Olá, pessoas! Esta é uma versão melhorada, da segunda versão da fic "A sexta Gatinha" que eu fiz quando tinha nove anos. Resolvi re-postar
para corrigir erros de português, e tal.
Lembrem-se de que esta fic está sendo postada no Nyah!Fanfiction, e se quiserem ler e mandar reviews por lá (Já que ganham pontos), eu não me importo.
/historia/44398/Life
Reviews são importantes para a sobrevivência do autor. =)
Vale lembrar que Tokyo mew² foi utilizado somente como base para a minha fic, e que não pretendo continuar com os personagens originais por todo o decorrer da fic, somente os meus.
Tokyo Mew Mew não me pertence. =)
Boa Leitura.
Minha vidinha nunca foi tão interessante quanto é agora.
Agora que descobri ter "Super-poderes" ou algo assim, vou ter que lutar contra seres de orelhas pontudas que as outras, (Ichigo,Minto,Purin,Retasu,Zakuro) chamam de "Aliens". Mas eu sem dúvida chamaria de "Elfos". Eles (Ryou,Keichirou) me explicaram que meu DNA, de certa forma, foi misturado com o DNA de um animal, como o das outras. Meu Dna foi misturado com o "Gato doméstico." TÁ, eu sei. Isso não é um tipo especifico de gato. O mais específico seria: "Gato-Branco-Sem-Graça-E-Normal.
Assim tá bom?
Neste momento eu estou em um quarto oferecido por Ryou, na parte de cima do quartel-general, (isso, "quartel general") que eles disfarçaram de restaurante de guloseimas e coisas que seria satisfatório pra mim se eu pelo menos sentisse algum tipo de fome.
Sim, eu sinto fome, mas como muito menos que um humano normal. Eu sei, sou sim anormal, mas não posso fazer nada com isso.
Eu acho o amanhecer meio tedioso, por que é praticamente nessas horas que os "Aliens", chegam, e na maioria das vezes não posso sair quando o sol está forte, pois tenho uma pele absurdamente sensível. Não sei se peguei essa doença por parte de meu pai ou minha mãe.
Fui abandonada ainda recém nascida num orfanato. Trataram-me muito bem lá, mas aconteceu um incidente terrível. E por incrível que pareça, por minha causa. Nunca informaram o motivo pra mim, mas eu tenho certeza que era pra me matar. Aconteceu quando eu tinha doze anos, e neste momento tenho quartoze. Faço quinze daqui á mais ou menos um ano, e ao contrário de todas as garotas, NUNCA quis uma festa de aniversário, apesar de gostar de presentes. E nesse tempo tenho sobrevivido da herança de meus pais. Se tivesse que denominar uma classe pra mim, seria "Classe alta".
Depois de sair do orfanato, depois do acidente, comprei livros e continuei com meus estudos. Antes de vir pra cá, morava numa mansão enorme, quase sozinha. Não saía antes do entardecer, e dormia até tarde, ficava completamente isolada do mundo, não tinha amigos, e também, nunca me apaixonei.
Mas isso não quer dizer que eu nunca beijei, ou algo do tipo. Já fiz.. coisas erradas também.
Ah, afinal. Não me apresentei. Chamo-me Asuna Yoshioka, muito prazer. (Numa hora dessas eu daria um sorrisinho falso, mas não estou com vontade.)
Hoje acordei sete horas da manhã, por causa do barulho irritante do meu notebook pedindo pra ser carregado. A criatura irresponsável aqui tinha deixado ele aberto a noite inteirinha, mas não me importo, não sou eu que pago a energia daqui mesmo.
Tomei um banho, pus o uniforme e desci as escadas que davam pra parte principal do restaurante. A luz do sol incomodava um pouco meus olhos, mas não me importei. Já tinha me acostumado, era só não passar da porta. Ryou estava sentado na mesa comendo alguma coisa de aparência dura, não perguntei o que era. O sol deixava as minhas e as madeixas loiras dele, douradas. Murmurei um "Bom-dia" e sentei.
-Acordou um pouco cedo hoje. – Ele disse
-Dormi melhor.
Ele sorriu.
- Quer abrir o restaurante? As garotas chegam daqui á pouco.
Eu assenti e me levantei para começar a abrir as janelas. Corria de uma a outra para o sol não me pegar, como se fosse uma brincadeira de pega-pega. Quando terminei de abri-las, retornei para a cadeira, e observei Ryou caminhar até a porta pra terminar o serviço. Sempre foi assim durante os seis meses que eu estive aqui. Nós já estávamos acostumados.
Zakuro sempre chegava antes de todas, depois Purin, Minto, Retasu. Ichigo sempre chegava por último, mas hoje também não tinha vindo. Motivo? O namorado (Aoyama) havia sofrido um acidente, e pelo que soube dos médicos, não passava bem.
Ryou a havia dispensado até que a agonia passasse. Mas todos nós sabiamos que só iria passar quando ele morresse. Era deprimente trabalhar com Ichigo chorando pelos cantos, não conversava, não ria.
Era pior do que eu quando era novata no restaurante.
Havia começado á chover. Pra mim era ótimo, pois se houvesse algum alien pra lutar, dessa vez eu poderia ir. Foram tão poucas vezes em que me transformei, que eu ainda nem tinha pensado na minha arma.
Ichigo falou que devemos falar o primeiro nome que vier á cabeça. Eu acho o contrário. Deveríamos pensar bem em que arma escolheríamos, pois iríamos continuar com elas pro resto de nossas vidas. Gosto de objetos cortantes. Em jogos de internet, sempre que escolhia um machado, ou foice, levava alguma vantagem. Por isso pensei em dizer "FOICE" na hora de escolher minha arma.
- Alerta de predador. –Ryou disse.
Todas nós nos levantamos de mesa.
- Aonde?- Zakuro questionou.
Ele olhou as imagens do Notebook que carregava.
- Praça principal.
Corremos até a porta, e eu, quase sempre a última á sair, botei apenas a mão para fora da porta. Sorri, não havia doído. Eu estava mais que pronta para lutar. Fui correndo até onde as garotas estavam.
- Prontas?- Minto perguntou.
- METAMORFOSE!
Sabe, na primeira vez que eu me transformei, critiquei mentalmente Ryou por não ter mudado a cor, nem o comprimento do meu cabelo. Além do que ele também não mudou a cor dos meus olhos.
Sempre odiei a cor de meus olhos... O castanho claro me irritava quando me olhava no espelho. Eu também pensei seriamente em cortar meu cabelo. Que tipo de garota do século 21 o tem abaixo dos joelhos?
Correndo para praça, nós víamos várias pessoas desacordadas no chão. Fiquei curiosa para saber que tipo de predador era dessa vez. Mas quando chegamos ao nosso destino, ao reconhecer um rosto, meu mundo caiu.
Aqueles cabelos negros arrepiados.. Os olhos claros encontraram os meus. Ele falou que iria voltar. Ele voltou. Agora eu entendi o porquê do dia estar nublado. Mas podia ser apenas conhecidência.
- Nossa, FINALMENTE eles repararam que estavam ficando fracos, e resolveram pedir ajuda. O que você acha Asuna?- Purin me perguntou.
Agora era a minha chance de escolher a arma.
- Tô prontinha pra acabar com ele também. FOICE!
Pra minha surpresa, a foice saiu igualzinha como eu havia imaginado. Como a Foice da Yuuki, do mangá Vampire Knight.
Eu sabia que mesmo que quisesse, eu teria que me esforçar muito para conseguir encostar somente a ponta da minha foice no ombro dele. Do Loki, se fosse REALMENTE ELE. Eu não duvidava. Não tinha nenhuma chance contra ele. Nem eu nem ninguém.
- Não tem predador dessa vez não, né, Kishuu? Arranjaram um amiguinho novo, ou esse é o seu mestre?- Purin perguntou, observando o Alien dar um sorrisinho irônico.
- Haha. Como você é engraçadinha. Só que dessa vez você acertou em cheio. Esse é o Loki-sama. Afinal, onde está a Ichigo-chan?
- NÃO interessa. – Minto já estava mal-humorada.
- Ui. Que mal-educada. E você, Suninha? – Ele parecia gargalhar agora.
Loki o censurou com o olhar.
- NÃO INTERESSA! Afinal, vai ficar nessa, ou nós é que vamos ter que começar? – Já estam me dando nos nervos.
- Ui, Suninha, de arminha nova, irritadinha. - Taruto balançava no ar de um lado para o outro.
- TÁ! CHEGA!
Pelo visto, seria eu que teria que começar a batalha. Corri pra perto de Taruto, e lancei minha foice contra ele. Sorri.
Havia conseguido tirar sangue dele, isso era mais que suficiente pra mim.
O sangue que havia na foice pingou na minha mão. Encostei meus lábios na lâmina gelada e procurei beber do sangue que havia nela. Quando terminei, lambi meus lábios. Me chamem de vampira, se quiserem, mas beber sangue é bom e não faz mal a ninguém.
O mais engraçado, é que Loki também tinha esse costume.
-Pelo visto, você não mudou nada.
- Você também não, Loki.
Eu estava de costas pra ele. Não me atrevi a encarar aqueles olhos. Pelo menos não agora.
Agora eu tinha certeza de que era ele. Sim, era verdade. A voz dele continuava fria e sem emoção. Assim como a minha resposta. Eu tenho catorze anos com aparência de dezesseis. Loki tem... Bem, pelos meus cálculos, deveria ter dezessete. Mas com a aparência de vinte.
Loki era o garoto estranho (assim como eu) do orfanato. Mas ao contrário de mim, ele quase não se comunicava com as pessoas. E mesmo assim, elas ainda tinham medo dele. Não que eles não tivessem medo de mim, é claro, mas o meu modo de botar os meninos chatos pra correr era diferente do dele. Enquanto os batia, chutava ou esmurrava, Loki espantava os outros com o seu olhar de psicopata. Não respeitava as regras do orfanato.
Nem eu, mas ninguém o mandava pra diretoria depois, e eu.. Bem, eu vivia de suspensão. Depois daquele acidente no orfanato, ele disse que teria que me matar, mas não naquela hora, esperaria a hora certa. Isso foi á dois anos atrás.
- Sabe por que estou aqui, não sabe?- Ele perguntou.
- Quando pretende me matar?- Minha voz estremeceu.
- Quando completar 15 anos. É bom que se prepare psicologicamente.
- Faltam meses. O que pretende fazer até lá?
- Me aproveitar de você.
- Do meu corpo, ou do meu... Sangue?
- Dos dois.
Sorri sem emoção.
- Saiba que vou fazer com que não consiga nenhum dos seus três objetivos. - Eu disse meio enraivada.
Olhei pra frente, e vi que nenhumas das garotas estavam lá. Como eu havia imaginado. Provavelmente já tinham fugido.
No momento seguinte, foi estranho o que Loki fez. Ele me abraçou por trás, e depositou um beijo no meu pescoço, que me fez arrepiar até a espinha. Sussurrou ao meu ouvido:
- Nos vemos em breve.
Encarei pela primeira vez os olhos dele. O tom Azul água estava malicioso. Mas não havia sorriso nenhum.
Ele não sorria, nunca havia sorrido.
