Paralela à A Flautista de Gaia

Paralela à A Flautista de Gaia

Disclaimer: Os GD e nem ninguém de Saint Seiya me pertencem, mas eu morro de ciúmes dos meus originais!

A Ninfa da Lua

Capítulo 1:

A Triste Melodia

A jovem ninfa, sentada nas rochas à beira-mar, tocava uma triste melodia grega em sua flauta em forma de lua minguante, enquanto o sol se punha no horizonte, os tons mesclados de laranja, amarelo e vermelho ao longo do céu azul. A visão era privilegiada, afinal, a praia onde estava não era aberta ao público, era como se fosse particular. Apenas os moradores do Santuário de Afrodite tinham acesso.

Quando a noite ia caindo, ninguém se atrevia naquele local. Monique, a Ninfa da Lua, sempre prestava homenagens à Ártemis, sua deusa protetora, quando a Lua começava a surgir no céu até quando a noite caia completamente, todos os dias. Sempre tocando sua flauta. Sempre...

A maré começava a subir, batia nas pedras não muito forte. A água respingava em seu longo vestido cinza-lunar e prateado. Os olhos fechados suavemente deixavam escapar algumas lágrimas solitárias prateadas, rolando suavemente pelo rosto de pele alva, até morrer no pescoço ou nos lábios vermelhos. A triste melodia que tocava no momento era a representação de toda a dor contida no coração da Ninfa. Toda a tristeza acumulada por mais um dia em que cuidava do Guerreiro Deus ferido que ainda não acordara. Doía-lhe vê-lo sofrer em silêncio.

O ar começou a mudar. Ficava mais úmido, e nuvens cinzas e carregadas se formavam no céu. Vinha tempestade. Interrompeu a música e levantou-se. Um vento forte passou e os longos e ondulados cabelos prateados esvoaçaram e debateram-se nervosamente. Os olhos abriram-se e foi ver que eram cinza-lunar, claros, lembrando duas luas. Entre os olhos, na testa, uma marca em forma de lua deitada, com três pontos embaixo e um em cima. Ficava meio coberta pela franja. A tiara vermelha com uma rosa quis escapar-lhe dos cabelos quando o vento ficou mais forte. Deu um salto para o chão, em seguida, uma grande onda bateu na pedra em que outrora estivera.

Começou a caminhar com passos apreçados até o templo de Ártemis que havia no Santuário. Era lá que ela vivia, era lá que Mime repousava enquanto não acordava. Ouviu um trovão e apertou mais o passo. Tinha que chegar logo ao templo, garantir que a Corça Prateada (N/A: Animal muito puro, dado de presente à Ártemis por uma pessoa cujo qual não lembro no momento! n.n''' Hércules teve que capturá-la em um de seus doze trabalhos) não fugisse do templo e se ferisse, ou a ira de Ártemis seria terrível.

Entrou no templo, enquanto que a tempestade começava a cair do lado de fora. Suspirou aliviada, enxugando as lágrimas prateadas que ainda manchavam o rosto. A Corça Prateada apareceu saltitante e tentou driblá-la para fugir do templo, mas Monique usou seu poder de Ninfa e uma grande pedra fechou a entrada do templo. Era muito grande, o teto ficava à cerca de 15 metros do chão. Havia colunas gregas com mulheres vestidas como guerreiras antigas como sustentação, formando um longo corredor até o final do templo, todas em mármore negro. O chão, em Mármore branco, muito polido e brilhante, refletindo todo o local. As paredes, via-se, escritas em grego antigo relatando a história da deusa da Lua e das batalhas que enfrentara ao lado de Afrodite. Era como um santuário dentro de outro santuário. A Corça, ao ver que não conseguiria sair, mudou seu caminho e sumiu por entre as colunas.

Monique começou a seguir pelo corredor de colunas. Ao final, havia uma estátua de uma lua minguante, com Ártemis esculpida sentada na lua, com o arco numa mão e as flechas na aljava (N/A: Ta certo o nome de onde se coloca as flechas?! Se não, me corrijam!), e a mão livre, como se segurasse algo que não estava ali. Colocou a flauta no local, e à frente da estátua, havia um suporte para incenso. Acendeu um com cheiro de lavanda e o deixou queimando. Atrás da estátua da deusa, portas duplas de prata. As abriu e uma escada em caracol de ouro se fez à sua frente. Fechou as portas e subiu às escadas.

A escada terminava do lado oposto ao templo. Dava numa sala branca com papel de parede com as fases da lua. O sofá, cinza-lunar, ficava de frente a uma televisão pequena e não das mais atuais. Havia, também, uma janela fechada com uma cortina de cetim branca. Havia uma porta branca que dava para a cozinha, e um corredor que dava para os quartos e banheiro.


Seguiu para o quarto à sua direita. Acendeu a luz e vislumbrou Mime, deitado na cama, quieto, com a respiração fraca e lenta. Era possível duvidar-se até mesmo de que estivesse vivo. Sentou-se ao lado do Guerreiro Deus e deslizou uma das mãos pelos cabelos loiro-alaranjado. Apesar de não estar acordado, era possível reparar o sofrimento dele nas feições de seu rosto. Cantou uma melodia triste, porém, bonita.

Lay your head down

(Repouse sua cabeça)


And sleep on my shoulder

(E durma no meu colo)


Lay your head down

Repouse sua cabeça)


And start a new dream

(E começa um novo sonho)


And for tonight

E à noite)


th
e moment is over

O momento está acabado)

Drift in a lullaby

Atraído em uma canção de ninar)


Here where the stars reside

(Aqui onde as estrelas residem)

And angels are always seen

(E anjos são sempre vistos)


Lay your head down

Repouse sua cabeça)


The stars they have whispered

As estrelas têm sussurrarado)


Hear what they say

Ouça o que elas dizem)


And know that it means

(E sabe que isso importa)

The moon is your guide

(A lua é sua guia)


The stars they have kissed her

As estrelas a beijaram)


As she g
oes gently by

Enquanto ela gentilmente vai pra)

Light as a babys eye

Luz enquanto um bebê olha)


Save on a fairytales dream

(Salvo em um sonho de contos de fadas)

And start a new dream

E começa um novo sonho)

Monique terminou a música, e teve a leve impressão que no rosto impassível do rapaz, viu um leve sorriso nos lábios.