Os dois foram para casa de William. Quando Anne avistou a casa do padrinho tomou um susto, ela nunca tinha ido lá antes. Ela sabia que o padrinho trabalhava muito e recebia um ótimo salário, mas mesmo assim ela não imaginava que ele morava numa mansão. Ela, meio abobada, entrou e logo vários elfos, que vieram perguntando se ela desejava alguma coisa, e outros querendo realizar as vontades dela. Anne ficou surpresa com aquilo, afinal ela que nunca tivera esse conforto todo. William sorriu para a afilhada e disse:

                           - Vamos para sala de lanche, para conversarmos enquanto comemos.

                            Anne, ainda olhando para tudo, concordou com a cabeça. Ela e o tio lancharam e conversaram animadamente. Depois disso, eles foram ao Shopping, aonde ele deu a Anne vários livros, e algumas revistas que Anne pedira muito envergonhada. Ele também comprou algumas cassetes e discos para ela. De noite ele a deixou em casa, mas antes dela sair do carro, ele disse:

                           - Anne, não sei se você sabe, mas você vai ficar hospedada em minha casa, uma semana antes de ir para Hogwarts. Eu vou te levar na estação. Avise para sua mãe que ela pode te levar assim que quiser. Tchau!
                             - Pode deixar dindo, eu vou falar com ela. Obrigado pelos presentes!

                             Anne entrou em casa e deu tchau para o padrinho, que foi embora.

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                             James estava em sua cama, resmungando feito um velho:

                             - Droga, eu vou sábado comprar a porcaria do material, e o Sirius não. Que droga!

                             James decidira levantar. Ele foi até a biblioteca ver se achava um livro sobre quadribol, com táticas e coisas mais. Quando chegou lá, viu que seu avô lia um livro. O homem, de uns sessenta anos de idade, lhe olhou e disse:

                              - Qual é o motivo da cara emburrada?

                              James olhou novamente para o avô e disse:

                              - Sirius não vai poder ir comigo sábado comprar o material.

                             Dizendo isso, ele olhou e identificou seu livro perto de uma poltrona, aonde a mãe dele gostava de ler. Raphael sorriu para o neto e disse:

                              - James, eu tenho um presente para te dar.

                             James mudou um pouco de humor e disse:

                             - O quê????

                             Seu avô sorriu e falou:

                            - Vem cá.

                            Raphael se levantou e pediu para James o seguir. Ele o seguiu até o quarto de hóspedes, onde seu avô estava dormindo. O senhor de idade foi até o baú e tirou uma coisa enrolada num pano. Deu um sorrisinho e entregou para James, que pegou e retirou o pano. Dentro ele achou outro tecido. Olhou para o avô e disse:

                            - Vovô! Você tá brincando comigo!

                            - Não, pegue esse pano e enrole-o em você, depois vá se ver no espelho.

                            James olhou para o seu avô, e com um olhar meio desconfiado pegou o pano. Quando ele vestiu, pensou que parecia uma capa, então foi até o espelho, e quando olhou tomou um susto. Ele só estava vendo sua cabeça! Raphael riu e disse:

                          - Vamos dizer que o primeiro passo a se tomar para fazer traquinagens feito eu é saber usar uma capa de invisibilidade, para que não te descubram.

                           James estava maravilhado com aquilo. Ele ouviu seu avô dar uma gargalhada e dizer:

                           - É sua, estou lhe dando, afinal eu não preciso mais dela, nem seu pai precisa. Quero que quando você sair de Hogwarts e tiver um filho ou uma filha, dê para eles. Acredite, vou sentir muitas saudades dessa capa. Ainda me lembro de quando a usava para roubar comida na cozinha.

                           James olhou extasiado para aquele pano, e sorriu para o avô dizendo:

                           - Obrigado vô, eu vou usá-la muito bem, pode deixar. E vou repassá-la também.

                            James ia perguntar ao avô algumas brincadeiras, quando um elfo entrou chamando-os para o jantar.