Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.
Betada por: Severus
Fanfic feita para o projeto Long Time No See do Fórum 6v.
Ela era a melhor médica de toda Londres, embora tivesse apenas vinte e cinco anos. Tamanha era sua competência que mais de uma vez fora chamada para ser a Diretora do hospital em que trabalhava, mas recusara para poder se dedicar completamente ao trabalho que tanto amava. Levava uma vida solitária, morando sozinha em um apartamento e não havia notícias de parentes.
- Doutora Granger – disse a voz de sua secretária do outro lado da linha –, tem um homem que insiste em falar com a senhora. Diz que é urgente.
- Estou ocupada agora.
- Ele insiste.
Ela respirou fundo e disse à ela que o deixasse entrar em seu escritório. Ficou surpresa ao ver que, ao invés de um homem, entrou uma grande família de cabelos muito vermelhos e um homem de cabelos negros.
- O que posso fazer por vocês? Estou realmente muito ocupada agora; seja breve, por favor.
- É a minha filha. – Adiantou-se, desesperada, a única mulher do grupo. – Está muito mal e não sabemos o que ela tem, ninguém sabe! Já fomos a vários médicos e ninguém acha nada, ela...
- Molly, acalme-se. – O homem mais velho puxou a mulher, que começou a chorar.
- Por favor. – Disse o homem de cabelos negros. – Pago o quanto for necessário.
- Estou cuidando de muitos pacientes, não sei se seria possível...
- Por favor! – Disseram dois gêmeos em uníssono.
- É nossa única irmã. – Disse um deles.
Ela olhou para a família e não pôde deixar de se comover com a situação deles. Ela sabia bem como era estar do outro lado e nada poder fazer; sabia, também, que não se deveria deixar levar pelas emoções. Mas isso era algo que a jovem doutora ainda não havia conseguido aprender.
- Certo. – Concordou ela. – Vou ver o que posso fazer por vocês.
O rosto da família se iluminou e a senhora a abraçou forte: um abraço de agradecimento cheio de ternura. Ela, meio sem jeito, sorriu para a mulher quando finalmente fora solta e disse que no dia seguinte poderiam levá-la ao hospital. Agradecidos, a família deixou o hospital e a médica continuou seu dia normalmente. Não havia por que ser tão afetada por eles, era só mais uma família com problemas, como tantas outras, como a sua própria. Não havia por que ser afetada...
E, pela primeira vez em muitos anos, a jovem doutora havia se enganado.
