Original: "Kiss and Tell" by SunshineDaisies0821

(Prólogo: Quarto Ano)

Ela levanta o pescoço, arranhando o seu nariz na barba por fazer, sorrindo enquanto beija sua boca de leve. Preguiçosamente, ela faz desenhos em seu peito nu. Círculos, flores, estrelas e sorrisos mas corações não. Nunca corações.

Ele ainda esta usando os óculos, e a sua respiração é profunda e regular. Ele não esta dormindo, ela consegue ver, mas ele não esta brincando com ela da forma como faz normalmente, deitado de lado, segurando sua mão, e de vez em quando apertando o seu nariz, sua testa, seus lábios com os dele. Em vez disso, ele esta deitado olhando diretamente para o dossel de sua cama. Ele esta distraido. Ela não tem certeza porque.

Ela espreguiça, pressionando o seu corpo no dele, tentando chamar sua atenção. Ela falha. Novamente, ela deita de costas se espreguiçando mais enquanto boceja. Ainda não conseguindo sua atenção, ela decide uma abordagem mais direta. Ela rola de novo, deixando o seu peito em contato com o dele, seu queixo sendo apoiado por suas mãos. "Qual o problema?"

"Nada," ele murmura, ainda não olhando para ela.

"Você esta mentindo," ela o repreende levemente, um de seus dedos agora passando pelo rosto dele. "Nada de segredos, lembra?"

Ele ri.

"James," ela implora, "o que é?"

Ele resmunga e se senta violentamente, a empurrando de cima dele. Ele abre as cortinas em volta dela e levanta da cama. Ignorando a própria nudez, ele começa a procurar desesperadamente por suas roupas. Ela o olha chocada e machucada. Ele acha sua cueca e as veste.

"James!" ela implora, tentando esconder as lágrimas que estão quase caindo.

Ele olha em volta e depois para ela enquanto fecha a calça. Ele não esta com raiva. Sua expressão é de confusão, e tristeza, e frustração. Ele suspira e leva a mão até o rosto, devagar levantando-a e passando por seu cabelo.

Ele pensa, procurando pelas palavras certas a se dizer. Ele fecha os olhos e respira fundo. "Eu não posso mais fazer isso." Afirma. A expressão conjunta que ela tinha no rosto se transforma em apenas uma, de dor.

"O-o que você quer dizer?" Ela gagueja.

"Essa, essa," ele não consegue achar as palavras, "coisa!" ele solta, "O que quer que seja. Eu não posso mais fazer, Lily."

Tudo o que ela consegue fazer é olhar para ele. Ele vira de costas e vai embora.

Devagar, ela bota a cabeca do lado das mãos, e chora.

Começou no quarto ano. No final dele. Depois dela ter começado a desenvolver as curvas da adolescência, e ele ter crescido mais de quinze centímetros. E criado um ego. Oh, e que ego.

Eles estavam brigando, naquele fatídico dia de Abril, como já era normal. Ele tinha feito um comentário maldoso sobre o tamanho de seus seios, e depois afirmou que ela deveria estar de TPM por ter reagido tão mal. O fato é que ela estava de TPM, e tinha deixado o comentário sobre seus pequenos seios, ainda que estivessem crescendo, escapá-la.

"JAMES POTTER SEU IDIOTA DESGRAÇADO!"

"O que Evans? Não consegue aguentar uma piada?" ele sorriu.

"Oh, eu consigo aguentar uma piada." Ela cuspiu violentamente. "O que eu não consigo aguentar são idiotas arrogantes que falam coisas que não são engraçadas!"

"Você não achou engraçado?" ele perguntou, zombando, "Bom, isso é estranho, porque todo mundo estava rindo." Alguém riu de trás dele.

"Quando é que você vai crescer?" Ela gritou.

"Eu poderia perguntar a mesma coisa, Evans." Ele sorriu de novo, apontando para o próprio peito para dar ênfase. Sua indiferença só deixou ela mais enfurecida.

Os gritos e os palavrões continuaram. No primeiro momento eles atrairam uma platéia, mas depois de dez minutos de um show que todos já tinham visto milhões de vezes, todos se dispersaram.

Durante um grito particularmente malvado de Lily, James derrepente sorriu. "Você sabe Evans," ele começou depois dela ter terminado de falar que ele era um cabeça-de-porco. "Você fica meio gostosa quando está com raiva..."

Ela o olhou enjoada. Ele deu um passo para perto dela. "Oh Evans," ele deu outro passo, tentando, e conseguindo deixá-la desconfortável. "Não finga que este não foi o melhor elogiu que você já ganhou," Não era. Ela ficou parada. "Como se não te desse arrepios o garoto mais gostoso da escola falar que você é gostosa," Não dava. Ele deu outro passo. Ela continuou forte. Ele estava perto da sua orelha agora, sussurrando. "Não finga que você não me quer, Evans." Ela não queria.

Ela olhou para ele diretamente nos olhos enquanto ele sorria de novo. Antes que ela pudesse reagir, ele pegou o seu rosto e precionou os seus lábios contra os dela.

Ele tinha esperado que ela tivesse o empurrado. Que ela tivesse dado um tapa na cara dele. Tivesse o chutado em suas partes íntimas. Cuspido na cara dele. Ela tinha esperado fazer todas essas coisas.

Nenhum dos dois esperava o que aconteceu.

Ela o beijou de volta.

Foi desleixado. E molhado. E excitante. Do jeito que todos os primeiro beijos são. Dois pares de lábios não treinados se movendo furiosamente um contra o outro, pegando toda a raiva que eles sentiam em relação ao outro e botando no beijo. Eles trabalharam juntos, em uma harmonia inesperada e inexplicável. Música e letras que não deveriam combinar, mas combinavam.

Muito rapidamente, Lily percebeu o que estava acontecendo. Ela se afastou dele. Ele ia começar a sorrir quando viu a raiva em seus olhos. Sua voz era lenta e assustadora, "Conte para uma única pessoa, Potter," Ela pegou sua varinha e apontou para ele, "e eu vou garantir que você tenha a mais devagar, torturante e humilhante morte que você consegue imaginar. Entendeu?"

Ele balançou a cabeça. "Ótimo," ela respondeu antes de virar e deixar o corredor.

Aconteceu de novo. Uma semana depois, também em uma briga. Lily estava meio insultada quando os lábios do James vieram em direção aos seus. Novamente ele esperava um empurrão, um chute ou um tapa. Novamente ele não veio. Em vez disso, ela o beijou desesperadamente e ele respondeu com tanto ou mais entusiasmo.

E de novo, na próxima briga. James estava apenas falando algo sobre remover uma vara, quando Lily fez uma coisa que ele estava esperando durante todo o tempo. Ela o empurrou. Contra a parede, e começou a devorar os lábios dele com os seus próprios. "Legal," ele sorriu entre o beijo.

"Impressionado?"

"Muito." Ele murmurou.

Seu domínio repentino deu uma idéia para ele. Com uma explosão de força, ele os virou, fazendo as costas dela baterem contra a parede. Seu som de surpresa o fez sorrir.

"Impressionada?" ele perguntou grosseiramente.

"Muito."

E de novo, e de novo, e de novo acontecia. Toda vez que eles brigavam. A combinação de seus hormônios da adolescência e a paixão que pulsava em suas veias sempre que eles brigavam os vazia voltar para mais.

Suas lutas revezavam, assim como seus encontros.

"Bastardo sem coração."

Suas línguas dançavam juntas.

"Vaca sem coração."

A boca dele ia em direção ao pescoço dela.

"Filho da mãe."

Suas mãos passeavem livremente no corpo do outro.

Virou uma tradição. Brigar, gritar, beijar. Como um relógio. Brigar, gritar, beijar. Os dois começaram a se irritar a com a menor provocação do outro. Brigar, gritar, beijar. No final do ano, acontecendo cada vez mais frequentemente, eles já tinham esquecido porque estavam brigando na hora que se separavam. Brigar, gritar, beijar.

Eles não falavam para ninguém. Nem amigos. Nem familiares. Nem pais. Nem mesmo para seus animais. Eles não escreviam para o outro no verão. Eles não mencionavam o outro quando estavam na escola. Continuou como o segredo deles.

Brigar, gritar, beijar.

N/A: Bem vindos a minha história! Eu realmente espero que vocês gostem! Os capítulos futuros serão muito maiores do que esse, e eu estou pensando em fazer só cinco ou seis. Por favor deixe um review, eu adoraria ouvir o que vocês pensam. Obrigada!

Sunny

N/T: Bom gente, essa é a primeira história que eu vou traduzir, então ainda não sei como vai ficar. Queria agradecer a Sunny por me deixar fazer isso, e pedir a vocês que deixem o reviews falando o que vocês acharam, tanto da história quanto da tradução. Obrigada!

PS: Só para avisar, a história tem 17 capítulos no total.