Disclaimer: Os personagens citados não me pertecem.

Notas: Postada também no orkut.

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Era estranho vê-los juntos. Ver que ele descia as mãos pela cintura dela e lhe beijava a face corada pelo frio que fazia. As mãos dela desciam para os bolsos do casaco e ele a carregava. Eram diferentes. Talvez fosse por isso que havia dado certo, mas era estranho porque nada costumava dar certo pra ninguém. Aqueles dois, definitivamente, eram especias. Os carinhos, as palavras, as conversas; tudo era especial.

Lembro-me do dia em que se conheceram. Foi um dia difícil.

Lembro que, certo dia, ela ouvia música, enquanto escolhia alguns cd's e ele estava na mesma loja, soltando piadinhas indecorosas para a atendente. Ele a reconheceu e ela nem ao menos o olhou na cara. Ele sabia que aquela era a garota que havia batido em sua melhor amiga. Ele sabia como ela era, quem ela era e também sabia que ela não estava nem aí pra ele.

"São 350 ienes" Disse a atendente que, logo em seguida, ouviu a bola de chiclete que a garota fazia, estourar.

Seus cabelos eram longos, sua pele e seus olhos tão brancos que Konohamaru mal pode acreditar que eram reais. Ele apenas a olhava, sem acanhamento algum. Nevava tanto lá fora que, por um momento, ele pensou que ela poderia sumir em meio a toda aquela imensidão branca, mas seria difícil, precisaria de muito mais do que simples água congelada para fazer com que Hanabi passasse despercebida.

Daí ele percebeu. Em meio ao branco dos olhos, um brilho casto. Ele aprenderia a amar aqueles olhos!

Ele a viu indo embora e, a partir daquele dia, sempre teria os mesmos sonhos. Uma garota de cabelos negros e pele pálida, de lábios tão vermelhos e de personalidade forte; seria sempre assim, em todos os seus sonhos.

"Hey, não gosto do jeito que me encara." Ela o ameaçava. Já havia dias que ela percebia aquele garoto de cabelos e olhos castanhos praticamente à "secando". De início, pensou que havia algo de errado com ela, mas depois, percebeu que, na verdade, o problema era ele. Hanabi sentia-se estremecer a cada cruzada de olhar. O que poderia ser aquilo?, ela queria saber, odiava ficar na curiosidade.

"E eu não gosto de nada em você." E ele realmente não gostava, longe disso, ele era simplesmente e completamente apaixonado por tudo que ela fazia. Ele apenas não tinha idéia ainda.

Tinham onze anos naquela época. Se conheceram pelo o acaso, se apaixonaram pelo acaso, e o acaso talvez tivesse outro nome: cupido; seria um bom nome.

Hoje eles andam assim, de mãos dadas na neve e ela aprendeu a se acostumar com os olhos dele sobre si; lhe passavam uma sensação de proteção, de coragem. Ele sorria tanto e ela corava, às vezes nem parecia ela; seria possível um amor assim, tão puro? Era mais que isso, era real. Konohamaru e Hanabi não eram perfeitos, mas juntos conseguiam ser.

FIM


Espero que gostem meus amores, mil beijos.

Saah!