Disclaimer: Star Trek pertence a Gene Roddenberry e uma série de outras pessoas, nas quais eu não estou inclusa. Nada aqui me pertence, essa história foi feita apenas por diversão, não ganho nada com ela.

Sinopse: Alguns momentos do relacionamento familiar entre Amanda e Spock.

Universo:Star Trek – The Original Series (TOS), e uma parte se passa durante os filmes.

Avisos:Essa é uma fic Gen, focando no relacionamento de mãe e filho entre Spock e Amanda, mas há certo conteúdo slash aqui – Spock/Kirk – como história de fundo. Nada explícito, porém. E há um pouco de SarekxAmanda, também.

Essa fanfic é cheia de SPOILERSgerais.Especificamente, para os episódios de TOS "The Cage", "Journey to Babel", "Amok Time" e "The Naked Time" para o episódio de TAS (The Animated Series) "Yesteryear", para os filmes Star Trek: The Motion Picture (Star Trek I), Star Trek: The Wrath of Khan (Star Trek II), Star Trek: The Search for Spock (Star Trek III), Star Trek: The Voyage Home (Star Trek IV), e, de certa forma, para Star Trek: The Final Frontier (Star Trek V), por conta das menções ao Sybok.

Ships: como eu disse, é uma fic gen, mas há menções a SarekxAmanda, Spock/Kirk e uma menção bem levinha a ScottyxUhura.

N.A.:Essa história bateu o recorde como maior minha, sendo que sou escritora de oneshot – 29 páginas no Word. Fiquei muito tempo escrevendo essa fic – meses –então estou feliz de finalmente ter terminado ela.

Ela não é uma fic gigante, mas resolvi dividir ela em vários capítulos, pois acho que eles funcionam melhor em separado.

Basicamente, é uma fic character study. Sem nada realmente novo, apenas uma análise de sentimento da Amanda. Estou sem beta reader, todos os erros gramaticais e de digitação são meus, se sintam livres para me informar sobre esses.

O título vem de uma música de mesmo nome um tanto rara, do David Bowie.

Rated: K+, pois a fic é leve.

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Right On, Mother

Por Mychelle in a Wonderland

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Prólogo

Quando Amanda se casou com Sarek, ela sabia que sua vida nunca mais voltaria a ser a mesma. Ela sabia que teria que fazer mil restrições para se adaptar a vida em Vulcano. Sabia que teria que enfrentar olhares arrogantes e atravessados de Vulcanos que a achavam inferior, sabia que, mesmo que os Vulcanos não tivessem a deselegância humana para fofocas, que ela seria desprezada por muitos pelas costas, sem poder reagir.

Quando ela se casou com Sarek, ela sabia que não podia esperar que Sarek a amasse como um humano; ela sabia que mal poderia tocar seu marido em público sem fazê-lo desconfortável, ela sabia que não deveria esperar declarações de amor deliciosamente bobas e aleatórias. Ela sabia que Vulcanos poderiam ser possessivos e controladores com seus companheiros, e mesmo que Amanda não se encaixasse em um papel submisso, sabia que teria que calar-se sobre muitos assuntos.

Mas Amanda não se importava: ela sabia que Sarek a amava.

Ela nunca conseguia extrair de Sarek uma declaração de amor maior do que um beijo Vulcano, tão afetuoso para a espécie dele e algumas palavras simples - Taluhk nash-veh, ashayam – mas significativas. Amanda sabia que Sarek o amava, sobretudo, porque podia sentir; não apenasatravés do elo mental conjugal que compartilhavam, mas através de suas ações. Se Amanda abandonara seu planeta, sua família e vida na Terra para estar junto a ele, Sarek ousara adotar uma humana como companheira, sem se importar com as conseqüências, algo que Amanda encarava como uma rebeldia quase não-Vulcana.

Sarek poderia repetir eternamente que lógica justificava seus atos: Amanda sabia muito bem que Vulcanos-não-mentem era uma crença popular falsa.

Logo, Amanda tinha perfeita noção das restrições de sua vida, mas quando soube estar grávida, voltou a repensar em todas elas.

O sentimento maternal não era exatamente novo para Amanda; ela já considerava Sybok um filho. Mas Sybok era biologicamente Vulcano; apesar de sua estranha tendência emocional, Sybok não teria problemas com seu futuro. No entanto, seu bebê...

Seu futuro filho seria mestiço, e desde já, ela conseguia ver que sua vida não seria fácil. Para uma raça que alegava não possuir sentimentos – ou conseguir suprimi-los bem -, por vezes Vulcanos conseguiam ser terrivelmente preconceituosos e cruéis. Amanda sabia que seu filho seria subestimado, desencorajado e desafiado durante sua vida, especialmente nos seus primeiros anos.

E pela primeira vez em muitos anos, ela sentiu medo; não por ela, mas por seu filho.

Ela sabia que ele nunca poderia ser completamente humano, ou completamente Vulcano; ele pertenceria a dois mundos. Mas como ele lidaria com isso? Qual caminho ele escolheria seguir?

Amanda, então, viu-se preenchida com sentimentos de expectativa. Seu filho iria conseguir ter uma vida feliz? Qual carreira ele seguiria? Ela, um dia, veria seu filho apaixonar-se?

Sarek dizia que era ilógico fazer suposições sobre uma criança que sequer havia nascido. Amanda respondia que nem sempre lógica era a solução perfeita para tudo.

As dúvidas de Amanda continuaram durante sua gravidez. Porém, no momento em que Spock nascera, no momento em que ela sentiu pela primeira vez o bebê em seus braços, seus medos foram substituídos por um carinho de proporções impossíveis de descrever.

Eu não sei o que você enfrentará em sua vida meu filho, mas eu estarei ao seu lado sempre que você precisar de mim.