Resumo: Ela havia mudado muito, encontrava-se submersa em um mar repleto de ódio e vingança! Poderia um encontro do passado retira-la da escuridão (Hina & mistério). Drama.


Disclaimer: A série Naruto evidentemente não me pertence.


Obs: Minha primeira fanfic, deixem opiniões por favor :B


AS PALAVRAS E AS COISAS

- Se toda vez que você pagar as minhas informações desta maravilhosa forma, eu vou viver apenas pesquisando para você, gostosa! Disse o jounin da Aldeia do Raio, ainda deitado na cama!

- Faça isso! Disse ela friamente. Quanto mais informações verdadeiras você obter, eu terei o maior prazer de lhe pagar desta forma. E foi embora do quarto barato de hotel rapidamente.

- Maravilhosa! Sussurrou o jounin.

É incrível uma noite pode mudar o curso de uma vida toda. Se pararmos para pensar, isso é de fato muito assustador, mas como não temos como prever o dia seguinte, nós estamos sujeitos a todos os riscos que a vida nos oferece. Vivemos cultivando o amor, isso é totalmente inevitável: não estou me referindo apenas o amor homem x mulher, mas sim de todas as formas inexistentes, seja com um amigo, um parente, um animal, todos nós amamos e de forma pura, não há amor impuro. Mas o que acontece quando perdemos esse sentimento? Podem acontecer muitas coisas, o ódio pode tomar conta, a magoa e junto com eles a vontade de morrer, isso é fato, mas também pode carregar algo muito pior: a vingança e conseqüentemente a perca de fé. O pior dos pecados é "não ter fé na fé" as pessoas tornam-se incrédulas, já dizia o filósofo. E quando ocorre isto surge à vontade horrível de morrer, junto com o ódio e tudo mais. É terrível se sentir assim? Não há dúvidas, ela sabia disso! O que poderia aliviar esta dor? A morte do causador de tamanho sofrimento... A cabeça dele traria a vida novamente para ela, que evidentemente não agüentava mais de tanta dor no coração sentindo um enorme vazio em sua alma. Ela buscava sair da escuridão, estava atrás de uma luz, mas como era difícil reencontrar esta luz e logo, um sentido para a vida.

Já fazia dois anos que estava na estrada. Tudo por causa de uma noite, que anunciava a decadência do seu clã, os Hyuuga. Conhecidos em seu país natal e principalmente em sua vila oculta, Konoha, os Hyuuga eram um dos clãs mais respeitados de seu país. Tido como "os mais fortes" esse clã vivia em uma época de plena fartura e não se pode negar que após o ocorrido aos poucos a família foi se restabelecendo. Não havia mais sentido para continuar lá, ela havia perdido a peça principal da sua vida, o maior elo de amor. O que de tão grave haveria acontecido? Foi tirada a mais importante vida, a vida de seu pai, que apesar das complicadas relações durante o dia-a-dia era de suma importância, uma importância incalculável... Ela sentiu como arrancassem a sua própria vida! Depois do acontecido ela tentou retomar a vontade de viver, convivendo de forma aparentemente "normal" com seu primo e irmã mais nova. Mas o que não sabiam é que ela chorava desesperadamente todas as noites pelo seu amado pai! Porque teriam agido de forma tão cruel? Isto não entrava em sua cabeça. Ela tinha uma vida ocupada: já era uma jounin, tinha uma equipe e muitas missões a fazer, mas nada lhe tirava da cabeça a misteriosa morte do pai. Os companheiros de equipe a animavam dizendo que estava tudo bem, porém, o brilho de seus olhos já havia sumido há tempos, os olhos tímidos deram espaço a expressões de total sofrimento e agonia.

Ela bem que tentou! Viveu por mais um ano em Konoha, mas acabou optando por ir embora. Foi à madrugada, despistando a vigilância e quem mais aparecesse. Deixou a irmã mais nova "a prodígio" e seu primo "gênio". Estava na hora de provar que ela também era capaz de lutar por algo e também mostrar que poderia ainda fazer algo pelo seu pai, mesmo morto. Ela sabia que ele estaria a vendo de onde estivesse... Era hora de ser uma mulher realmente forte, forte o suficiente para enfrentar a morte e o que mais viesse.

Mesmo tendo pouquíssimas informações do paradeiro desgraçado ela resolveu arriscar. Foi embora e deixou um simples bilhete encima de sua cama escrito: "Só volto para Konoha, quando trouxer a cabeça dele"... E se foi! Ninguém resolveu segui lá, era sabido que jamais se trataria de uma traição à vila. Era algo que somente ela poderia resolver...

Dava-se o início de uma peregrinação da morte, era Hinata e o Assassino em breve travando um conflito que mudaria para melhor, ou pior, as suas vidas.

(Continua)