Notas do Autor
Ei, gente! Tudo bem com vocês?
Então, essa ideia surgiu e não poderia deixar de escrevê-la. Serão apenas 2 capítulos, ou seja, será bem curta. Mas espero que gostem e me digam o que acharam. Ficaria feliz com isso.
Boa leitura e até o próximo!
Capítulo 1 - Primeiro Capítulo
Foi a única entrevista de emprego que ela havia feito após terminar seus estudos na universidade de Salém.
Era um bom departamento. Hermione refletiu que foi a melhor opção que ela poderia ter pensado. Apesar do pouco tempo de trabalho, ela gostava do seu trabalho, a bruxa conseguia realizar todas as investigações delegadas a ela com êxito.
Todo trabalho tinha um lado positivo e outro negativo. No seu caso, por um lado, existiam horas maleáveis, por outro, a pessoa responsável pelo setor, o seu chefe, era Severus Snape. Aquilo certamente a incomodava um pouco. Sentado atrás da imensa mesa de mogno ele parecia um verdadeiro ditador.
Para ser honesta, inicialmente Hermione não estava muito entusiasmada em trabalhar para o Departamento de Investigação do Ministério da Magia. No entanto, após resolver seu primeiro caso ela não tinha ideia de como poderia viver sem fazer aquilo.
- Bom dia. - A recepcionista lhe recebera alegremente enquanto lhe entregava uma série de papéis. - Você tem muito trabalho, Senhorita Granger!
- Obrigada. - Ela disse, sorrindo. – Karina, você vai ter que me perdoar, mas você pode conseguir alguns documentos que eu preciso. Esse caso não foi dirigido a mim, mas eu realmente preciso descobrir algo.
Se anos atrás alguém dissesse a ela que teria um trabalho que iria arrastá-la para investigar um assassinato, ela teria rido deles. Certamente, ela teria dito a eles para procurarem ajuda no St. Mungus.
No entanto, lá estava ela agora, achando aquilo mais do que atraente.
- O Sr. Snape está fora, Hermione, mas ele disse que seu caso foi deixado em sua mesa. – A mulher a lembrou um pouco desconfortável.
Hermione sabia que ela ficaria com um pouco de medo, afinal, tudo deveria passar pelo chefe de departamento antes, porém, ela precisava tentar. O tempo estava contra ela.
- Karina, temo que o senhor Snape terá que esperar, tenho medo que tenha algo que merece mais a minha atenção. Não tive tempo de dizer nada a ele, mas acho que ele pode entender.
- Hermione, não é uma boa ideia passar por cima das ordens do chefe. – Sussurrou olhando para os lados na tentativa de verificar se alguém estava ouvido a conversa dela.
- Confie em mim, sei o que estou fazendo. – Disse com sinceridade. - Karina, por favor, traga para minha mesa os registros de todas as atividades recentes do Procurador Geral da Magia.
Ela deu-lhe um olhar alarmado, mas assentiu. Ela se afastou, e Hermione não pôde deixar de observar o quanto ela parecia nervosa.
Hermione seguiu até seu pequeno canto apertado onde sua cadeira desconfortável se encontrava.
Em menos de 20 minutos, a recepcionista do departamento estava de volta.
- Obrigada, Karina. - Disse ela, sentando-se.
- Deixe-me saber se você precisar de alguma coisa. - Disse ela e saiu com um aceno discreto.
A bruxa soltou um suspiro e focou nos papeis em sua frente.
Apesar de estar sendo discreta, desde o dia anterior, Hermione estava investigando Albert Runcorn, o Procurador Geral, e seu possível envolvimento com a máfia russa e o envolvimento deles no assassinato do Ministro da Magia. O que tinha a levado a aquele caso, havia sido uma interceptação telefônica não intencional.
Após mexerem na rede telefônica de seu departamento, todas as linhas haviam ficado confusas por alguns instantes. E foi naquele momento que ela testemunhou uma conversa bem reveladora do Procurador Geral com um homem denominado Oksana.
Após uma pequena pesquisa, a bruxa descobriu que aquele era o nome falso usado por Nicol Rurik. Ela não estranhou quando descobriu que o homem era um dos mais poderosos chefes da máfia russa que foi dado como morto por um franco-atirador, no centro de Moscovo.
No entanto, ela havia descoberto que nenhum corpo havia sido encontrado. Disseram para a imprensa que o corpo havia sido jogado no mar. Hermione sabia que era provável que os grupos criminosos que assombraram Moscovo queriam que todos pensassem que Nicol Rurik estava morto para que ele pudesse agir mais livremente para cometer seus crimes.
Foi com isso em mente que ela lembrou-se daquela chamada. Por mais que ela quisesse não conseguia tirar de sua cabeça aquele pequeno fragmento da conversa dos dois homens.
Flashback on
Ela estava prestes a discar o número de outro departamento quando escutou a conversa. Pensou em desligar imediatamente, mas algo na voz dos homens a chamou atenção.
- Eu ouvi o que você disse, mas não posso me levantar e ir depositar a maldita quantia. Tenho uma reunião agora. – O procurador geral sussurrou.
- Tem que ser hoje. – Hermione ouviu o russo dizer. – É o momento certo para lançar sua candidatura. Só preciso da última parte daquele dinheiro.
- Não... É muito recente. O cadáver ainda está fresco. Eu odeio perder!
- Não é recente, fizemos aquilo o tempo certo. Não irá perder, eu não perco. – Ele disse com sombria risada. – Esteja lá amanhã. Não esqueça...
E, então, a ligação havia sido cortada.
Flashback off
Agora lá estava ela, havia um arquivo no meio da mesa e várias registros telefônicos. Hermione abriu e quase caiu para trás em choque.
Não era paranoia dela, ela estava certa. Hermione fechou o arquivo e depois o reabriu. As palavras permaneceram ali, provocando-a e instigando-a a continuar a sua busca.
Ela se inclinou para trás e fechou os olhos. Hermione sabia que deveria tomar uma providência, mas sabia também que seria uma missão complicada e arriscada.
Ela passara o dia perguntando ao Escritório de Aurores sobre a possibilidade de montar uma equipe para um assunto confidencial. Cerca de seis horas atrás, Hermione questionou Harry, porém voltou para sala com uma resposta nada favorável uma vez que ela precisaria de preencher vários requisitos legais. O mais difícil deles seria a autorização do seu chefe e do próprio Albert Runcorn, Procurador Geral do Ministério da Magia.
Isso foi surpreendente em dois aspectos.
Em primeiro lugar, deveria ter uma outra alternativa já que o Procurador estava sendo investigado, em segundo lugar, parecia que era quase impossível conseguir sua deposição mesmo se comprovada sua ligação com a máfia.
Novamente, após um longo suspiro, Hermione abriu os olhos e olhou para o arquivo que ainda estava na sua mesa. Sem pensar duas vezes, pegou a número da conta bancário em que várias transferências milionárias estavam sendo feitas e conferiu o nome do titular.
No entanto, parecia que o Procurador havia tomado a devida precaução de transferir o dinheiro em um conta na suíça. E não era para menos, afinal, os bancos suíços tinham o direito, garantido por lei, de não revelar quem são seus clientes.
Hermione pegou outra caixa que foi entregue a ela e começou a vasculhar os papéis aleatoriamente.
A investigadora sabia que tinha muita gente envolvida, afinal, o arquivo que Karina lhe dera era praticamente inútil. Os oficiais de investigação foram mudados por pelo menos quatro vezes como se alguém quisesse mudar o foco da investigação. Ela percebeu também que os detalhes mais pertinentes da investigação haviam sido retirados do arquivo. Faltavam muitas páginas.
Outra coisa que chamou a atenção da bruxa foi que os Aurores que haviam engavetado o caso eram novatos, mas haviam sido transferidos para outro país.
Parecia que Snape não tinha examinado a cena do crime, uma firma particular havia sido contratado especificamente para a resolução do caso. O relatório feito por eles era extenso, mas no final, Hermione achou inútil, pois não havia lhe ajudado em nada. Ela era apaixonada por detalhes, mas aqueles detalhes não respondiam nada do que era necessário. E isso tornava o caso extremamente frágil.
Hermione estava ficando desapontado. Foi exatamente o momento que ela percebeu que uma das páginas estavam coladas. A investigadora sabia que quem havia feito aquilo tinha o interesse de enterrar aquela prova para que ninguém encontrasse.
Era exatamente o que ela precisava, um investigador havia relatado que uma testemunha ocular havia descrevido perfeitamente um dos suspeitos.
Aquelas características se encaixavam perfeitamente com um dos chefes da máfia.
Ao olhar o nome do investigador para checar sua credibilidade, ela franziu a testa quando percebeu que ele já havia sido desligado do seu departamento. Era quase como se alguém quisesse que aquele caso não fosse resolvido.
Pelas suas contas, foram pelo menos 15 páginas desaparecidas. Hermione não era tola, sabia que aquilo exigiria uma conspiração entre pelo menos alguns membros.
Ela precisava falar com Severus.
- Ah! Maravilhoso. – Falou em êxtase quando notou que poderia encontrar aquele investigador.
Hermione girou em torno de sua cadeira e viu seu chefe ali.
Severus Snape parecia furioso, Hermione franziu os lábios. O homem parecia o Voldemort em pessoa, ela sabia que ele havia descoberto suas intenções.
- Eu vejo que você encontrou o arquivo do procurador. – Disse severamente. – Foi me dito também que tentou recrutar uma equipe para uma expedição sem a minha autorização, estou certo?
- Er... – Hermione começou. – O senhor estava fora e tinha provas robustas sobre determinado caso, então pensei que poderia fazer isso.
- Então você pensou. – Grunhiu. - Você percebe que acabou de virar um inimigo do próprio Ministério da Magia ao se colocar em um caso que visa investigar o próprio Procurador Geral? – Ele rosnou furioso.
Severus nunca havia visto a mulher em sua frente tão pálida, mas aquilo precisava ser feito.
Hermione franziu a testa.
- Snape, me escute. – Disse se recuperando. - Ele está envolvido com mafiosos, estou investigando sim e sei que ele pode estar envolvido com o assassinato do Ministro da Magia. Então, isso é completamente diferente, por isso, me entenda.
Severus sorriu para ela, mas era um sorriso frio e gelado.
- Você não tem a autoridade completa deste departamento atrás de você, Granger. - Ele se inclinou e sussurrou em tom ameaçador. – Você pode não perceber isso, mas nós somos um dos departamentos mais poderosos dentro do Ministério. Então, não seja estupida e haja com uma boa funcionária. Se tiver outra ideia e quiser montar uma equipe de auror para um caso, me procure, Granger. Até onde eu sei, sou o chefe o responsável por esse departamento. – Rosnou Severus. - Lembre-se da escolha que eu dei a você? - Perguntou. - Você deve se adequar a nossas regras ou você pode sair e nunca mais voltar. Ok?
- Não, Snape. Você diz isso porque sou uma mulher, você não acredita no meu potencial. Eu farei o melhor que puder pra esse departamento, mesmo quebrar essas malditas regras que só valem para mim. - Ela se virou para Snape furiosamente.
- Vou te dar uma última chance. - Vociferou. - Eu tenho uma nova missão para você. - Snape disse e lançou-lhe um olhar ligeiramente irritado quando ela rolou os olhos.
- O que é isso, vossa alteza? - Ela perguntou em resposta.
- Vá até Hogwarts e descubra quem contaminou a água. Pode ser a jornada mais cansativa que eu já coloquei em você, Granger. Você pode fazer? Mostre-me seu potencial e me prove que você deve continuar aqui.
- Claro, vossa majestade! Agora mesmo! – Hermione deixou escapar e Severus se foi.
- Draco! – Hermione Granger gritou, tirando-o do seu transe.
- O quê? - Draco perguntou. Ele gargalhou quando percebeu o quão vermelha ela estava.
- Você o ouviu? - ela exigiu. – Ele me odeia.
- Claro que eu ouvi. - Ele respondeu satisfeito e sorriu. – Ele não te odeia, mas odeia a sua mania de não respeitar as malditas regras. Mas outra coisa me intriga, existe uma tenção sexual pairando entre vocês.
- Cale a boca. – Disse de mal humor. - Eu me pergunto o motivo dele ter que ser tão difícil. - Hermione suspirou e entrou no seu compartimento. Ela esperava que ninguém mais viesse a perturbar. Ela tinha muito o que fazer. A bruxa precisava provar para Snape que ela tinha um bom ponto, precisava provar a ele que sabia quem era o assassino do Ministro da Magia e os negócios ilícitos que o estimado procurador estava envolvido.
- Ele terá que rastejar aos meu pés. – Hermione disse para si mesma.
(...)
Como uma boa investigadora, Hermione levava consigo uma câmera fotográfica e um gravador de voz.
Hermione nunca contaria a ninguém se aquela missão fracassasse. Ela sabia que era perigoso seguir o procurador sozinha, mas ela sabia que era aquele o dia marcado para o encontro, então aquilo precisava ser feito.
O calafrio frio a atingiu quando um dos seguranças do Albert Runcorn pareceu desconfiar que pudesse ter alguém seguindo-os. Mas ela ficou um pouco mais tranquila quando seus capangas fizeram uma rota diferente e ele seguiu sozinho.
A sensação que ela estava sentindo era que deveria se afastar daquele lugar desolado. Porém, ela precisava mostra a Severus que não estava maluca e que tinha provas consistentes.
De longe, ela podia visualizar um velho galpão. Não demorou muito para o procurador se aproximar do local.
Com um pequeno feitiço de extensão da escuta, ela pôde escutar a conversa entre o procurador e o homem estranho perfeitamente.
- Então, onde está o dinheiro? – Ela ouviu o homem perguntar.
- Tenho isto. – Albert Runcorn respondeu.
- Você está sozinho? – O homem perguntou.
- Sim, eu sou.
O capanga abriu a porta do galpão e deixou o outro homem passar. Hermione observou enquanto um dos mafiosos fazia a última inspeção em volta do local antes de entrar e selar a porta.
Ela precisa de um melhor acesso. O telhado parecia a melhor opção da bruxa naquele momento. Com cuidado, ela subiu em alguns caixotes que estavam encostados na parede e com o pé em uma pequena báscula lacrada, conseguiu chegar ao telhado sem grandes dificuldades.
Havia uma pequena fresta entre as telhas, ela pôde ver que existiam grandes estantes cheias de livros e um número enorme de artefatos mágicos lá dentro.
Hermione viu o procurador e atrás de uma escrivaninha que estava cheia de vários documentos, ela tinha certeza que era o Russo.
Albert Runcorn, o procurador, fez uma reverência estranha e caminhou até ao mesa do homem. O pacote foi entregue a um homem de casaco preto que estava esperando e o mesmo passou ao chefe da máfia.
A bruxa sabia que para ter provas precisava de uma boa gravação e uma foto, por isso, estava buscando seus equipamentos no bolso quando um pedaço da telha pareceu se partir. Se ela se fizesse qualquer movimento, não havia como evitar a queda. Mas ela precisava se segurar em algum lugar.
- Droga. - Ela choramingou.
Pegar sua varinha não era uma alternativa viável, as mãos de Hermione deslizaram um pouco para o lado na tentativa de se segurar na parede.
- Não, não, não! – Sussurrou em alarme.
Houve um estalo, os olhos dela brilharam de arrependimento quando o telhado cedeu e ela caiu sobre o piso de granito. Ela gemeu de dor. Ela pousou com seu rosto no chão, mas um par de braços fortes a levantou.
Ela se viu sendo puxada para cima em um aperto firme. Seu salvador ficou em silêncio, deixando Hermione estremecer de medo. Quando o procurador finalmente olhou para cima, Hermione percebeu que estava olhando para Lucius Malfoy.
Ela ofegou, afinal, soube imediatamente que ele estava se passando por Albert Runcorn e enganando a todos, pois não existia mais ninguém ali além deles.
Com a mão cruzada sob o queixo, o chefe da máfia observava tudo com malevolência.
Naquele momento, ela sabia que estaria morta em alguns minutos se não tomasse uma atitude. E mesmo se não fosse morta, sabia que havia acabado de assinar sua demissão.
Ainda não havia ideias na mente de Hermione, mas ela sabia que deveria ser rápida e tentar sair dali. Ignorando completamente o fato de que ela poderia ter quebrado o pé ou talvez mais, ela tentou pensar numa forma de fugir.
Se olhares pudessem matar, a investigadora teria sido atingida e desabado novamente no chão em questão de segundos, devido à intensidade dos olhares daqueles homens.
- Boa tarde, sangue ruim. - Tom do homem estava carregado de sarcasmo. – Jogue sua varinha no chão.
- Lucius Malfoy. – Ela disse e ofegou e fez o que havia sido dito. Ela não estava muito feliz em vê-lo, afinal, ela era minoria. Eram três contra um.
- Bem, bem, bem. Olha só o que temos aqui. Granger ainda, estou certo? -perguntou Lucius com um sorriso enquanto girava a varinha da bruxa nos dedos.
Hermione deu a ele um pequeno resmungo.
- Faça qualquer coisa estupida que vamos matar você. – Ele avisou quando ela olhou para a janela atrás deles parcialmente lacrada.
- Então Severus te mandou aqui? - Ele perguntou, contendo sua risada.
- Não preciso que ninguém mande que eu faça algo. – Respondeu ela.
- Hmm, eu vejo. - Apontou Lucius. - Bem, nos últimos 3 meses estive me passando pelo Ministro da Magia por 24 horas por dia, sete dias por semana. - Disse presunçoso. – Presumo que tenha descoberto meus negócios com máfia Russa? - disse Lucius.
Ela assentiu.
- Mate-a antes que ela seja um problema. - O russo exigiu.
Lucius Malfoy levantou a varinha e apontou em sua direção. Hermione fechou os olhos e esperou que o pior acontecesse.
Notas Finais
E ai, o que acharam?
